Ana Gabriela e Adriano estavam felizes por finalmente terem se tornado pais.
Ariano e Aniella cresciam fortes e saudáveis. Eram parecidos em muitos aspectos e Gabriela gostava desta união de seus filhos.
Quando os gêmeos estavam com 2 anos de idade, ela teve Maria Manuela. A chegada dela foi uma enorme alegria. Os gêmeos mostravam sempre muito amor e atenção com a sua irmã mais novas. E finalmente quando os gêmeos tinham 5 e Manuela dois, Ana Gabriela teve Pedro Henrique.
Sendo o caçula foi igualmente mimado pelos pais e irmãos.
A família Botelho estava finalmente completa. Ana Gabriela e Adriano dividiam o seu tempo entre o trabalho e as crianças. Não queriam perder um único momento da vida deles.
Ana Lúcia estava já na Universidade e só aparecia nas férias.
Elena percebeu que a sua filha tinha realmente crescido e estava a trilhar o seu próprio caminho para a vida.
Tudo corria as mil maravilhas.
Á noite após deitar os filhos, Ana Gabriela foi até á varanda e observou a linda lua cheia que brilhava imponente no céu estrelado.
- Amor! Está tudo bem?
Adriano a abraçou pela cintura e ela apoiou a cabeça no peito dele.
- Está tudo muito bem meu amor.
Estou imensamente feliz com tudo o que conquistamos.
- Eu também querida. Passamos por momentos difíceis, mas fomos fortes e as superamos.
- Isso mesmo. Mas, confesso que ainda estou com medo.
- Medo? Porque razão amor?
- Por saber que um dia eles vão nos deixar. Ficaremos com o ninho vazio.
Sei que é uma fase bem difícil para os pais.
- Sim é verdade. Mas não os podemos manter ao nosso lado para sempre. Eles precisam de voar por si mesmos e fazer as suas próprias descobertas sobre o mundo.
O casal voltou a olhar para o céu.
Estariam prontos para o que viesse. Não poderiam proteger os filhos para sempre, mas estariam sempre.
- Eu te amo muito Adriano.
E será sempre assim.
- Também te amo querida. E este amor será sentindo por mim para sempre.
❤️Para sempre ❤️FIM
********EPÍLOGO********
Ariano decidiu que seria cirurgião assim como o pai.
Agora já era um jovem de 20 anos e estava a fazer a sua formação. Sua irmã Aniella optou por fazer Designer como a Avó Elena e a Tia Ana Lúcia.
Gabriela apoiou a escolha da filha sem oposição. Maria Manuela decidiu que quando chegasse o momento faria medicina, mas seria Veterinária. Já Pedro Henrique também queria fazer medicina, mas optou pela área da Deontologia.
Aniella foi a única que saltou a tradição da medicina. Ela adorava os designers da Avó desde muito nova. Aprendeu e já crescida estava a dar seguimento ao seu sonho.
Por ser um curso diferente, ela foi estudar em França.
A despedida foi difícil, mas Gabriela e Adriano confiavam na sua filha.
Instalada em França e falando a língua de forma bem fluente, Aniella estava preparada para qualquer desafio que surgisse no seu caminho.
Tudo corria bem e ela fez muitas amizades. Mas a sua vida sofreu uma pequena mudança quando conheceu Camillo Barreto.
Além de ser o rapaz mais cobiçado e popular da Universidade, Camillo era conhecido por conseguir tudo o que desejava, e passar cada noite com uma mulher diferente.
Aniella não estava disposta a ser mais uma na lista dele de conquistas, e decidiu manter - se afastada para não chamar atenção.
Só que aconteceu exactamente o contrário. O facto de manter - se sempre longe das atenções e estar sempre rodeada com as mesmas pessoas foi o que despertou a curiosidade de Camillo para o fazer aproximar - se ainda mais.
Acostumado a ser sempre aceito pelas meninas da Universidade, Camillo acreditou que com Aniella teria a mesma sorte.
Ela estava na cantina fazendo o seu lanche quando ele foi sentar diante dela.
- Olá Aniella.
Ela levantou os olhos para ele e voltou a baixar sem lhe responder.
- Certo. Me desculpe por te interromper. Te farei uma proposta irrecusável.
Apenas me ouça.
Aniella levantou e pegou nas coisas para ir embora.
Camillo a seguiu. Os colegas todos olhavam para eles.
- Aniella! Você aceita sair comigo hoje a noite e ser a garota número 100?
Ao ouvir aquelas palavras Aniella perdeu a cabeça, virou para ele e lhe dirigiu uma bofetada tão forte que Camillo foi parar ao chão.
Todos ficaram chocados com o que tinha acabado de acontecer.
- Presta bem atenção garotinho insuportável. Não sei qual é o tipo de mulher que você está acostumado a carregar para a tua cama, mas saiba que não faço parte da tua lista de admiradoras. Se voltares a falar comigo desta forma novamente, uma bofetada será a menor das tuas preocupações.
Aniella foi embora sem olhar para trás. Sabia que tinha feito Camillo passar uma grande vergonha.
Susana a sua melhor amiga foi logo atrás dela.
