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Daniela narrando A voz da Ellen ainda ecoava na sala mesmo depois da chamada terminar. O rosto dela continuava firme, mas os olhos… Os olhos dela estavam marejados. E eu entendi. Eu entendi porque eu já tive esse mesmo olhar. O olhar de quem fala com coragem, mas tá com o corpo tremendo por dentro. O olhar de quem passou tempo demais calada, e agora não sabe nem como gritar. Ver ela ali, tão inteira e tão quebrada ao mesmo tempo, me bateu de um jeito que eu não esperava. Eu já admirei muita mulher nessa vida. Mas poucas vezes admirei alguém como admirei a Ellen naquele momento. Ela não tava falando só dela. Ela tava falando por mim, por você, por tantas que não conseguem. E o mais doido? É que a gente nem se conhecia de verdade. Não éramos amigas. Não tínhamos convivência.