1° Parte – 2° Capitulo: Ela

3399 Words
** ALICE ** Quando Lucas chegou, fiquei vermelha, pois queria uma resposta, mas estava com vergonha de receber está resposta pessoalmente. Ele disse-me: — Oi, Alice! Balancei a cabeça de forma positiva sorria com um olhar meio tímido, fui ficando vermelha, estava feliz e pensava que se ele veio aqui é porque ele sentia o mesmo por mim, se não fosse isto não teria sentido ele ter vindo a minha casa. Então ele sentou-se ao meu lado pegou na minha mão, o meu coração acelerou e ele falou: —Quero dizer-te que gostei muito da sua cartinha, e tenho que lhe dizer que também sou muito apaixonado... O meu coração estava quase saindo pela boca, coloquei a mão na boca estava-me emocionando ele finalizou dizendo: — E tenho os mesmos sentimentos por Velma. Velma se espantou o meu sorriso entristeceu-se. Velma estava em pé na minha frente, ele estendeu a mão a ela, e ela retribuiu ao entregar sua mão a ele. Velma sorriu-lhe então eles beijaram-se na minha frente. Os empurrei e sai correndo, fui ao meu quarto, me escondi de baixo da cama chorando muito. Eu não acreditava que aquilo estava acontecendo. Sendo traída pela minha própria irmã. Após Lucas ir embora, Velma foi até o meu quarto sentou-se na minha cama e falou: — Alice, desculpe-me! Eu não queria que isto tivesse acontecido, as coisas que ele falou mexeram comigo. Eu sai de baixo da cama e gritei: — Por que fez isto comigo? Velma respondeu: — Não imaginava que fosse acontecer! Eu esmurrava Velma falando: —Eu odeio você! Sempre querendo ser o centro de tudo e se mostrar melhor que todo o mundo. Você me odeia porque sabe que sou a preferida do papai. Velma deu-me um tapa empurrou-me que cai no chão, ela falou: — Só porque fez isto eu vou namorar este garoto. Estava sentada no chão quando gritei: — Eu vou contar pro papai. Velma pegou-me pelos cabelos, puxou-me de um lado para o outro. E falou: —Se você contar ao meu pai eu vou-te bater. Após este dia Velma começou a odiar-me e para me castigar passou a namorar Lucas. Como os nossos pais não iriam aceitar, namoravam escondido. Era obrigada a acobertar, se não ajudasse apanhava. Sofri muito afinal eu gostava daquele menino e era obrigada a vê-los se beijarem na minha frente. Passaram algumas semanas, estava no meu quarto Velma se aproximou, a muitos dias que ela nem olhava na minha cara, ela aproximou-se e questionou-me: —Ainda gosta do Lucas? Pode dizer a verdade! Então respondi: —Não gosto mais dele, ele é seu namorado! E não é tão bonito assim... Velma respondeu: — Há tá! eu perguntei porque eu ia terminar com ele. Afinal nem gosto dele. Eu fiquei pensativa sobre o que ela falou ela virou de costas e ia saindo, então falei: — Espere! Velma parou se virou, olhei nos seus olhos aquele olhar parecia o mesmo de antes. O olhar daquela irmã que tanto amava e poderia confiar, decidi abrir o meu coração e falei: — É muito difícil esquecer o meu primeiro amor, sim! Ainda gosto muito dele. A minha irmã olhou bem para o meu rosto, o seu olhar mudou, era um olhar de repleto ódio então ela falou: —Tá! bom vou chama-lo daí fala isto para ele. Velma deu um sorriso malvado e gritou: — Lucas pode vir! Espantei-me, não imaginava que ele estivesse ali, o Lucas apareceu em segundos então ela falou: —Amor a Alice ainda gosta de você, acredita? Nisso? (risos) Ela continuou: — E, nessa altura? O que acha disto? Ele aproximou-se com cara de nojo olhou para o meu rosto e falou: — Alice é apenas uma pirralha, não tem idade para namorar. Vai brincar, de bonecas, estudar! Esquece-me eu sou da sua irmã! Cada palavra era como se perfurasse cada camada do meu coração. Ele falava enquanto Velma me olhava com tom de deboche. Eu não conseguia entender o que eles ganhavam ao causar o meu sofrimento. Comecei