Capítulo XXX - Porquê ela?

1751 Words
O incidente com Renata foi esquecido por enquanto. Tinha finalmente chegado a noite do jantar de aniversário de Adriano. Ele estava arrumado e desceu para falar com Luciano. Dimitri e a esposa também estavam presentes. - Feliz aniversário amigo. Cadê a sua linda parceira? - Obrigado amigo. Ela está chegando. E também agradeço pela confecção do jantar. - Nada por isso. A nossa amizade não tem preço. Sabes bem disso. E você Luciano? Quando a vou conhecer? - Não sei do que falas amigo. - Fala sério Luciano. Está escrito na sua cara que existe alguém. Seria a Isabella? - Tudo bem. Nós estamos namorando. Mas não queremos tornar nada oficial por enquanto. Primeiro vou falar com os pais dela. - É sério primo? Porque não contate nada. Vocês são um óptimo casal. Seria muito bom se houvesse um casamento duplo na família. - Falamos sobre isso outra hora. Ela chegou com os pais. Pedro Luciano foi receber Isabella e conhecer os pais dela. Adriano estava nervoso e não parava de olhar para a entrada. Ana Gabriela chegaria com a família, mas ele só ficaria em paz quando a visse entrar com todos eles. - Adriano olhar directamente para a porta não vai fazer a Gabriela chegar mais depressa. - Eu sei Sabrina. Mas depois do que descobrimos eu decidi que não vou arriscar. Finalmente Ana Gabriela chegou. Estava linda. Mesmo no meio de várias pessoas ela conseguia se destacar. Adriano foi receber todos eles. Quando ficou sozinho com Gabriela então conseguiu falar. - Meu amor. Você está linda. - Obrigada querido. Feliz aniversário. - Muito Obrigado. Agora com você aqui, não tenho dúvidas que será mesmo feliz. As pessoas presentes estavam á vontade. Conversava e trocavam contactos. O jantar então foi servido. Adriano agradeceu a todos pela presença e presentes que lhe foram dados. Estavam numa animada conversa quando subitamente Renata entrou e parecia bem alterada. - Feliz aniversário Adriano. Porque eu não fui convidada para este jantar? - Por favor Renata vai embora. Não faças escândalo. - Eu não o faria Doutor Botelho. Apenas vim porque em breve serei um m****o permanente desta família. - Essa mulher é louca...- Cissa a irmã de Gabriela falou. Os seguranças entraram e em seguida a polícia também. Renata foi algemada e levada. - Gabriel peço desculpa por isso. Ela não se conforma com o término da relação, e agora age desta forma. - Está tudo bem Adriano. Só espero que ela não faça nada contra a minha filha. - Não se preocupe Papai. Eu terei cuidado. - Papai não vamos estragar a noite falando daquela mulher. - Tens razão filho. Vamos comer. A noite está apenas a começar. Ana Gabriela já tinha tudo organizado para a surpresa de Adriano. Só precisava de o convencer a tirar alguns dias do trabalho. - Filha! Você ouviu o que eu falei? - Não Pai. Me desculpe. O que foi? - O Adriano acabou de comunicar que vocês vão casar. Isto é verdade? - É sim Papai. Eu soube que temos a sua bênção. - E têm mesmo. Então se esta foi a vossa decisão, nós damos o nosso apoio total. Quando pensam marcar a data? - Ainda temos que conversar sobre isso Papai. Não é amor? - É sim família. Garanto que vamos comunicar a nossa decisão em breve. O resto da noite foi só de alegria. Pedro Luciano e Isabella também anunciaram que ficariam noivos em breve. Tudo corria muito bem até ao momento. Mas por quanto tempo seria assim? Todos estavam felizes e querendo aproveitar o momento. Sabendo que não deviam se descuidar, pois Renata poderia atacar novamente a qualquer momento. Gabriela sabia que era ela quem Renata pretendia atacar. Não tinha ideia do que a mulher faria. Ela sorria durante a festa e demonstrava a sua felicidade, mas tinha o coração aos pulos. - Você está bem cunhada?...- Ariella estava ao lado dela e sentou - se. - Oi Ariella. Estou sim. Nossa! Você está linda com essa barriga. - Obrigada. Mas m*l posso esperar para pegar ele ou ela. Nunca me senti tão ansiosa. - Eu te entendo. Mas mantenha a calma. Em breve vamos todos estar a babar em cima de uma linda criança. Seguiram com a conversa animada e depois voltaram para a festa. Os dias passavam sem sobressaltos. Gabriela andava com um segurança que por estar a paisana nem sempre era notada a sua presença. Era um rapaz discreto e muito profissional. Os planos para a sua viagem com Adriano foram adiados por mais alguns dias, pois chegaria em breve o jantar de Isabela e Pedro Luciano. Gabriela tinha a missão de ser a madrinha da amiga. Isabella estava novamente ansiosa demais e precisava de alguém para a ajudar a manter a calma. Após um dia calmo de trabalho, Gabriela entrou em casa e ouviu a Avó falando com alguém. Priniro chamou Maria para perguntar. - Pois não Senhora! - Tem alguém com a minha Avó? - Sim. A Senhora Elena a veio visitar. - Certo! Obrigada Maria. Gabriela foi até lá mas não as