Recordando o Passado

1024 Words
A semana havia se passado de forma lenta e dolorosa para Olisa, o tédio de não ter nada para fazer a dominando. Na noite passado ela havia sonhado com o falecido marido, e pode reviver com saudades a primeira vez que se viram, então ela havia decidido ir vê-lo. Fazia muito tempo que ela não descia até o subsolo do castelo, mas naquele dia a saudades havia falado mais alto. A passas lentos ela descia as escadas que daria aceso ao subsolo, Marie havia sido generosa ao colocar um feitiço de ocultação no lugar, outras pessoas não conseguiam ver a passagem no final da escada, mas para ela o caminho já era bem conhecido, empurrando uma passada porta Olisa entra na câmara onde um homem descansava. Seu rosto era pálido e seus cabelos loiros estavam um pouco opacos, seus lábios também não demonstrava vida, ele estava deitado em uma cama como se dormisse, mas a realidade era outra, Olisa se aproxima e se senta ao seu lado pegando uma de suas mãos, a textura de sua pele já não era a mesma, estava áspera ao toque, talvez pelo fato de Olisa sempre a segurar. _Olá querido, estava com saudades. - diz ela, mas o homem deitado na cama não responde, nem seus olhos se abrem, ele era apenas uma casca do que havia sido anos atrás. - Está noite sonhei com nosso primeiro encontro, você estava tão lindo. Lentamente lágrimas começam a rolar pelos olhos de Olisa, ela desejava desesperadamente que ele acordasse e a confortasse, mas em seu sono de descanso o homem deitado a sua frente não se mexia, ela sabia que estava desejando o impossível, o que faria amaldiçoaria sua vida para sempre, mas ela não conseguia sentir remorso. Desde sedo Olisa havia aprendido que a vida era c***l e que quando se queria algo a única forma de obtê-lo era a força, ela já tinha ido longe de mais em seus planos e sabia que se o conselho descobrisse almenos um pouco de tudo o que ela havia feito não haveria quem a salvasse das consequências. Olisa havia se sacrificado para conseguir tudo o que tinha, ela havia paga preso de sangue e não desperdiçaria as gotas que foram derramadas. Com um último olhar para o home ela se afaste e sai, olhar para ele a fazia lembrar de tudo o que haviam vivido, algo que nos últimos dias ela evitava, no momento os pensamentos de Olisa estavam voltados para Mork procurando uma forma de capturá-lo novamente, Mork seria sua salvação de uma forma que ela nunca esperava, em seu coração Olisa traçava planos para conseguir colocar suas mãos nele. _Foi vê-lo majestade? - pergunta Marie assim que Olisa sobe as escadas novamente. _Sim, um tinha um tempo que não o via. _Será que já não está na hora de... - Olisa a interrompe com um olhar duro. _Não se atreva a terminar essa frase, jamais permitiria que ele ficasse longe de mim. - os olhos de Olisa ficam vermelhos quando a ira a invade. _Me perdoe majestade, não quis ser rude. - aos poucos Marie ia percebendo o quanto a rainha estava fora de si, ela não intendia o que ela poderia querer com um cadáver, por mais que o feitiço que ela havia posto conservase seu corpo, isso não mudava o fato de que ele ainda estava morto, e a relutância da rainha em fazer uma despedida adequada a frustrava. _Eu é que peço desculpas Marie, tenho andado muito triste ultimamente, sei que está certa, mas ainda não estou pronta para lhe dar adeus. - Olisa não suportava mais se fazer de inocente perto de Marie, ela só não havia se livrado da velha bruxa ainda, porque precisava de seus conhecimentos sobre magia. _Eu entendo majestade, mas se lembre que estamos qui para a senhora. - diz Marie pegando com carinho nas mãos de Olisa. _Obrigada Marie, você é um anjo em minha vida. - diz lhe abraçando, mas o que Olisa desejava mesmo era cravar um punhal em seu coração, Marie sabia de mais e Olisa temia que um dia ela resolvesse revelar tudo o que sabia sobre ela. Juntas elas vão até o pátio do castelo, os guerreiros mais fortes costumavam treinar lá todos os dias, então não foi surpresa para Olisa encontrar seu filho no treinamento, ela observava o quanto ele era parecido com o pai, os mesmos cabelos loiros que balançavam ao vento, o coração de Olisa se enche de amor ao constatar isso. _O rei parece estar de bom humor hoje. - diz Marie com um sorriso. _Fico me perguntado por quê. - o olhar afiado de Olisa não deixava passar nada, ela apostava sua vida que seu filho devia estar aprontando algo. _Desconfia de algo? _Ultimamente ele não tem me contado muitas coisas, então não sei dizer. - Olisa estava dependendo de seus aliados para saber os assuntos das reuniões do conselho, já que seu filho não lhe contava nada. _Ele tem estado sob muita pressão majestade, a senhora sabe que não é fácil lidar com o conselho. _Sei, eu mesma enfrentei muita resistência quando me casei com o rei. - Olisa se lembrava bem das palavras de ódio de muitos conselheiros em relação a ela, mesmo sendo a rainha alguns insistiam em não reconhecê-la, e tudo devido à mãe de Mork. Lembrar de Eleonora incomodava muito Olisa, apesar da mulher já ter morrido havia muitas pessoas que ainda nutria sentimentos de compaixão por ela. Eleonora não era apenas a princesa vampira, ela era uma líder nata, as pessoas a seguiam de boa vontade sem discutir, Olisa se lembrava bem da tristeza que foi para alguns quando souberam de sua morte, aquilo a havia enfurecido muito, ela era a rainha, mas o povo estava lembrando outra pessoa que não tinha nenhum vínculo com a matilha, a expressão do rei quando soube da morte dela nunca sairia dos pensamentos de Olisa. Depois de todo o luto, o que havia ficado no coração de Olisa era o ódio por todos que a desprezavam, e que ela havia feito questão de castigar quando adquiriu poder.
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