Depois de uma noite tranquila ao lado de Elena, Vlad estava tranquilo, naquela noite quando devolveu o controle do corpo de Mork, o seu humor está ótimo.
"Tem que contar para ela" diz a Mork "Ela acha que o que está sentindo por nós é errado" Mork sabia que estava sendo um canalha, mas mesmo que se sentisse atraído por Elena, ele não permitiria que ela entra-se no mundo cheio de ódio dele, ela era muito doce e ingênua, e ele temia arruiná-la se ficasse ao seu lado.
"Não será bom que ela fique ao nosso lado" diz e a resposta que ele recebe de Vlad é um sibilar sombrio. "Ele está certo Mork, ela é nossa, o nosso poder não será o mesmo sem ela e depois do que Morgana disse, não tem como esconder mais isso" é claro que Mork não poderia se esquecer das falas de Morgana, isso ainda o perturbava. "Não vou fazer o que ela pediu, não posso" uma série de rosnados se passa pela cabeça de Mork o derrubando no chão com dor. "Como se atreve a abandoná-la! " brada Drago colérico. "Ela morrera se não a ajudarmos, e você vai simplesmente lhe virar as costas!" Mork se sentia um canalha ao pensar nisso, mas manter Elena em segurança era sua prioridade, mesmo que ela nunca mais olhasse no seu rosto pelo que estava a fazer." Não vou permitir isso" diz Vlad lhe causando dor, Mork leva a mão a cabeça desesperado com a dor que o dominava. " PARE!" grita desesperado e os sons cessam na sua cabeça. "ACHA QUE EU NÃO QUERIA ESTAR COM ELA! ACHAM QUE EU NÃO ME IMPORTO! SEUS EGOÍSTAS! PREFIRO FAZÊ-LA SOFRER DO QUE A ENVOLVER EM UMA GUERRA!" Mork bloqueia a sua mente impedindo que Vlad e Drago tenha acesso, abre um portal e sai num penhasco, o seu peito se apertava ele passava as mãos pelos cabelos desesperado.
_Ahhhhh! - grita perdido na sua dor. Mork sempre perdia algo, perdeu a mãe, o pai e foi acusado da sua morte, agora que estava pronto para se vingar ele encontra a sua companheira, sua maior fraqueza.
_POR QUE ESTÁ FAZENDO ISSO COMIGO? - grita para o céu, procurando um culpado pela dor que sentia agora, Mork havia experimentado um pouco de felicidade e o seu peito desejava isso mais que o próprio ar que ele respirava, mas o medo de perder tudo novamente o fazia recuar nos seus desejos. Presos dentro de Mork, Vlad e Drago sentiam a sua dor, e o peso das palavras ditas antes vem a mente deles, e não havia nada que pudessem fazer a respeito.
Mork se permite por para fora tudo o que estava lhe causando m*l, após um tempo ele cai ao chão exausto.
Os primeiros raios de sol batem no rosto de Mork o despertando para o novo dia que estava a começar, ele franze a testa ao sentir a claridade nos seus olhos, lentamente ele senta-se na grama ainda molhada pelo orvalho da manhã, as mãos, enfrente aos olhos tentando diminuir a claridade. Lembranças da noite anterior invade a sua mente, Mork leva a mão a cabeça, a vergonha o dominando, ignorando o seu corpo dolorido ele abre um portal para o seu quarto, assim que ele chega vai direto tomar um banho.
_Bom dia meu Alpha. - diz Maison quando ele desce as escadas.
_O que temos para hoje Maison? - diz se sentando a mesa.
_Os moradores da alcatéia resolveram fazer uma festa para comemorar sua chegada Alpha, todos estão muito animados. - responde sorrindo.
_E Elena?
_Está com Dila ajudando a organizar as coisas. - Maison percebe que o seu Alpha não estava bem aquela manhã, os seus olhos estavam frios e as suas meias-palavras não o deixava confortável.
_Tudo bem. - diz tomando um gole do seu chá.
_Aconteceu algo Alpha? - Maison não sabia se aquela era a hora certa para perguntar aquilo, mas conhecendo Mork ele precisava fazer isso.
_Parece que aconteceu alguma coisa? - diz com um olhar sombrio.
_Desculpe Alpha, não quis ofendê-lo. - diz Maison com a cabeça baixa.
_Acho melhor cuidar dos seus deveres Maison, não se meta na minha vida. - diz se levantando da mesa e saindo. Vendo aquilo Maison tinha certeza que algo estava errado, mas também sabia que o seu Alpha não diria exceto se quisesse.
Enquanto passava pelo corredor as pessoas se curvava em cumprimento a Mork, a passas largos ele sai da casa da matilha indo em direção a praça que ficava ali perto, local onde estavam preparando a festa em comemoração ao seu retorno. Mork observava a alegria do seu povo, o sorriso nos seus rostos provando o quando estavam felizes pelo seu retorno. Ele poderia estar em outro lugar, mas ali era seu lar o lugar onde ele se sentia bem, havia sido ali que a sua mãe o criará, mesmo contra a vontade do seu avô, ela nutria a esperança de que um dia o rei voltaria para ela, algo que não aconteceu, Mork sacode a cabeça deixando estes pensamentos para trás, ele não queria se lembrar daquilo.
De longe ele avista Elena que pendurava uma lanterna numa árvore, o seu sorriso era lindo e brilhante enquanto conversava com algumas mulheres da alcatéia, era a primeira vez que ele a via tão avontade. Enquanto observava Elena ele sentia a sua raiva evaporando, o seu peito se inundando de paz, preenchendo algo que ele não havia percebido que faltava. Ela percebe a presença dele ao longe e acena sorrindo, Elena era seu sol e tinha uma capacidade que ninguém mais tinha, a de fazer dele algo a mais do que ele era.
Correndo na sua direção Elena se joga nos seus braços sorrindo.
_Não é por que você é o Alpha que não pode nos ajudar, - diz o puxando pela mão.
_Nunca disse que não ajudaria.
_Mas a carranca que estava no seu rosto disse. - diz desfazendo a ruga que se formava na testa de Mork. Ele a segue com um pequeno sorriso no rosto.