Beijos intensos

1704 Words
— Dê-me um momento senhor, ainda tenho alguns minutos antes de voltar ao trabalho. Ela responde sem sequer olhar para ele, virando os pés e seguindo em direção aos banheiros, ignorando completamente a ordem do chefe. Isso aumenta a raiva dele, com passos largos, ele caminha atrás dela, agarra-a por um dos braços e, independentemente de estarem no corredor, encurrala-a, pressionando-a contra uma das paredes num canto cego onde a segurança das câmeras não consegue capturar as imagens. — Não brinque com o dia*bo, Luciana Morante, acredite, isso não vai te fazer bem. As suas palavras soam cheias de raiva, enquanto os seus olhos ficam imprensados ​​entre os olhos e a boca da mulher que vem mostrando a ele com a sua atitude indiferente que ela também sabe aproveitar uma noite de prazer e esquecer facilmente. As íris curiosas de Luciana fitam as pupilas dilatadas do seu chefe. Ele de um momento para outro começa a aproximar o rosto do dela, parando quando os seus lábios estão próximos de se tocar. — Venha ao meu escritório agora. Ele exige com a voz rouca bem perto da boca. — Desculpe, senhor. Ainda me restam dez minutos da minha pausa para o almoço, quando voltar ao meu posto irei ao seu escritório. A garota responde com muita segurança, ela rapidamente se desvencilha do chefe, e correu para o banheiro. — Droga! Controle-se e não faça nada estúp*ido! Aquela mulher só foi boa fod*a e você pode encontrar isso em muitas bu*cetas. Há muitos com quem você pode experimentar prazer igual ou muito maior do que com Luciana Morante. Você é um idio*ta ou o que dia*bos há de errado com você? Ele continuou a censurar a si mesmo que, como um touro enfurecido, e voltou ao seu escritório. Ele abriu novamente a porta com força, e caminhou rapidamente até o seu pequeno bar, ele serviu-se de uma bebida e bebeu de uma só vez o líquido amargo do copo que lhe queimou a garganta. Ele estava bravo por não ser capaz de descobrir o porquê, o desprezo de Luciana o deixa tão descontrolado. Duas batidas suaves anunciaram a Gabriel que a mulher que o desafiara há pouco finalmente decidiu aparecer, e embora na realidade tivessem se passado apenas doze minutos, contados um a um por ele, desde que voltou daquele canto onde ele tece que fazer todo o possível para não se agarrar aos lábios da garota imprudente que o deixa tão irritado. — Entre. Ele deu a ordem para ela entrar. Como era incomum para ele, ele deixou tudo o que estava fazendo para focar em quem abre a porta e entra com a agenda nas mãos pronto para anotar os seus pedidos. — Aqui estou, senhor, para que precisa de mim? Luciana perguntou, abrindo a agenda e segurando a caneta. Ela estava tão atenta aos pedidos dele que só notou o seu olhar intrigante quando o silêncio incômodo durou mais do que deveria. Sem imaginar que ela estava sendo objeto dos pensamentos obscenos de um certo homem, que desde aquele encontro quente que o deixou querendo muito mais, não fez nada além de imaginá-la nua com ele por cima, liberando tudo o que ela desperta nele. — Senhor! Há algo de errado? Eu perguntei ao Senhor, o que o Senhor precisa? Perguntou a garota ao perceber que o seu chefe apenas a observava com atenção. — Sim, quero saber se você já fez o que eu pedi esta manhã. Ele se sentiu ridículo demais para ter que inventar uma desculpa rápida que o fizesse parecer menos estúp*ido do que já parecia na frente da sua assistente. — Sim, senhor, exatamente como você ordenou, só preciso confirmar o horário exato do seu encontro com a senhorita Perdomo para que eu possa enviar a ela as informações completas. A jovem respondeu sem demonstrar qualquer sinal de desconforto. O sangue de Gabriel continuou fervendo com a demonstração de indiferença por parte de Luciana, isso era algo novo, pois ele estava acostumado a receber mais de uma ligação ou várias mensagens sugestivas daquelas para quem uma noite com ele não foi suficiente. Todas eram desprezadas, na verdade, ele nunca lhes respondia. — Exclua esse pedido da sua agenda, melhor ainda, arranque a página e esqueça. Ligue para Verónica Perdomo e cancele o encontro, diga a ela que nos próximos meses não terei tempo para nada. Mais irritado do que nunca, ele formulou uma nova ordem, afirmando na sua mente que agora tem uma nova abordagem. — Que? Mas, ela ficou super animada, ela disse que esperaria a hora e que contaria os minutos... — Cancele, Luciana, ou se quiser, não cancele nada, deixe ela ir e passar a noite sozinha naquele hotel, porque eu não irei. Não estou com vontade de ir, ou pelo menos não com ela. Ele falou rápido, sem analisar o significado das suas palavras, enquanto os seus olhos permaneciam ancorados nos da sua assistente, que inevitavelmente o comentário e o olhar penetrante do seu chefe conseguiram robotizar o suficiente para que ela