Aposta Proibida (morro)

capítulo 06

Duda narrando

Terminei de limpar toda a casa, e já era quase 19 horas da noite, eu tô tão cansada que só consigo pensar em tomar um banho e me jogar na cama pra dormir. Meu estômago roncou de fome me avisando que eu ainda não tinha comido nada e eu me lembrei que só tomei o café da manhã.

Duda: eu já terminei tudo Katia, será que posso comer alguma coisa antes de ir me deitar, to com muita fome e passando m*l?.- eu falo com ela que ta toda arrumada na sala e me olha com a cara feia.

Katia: come a comida que sobrou na panela do almoço e depois já lava as panelas, vou sair pra jantar com o gringo e não quero nada na pia sujo me ouviu?.- ela fala e eu confirmo indo pra cozinha ver a comida que ela disse que tinha.

Abri as panelas vendo um arroz com o fundo todo queimado e um feijão que tinha mais água do que feijão. Não sou de reclamar das comidas não meu Deus, mais isso aqui não dá pra comer, acho que nem bicho merece isso aqui. Joguei toda a comida no lixo, e lavei as panelas como ela pediu, ouvi quando o gringo entrou e eu fiquei ali enrolando pra não ver ele.

Gringo: Eduarda?.- ele fala atrás de mim com uma voz que me arrepiou de medo e eu me virei olhando pra ele que tá com o semblante de nervoso.- eu soube que tu e amiga do tenente do bope e quero saber se isso é verdade.- ele fala e a Katia aparece na cozinha.

Katia: o que? Ela é amiga de policial? Isso pode nos prejudicar gringo, não podemos ficar com essa coisa aqui não.- ela fala e eu começo ver tudo rodando na minha frente não sei se é o nervoso por ele saber do Theo ou se é a fome.

Duda: o pai dele era...- eu tento falar e só lembro que tudo se apagou na minha frente.

Acordei meia desnorteada sem saber aonde eu estava e quando olhei em volta, tinha uma enfermeira parada do meu lado colocando uma medicação em mim, forcei pra abrir os olhos e falei com ela.

Duda: aonde eu tô?.- eu pergunto pra ela que sorri pra mim simpática.

Enfermeira: a senhora tá no posto da comunidade, passou m*l e o patrão a trouxe pra cá, fizemos uns exames e vc esta muito desidratada, então estamos aplicando uma glicose pra ver se você melhora e depois tá liberada tá bom, não fica muito tempo sem comer porque isso faz m*l.

Duda: eu estava fazendo faxina e acabei ficando tempo demais sem comer, mais não vou mais fazer isso.- eu falo pra ela que sorri, não vou falar nada sobre a mulher do patrão, se não isso pode me prejudicar ainda mais.

Depois de 1 hora, o soro acabou e a enfermeira disse que eu estava liberada, levantei da maca arrumando meus cachos que estão bagunçado e sai do quarto que eu estava tomando medicação. Chegando na recepção lá estava o gringo e a Katia com a cara feia dela de sempre, essa mulher deve ser muito infeliz porque só vive com essa cara feia dela.

Gringo: tá liberada?.- ele pergunta e eu confirmo

Katia: graças a Deus, não aguentava mais esperar, tô morrendo de fome e tô cansada.- ela fala e eu olho com os olhos serrados pra ela.

Duda: não sei do que você tá cansada, passou o dia todo jogada no sofá com o celular na mão.- eu acabo falando no impulso e ela segura no meu braço.

Katia: como eu já disse, você não está no SPA, tá aqui pra pagar a divida da viciada da sua mãe, então meu bem, até você pagar tudo e sair fora da minha casa, eu não lavo mais um copo lá, você agora que vai fazer tudo.

Gringo: Katia cala a por.ra dessa boca e vai pro carro caral.ho, tô cansado de ouvir suas reclamações hoje já.- ele fala com ela que olha pra ele sem acreditar que ele tava falando com ela daquele jeito e ela saiu batendo os pés.- tu tá ficando maluca ? Não era pra tu ficar sem comer, tu ta aqui pra pagar a divida da sua mãe, mais não vai ser tratada igual bicho não, você tem liberdade pra comer o que quiser na minha casa, a hora que você quiser tá me ouvindo ?.- ele fala segurando meu rosto e eu olho nos seus olhos negros, seus olhos intercalavam com os meus, o que me deixou com muita vergonha e eu abaixei a cabeça.- hoje não, mais amanhã quero saber mais sobre esse tal policial que é seu amigo.

Duda: tá bom, muito obrigado, será que podemos ir agora? Tô muito cansada.- ele confirma e nós saímos do posto.

Entrei no banco de trás vendo a Katia com uma cara muito feia, e me acomodei no banco, minha barriga fez um barulho bem alto e o gringo me olhou pelo retrovisor, o que me deixou com muita vergonha. Ele parou em uma lanchonete e disse que era pra mim e pra Katia ficar no carro esperando que ele ia pegar algo pra gente comer.

Katia: eu acho bom você ficar no seu lugar, gringo quase não fica em casa e sua patroa sou eu, você tem que fazer o que eu mandar e se falar alguma coisa pra ele sua vida do vai piorar tá me ouvindo ?.- ela fala virando pra trás e eu sustento seu olhar, será que ela pensa que eu tenho medo dela ?

Duda: eu já estou no inferno, impossível ficar pior que isso.- eu falo pra ela que respira fundo

Katia: você não me conhece, se não quiser que eu faça ele te matar, fica na sua projeto de vagaba.- ela fala e ele entra no carro com uns salgados, batatas fritas e uns lanches.

Ele separou tudo entre nós 3 e eu comia tudo aquilo como se tivesse passando fome a dias. Quando chegamos na casa deles, eu juntei todo o lixo que comi e sai do carro indo até a cozinha colocar no lixo, fechei as portas, vendo tudo limpinho, amanhã não vai ter tanta sujeira, e só manter que fica tudo limpinho até esse tal pagode e eu não vou precisar ficar me matando.

Subi pro meu quarto e fui direto pro chuveiro, não vou aguentar essa mulher por muito tempo, preciso arrumar um jeito de pagar logo esse dinheiro e poder sair daqui o mais rápido possível.