Capítulo XLVII - Para Sempre

1647 Words
Ana Gabriela e Adriano estavam felizes por finalmente terem se tornado pais. Ariano e Aniella cresciam fortes e saudáveis. Eram parecidos em muitos aspectos e Gabriela gostava desta união de seus filhos. Quando os gêmeos estavam com 2 anos de idade, ela teve Maria Manuela. A chegada dela foi uma enorme alegria. Os gêmeos mostravam sempre muito amor e atenção com a sua irmã mais novas. E finalmente quando os gêmeos tinham 5 e Manuela dois, Ana Gabriela teve Pedro Henrique. Sendo o caçula foi igualmente mimado pelos pais e irmãos. A família Botelho estava finalmente completa. Ana Gabriela e Adriano dividiam o seu tempo entre o trabalho e as crianças. Não queriam perder um único momento da vida deles. Ana Lúcia estava já na Universidade e só aparecia nas férias. Elena percebeu que a sua filha tinha realmente crescido e estava a trilhar o seu próprio caminho para a vida. Tudo corria as mil maravilhas. Á noite após deitar os filhos, Ana Gabriela foi até á varanda e observou a linda lua cheia que brilhava imponente no céu estrelado. - Amor! Está tudo bem? Adriano a abraçou pela cintura e ela apoiou a cabeça no peito dele. - Está tudo muito bem meu amor. Estou imensamente feliz com tudo o que conquistamos. - Eu também querida. Passamos por momentos difíceis, mas fomos fortes e as superamos. - Isso mesmo. Mas, confesso que ainda estou com medo. - Medo? Porque razão amor? - Por saber que um dia eles vão nos deixar. Ficaremos com o ninho vazio. Sei que é uma fase bem difícil para os pais. - Sim é verdade. Mas não os podemos manter ao nosso lado para sempre. Eles precisam de voar por si mesmos e fazer as suas próprias descobertas sobre o mundo. O casal voltou a olhar para o céu. Estariam prontos para o que viesse. Não poderiam proteger os filhos para sempre, mas estariam sempre. - Eu te amo muito Adriano. E será sempre assim. - Também te amo querida. E este amor será sentindo por mim para sempre. ❤️Para sempre ❤️FIM ********EPÍLOGO******** Ariano decidiu que seria cirurgião assim como o pai. Agora já era um jovem de 20 anos e estava a fazer a sua formação. Sua irmã Aniella optou por fazer Designer como a Avó Elena e a Tia Ana Lúcia. Gabriela apoiou a escolha da filha sem oposição. Maria Manuela decidiu que quando chegasse o momento faria medicina, mas seria Veterinária. Já Pedro Henrique também queria fazer medicina, mas optou pela área da Deontologia. Aniella foi a única que saltou a tradição da medicina. Ela adorava os designers da Avó desde muito nova. Aprendeu e já crescida estava a dar seguimento ao seu sonho. Por ser um curso diferente, ela foi estudar em França. A despedida foi difícil, mas Gabriela e Adriano confiavam na sua filha. Instalada em França e falando a língua de forma bem fluente, Aniella estava preparada para qualquer desafio que surgisse no seu caminho. Tudo corria bem e ela fez muitas amizades. Mas a sua vida sofreu uma pequena mudança quando conheceu Camillo Barreto. Além de ser o rapaz mais cobiçado e popular da Universidade, Camillo era conhecido por conseguir tudo o que desejava, e passar cada noite com uma mulher diferente. Aniella não estava disposta a ser mais uma na lista dele de conquistas, e decidiu manter - se afastada para não chamar atenção. Só que aconteceu exactamente o contrário. O facto de manter - se sempre longe das atenções e estar sempre rodeada com as mesmas pessoas foi o que despertou a curiosidade de Camillo para o fazer aproximar - se ainda mais. Acostumado a ser sempre aceito pelas meninas da Universidade, Camillo acreditou que com Aniella teria a mesma sorte. Ela estava na cantina fazendo o seu lanche quando ele foi sentar diante dela. - Olá Aniella. Ela levantou os olhos para ele e voltou a baixar sem lhe responder. - Certo. Me desculpe por te interromper. Te farei uma proposta irrecusável. Apenas me ouça. Aniella levantou e pegou nas coisas para ir embora. Camillo a seguiu. Os colegas todos olhavam para eles. - Aniella! Você aceita sair comigo hoje a noite e ser a garota número 100? Ao ouvir aquelas palavras Aniella perdeu a cabeça, virou para ele e lhe dirigiu uma bofetada tão forte que Camillo foi parar ao chão. Todos ficaram chocados com o que tinha acabado de acontecer. - Presta bem atenção garotinho insuportável. Não sei qual é o tipo de mulher que você está acostumado a carregar para a tua cama, mas saiba que não faço parte da tua lista de admiradoras. Se voltares a falar comigo desta forma novamente, uma bofetada será a menor das tuas preocupações. Aniella foi embora sem olhar para trás. Sabia que tinha feito Camillo passar uma grande vergonha. Susana a sua melhor