a chorar, Velma olhou para o meu rosto e falou: — Vamos ver se agora ela aprende! Que não se deve desejar o namorado dos outros! Não suportava mais estar por ali então corri. Corria chorando para fora de casa. Ao sair olhei para o lado e vi a casa de Kelly. Atravessei a rua correndo a limpar as lágrimas e bati na porta gritando: — Kelly por favor! Deixa-me entrar. Kelly abriu a porta e com amor me abraçou. Fiquei muito decepcionada e sempre contava as minhas frustrações a Kelly. Kelly: —Sua irmã é uma bruxa! Além de ficar com o rapaz que ela sabe que gosta ainda o usa para lhe maltratar. Eu falei chorando: — Talvez eles tenham razão eu seja apenas uma pirralha, que não mereça ter um amor. Kelly abraçou-me forte e falou: — Amiga é muito nova para pensar que ele seja o amor da sua vida. Esqueça este babaca vá estudar, crescer se desenvolver. Chorei muito naquele momento sentia-me triste e bastante humilhada, não queria ver a cara da Kelly e nem de Lucas. Decidi aquele dia que eu iria fazer de tudo para o esquecer. Respondi à Kelly: —Vou esquecer o Lucas, Vou esquecer do Amor. Aquele dia pedi a minha mãe para ficar na casa de Kelly. Mamãe permitiu! Ao anoitecer fui ao banheiro, lá eu chorei por horas, pois não queria mais chatear Kelly com as minhas lamentações. Ao sair o pai de Kelly chegava em casa. Ele era muito gentil comigo, era como se fizesse parte da família. Ele deu um belo sorriso se aproximando para me comprimentar , os meus olhos estavam inchados. A sua expressão mudou para um olhar de preocupação, colocou a sua mão no meu ombro e perguntou: — Alice! Porque está triste? Os meus olhos encheram-se de lágrimas, segurei o choro e Respondi: —Não é nada senhor Róger! Kelly veio a cozinha e falou: — Até agora esta chorando por causa daquele menino? Fiz sinais para Kelly se calar, pois o pai de Kelly era o melhor amigo do meu pai, e não queria que ele contasse ao meu pai sobre os problemas vividos em casa, e muito menossobre a minha paixão. Pai de Kelly deu risadas, com um olhar de afeto limpou as minhas lágrimas com os seus dedos e falou: — É normal ter paixões na sua idade! Tive diversas isto irá passar com o tempo. Não consegui conter-me, apertei os punhos e falei: — Ele falou que sou criança que tenho que brincar de bonecas e estudar. Mas sei que ele não me quer porque sou feia, estranha e desengonçada. Não sou e nunca serei bonita como a minha irmã! O senhor Róger aproximou se abaixou a ficar com o rosto na altura do meu. O seu olhar era penetrante aquele momento foi quando observei o quanto o pai de Kelly era lindo. Ele colocou o meu cabelo atrás da orelha olhou-me com ternura e falou: — Vejo uma menina linda, inteligente, com um futuro promissor pela frente. O meu coração estava acelerado dei um leve sorriso, pai de Kelly levantou-se e falou com um belo sorriso no rosto dizendo: — O primeiro amor sempre pensamos ser o último e o último ser o primeiro. É muito jovem para saber o que é o amor. Por outro lado, ele te deu um ótimo conselho! Estude, se capacite! O mundo pode-te tirar tudo! Dinheiro, bens, amigos! A única coisa que não tem preço e que ninguém pode tirar de você é o seu conhecimento. Senhor Róger passou a mão na minha cabeça e seguiu para o seu quarto. Após a conversa fomos dormir, os concelhos do senhor Róger penetraram na minha mente. A sua boca não saia dos meus pensamentos, como o pai de Kelly é lindo. A todo o momento lembrava-me das suas palavras e daquele olhar fascinante como um homem como aquele está sozinho? Dei um tapa na minha cabeça e pensei serem bobagens da minha cabeça. Afinal o senhor Róger só tinha olhos para a mãe de Kelly, sempre seria para todos uma eterna pirralha que nunca traria interesse a nenhum homem. O tempo foi passando Velma continuou a namorar