Capitulo 4

1706 Words
  Maurício.                                                                Ela solta de repente a minha mão e fico meio preocupado. Não sabia o que estava se passando na cabeça dela. Meu sol me olhava e não falava nada, então resolvo chamar a atenção dela, que parecia estar em transe. — Desculpe, mas o que a senhora disse? — pergunto, curioso, chamando sua atenção. — Nada não. Desculpe, eu sei que vou falar uma besteira e com certeza você deve ter ouvido, mas a gente se conhece? e— la me pergunta, curiosa. Será que não se lembra de mim? Muitas dúvidas passando em minha cabeça, pode ser até clichê, mas minha vontade era dizer para ele: "Você é o meu sol, me pertence. Nunca deixarei você ficar longe de mim!".  Chamo—a novamente, seus olhos estavam com um brilho de excitação. Será que meu sol estava tendo alguma fantasia erótica? Seu rosto estava corado, seus lábios úmidos e ela os mordia, o que eu achava muito sexy. Ela daquele jeito, minha vontade era deitar naquela cama junto com ela e fazê—la minha. Meu p*u acabou ficando mais duro ainda.  — Senhora Alves? — chamo sua atenção, já que ela estava muito concentrada em seus pensamentos. — Oi, desculpe—me distrair novamente! — Meu sol se desculpa, ainda envergonhada e seu rosto corado. Sua respiração está acelerada, percebia que estava sem graça. — Então, senhora Alves, a gente se conheceu. Eu estava indo até meu clube e a senhora estava sendo jogada no chão — conto a ela, imaginando que se isso não tivesse acontecido, nós não teríamos nos conhecido. — Ahhh, agora eu lembrei! Desculpe estou um pouco confusa. Eu vi você perto de mim? — ela comenta com um sorriso de lembrança. Expliquei a ela como as coisas aconteceram. — Naquela hora eu estava preocupado. — Não queria confessar que  estava louco para ir atrás dos desgraçados e acabar com a raça deles. — Me desculpe mesmo, mas estava sentindo muitas dores — Joana me confessa e não duvido de nada. Era terrível sofrer um acidente como o dela e ainda por cima que podia deixar sequelas.  — Por que você está se desculpando? Você não tem culpa do que te aconteceu. Eu gostaria de ter entrado antes, mas a senhora estava fazendo os exames. — Minha vontade era essa mesmo.  Eu me sentia impotente, por não estar com ela, mas não deixariam entrar nos exames. — Eu fiz tantos exames que a única coisa que eu quero é sair daqui, senhor! — ela me confessa. Também odeio hospital, então entendo. — Não me apresentei. Meu nome é Mauricio de Carvalho, ao seu dispor. — Eu estendo a mão, cumprimentando—a. Sei que parece idiotice e olha que nunca acreditei nesse tipo de coisas, mas senti um tipo de choque quando nossas mãos se tocaram. Ficamos assim de mãos dadas. — Prazer, senhor Carvalho. Pode me chamar de Joana — meu sol me cumprimenta com um sorriso, seu toque era suave, sua pele lisa. Perfumada, sua pele cheirosa. Minha vontade era de encostar meu nariz nela para poder inalar esse aroma tão delicioso que me deixou viciado.  — A senhora está se sentindo bem? — eu pergunto, tentando me concentrar, sendo que a tarefa não estava sendo muito fácil nesse momento, só nós dois e uma cama... Fora tentação! — Eu estou ótima! — ela responde, me olhando e ficando novamente em silêncio. Nesses momentos gostaria muito de poder ler a mente dela e descobrir o que se passava por sua linda cabecinha. Será que ela avisou algum parente? Será que meu sol era casada? Eram tantas perguntas que eu gostaria de fazer para ela! Uma dessas perguntas seria: você namoraria com um homem de quarenta anos? Ou então perguntaria se ela gosta de flores ou prefere ganhar chocolate. Se bem que chocolate no corpo dela seria delicioso. Resolvo tomar coragem e perguntar se ela tem ou não alguém na vida.  — Joana, você quer que eu avise seu marido ou alguém de sua família? — Eu tenho até medo de ouvir a resposta. Não, ela tem que ser solteira! Eu não aguentaria ficar sem meu sol. Joana era minha!  — Não tenho marido! — meu sol finalmente me responde, com as palavras que fizeram meu coração se aquecer e sair todo o gelo que eu estava sentindo dentro de mim. Não me lembro de ter tido esses sentimentos por outra mulher. Tenho receio, sou homem, então é normal sentir medo de algo novo e desconhecido por mim. Claro que eu já fui o maior galinha. Que homem que não é hoje em dia? Resolvo perguntar então por sua família. Alguém tinha que saber que ela estava no hospital. Se ela não tivesse ninguém, eu não teria problema nenhum em cuidar do meu sol. — Alguém  de sua família? — pergunto e fico observando que o sorriso havia sumido de seu rosto e agora uma tristeza habitava. O que será que deve ter