Elena acorda se sentindo confortável, mas lembranças da noite passada invadem a sua mente, o seu corpo fica tenso, então ela percebe que podia ouvir as batidas do coração do seu travesseiro. Lentamente ela tateia com a mão, a sua volta e sente um peito forte sobre os seus dedos, ela trava, de vagar ela começa a olhar para cima e encontra um par de olhos extremamente azuis a fitando. Elena o encara fascinada, ela nunca se cansaria de olhar aqueles olhos, um azul tão intenso que parecia enxergar a sua alma. Percebendo a posição que estava ela tenta se levantar, mas as mãos de Mork a puxam de volta para seu peito.
_Onde pensa que vai? - pergunta divertido vendo a suas bochechas corarem.
_O que está fazendo? - pergunta ela tentando se levantar, mas o outro braço de Mork envolve a sua cintura a mantendo pressionada contra ele.
_Você me fez de travesseiro a noite todo, não devia estar constrangida. - diz passando a mão por seu rosto sentindo a maciez da sua pele sobre os toques dos seus dedos.
_Juro que não percebi. - diz com os olhos baixos, Mork toca o seu queixo erguendo o seu rosto.
_Você não foi feita para andar de cabeça baixa Elena, os outros é que nasceram para abaixar a cabeça quando você passar. - os olhos dele a fitavam com intensidade, algo que Elena nunca havia visto em Mork antes.
Ele senta-se ainda segurando o rosto de Elena, Mork sentia o familiar formigamento ao tocá-la, de forma inconsciente ele vai se aproximando dela seu cheiro o deixava louco e tudo o que ele desejava era inalar um pouco mais, retirando a mão do rosto dela ele coloca-a na sua cintura, o seu nariz toca o pescoço de Elena e ele inala profundamente.
_Você tem um cheiro tão bom pequena. - diz esfregando o rosto no local.
_O que pensa que está fazendo? - fiz com a voz trémula.
_Estou senti do seu cheiro. - Mork sente um formigamento na sua boca e as suas presas se alongam, sentindo a sua garganta secar ele afasta-se dela.
Elena o olha se afastar com os olhos fechados. As suas mãos estendem-se e tocam o seu rosto com carinho, ele entre abre os lábios e ela percebe qual era o problema, ele estava com sede. Os seus dedos contornam os seus lábios delicadamente, o seu hálito quente soprando no seu dedo. Mork abre os olhos quando sente o dedo de Elena nas suas presas, os seus olhos examinavam com cuidado sua expressão. Ele pega a mão dela e retira da sua boca.
_Me desculpe, eu não devia ter feito isso, - começa a se justificar - Eu nunca conheci um vampiro antes.
_Não estou bravo com você. - diz a fitando.
_Então por que tirou a minha mão?
_Só não queria te ver com nojo de mim. - diz olhando nos seus olhos.
_Eu não tenho nojo de você. - diz o deixando surpreso.
_Não acha nojento eu alimentar-me de outras pessoas? - pergunta surpreso.
_Não, é algo biológico Mork, assim como eu me alimento. - diz dando de ombros. - Você estava com sede, não é mesmo.
_Não vou fazer isso com você. - diz tentando se levantar, mas Elena o puxa de volta para a cama.
_Eu não me importo, você sempre cuida de mim, - diz o puxando para mais perto dela - Me deixe cuidar de você também.
Mork se aproxima do pescoço de Elena lentamente, a suas presas roçam a sua pele delicada, Mork sentia a pele de Elena se arrepiar um sorriso se forma nos seus lábios, ele beija o seu pescoço e se afasta.
_Eu estou bem Elena. - diz sorrindo.
_Você está com sede.
_Eu sei administrar isso, não se preocupe ficarei bem. - por mais que Mork quisesse afundar as suas presas no pescoço delicado de Elena, ele não faria isso, Elena era inocente sobre ser sua companheira e ele não tiraria proveito dos seus sentimentos.
_Tem certeza? - pergunta ela encarando-o com dúvida.
_Sim, você saberá quando eu estiver nas últimas. - diz dando uma piscadinha para ela.
Elena cora e o empurra, Mork cai na cama rindo da reação dela.
_Não ria de mim. - diz ela ainda corada.
_Você fica fofa quando cora.
Elena pega um travesseiro e aperta no rosto de Mork.
_Se eu te matar você não vai rir mais. - diz tentando apertar o seu rosto com o travesseiro.
_Você não tem forças para isso pequena. - responde rindo, os dois estavam tão perdidos brincando que não haviam percebido que Maison e Dila os observava da porta do quarto sorrindo.
_O que você acha? - pergunta Maison a Dila.
_Eles serão ótimos Alpha e luna. - diz sorrindo.
Mork toma o travesseiro de Elena e ela desequilibra-se ele tenta segurá-la e os dois acabam caindo da cama. Ambos se olham e caem na risada. Maison e Dila os olhavam sem entender nada.
_Vocês estão bem? - pergunta Maison, quando eles olham e veem Maison e Dila os observando se levantam apresados.
_Isso não foi nada. - diz Mork um pouco sem graça por estarem lhe observando.
_Estamos bem. - diz Elena.
_É bom saber que está melhor senhorita Elena, ficamos muito preocupados ontem. - diz Maison.
Elena franze a testa, tudo o que ela se lembrava é de sentir tontura após comer um bolinho, mais nada.
_O que ouve ontem? - pergunta confusa, Maison e Dila encaram Mork.
_Não tive a oportunidade de contar a ela. - responde, ele se vira para Elena - Ontem durante a festa você foi sequestrada.
Elena o olha com olhos arregalados, ela não tinha ideia do que tinha acontecido.
_Como?
_Devem ter dado algo para você beber ou comer, você apagou.
_Eu comi um bolinho da barraca de doces, depois disso... - Elena olha assustada para eles ao constatar que o que diziam era verdade.
_Calma, - diz Mork a abraçando - Você está segura agora, não vou permitir que ninguém toque em você.
_O que vamos fazer? - pergunta ela.
_Temos que falar com Morgana. - diz num suspiro. Era hora de Elena saber de algumas verdades.