Lucas escondido e após um ano Velma perdeu a sua virgindade com o meu amor de infância. Ainda fui obrigada a escutar os seus gemidos, gritos e escutar o nhec, nhec da cama. Além de ter que vigiar a porta para caso papai e mamãe voltassem do trabalho. Um ano depois Velma engravidou! Tiveram que revelar o namoro escondido aos nossos pais. Papai ficou furioso nunca tinha o visto tão bravo como aquele dia. Papai gritava: —Como você pode fazer isto? É apenas uma criança? Como ira se sustentar? E esta criança? Diz-me?? Velma apenas chorava abraçada a mamãe. Ele falou: — Vamos agora resolver este problema, vamos à casa de Lucas. Fomos todos juntos, pois tínhamos medo de papai querer matar Lucas. Chegando o papai bateu palmas, ao longe vimos uma senhora de aproximadamente 40 anos, baixa, magra, cabelos negros presos por um lenço, branca, olhos castanhos, ela se chamava Geralda. Dona Geralda era uma mulher honesta, trabalhadora, esforçada, porém se ocupava tanto com o trabalho que não conseguia dar atenção ao filho. O pai de Lucas quando ele ainda era um bebê havia saído de casa com a promessa de comprar cigarros e nunca mais voltou. Anos depois descobriram que ele tinha formado uma nova família, ele nunca quiz cumprir com suas obrigações de pai, então dona Geralda tinha que trabalhar duro para sustentar Lucas sozinha. Dona Geralda estava espantada com a nossa visita, pois nós m*l nos conhecíamos, éramos vizinhos, porém não tínhamos intimidades, ela aproximou-se do portão de grades finas horizontais, colocando a mão esquerda sobre uma das grades e na sua mão direita ela tinha um cigarro. Ela levou o cigarro na sua boca o tragou, soltando a fumaça ela perguntou: — No que posso ajuda-los? O meu pai respondeu: — Viemos conversar sobre um assunto sério relacionado ao seu filho, Lucas. Dona Geralda olhou com olhar de fúria para dentro de casa. Lucas chegou a porta, ao ver Velma ele espantou-se. Geralda abriu o portão dizendo: — Entrem, por favor! Entramos na casa. Era uma casa simples com apenas um quarto, sala, e cozinha. Ela falou: — Podem se sentar. O que há de tão grave ao ponto de procurar-me está hora da noite? O meu pai sentou-se no sofá dizendo: — Desculpe pelo horário! Tem certas coisas que não podemos deixar para o outro dia, devem ser solucionadas na hora. Dona Geralda olha para Lucas com olhar de ódio e falou: — Lucas fez alguma arte? Lucas se assusta e corre para o seu quarto. Geralda grita: — Volte aqui! Lucas vai para a sala, fica ao lado da mãe com a cabeça abaixada. Papai respondeu a olhar fixamente para o rosto de Lucas: —Ele fez uma bela arte na barriga da minha filha Velma! Dona Geralda franziu a testa, olha para o meu pai questionando: — Desculpe, mas eu não compreendi. Mamãe respondeu: — Minha filha Velma está grávida o Lucas é o pai da criança. Lucas ficou vermelho, verde, amarelo e roxo. A mãe dele balançando a cabeça em forma de negação parte para cima dele dando tapas gritando: — Como pode fazer isto? Arruinou a sua vida! O meu pai a tira de cima de Lucas, ele chora dizendo: — Desculpe mãe! Eu não queria isto... Mãe dele respondeu: — Se não queria? Então porque fez? Quer ser como o seu pai? O meu pai colocou-se no meio dos dois dizendo: — Também fiquei nervoso, não foi o que idealizei para nenhum dos meus filhos serem pais tão novos. Mas temos que resolver de uma forma que não manche a honra da minha filha. O seu filho fez ele deve assumir o filho dele. Velma sorriu, mas Lucas não parecia tão feliz. Era como se todo o amor que ele falava sentir tivesse acabado. A dona Geralda olhou para Lucas e respondeu: — Concordo com você eu criei um homem e não um moleque, ele não será como o pai dele. Só me preocupo com o fato de ainda serem muito novos, como irão se sustentar sozinhos? Papai: — Isto