Capítulo XXIII - Encantadora

1107 Words
Gabriela seguiu com a sua vida. Após ela e Adriano terem tornado pública a sua relação, Gabriela sentia - se mais forte e capaz de enfrentar qualquer coisa. Ela apenas não gostava de tocar no assunto de Elena e de sua Avó. Ainda não estava preparada para falar com elas, e por isso preferia não falar sobre algo que ainda a magoava. Diante do espelho e arrumada para a festa de aniversário do seu pai, Gabriela apenas queria aproveitar a noite. Alguém bateu na porta, e quando deixou entrar viu Gabriel. - Papai! - Olá querida. Você está linda. Lembras - me a tua mãe nesta idade. - O Senhor a amava? - Sim. Mas não tive a oportunidade de dizer. Você é a prova deste amor. - Eu sinto muito Pai. - Está tudo bem. Tu és a mais inocente aqui. Eu vim aqui por outra razão. Sei que é o meu aniversário, mas quero te dar um presente. - Não precisa Papai. - É claro que preciso dar. És uma Medina e hoje todos vão saber disso. Tome! Abra e espero que uses na festa. - Obrigada Papai!...- Gabriela recebeu a caixa e sorriu. Ficou sem palavras quando viu as jóias que lá estavam.  - São lindas Papai. Muito Obrigada. - Você merece meu amor. E realmente és a princesa da família Medina. Espero você lá em baixo. - Desço em 5 minutos. Quando finalmente desceu, Ana Gabriela chamou a atenção de todos os presentes. Estava realmente linda.  - Mana! Você está deslumbrante. - Obrigada Hugo. Fiz o meu melhor. - E ficou muito bem. Olha só quem acaba de chegar? Gabriela sorriu e foi receber a família Botelho. - Você está linda querida. - Obrigada meu amor. Sejam todos bem-vindos. - Gabriela! m*l pude acreditar quando soube que eras uma Medina. Estás de parabéns. - Obrigada Lucas. É muito bom fazer parte de uma família tão especial. Venham comigo por favor. A vossa mesa está pronta. A festa estava animada. Gabriela já tinha sido apresentada para quase todos os convidados. Ela falava com alguns quando viu Elena chegar. Dava para notar de quem ela tinha herdado a beleza e determinação. Só pela postura notava - se que Elena era uma mulher de fibra. - Mana! Fica calma está bem? Foi o Papai quem a convidou. - Estou bem Cissa. Ela não veio sozinha. Minhas irmãs e meu cunhado estão com ela. - Então vai lá e comece a agir como uma Medina. Gabriela foi até lá e abraçou suas irmãs. - Estão lindas Manas. E você também está óptimo cunhado. - Obrigado. Aliás, esta casa é incrível. - Sim. Eu também fiquei sem palavras quando a vi pela primeira vez. Boa noite Elena. - Boa noite. Licença! Vou falar com o Gabriel. - Gabriela! Queremos contar que fizemos as pazes com a Mamãe. - Eu fico muito feliz por isso Lúcia. Me sentiria culpada se não o fizessem. - Você não a vai chamar de mãe? - Não. Meu amor não é assim tão fácil. Por 25 anos tive apenas a minha avó, mas você sempre a teve por perto. Não é assim que as coisas funcionam. - Está bem. Pelo menos não estão brigando. - Isso mesmo. Eu adoro saber que tenho duas irmãs tão maravilhosas. Mas, chamar a Elena de mãe é algo que não estou preparada para fazer tão cedo. Para mim ela nunca foi uma mãe. - Chega deste assunto Lúcia. Nós não temos o direito de julgar as razões da Gabriela. E estamos na festa do pai dela. - Tudo bem. Vamos? O resto da noite correu tranquila. Gabriela manteve - se longe de Elena. Não estava a ser fácil para Elena ter sido rejeitada e agora desprezada por Gabriela, mas ela precisava entender que era a causadora de tudo o que estava a acontecer. - Filha! Eu peço desculpa. Devia ter dito que convidei a Elena. - Está tudo bem Papai. Afinal, eu sou a vossa ligação. E vocês têm um passado em comum. - É verdade. De tudo o que houve, você é a melhor parte. Eu realmente queria que ficasse tudo bem. - Eu também Papai. Mas não é tão fácil. Licença! Vou falar com o Adriano. Gabriela afastou - se porque viu Elena caminhar na direção dela e do pai. - Gabriel! Como ela está? - Uma parte dela está muito feliz. Mas a outra tenta disfarçar a tristeza. Há um vazio no coração dela que nunca foi preenchido. - Eu sei. Ainda bem que ela tem você. - Elena! Ela só precisa de tempo. Aceita isso está bem? No final vai dar tudo certo. Mesmo que ela não te chamei de Mãe, com certeza poderão ter uma relação melhor. - Eu realmente espero que sim. Eles foram aproveitar a festa. Elena estava prestes a ter a sua oportunidade de pela primeira vez agir como mãe de Ana Gabriela. Ela esperou 24 anos para ter a oportunidade de ser uma verdadeira mãe. Estava profundamente arrependida, e só desejava ter uma oportunidade de provar isso para a sua filha. - Gostando da festa Elena?....- Gabriel aproximou - se dela. - Sim! Está maravilhosa, mas eu não me sinto bem vinda aqui. A Gabriela nem olhou para mim. - Querida! Ela é jovem e está confusa. Mas eu não acredito que ela esteja te odiando. - Não tenho tanta certeza. Eu já fui castigada pelo meu erro. Você não devia ter me perdoado. - Mas eu perdoei. E agora está feito. E como estão as coisas com a Ana Lúcia? - Caminhando. Ela voltou para casa, mas ainda hesita para falar comigo como antes. Eu a decepcionei. - E a Fátima? - Está em casa por causa da gravidez. Mas se recusa a falar comigo quando a vou visitar. - Perdão Senhor Gabriel! A senhorita Gabriela chama por si. - Estou indo. - Não saias daqui Elena! Por favor. - Está bem. Gabriel foi ter com a filha. Elena os viu sorrir de longe e sentiu - se triste. Por causa disso decidiu ir embora. Tentou sair mas Isabella a viu. - Indo embora Tia? - Sim. Não costumo ficar onde a minha presença é desagradável. - Falas da Gaby? - Sim! Eu não a vou aborrecer mais. Depois eu falarei com o Gabriel. Tchau Isabella. - Elena!...- Gabriela a chamou. - Sim? - Por favor não vás por minha causa. - Sabes Gabriela! Podes até me rejeitar como mãe, mas essa teimosia você herdou de mim. Adeus. Elena foi embora. Decidiu não fazer mais nada. Mas o destino não estava de acordo com ela.
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