interrompeu. As duas olhavam para alguma coisa, e ela percebeu que era o álbum onde Ana guardou as fotografias de cada um dos momentos de sua neta. - Veja esta filha. Foi quando ela ganhou uma medalha de ouro no mini campeonato de natação do Colégio. - Nossa! Então isto significa que ela hoje é uma nadadora exímia. A Lúcia também ganhou e foram várias vezes. Mas a Fátima apenas aprendeu e parou por aí. - As tuas filhas são todas especiais Elena. Dá para notar que puxaram você. - Não sei Mamãe. Eu ainda me sinto m*l por as ter magoado tanto. A Senhora não faz ideia do que tive que passar para não morrer á fome. Nunca contei á ninguém, mas após a morte do meu marido eu perdi muitas clientes. As mais renomadas. Elas simplesmente desistiram de trabalhar comigo. Só o faziam por causa dele. - Lamento imenso filha. - Está tudo bem Mamãe. Não foi fácil, mas eu tive que me manter firme para poder recuperar o prestígio das lojas, ou então a opção seria declarar falência. Gabriela ouvia tudo com muita atenção. Decidiu então fazer - se notar, e fingiu que tinha acabado de chegar. - Vovó! Onde a Senhora está? - Na varanda filho. - Olá! Boa tarde. Interrompi a vossa conversa Vovó? - Claro que não querida. Chegaste cedo. - Sim. Hoje tive pouco trabalho. E tenho que sair com a Isabela. Só vim tomar um banho e me trocar. Oi Elena! - Olá Gabriela. Como estás? - Bem! Eu estou bem. Deixarei vocês. Não posso atrasar. Gabriela estava á caminho do seu quarto, mas teve que recuar. - Elena! Podemos falar por cinco minutos por favor? - Sim claro. - Eu vou orientar a Maria com o jantar. Filha! Jantas comigo? - Claro Mamãe! Obrigada. Ana as deixou sozinhas rezando para que não houvesse uma discussão. - Então! Qual é o assunto? - Vários. Mas vou resumir. Começo por perguntar: Você e o meu pai estão juntos de novo? Elena respirou fundo antes de responder. - Sim. Nós estamos. A verdade é que nunca deixei de o amar, mas não pretendia me tornar uma destruidora de lares. - Entendo. Se vocês se amam porque não me contaram que reataram a vossa relação? - Porque para contar algo assim é necessário uma preparação prévia. Como você soube? - Apesar de conhecer o meu pai a pouco tempo, eu já conheço cada uma das expressões dele. E ultimamente ele parece um adolescente muito apaixonado. - Sim. Ele é bastante expressivo em alguns momentos. - Elena! Eu quero dizer que não estou mas magoada ou com raiva de você. A verdade é que agora eu entendo que ao me deixares com a minha Avó, estavas apenas a fazer o melhor por mim. - A sério!? - Sim. Se não fosse uma boa mãe, se não me amasses, poderias ter escondido e gravidez ou mesmo me abandonar num orfanato. Mas, você não fez isso. - Eu seria incapaz de o fazer. Minha mãe cuidou de mim. Sei que contigo ela faria ainda melhor. - Peço desculpas por ter sido tão injusta com você. Eu quero que possamos nos dar bem, mas ainda não estou pronta para te chamar de mãe. Você entende não é? - É claro que eu entendo. E não tenho a intenção de te pressionar de forma alguma para o fazeres. Desejo apenas fazer parte da tua vida. Só isso. - Está bem. Podemos começar pelo jatar de hoje. Vou cancelar a saída com a Isabela e jantamos todas juntas. Quero muito saber mais sobre você, e também fazer um pedido que a Isabella não pode nem saber. - Por mim tudo bem. Ajudarei no que for preciso. O jantar correu bem melhor do que Gabriela esperava. Ela e Elena conversaram muito. Gabriela contou muitas histórias e também ouviu as de Elena. Ana estava muito feliz com essa mudança. As duas ainda não agiam como mãe e filha, mas uma amizade era melhor do que a animosidade. - Meninas! Eu quero aproveitar que estamos todas aqui para dizer uma coisa.... - Ana falou. - O que é Vovó? - Bem! Eu decidi que está na hora de voltar para a minha casa. Aquela mulher maluca não vai mais se aproximar de mim. - Não Vovó. Não podemos arriscar. - Gaby! Eu sou uma mulher experiente demais. Já passei por situações bem piores. Não pretendo me esconder e não farei isso. - Está bem Mamãe. A Senhora pode voltar, mas eu vou arranjar alguém para ficar com você. - Falas de segurança pessoal? - Sim. Mas será uma mulher e ela vai agir como se fosse a sua enfermeira. Que tal? - Está bem. Se for para deixar vocês mais calmas eu aceito. - Obrigada Vovó. Cuidas disso Elena? - Sim eu cuidarei de tudo. A mamãe vai estar segura. - Óptimo. Eu preciso ir me deitar agora. Amanhã será meu dia de folga, mas estarei ocupada o dia todo ajudando a Isabella. Boa noite para vocês. - Boa noite querida. - Nós estamos bem agora Mamãe. - Eu disse que ela só precisava de tempo. Vai com calma está bem? - Eu vou sim Mamãe. Pela minha menina eu daria a minha vida. Elena estava preparada para ser a mãe de Gabriela. E em breve daria a maior prova do seu amor pela filha mais velha.
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