percebesse o duplo sentindo das suas palavras. Ele percebeu que isso teve algum efeito sobre ela. Ou seja, ela não foi tão indiferente a ele como demonstrou o dia todo. — Sim, senhor. Como quiser. Mais alguma coisa? Ela perguntou com voz lenta, engolindo em seco, devido à insistência do olhar intenso de Gabriel, quase sem piscar, olhando para ela com se quisesse devorá-la ali mesmo. — Não, se eu precisar de alguma coisa eu te ligo, ok? Ele usou um tom muito calmo, de um momento para o outro ele começou a se sentir mais leve, pois num passe de mágica, toda a raiva que ele carregava desde esta manhã desapareceu em apenas um minuto que a sua assistente que estava na sua frente ficou com as bochechas coradas. — Com licença, senhor. Luciana despediu-se, virou-se e lentamente se aproximou da porta, abriu-a, saiu do escritório e antes de fechá-la completamente por um breve momento, ousou deixar o olhar conectado com quem a estava seguindo. .mostrando algo muito estranho nos seus olhos. Aquelas íris cinzentas diziam inúmeras coisas que ela não conseguia interpretar, mas quem a observasse percebia a olho nu diversas mensagens que lhe eram reveladas por aqueles olhos curiosos e um tanto tímidos que se esforçavam para corresponder ao seu contato visual. O resto da tarde passou leve, depois de ter se sentido mais calmo com aquela série de olhares compartilhados. Um Gabriel mais alegre, às cinco e meia, decidiu deixar todo o trabalho que precisava de lado, pegou as chaves do carro, o celular e saiu às pressas do escritório antes que a sua assistente saísse. Ele entrou no elevador com ela e vários funcionários. Todos ficaram surpresos ao vê-lo sair tão cedo, pois normalmente o trabalho o absorvia tanto que ele facilmente ficava trancado a noite toda. Cada um dos que estavam ocupando o elevador no primeiro andar despediu-se timidamente do patrão, incluindo Luciana, que rapidamente trocou alguns olhares com Gabriel que não conseguia tirar os olhos dela. Já na avenida, ela caminhou lado a lado com um colega de trabalho pela plataforma até chegar à rodoviária que a levaria para casa, sem saber que Gabriel estava no seu carro a observando de longe. O seu ônibus estava prestes a chegar, porém, com os pés ancorados no chão, quando uma mensagem inesperada chegou no seu celular. Não entre nesse ônibus, eu te levo para casa. Te espero na esquina logo depois do ponto de ônibus. Os olhos da jovem não resistiram à tentação de olhar para o canto indicado, imediatamente um sorriso bucólico tomou conta dos seus lábios ao ver o BMW preta do seu chefe escondido atrás de alguns arbustos. — Luciana! Por que você está sorrindo como uma idi*ota? Acorde, o ônibus chegou, ande logo, você vai ficar para trás e terá que esperar mais de meia hora pelo próximo! A sua companheira Vanessa a avisou, andando rapidamente para subir porque queria uma vaga sentada. — Esqueci uma coisa no escritório, até amanhã. Luciana inventou uma desculpa para ficar. A sua amiga não teve tempo de descer para acompanhá-la e se despediu da janela com certa vergonha por tê-la deixado abandonada sozinha para trás. Por sua vez, Luciana esperou que o ônibus saísse do seu campo de visão antes de dirigir-se a quem se ofereceu para levá-la. Ela chegou no carro, entrou rapidamente e, assim que o fez, o seu chefe ligou o carro a toda velocidade para sair rapidamente da área antes que os funcionários que ainda estavam na empresa saíssem e os vissem. No caminho o silêncio se perpetuou entre eles, o clima de viajarem juntos naquele carro a portas fechadas era de certa forma intima*idante para ela, pois muita coisa acontecia entre eles naquele veículo. Enquanto ela corava com aquelas lembranças vagando por sua mente, o seu chefe não fez nada além de olhar para ela e assim que ele se lembrou do seu momento de glória, sentindo que precisava muito mais dela porque não a conhecia completamente nua, o encontro deles foi escuro e no espaço limitado do seu carro, por isso não estava nos seus planos ficar apenas curioso em acariciar e beijar cada parte da sua pele, enquanto ele a pene*trava com fervor. Com esse pensamento picante, ele segurou com força o volante e aumentou a velocidade. O trajeto até a casa de Luciana foi interrompido quando Gabriel parou em algumas barracas de fast food, o que surpreendeu um pouco a sua assistente, pois ela nunca imaginou que um homem da sua posição social e com músculos tão tonificados pudesse comer esse tipo de comida pouco saudável. — Está com fome? Estou morrendo de vontade de comer um hambúrguer e aqui eles preparam o que há de melhor no mundo. Ela se surpreendeu quando ele insinuou esse convite. — Sim, estou com muita fome, no restaurante onde almocei hoje servem muito pouco e... ‍​‌‌​ ‌‌‌​​‌​‌‌​‌​ ​‌ ‌‌‌​‌‌​​​‌‌​​‌‌​‌ ‌​​​‌ ‌‌‍
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