aí você pode deixar comigo. E assim Papai e a mãe de Lucas resolveram tudo em comum acordo. Eles os obrigaram se casar, e como eram ainda adolescentes, foram morar na nossa casa. Mas eles não teriam vida fácil, Lucas ia trabalhar como pedreiro com o papai, até juntarem dinheiro e construir um barracão nos fundos da nossa casa "algo que nunca se concretizou". Já Velma ficaria por conta de tomar conta do bebê e ajudar mamãe com os afazeres domésticos "algo que também não aconteceu". Nove meses depois nasceu o bebê mais lindo do mundo meu sobrinho Luquinhas. Luquinhas tinha pele branquinha, olhos azuis cabelos espetados. Com o passar do tempo minha rotina se baseava em estudar, ir para a escola, cuidar do Luquinhas e ir para a casa de Kelly. O momento que eu mais amava era ir até à casa da minha amiga. Pois, sempre que eu ia eu poderia ver o pai dela. Aiiii o senhor Róger, ele havia se tornado na minha mais nova paixão platónica. Eu não precisava falar com ele, eu só queria o admirar a distância, sentir o seu doce perfume, e ouvir a sua voz. Mesmo que boa parte das conversas eram com Kelly. As vezes procuravam desculpas para ir à casa dela, desta maneira eu poderia ficar o observando. Isto era o bastante para mim. Neste meio tempo o senhor Róger já havia voltado com a mãe de Kelly e se separado novamente. Quando eles voltaram foi na época da gravidez de minha irmã. Neste tempo me afastei da casa de Kelly, pois não gostava da mãe de Kelly e tinha ciúmes de vê-los juntos, quando Kelly me chamava para ir a sua casa eu arrumava desculpas relacionados a graviez da minha irmã e invertia o convite a chamando para a minha casa. Neste período os pais de Kelly viajavam muito e a Kelly sempre ficava na minha casa. Com o tempo eles se separaram novamente e assim eu voltei a frequentar a casa deles. Minha paixão por seu Róger só aumentava eu sentia uma ligação forte com o pai de Kelly, como se algum dia ele fosse fazer parte da minha vida. Um dia ao sair de casa vi um grande caminhão de mudança na frente da casa de Kelly. Atravessei a rua correndo, onde encontrei o pai de Kelly, ele estava com uma camisa esporte uma bermuda Jeans, falando no telefone. Ele desligou olhou-me e deu um lindo sorriso dizendo: — Oi, Alice! Respondi com lágrimas nos olhos: — O que estão a fazendo? Senhor Róger respondeu: — Estamos nos mudando! Eu o abracei chorando dizendo: — Vocês não podem ir! Fazem parte da minha família. Senhor Róger abaixou-se olhou nos meus olhos dizendo: — Kelly nunca deixará de ser sua melhor amiga, e quando quiser poderá ir nos visitar. Eu sabia que era vista por senhor Róger como uma criança, porém eu sentia que deveria abrir-me para ele. Talvez desta forma ele deixaria de ver-me desta maneira. E quem sabe o impediria de ir embora. Fechei os olhos de forma contundente e falei: — Eu tenho algo para lhe dizer! É que há muito tempo eu sinto um sentimento muito forte pelo senhor. Senhor Róger respondeu: — Sei que me vê como um pai para você. Chorando o interrompi a dizer: — Não! Estou apaixonada pelo senhor. Senhor Róger deu-me um abraço bem gostoso e falou próximo ao meu ouvido: — Alice é linda, mas é muito nova e ainda tem muito o que aprender sobre a vida. O que sente é apenas uma admiração e isto é momentâneo. Sou muito velho para você e tenho a idade do seu pai. Após escutar estas palavras, saí correndo. Corri até a minha casa, escondi em baixo da cama e chorei até adormecer. Kelly e o seu pai mudaram. O pai de Kelly com muito esforço ficou bem-sucedido. Aquilo acabou com o meu coração, além de perder a minha melhor amiga, ainda levei um fora da minha grande paixão platônica. Então decidi afastar-me de Kelly, pois não queria mais saber de histórias sobre o seu pai. Para evitar as ligações de Kelly liguei na