Cumplicidade

944 Words
Semanas inteiras se passaram e com elas continuaram aqueles encontros apaixonados no apartamento de Gabriel, no de Luciana e, claro, no carro de janelas escuras que servia de refúgio em qualquer lugar moderadamente solitário onde a urgência de estar juntos era premente. A única coisa que eles estavam proibidos de fazer até aquele momento era perder o controle dentro da empresa. Na escuridão, depois das dez da noite, as mãos de Gabriel se moviam para cima e para baixo nas costas nuas da mulher que estava compartilhando o seu corpo com ele por mais uma noite. Mais de quatro semanas se passaram desde que ele lhe trouxe aquele urso panda que ficou com ela como uma lembrança do que ela havia vivido, desde então, tudo entre os dois começou a go*zar de mais sensibilidade. — Você tem um corpo muito bonito, se dependesse de mim eu sempre te teria nua com as pernas abertas em cima de mim, e com o meu p*au dentro de você, assim como eu tenho você agora. Ele não conseguiu evitar deixar escapar essa declaração, era impossível para ele ficar em silêncio. Sendo dominado sob o êxtase de satisfazer a sua masculinidade com aquela linda garota. — Não sei por que, mas, eu adoro quando os seus olhos me olham assim. Ele continuou a se expressar mais livremente do que jamais havia se permitido, enquanto o sofá da sala de estar testemunhava cada beijo e cada carícia compartilhada entre dois amantes que enlouqueciam de paixão quando estavam juntos. — Devo considera isso um elogio? Ela perguntou curiosa, os seus quadris dançando suavemente, que fluíam em cumplicidade com os movimentos do homem que estava sentado no móvel, contemplando as curvas nuas que tinha o privilégio de possuir. — Não sei dizer exatamente como, só sei que gosto muito da sua aparência. Reafirmou ele, capturando o rosto dela entre as mãos e, com desejo absoluto, dominou com beijos deliciosamente agradáveis ​​aqueles lábios que tanto desejava. E amava beijar. Ele a tomou sem controle, desfrutando plenamente da sensação de reciprocidade. Ele agia com tanta naturalidade, era tão espontâneo que com os seus gestos, as suas palavras e até mesmo o seu olhar, estava dando tudo e muito mais do que deveria ter se permitido, sem sequer imaginar o estrago que tudo o que ele começava a dar sem limites estava causando na mulher que o amava mais intensamente, e como poderia não fazê-lo? Sim, ele, com toda aquela atenção, com toda aquela necessidade que demonstrava de tê-la por perto e com aquele desejo que parecia infinito por seu corpo, estava se encarregando de tatuar o seu nome para sempre no seu coração. Mais alguns minutos foram suficientes para que desaparecessem na escuridão, suados, trêmulos e abraçados, eles explodiram juntos, envoltos numa espécie de nuvem que os elevava para fora de toda a realidade. Uma hora depois, eles estavam saindo do apartamento daquele chefe apaixonado que não perdia uma esquina para devotar aqueles lábios rosados ​​que ele desejava a qualquer hora. — Boa noite, nos vemos na terça na empresa. Gabriel se despediu, quando para seu pesar por querer passar a noite com ela, teve que deixar a sua amante de dias na frente da sua casa, que sem perceber tinha se tornado a sua companheira de cama por meses. Era um absurdo para ele saber que com ela não conseguia conter a vontade de procurá-la e chamá-la para um novo encontro, pois tinha que reconhecer que ele e sempre ele desde que estavam naquela situação era quem provocou-os, e ele até ficou chateado quando percebeu que ela fingia indiferença. A garota saiu do carro e caminhou lentamente até o seu prédio. Ele esperou que ela desaparecesse do seu campo de visão para ligar o carro enquanto a sua mente se envolvia em pensamentos que apontavam para suas ações. Ele tinha que dar um fim naquele assunto, a questão era quando, como e onde? Ele se sentia mais enredado a cada momento que passava com ela. Isso era inquestionável e naquele momento ele estava confirmando para si mesmo o quanto se sentia perdido com tudo o que se recusava a aceitar, pois era fim de semana, que seria mais longo por incluir um feriado na segunda-feira, e ele tinha um compromisso fora da cidade, então algo que ele não sabia como descrever o estava perturbando. A ansiedade silenciou a sua razão enquanto os seus dedos agiam, escrevendo uma mensagem curta, mas poderosa. Vou buscá-la amanhã de manhã, espero por você às sete horas, leve roupas leves, faremos uma viagem para um clima quente. Sem pensar, ele enviou o convite, sem esperar por um resposta ele deixou o celular no porta-luvas e mais relaxado continuou o seu caminho de volta para casa. Ele tinha certeza de que ela não hesitaria em continuar se deixando levar para onde ele quisesse. Por sua vez, Luciana, ao ler aquela curta linha, não só o seu coração vibrou, como também pulou de emoção, sorrindo como uma boba, enquanto confirmava aos pais por telefone que não poderia ir visitá-los, pois estava com problemas. Era costume ela ir visitá-los num fim de semana prolongado. Ele amava os seus pais. No entanto. O fato de Gabriel Santana estar começando a demonstrar mais interesse em passar tempo com ela superava todas as suas expectativas e não havia nada no mundo que pudesse fazer recusá-la o seu convite. ‍‌‌​​‌‌‌​‌​‌​‌​‌​‌​‌​‌​​‌‌​​‌​‌​‌​‌​‌​‌‌‍
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