Capítulo I - Doutora Gabriela

1087 Words
Ana Gabriela levantou e sentiu o cheiro delicioso de pão de alho que só a sua Avó sabia fazer. Após um banho, desceu e a encontrou terminando de pôr a mesa. - Bom dia Vovó. - Bom dia Aninha. Dormiu bem? - Muito bem obrigada. E já estou morrendo de fome. - Bem! Fiz pão de alho e também de bacon. E claro, o teu suco de 4 frutas. - Obrigada Vovó. És a melhor. Pensei em irmos às compras hoje. O que a Senhora acha? - Uma excelente ideia filha. Agora és a Doutora Morales. Mereces o melhor. Agora termine. Eu tenho um presente para você. - Presente?! Mas Vovó. - Nem adianta recusar. - Está bem Vovó. O que é? - Vem comigo. É grande demais para estar aqui dentro. Quando saíram, Gabriela vou na sua frente um carro lindo e moderno. Ficou sem palavras por alguns segundos.  - Então filha. Gostas? - Eu adoro Vovó. É maravilhoso. Obrigada. - Nossa! Valeu a pena para ver esse sorriso. - Vovó! A Senhora é a pessoa que mais amo neste mundo. Muito Obrigada. - Também és tudo para mim querida. E podemos estrear o carro quando formos às compras. - Excelente ideia. Vou ligar á Bella e pedir que ela nos encontre no Centro uma hora. Ana sorriu ao ver a neta tão feliz. As duas tinham uma ligação forte demais, e Elena jamais poderia quebrar este laço. Após terminar de organizar tudo, Ana estava preparada para sair. Recebeu uma ligação e reconheceu o numero. - Alô! - Mamãe! É a Elena. - Eu sei. O que você quer? - Falar com a Senhora, mas tem que ser pessoalmente. Por favor Mamae. - Eu ligarei em breve. Não ligues novamente. Ana desligou e viu a neta entrar. - Quem era Vovó? - Ninguém importante filha. Vamos? Não quero ficar presa no trânsito. - Está bem. A Isabella está a caminho. Elas saíram de casa, mas Gabriela estava desconfiada. Sabia que a sua avó escondia alguma coisa, e não era a primeira vez que ela recebia uma ligação misteriosa. Finalmente chegaram ao Centro Comercial. Isabella já lá estava e sorriu quando as viu. - Oi Gaby! Oi Vovó Ana. - Olá Isabella. - Oi amiga. O que achaste do meu presente? - Maravilhoso. Amiga! Tenho óptimas notícias. - Conta logo. - Você terá na segunda-feira uma entr com o Doutor Adriano. A vaga de nutricionista está aberta. E ele não quer mais esperar para a preencher. - A sério?! Obrigada Bella. És a maior. A Senhora ouviu Vovó? - Claro. Vai dar tudo certo filha. Os Botelho são os melhores. - É verdade amiga. O Doutor Adriano é óptimo. A entrevista será apenas uma formalidade. As três foram fazer imensas compras. Gabriela comprou vários jalecos e outros materiais que idia precisar no seu trabalho. Queria causar a melhor impressão. Já conhecia a reputação de Adriano Botelho. Aliás, toda a família era conhecida por sua bondade e altruísmo. Adriano era bem reservado, e raramente aparecia na capa de alguma revista sobre saude. Ele também era conhecido como o Doutor dos sorrisos. Sendo odontologista, sorrir era a sua marca. Ana Gabriela m*l podia esperar para o conhecer pessoalmente. Durante muito tempo ele foi a sua fonte de inspiração. Gabriela deu o seu melhor enquanto estava na Universidade. Tornou-se a melhor e a maior parte do seu tempo era de dedicação aos estudos. Diversas vezes ela desejou saber onde estariam os seus pais, e se eles estariam felizes pela escolha da sua profissão. Mas a sua vontade não passava disso mesmo. Sem esmorecer, ela decidiu que nada seria mais importante na sua vida do que a sua profissão.. Também tinha a intenção de descobrir a verdade sobre o seu passado. A Avó não dizia nada sobre o assunto. Gabriela apenas sabia que ela era a mãe de sua mãe e não mais do que isso. Num dia em que procurava por alguns livros no sótão, Gabriela achou dentro deles a foto de sua avó ao lado de um homem e uma jovem linda. Ela era igual a Gabriela. A fotografia ainda estava bem conervavda apesar do tempo. Gabriela sorriu e pegou a fotografia. Encontrou a Avó fazendo o jantar. - Oi Vovó. - Olá querida. Achaste o livro? - Sim. Amanhã o levarei. Vovó! Esta é a minha mãe?...- Ela entregou a fotografia para a Avó. - Sim é ela. Foi um dia feliz apesar do teu avô já estar doente quando tiramos a fotografia. - O que houve Vovó? Porque a Senhora não fala dela. É a tua filha. - Apenas porque dei a luz a ela. Ela não merece carregar o sobrenome de um homem como o teu Avô. Ele foi o meu primeiro e único amor. A tua mãe desonrou a memória dele. - Por minha culpa? - O quê!? Claro que não meu amor. Tu és a maior vítima de tudo isso. Por favor não voltes a dizer isso. E vamos encerrar este assunto está bem? Por favor ponha a mesa e vamos comer está bem? - Sim Senhora. Era sempre assim. O assunto nunca era levado ao ponto que Gabriela desejava. Mas, assim como a sua Avó ela era persistente e não pretendia desistir. Tinha que encontrar uma forma de a convencer a contar alguma coisa, ou então seria necessário investigar e descobrir por conta própria. Por outro lado, Elena seguiu com a sua vida. Passou por muitas dificuldades, mas acabou por as ultrapassar. Tornou-se uma mulher de negócios rica e bem sucedida. Casou - se e tornou-se mãe novamente. O seu coração estava feliz por um lado. Mas, devido ao segredo que carregava, ele também estava a tornar - se pesado demais. Sua filha mais nova Ana Laura crescia com uma inteligência enorme. A menina a encontrou chorando na varanda de casa. - Mamã! Porque a Senhora está chorando? - Oi meu amor. Não é nada. Eu pensei numa coisa que me deixou um pouco triste. - Eu não gosto de ver a Senhora assim. Por favor não chores mais. - Está bem meu amor. Cadê o papai? - Tomando o seu café. Ele disse que hoje vamos sair para jantar fora. - Sim é verdade. Será uma ocasião muito especial. Quero que entres e te organizes está bem? Vamos deixar você linda hoje. - Sim Mamãe. Elena sorriu. Ela estava disposta a recuperar a sua filha mais velha Ana Gabriela. Mas seria aceita por ela como mãe após tanto tempo longe dela?
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