Ana Gabriela e Isabella levantaram bem cedo.
Após o banho, desceram para fazer o pequeno - almoço e colocaram algumas coisas no carro.
Ana também desceu e viu as suas bem ocupadas.
- Bom dia meninas.
- Bom dia Vovó...- Elas responderam ao mesmo tempo.
- A senhora quer chá Vovó?
- Sim por favor Isabella.
Essa casa vai ficar tão vazia.
- A senhora também vai poder me visitar Vovó.
- Sim eu sei. E farei isso sempre que for possível. E por favor, não se esqueçam de me avisar sobre o evento da Senhora Elena. Vou precisar me organizar.
- Não se preocupe. Já enviei o meu e-mail e assim que receber os detalhes a Senhora vai saber.
- Tudo bem. Vamos despachar isso. O camião de mudanças vai chegar.
- Porque não vens com a gente Vovó? Eu vou precisar de ajuda para arrumar e organizar as coisas.
- Eu vou sim. E se você quiser, posso sugerir alguém para trabalhar contigo.
- Eu quero sim Vovó. Sendo sua sugestão, com certeza será uma óptima pessoa.
- Eu posso garantir que é mesmo.
Elas começaram a comer e transportaram as caixas para a entrada.
Quando os homens chegaram apenas começaram a carregar o camião. As três mulheres subiram no carro de Gabriela e foram á frente.
Quando chegam á entrada do condomínio Ana Gabriela identificou - se e o portão foi aberto.
- Que lugar lindo...- Ana disse ao ver os jardins tão bem tratados e as ruas impecavelmente limpas e estruturadas.
- É verdade Vovó. Este lugar é incrível. Eu sei que vou adorar viver aqui.
- Também sei disso filha. O ar aqui é perfeito e bastante natural.
Finalmente chegaram na casa e mais uma vez Ana foi pega se surpresa. A casa era linda e muito maior do que ela imaginava.
- Vovó! O que achaste da minha casa?

- É linda demais filha. Mas, não é grande demais só para você?
- Não Vovó. É óptima. Vamos entrar? Já esta decorada. Eu soube que quem cuidou disso foi a Senhora Botelho.
- Você já a conheceu?
- Ainda não. Mas estou ansiosa por isso. A Ariella é maravilhoso e muito simpática. Espero que tenha saído á mãe dela.
- E o Doutor Adriano? Como ele é?
- A Isabella pode responder.
Afinal, trabalha directamente com ele. Não é mesmo amiga?
- Sim. Ele é maravilhoso.
Educado, cavalheiro e muito paciente. Ele sabe conquistar a confiança das pessoas.
- Isso é muito bom. A confiança é óptima para manter qualquer relação.
- Chega de perguntas Vovó.
Vamos entrar agora. E por favor ligue para a sua amiga.
Quero que ela comece amanhã mesmo.
- Ela já está vindo. Liguei para ela ontem de noite. Ela ficou muito feliz pela oportunidade.
Gabriela fez para a sua Avó uma visita guiada pela casa. E mostrou que teria também o seu escritório. Assim poderia organizar as suas consultas com antecedência.
Algumas horas depois a casa estava perfeitamente organizada.
Gabriela não alterou a decoração. Pretendia fazer isso só depois de conhecer pessoalmente os pais de Adriano.
Mas no seu quarto e escritório foram feitas algumas pequenas mudanças, afinal eram espaços particulares e neles só ela podia fazer alterações.
Gabriela desceu para despedir - se da sua Avó.
Maria que agora era sua funcionária já lá estava e as duas deram - se muito bem.
- Cuide dela Maria.
- Não te preocupes Ana.
Sabes bem como sou
- E tu menina! Não te esqueças das folgas da Maria.
- Claro que não Vovó. E ela não estará sozinha. Já contratei mais alguém que ficará aos dispôr dela.
- Vamos Vovó! Deixarei a senhora em casa.
Tchau amiga! Falamos mais tarde?
- Claro. Até logo.
Ana Gabriela tomou um banho e desceu para jantar.
Quando terminou, decidiu ver como era o movimento do condomínio durante a noite.
Caminhava ainda quando alguém a chamou e reconheceu a voz de Fátima que estava com uma jovem de mais ou menos 13 anos.
- Olá Gabriela.
Que surpresa.
- Fátima?
- Eu mesma.
Você está morando aqui?
- Sim.Mudei hoje mesmo e estou conhecendo a área.
- Seja bem-vinda. Esta é a minha irmã Ana Lúcia.
- Prazer Ana Lúcia. Sou a Ana Gabriela. Mas me chama só de Gabriela.
- Tudo bem Gabriela.
Eu sou apenas Lúcia.
As três caminharam juntas e foram conversando.
Gabriela perguntou para Fátima sobre o sorteio. Ela confirmou as palavras de sua mãe.
Despediram - se e em casa Gabriela pensou que já não tinha razões para desconfiar de Elena.
Então porque o seu coração não estava de acordo?
Porque ele dizia que havia alguma coisa em relação á Elena que ela devia saber?
Gabriela observou a sua Avó silenciosamente. Ana estava diferente. Ela agia como se estivesse feliz por ter reencontrado alguém que amava muito.
- Vovó? Está tudo bem?
- Sim querida. Tudo bem.
- Eu gostei da Elena. Ela me pareceu uma pessoa muito generosa.
- Eu também achei.
- Vovó! A Senhora a abraçou apenas por ter sido escolhida para o sorteio?
- Claro filha. Eu não sabia como demonstrar a minha gratidão apenas por palavras e apenas a abracei.
- Certo. Bom! Eu vou me deitar.
Aanha tenho que ir cedo para casa. Vou sair com a Isabella.
- Tudo bem querida. Boa noite.
- Boa noite Vovó.
No seu quarto Gabriela não evitou as lágrimas. Ela sabia que a Avó tinha mentido.
Foi criada e educada por ela, então a conhecia melhor que ninguém.
Porque ela tinha feito isso?
Gabriela adormeceu. Não queria mais pensar no assunto.
Outra coisa que não deixava a sua mente era o calafrio que sentiu quando viu pela primeira vez Adriano Botelho.
Ele era muito mais bonito do que as pessoas o descreviam.
Era gentil, educado, paciente e tinha um sorriso de parar o trânsito.
Gabriela ouviu rumores sobre ele estar noivo de alguém.
O seu celular tocou e ela viu o nome de Isabella.
- Oi amiga.
- Gaby!? Você estava chorando?
- Uau! Me conheces tão bem.
Já passou. O que houve?
- Bem! Liguei para contar que o Adriano está novamente solteiro.
- O quê!? Ele era casado?
- Claro que não. Mas estava namorando uma mulher insuportável.
- É a tal Doutora Renata?
- Ela mesma. O caminho está livre amiga.
- Por Favor Isabella.
Falamos amanhã está bem? Bjos amiga.
- Caminho livre?
Gabriela não estava com planos de se apaixonar.
Mas, quando se trata de amor, o destino não respeita os planos de ninguém.