acontecido com sua família? Não me aguento e pergunto: — Me desculpe, não quis ser indelicado. — Não, imagina. Você esta sendo um doce de pessoa. Muito obrigada mesmo, só que eu e a minha família não nos damos bem! Não se preocupe, você não teve culpa. Só gostaria de saber quem era o corno que me atropelou — ela brinca, deixando a tristeza para trás e trazendo meu sol novamente. Joana era uma mulher com muito mistério, muita tristeza. Um dia, é claro, quando ela estiver nos meus braços e estivermos abraçados conversando, vou querer saber sobre quem é a pessoa que fez meu sol ter tanta dor e tristeza em sua vida. Por enquanto eu vou querer saber um pouco mais sobre a vida dela, afinal, quem iria querer fazer algo contra ela? São muitas perguntas e dúvidas. Vendo—a ali deitada, com um lindo sorriso e ao mesmo tempo tão indefesa na cama, como eu gostaria de me deitar ao seu lado e abraçá—la, querendo protegê—la de tudo e todos.  — Joana... Posso te chamar assim? — eu pergunto e ela acena com a cabeça em concordância e continuo a falar. — Você tem algum inimigo? Alguém que queira fazer m*l a você? — Sim! — meu sol fala bem baixinho e fico bem nervoso, querendo saber quem era o filho da p**a que fez m*l pra ela. Iria pagar muito caro. Mas antes eu teria que agir como uma pessoa normal e depois vou quebrar a cara do i****a que fez m*l para o meu sol. — Me passa o nome para que possamos entregar para a polícia? — eu peço, ansioso. Não via a hora de pegar aquele filho da mãe. Sinto—me muito cansado. Olho para a cadeira e meu sol deve ter percebido isso. — Senta aí na cadeira. Melhor que ficar de pé aí — ela brinca e a tristeza dela foi embora novamente. A dor dela deveria ser muito grande e dava para se notar que ela também era uma mulher forte e inteligente. A ajudaria a enfrentar seus medos.  — Você tem razão! Estou velho e preciso me sentar um pouco — brinco quando eu me sento na cadeira. Ficar a noite inteira acordado não estava ajudando muito.  — Velho? — meu sol me pergunta, surpresa. — Ah, Joana, não sei se você percebeu, mas eu sou um homem mais velho que você. — Nossa, não acredito você já é idoso — ela brinca, tirando uma com a minha cara. — Boba! Adoro isso  em uma mulher! — eu comento, olhando para ela. Amei saber que meu sol era uma pessoa humorada. — Isso o quê?— Joana me pergunta sem entender nada. — Você! — respondo e ela me olha sem entender nada e continuo a dizer: — Quero dizer, nossas brincadeiras, seu humor. Você é uma bela mulher! Você vai me desculpar pelo que vou te dizer, mas eu estou completamente feliz em conhecer você! Mesmo sendo nessas circunstâncias. — Obrigado! Agora, mocinha, que tal você passar o número do telefone da sua família para eu chamá—los aqui?  — Você também é um belo homem — Joana me fala, me fazendo ficar vermelho igual a ela. — Eu também estou feliz em ter conhecido você. Pena que foi desse jeito. — Obrigado! Agora, mocinha, que tal você passar o número do telefone da sua família para eu chamá—los aqui? — agradeço, feliz em saber que ela também estava feliz em termos nos conhecido. — Mauricio, me desculpa, mas não quero a minha família aqui! Sinceramente, não nos damos bem — ela confessa com pesar. Resolvo mudar de assunto para distraí—la, mesmo querendo saber tudo sobre a vida dela. Eu a respeitava e não queria forçar a me contar nada contra sua vontade. — Nossa! Então vamos mudar de assunto. Que tal me contar um pouco sobre a Joana? Você tem alguma previsão de quando vai sair de alta? — Ainda não sei quando vou sair, mas espero que não demore — ela responde. — O que você gostaria de saber sobre mim? — Eu imagino que queira logo sair! — comento e ouvimos baterem à porta. Ela pede que entrem e o enfermeiro informa que alguns policiais querem falar com ela, o que concordamos, juntos. O enfermeiro agradece e vai até a porta e a abre fazendo os dois policiais entrarem. Eles se apresentam e começaram a fazer perguntas. Eu conto como vi o acidente e como chamei o resgate, então foi a vez de Joana dar suas respostas. Me espanto quando ela diz que desconfia que o ex—noivo possa ser o causador do acidente. Agora sim eu entendo o  porquê de ela não querer contar sobre quem era a suspeita dela. Estou louco para saber qual é o nome, o endereço, tudo relacionado a esse covarde. Vou acabar com a raça desse filho da p**a, que machucou meu sol. Eu fiquei puto da vida quando ela contou que o ex dela a agrediu. Isso só aumentou minha vontade de colocar as mãos nele. Logo, logo ele vai ter o que merece ou não me chamo Mauricio De Carvalho.                             
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