Episódio 11

1106 Words
— Não tem nada de errado comigo, senhor, é uma tolice da minha parte, por favor, deixe-me ir. Disse ela quando a voz da razão fez um esforço para restaurar a sua sanidade. — Não, eu, eu não quero que você vá embora, e, não acho que seja tolice. Diga-me. Um murmúrio rouco emergiu da sua garganta, enquanto os seus lábios inquietos tocavam delicadamente a pele da mulher que o deixava louco de desejo. — Não é nada, senhor, eu... As suas palavras foram suspensas, quando os lábios do seu chefe se aventuraram a lamber lentamente o lóbulo da sua orelha. Eram carícias muito sutis, mas tão estimulantes que aos poucos anularam toda a sua intenção de fugir. — Eu não acredito em você. Eu sei que você tem algo e preciso que você me diga, melhor ainda, ordeno que você faça isso. A sua voz grossa, dando uma ordem específica, em meio às carícias, procuravam apenas uma coisa. Dominá-la para tê-la exatamente como ele desejava. Ele não podia deixá-la ir, não quando tudo o que queria era tê-la na sua cama a noite toda, e sabia exatamente como fazê-la ceder, pois com o passar dos dias ele foi estudando cada um dos seus gestos, a reação imediata dela diante da sua proximidade não era estranha à malícia de um homem com tanta expertise, além disso, ele vinha descobrindo áreas específicas onde se os seus beijos dedicassem mais atenção ela não o rejeitaria. — É uma ordem, Luciana. Por favor fale. Ele ordenou. Mais uma vez, descendo lentamente pelo pescoço dela, a boca ansiosa por mais. — Não quero que você me entenda m*al, por isso é melhor que... Ela tentou evitar ter que se expor dessa forma. — Não vou entender nada m*al. Ele enfatizou com confiança enquanto virava o corpo dela para poder olhá-la nos olhos. — Eu só quero ouvir você e pronto. — Só não sei como dizer. Isso é muito estranho, estou aqui na sua casa, você cozinha para mim, você se comporta assim, e eu... Ela começou a falar sob a pressão daquelas íris que a encaravam, a suas palavras foram mais uma vez ficando inacabadas, pois, ela tinha medo de demonstrar algum sentimento por alguém que havia deixado claro que tudo o que acontecia entre eles seria sem qualquer compromisso. — Você o quê? Gabriel questionou, aproximando a boca da dela e mordendo delicadamente o seu lábio inferior para provocá-la. — Acho que você traz aqui todas as mulheres com quem dorme, muito provavelmente você se comporta da mesma forma com elas, e não me sinto confortável sabendo que muitas já passaram pela sua cama, e não quero fazer parte dos seus números. As palavras dela fluíram sem conseguir parar de olhar para ele, não porque ela tivesse coragem de dizer tudo isso e encará-lo, mas porque ele havia segurado o seu rosto com muita firmeza com as duas mãos para impedi-la de abaixar a cabeça. — Você está com ciúmes? Ele se sentiu estranho ao fazer aquela pergunta, e ainda mais estranho porque não se sentiu nem um pouco desconfortável ao pensar que a resposta poderia ser sim. Na verdade, imaginar isso alimentou mais o seu ego e aumentou ainda mais sua necessidade de logo tê-la nua e ansiosa por ele. — Não, claro que não, é só isso, não sou assim, não estou acostumada... — Eu, eu nunca trouxe nenhuma outra mulher aqui, não vou te contar o porquê, só vou falar sobre isso esta noite e não vou te responder mais nenhuma pergunta sobre isso. Não quero mentir para você, você tem certeza de quem eu sou e como sou. Mas, você deve saber que você é a primeira a quem peço para acordar comigo na minha cama, para ser sincero, nunca acordei com nenhuma outra mulher, nem aqui, nem em qualquer outro lugar. Ele explicou e assim como disse isso, ele não pensou sobre o motivo pelo qual estava fazendo isso. A sua mente era um redemoinho confuso que rapidamente inventava qualquer desculpa para blindar as suas ações, e naquele momento foi exatamente isso que ele fez, mais uma vez escondeu de si mesmo tudo o que parecia tão óbvio... — Agora, me responda a mesma coisa, você já você esteve com outra pessoa na sua cama? Essa pergunta surgiu do nada fazendo-o se sentir estúpi*do por esperar pela resposta. — Não, nunca, antes de você eu era incapaz de deixar alguém entrar no meu apartamento. Ela foi totalmente sincera, não tinha motivos para ne*gar, só ele conseguira assumir a vontade dela e fazê-la ceder ao seu desejo cativante. — Isso significa que estamos em mãos e somos os primeiros em alguma coisa nas nossas vidas. Suas palavras continuaram abrindo para ambos uma porta enorme que seria muito difícil de fechar — Você se sente mais confortável comigo agora? Perguntou ele, deixando um beijo casto naqueles lábios que sempre quis beijar. — Sim, estou. Sussurrou Luciana, omitindo o suspiro que estava prestes a soltar. — Então você não precisa ir a lugar nenhum, não precisa fugir de mim, não precisa pensar e eu não preciso pensar em nada. Simplesmente deixe-se levar, enrosque-se comigo naquela cama, deixe-me ter você do jeito que eu quero esta noite, depois que terminarmos, adormecemos nus. Com vocês bem perto de mim, e acorde ao meu lado. A sua proposta era concreta, tinha muitas nuances de substância, e a prova disso era seu coração acelerado ao tomar posse mais uma vez dos lábios da mulher que roubava toda a sua atenção. A sua língua urgente encurralou a dela com veemência para sentir que poderia controlá-la, enquanto os seus beijos, sedentos por mais e mais, eram mais exigentes do que nunca. As suas grandes mãos pousaram firmemente nos quadris de Luciana, com um impulso ele levantou o peso do seu corpo, incitando-a a envolver as suas costas com as pernas. Ela atendeu ao pedido dele imediatamente, instantaneamente tudo voltou a fluir daquele jeito, tão natural, era como se uma m*aldita chama de fogo os consumisse quando estavam juntos, pois estar perto e se beijar era tão perfeito como a po*rra do sol que dá vida a toda a humanidade. Aquele homem ansioso, naquele exato momento em modo automático, anulou completamente toda possibilidade de raciocínio e se dedicou a viver plenamente aquele momento que tinha consciência de ter causado. Sem perder tempo, quase cegamente porque estava agarrado aos seus lábios, guiou os seus passos com ela deitada no seu colo até ao seu quarto onde planeara desfrutar de um novo encontro que prometia ser um dos mais agradáveis ​​da sua existência.
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