O quarto era impregnado com a suavidade do crepúsculo, as cortinas de seda deixando filtrar uma luz tênue que tingia as paredes com tons de amarelo. Eu estava ocupada ajeitando os lençóis da enorme cama no quarto do hotel em Roma quando a porta se abriu silenciosamente. Meus movimentos se congelaram quando me deparei com Dante , adentrando o aposento. Encarei-o com surpresa evidente nos olhos. "Você... você vai dormir aqui?", perguntei, como se a ideia fosse tão absurda que não pudesse ser real. Dante, por sua vez, apenas cruzou os braços e me encarou com uma expressão séria. "Achou que eu estava brincando, Catarina?" Senti uma mistura de incredulidade e desconforto. "Bem, sim. Obviamente pensei que sim." Ele balançou a cabeça, como se minha resposta fosse óbvia demais para ser digna d