- Nina! O que foi aquilo?
- Ele teve o que merecia Susana.
Não suporto homens deste tipo.
E nem penses que vou pedir desculpas.
- Eu sei que não o farias amiga.
Aliás, a culpa foi dele. Mas você é literalmente a primeira garota que rejeitou Camillo Barreto e em público. Será um dia inesquecível para todos.
- Espero que sim.
Assim ele ganha juízo e começa a agir como um homem de verdade.
Por outro lado, Camillo ainda estava com a mão no rosto que ficou vermelho.
Tinha sido rejeitado em público e recebido uma bofetada.
Isto nunca tinha acontecido com ele.
Camillo percebeu que Aniella Botelho era diferente de todas as outras. Passou para ela uma péssima impressão, e agora teria que tentar corrigir tudo.
A primeira coisa a fazer seria encontrar uma maneira bem criativa de lhe pedir desculpas pelo atrevimento.
Será que seria assim tão fácil conseguir que Aniella o desculpasse pelo que tinha dito?
Antes de tentar se reaproximar dela, Camillo sabia que precisava de ser bem criativo.
Ela não aceitaria flores ou chocolates para aceitar também o seu pedido de desculpas.
Ele não podia demonstrar mais fraqueza diante dela, pelo contrário, queria que ela o visse apenas como um jovem comum.
Ele era considerado o mais popular dos estudantes da Universidade apenas pelo seu sobrenome.
Camillo odiava a ideia de não poder fazer nada sem que o ligassem á sua família.
Agora teria esta oportunidade.
Faria tudo por sua livre vontade, e não pela influência que os seus pais tinham na cidade inteira.
Ele passou a observar Aniella, mas não se aproximava dela.
Era cedo demais para criar um novo conflito.
******FAMÍLIA BARRETO
É a família de Camillo.
Além de serem os mais ricos e influentes, os Barreto também eram conhecidos por serem os mais generosos. Estavam sempre a inaugurar empreendimentos que garantiam o emprego e sustento de muitas famílias.
Os salários pagos eram muito bons, e ninguém reclamava deles, pois só recebiam ajudas e benefícios.
Camilo gostava deste lado da sua família, mas queria ter a sua liberdade. A influência do sobrenome Barreto também pesava sobre os seus ombros.
A mãe fazia demasiadas exigências. Ele era o mais novo, mas a mãe por vezes esquecia que não era mais um adolescente. Ela muitas vezes demonstrava preferência pelo filho mais velho, e isto deixava Camillo magoado. Aos poucos a sua relação com a mãe tornou-se fria e distante.
Ele morava sozinho, mas nem assim sentia - se livre das ordens da mãe, que até tinha a intenção de escolher a mulher com quem ele se casaria.
Num final de semana em que foi ver o pai que estava doente, Camillo perdeu a paciência com a mãe.
Ela o encontrou lendo e sentou.
- Filho! Podemos conversar?
- Claro Mamãe. O meu pai está bem?
- Sim. Ele está óptimo. E agora descansa.
- Que bom. Já posso ir para a minha casa agora. Estou ouvindo Mamãe. Pode falar.
- Você e a Sandra tem algo sério?
- É claro que não Mamãe. A Sandra é como uma irmã para mim. Nunca a vi como algo mais.
- Eu ficaria feliz se vocês formassem um casal.
- Mas eu não Mamãe. Não gosto dela a esse ponto. E não vou me rebaixar a um casamento ou um romance sem amor por sua causa.
- Está bem. Me desculpe.
Eu fui longe demais.
- Tudo bem Mamãe. Mas, eu não vou satisfazer as suas vontades. Se tiver que me casar um dia, será com alguém da minha preferência, e não da sua.
- Está bem filho.
Eu já entendi.
- Muito Obrigado Mamãe. Vou pegar as minhas coisas, me despedir do Papai e volto hoje mesmo para a minha casa.
Camillo fez tudo o que disse e foi embora. Sabia que Sandra tinha pedido á sua mãe para o convencer de que ela era a mulher certa.
Mas Camillo não era fácil de convencer. A mãe não o podia moldar nem fazer exigências.
Ele chegou em casa e Sandra estava na porta.
- Camillo!
- O que você quer Sandra.
Saiba que o teu pedido não foi atendido. Eu não tenho a intenção de ser teu namorado, noivo e menos ainda o teu marido. Agora por favor vai embora.
Sandra não disse mais nada.
Camillo foi directo e nem lhe deu tempo para dizer alguma coisa.
- Tchau Camillo.
- Tchau Sandra.
Ele entrou em casa e trancou a porta. Estava cansado das pessoas que achavam que o podiam controlar.
Ele tomou um banho e teve uma ideia brilhante para ter o perdão, amizade e a confiança de Aniella de uma só vez.
Só tinha que fazer algumas ligações e tudo daria certo.
O problema seria fazer Aniella ficar convencida da sua mudança.
Ainda assim, ele não iria desistir.
Os Barreto eram persistentes até certo ponto, e Camillo faria Aniella Botelho entender isso.
Ele nunca desistiu de nada antes, e esta não seria a primeira vez.