amiga foi logo atrás dela. - Nina! O que foi aquilo? - Ele teve o que merecia Susana. Não suporto homens deste tipo. E nem penses que vou pedir desculpas. - Eu sei que não o farias amiga. Aliás, a culpa foi dele. Mas você é literalmente a primeira garota que rejeitou Camillo Barreto e em público. Será um dia inesquecível para todos. - Espero que sim. Assim ele ganha juízo e começa a agir como um homem de verdade. Por outro lado, Camillo ainda estava com a mão no rosto que ficou vermelho. Tinha sido rejeitado em público e recebido uma bofetada. Isto nunca tinha acontecido com ele. Camillo percebeu que Aniella Botelho era diferente de todas as outras. Passou para ela uma péssima impressão, e agora teria que tentar corrigir tudo. A primeira coisa a fazer seria encontrar uma maneira bem criativa de lhe pedir desculpas pelo atrevimento. Será que seria assim tão fácil conseguir que Aniella o desculpasse pelo que tinha dito? Antes de tentar se reaproximar dela, Camillo sabia que precisava de ser bem criativo. Ela não aceitaria flores ou chocolates para aceitar também o seu pedido de desculpas. Ele não podia demonstrar mais fraqueza diante dela, pelo contrário, queria que ela o visse apenas como um jovem comum. Ele era considerado o mais popular dos estudantes da Universidade apenas pelo seu sobrenome. Camillo odiava a ideia de não poder fazer nada sem que o ligassem á sua família. Agora teria esta oportunidade. Faria tudo por sua livre vontade, e não pela influência que os seus pais tinham na cidade inteira. Ele passou a observar Aniella, mas não se aproximava dela. Era cedo demais para criar um novo conflito. ******FAMÍLIA BARRETO É a família de Camillo. Além de serem os mais ricos e influentes, os Barreto também eram conhecidos por serem os mais generosos. Estavam sempre a inaugurar empreendimentos que garantiam o emprego e sustento de muitas famílias. Os salários pagos eram muito bons, e ninguém reclamava deles, pois só recebiam ajudas e benefícios. Camilo gostava deste lado da sua família, mas queria ter a sua liberdade. A influência do sobrenome Barreto também pesava sobre os seus ombros. A mãe fazia demasiadas exigências. Ele era o mais novo, mas a mãe por vezes esquecia que não era mais um adolescente. Ela muitas vezes demonstrava preferência pelo filho mais velho, e isto deixava Camillo magoado. Aos poucos a sua relação com a mãe tornou-se fria e distante. Ele morava sozinho, mas nem assim sentia - se livre das ordens da mãe, que até tinha a intenção de escolher a mulher com quem ele se casaria. Num final de semana em que foi ver o pai que estava doente, Camillo perdeu a paciência com a mãe. Ela o encontrou lendo e sentou. - Filho! Podemos conversar? - Claro Mamãe. O meu pai está bem? - Sim. Ele está óptimo. E agora descansa. - Que bom. Já posso ir para a minha casa agora. Estou ouvindo Mamãe. Pode falar. - Você e a Sandra tem algo sério? - É claro que não Mamãe. A Sandra é como uma irmã para mim. Nunca a vi como algo mais. - Eu ficaria feliz se vocês formassem um casal. - Mas eu não Mamãe. Não gosto dela a esse ponto. E não vou me rebaixar a um casamento ou um romance sem amor por sua causa. - Está bem. Me desculpe. Eu fui longe demais. - Tudo bem Mamãe. Mas, eu não vou satisfazer as suas vontades. Se tiver que me casar um dia, será com alguém da minha preferência, e não da sua. - Está bem filho. Eu já entendi. - Muito Obrigado Mamãe. Vou pegar as minhas coisas, me despedir do Papai e volto hoje mesmo para a minha casa. Camillo fez tudo o que disse e foi embora. Sabia que Sandra tinha pedido á sua mãe para o convencer de que ela era a mulher certa. Mas Camillo não era fácil de convencer. A mãe não o podia moldar nem fazer exigências. Ele chegou em casa e Sandra estava na porta. - Camillo! - O que você quer Sandra. Saiba que o teu pedido não foi atendido. Eu não tenho a intenção de ser teu namorado, noivo e menos ainda o teu marido. Agora por favor vai embora. Sandra não disse mais nada. Camillo foi directo e nem lhe deu tempo para dizer alguma coisa. - Tchau Camillo. - Tchau Sandra. Ele entrou em casa e trancou a porta. Estava cansado das pessoas que achavam que o podiam controlar. Ele tomou um banho e teve uma ideia brilhante para ter o perdão, amizade e a confiança de Aniella de uma só vez. Só tinha que fazer algumas ligações e tudo daria certo. O problema seria fazer Aniella ficar convencida da sua mudança. Ainda assim, ele não iria desistir. Os Barreto eram persistentes até certo ponto, e Camillo faria Aniella Botelho entender isso. Ele nunca desistiu de nada antes, e esta não seria a primeira vez.
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