operadora de Telefonia fingindo ser minha mãe e solicitei a mudança de número de telefone. Falei a minha mãe que a operadora havia ligado a dizer que para colocar Internet teríamos que mudar de número de telefone que desta forma ficaria mais fácil de colocar. A nossa casa não tinha Internet, a operadora sempre dizia não ter porta disponível na nossa região, a minha mãe aceitou por ser algo que ela sempre quis colocar na nossa casa. Após 3 anos agora eu com 16 anos, desta vez tinha s***s, grandes e volumosos, rosto oleoso, com algumas espinhas aparentando, sempre usava blusas largas, pois tinha vergonha do meu corpo, pois ainda era vista como a esquisita. Chegando a escola Bruno falou: — Oi! cabeça de jamelão tem leite aí nestas t***s? Eu abaixei a cabeça apareceu Roberto falando: — Olha só quantas espinhas tem neste rosto parece até uma cara de borracha. Ou Seja, conquistei os s***s que tanto queria e a visibilidade que adquiri era diferente da que eu gostaria, pensava que seria uma maneira de atrair meninos, mas foi outra forma de adquirir mais apelidos. Desta vez os apelidos eram vaca leiteira, cabeça de jamelão, cara de borracha. Achava-me feia e sem graça, não tinha vaidade, nesta época tinha o rosto carregado de espinhas e os cabelos eram grandes e embaraçado, ainda não tinha vaidade, nem fazia maquiagem, as unhas curtas roídas, nunca havia tirado as sobrancelhas, não me arrumava porque, na verdade, o que Lucas me falou na infância havia-me marcado, "vá estudar e brincar por que você é apenas uma pirralha", consequentemente as palavras do senhor Róger também não saíam da minha cabeça "Sou muito velho para você e tenho a idade do seu pai." Porem eram fases superadas, não havia mais paixões platonicas e nem romances de infância. Estava feliz comigo mesma sem ligar para a opinião das pessoas, havia crescido, mas ainda possuía hábitos infantis. Brincava muito com o meu sobrinho e tornava-me em outra criança quando estava com ele. Devido aos Bullyings sofridos pelos meus colegas eu não tinha muitos amigos nem era de me aproximar das pessoas, não era popular, porem nem ligava, pois tinha tanta vergonha que o que mais queria era ser invisível, escondia do mundo e de todos. Foi quando decidi que velhas amizades não deveriam ser evitadas. Já haviam alguns anos que não falava com a minha amiga Kelly. Ao chegar em casa, procurei a minha agenda, procurei o número de Kelly e liguei. O telefone tocou, chamou por três vezes até escutar uma voz familiar do outro lado da Linha. Era a minha amiga.Kelly era morena clara, olhos negros, corpo perfeito, estudamos juntas por 4 anos, fazíamos de tudo juntas. Os nossos pais também eram amigos de boteco, sempre que iam beber juntos, Kelly dormia na minha casa e adorávamos! A cerca de três anos o pai de Kelly tornou-se num homem muito bem-sucedido. Eles mudaram para um condomínio fechado de casas, Kelly mudou de escola e de rotina. Agora o pai não ia mais para barzinhos, pois era bastante ocupado. Kelly atendeu o telefone dizendo: — Alô!? Respondi: — Adivinha? Kelly deu um grande grito de felicidade dizendo: — Nãooooo acreditooooo. Dei risadas enquanto ela dizia: — Não aceito não como resposta! Já quero-te ver este final de semana. Você vem prá cá. Temos que fazer a noite do pijama. Eu e Kelly não nos víamos a alguns anos, mas ainda éramos as melhores amigas, era nítido a nossa conexão, como se nunca tivéssemos nos afastado. Porém, ainda estava tensa, pois ir à casa de Kelly eu deveria ver o seu pai. E isto deixava-me nervosa. Porém, coloquei na minha cabeça que era uma história que nunca aconteceu e deveria ficar no passado. Isto era apenas uma paixão platônica de uma criança. Não sou mais criança hoje sou uma mulher.
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