CAPÍTULO 1

913 Words
MAYA Vou me apresentar pra vocês formalmente. Eu sou a Maya Santiago, tenho 23 anos, tenho uma filha de 1 ano e sou dona de uma loja de lingeries. Hoje eu moro com minha melhor amiga a Isabela e com minha filha a Sofia. Eu sempre fui muito esforçada nas coisas que eu queria, eu comecei a trabalhar com 18 anos assim que me formei na escola, trabalhava em uma lanchonete temática do bairro, eu fiz uma poupança e juntava todo o dinheiro pra pagar minha faculdade. Com 21 anos entrei finalmente na faculdade de psicólogia, tava tudo perfeito até que no meu aniversário de 22 anos descobrir que tava grávida de 3 meses. O meu mundo caiu ali, o que eu iria fazer. Meu dinheiro era todo pra faculdade, eu ainda morava com meus país, o pai do meu bebê ta fora do país e ainda estamos brigados. Foi uma época desesperadora, eu mandei menssagem pra ele no mesmo dia que eu tive uma confirmação 100% - Porque não confiava no teste de farmácia então fui no médico pra ter certeza - Ele demorou dois dias pra responder e fui nesses dois dias que eu contei pros meus pais. No começo eles se assustaram, ja que eu nunca assumi nenhum namorado e nunca falei de ninguém. A única coisa que eles ficaram preocupados era com o pai da criança, pra saber quem era. Minha mãe ja conhecia o Miguel, porque ele estudou na mesma escola que eu. Eu sempre falava dele como o menino la da escola, ela chegou a conhecer ele em um trabalho de gincana que teve na minha escola, mas foi so isso. O Miguel me respondeu perguntando o que tinha acontecido, ja que eu não tinha falado de cara que eu estava grávida - estávamos a meses sem se falar, eu não ia chegar " oi tudo bem? Estou grávida" - eu falei com ele que tinha uma coisa seria pra falar. Conversamos e eu contei, ele ficou extremamente assustado, falou que não tava nos planos dele ter um filho,mas ja que tinha acontecido ele ja amava a criança - óbvio que ele não tava esperando ainda mas que ele ja estava namorando outra - Meus pais queriam conversar com ele e assim fizeram, porém não do jeito que imaginavam pois o Miguel está na Alemanha, ele não ia vim aqui do dia pra noite, então foi por skype . Meu pai encheu eu o Miguel de esporro, falando o quanto a gente foi irresponsável, que bebê não é boneco - e com toda razão. E se passaram 2 meses e minha barriga ja estava grande, eu fui demitida. Isso mesmo, como lá é uma lanchonete temática a gente andava de patins e fantasiado - e eu "não me encaixava mas nos padrões da empresa". Tranquei minha faculdade porque o meu salário era pra pagar a faculdade, e fiquei perdida, jogada ao vento. O Miguel sempre mandava dinheiro pra comprar as coisas da bebê, com isso eu não tinha preocupação. Mas eu estava acabada, meu corpo era outro, meu sonho de ser uma psicóloga tinha ido aos ares, eu não tinha dinheiro nenhum, minha mãe e a Isabella foram fundamentais pro meu psicólogico nesse momento. Mas como diz o ditado: "Quando Deus fecha uma porta, ele abre duas janelas" . Eu sempre gostei de desenhar, e dai por acaso eu arrumando minhas coisas achei um desenho antigo meu de uma lingerie, eu assistia os desfiles da Victoria's Secret e desenhava alguns modelos inspirados, e foi ai que eu pensei, e se eu vender lingeries exclusivas?! E assim foi feito, minha mãe é costureira e eu sabia costurar também, então o peguei o resto de dinheiro que eu tinha - o que eu ganhei quando sai da lanchonete - e comprei materias. Fiz alguns modelos e costurei - entre erros e acertos eu fiz . Sai de porta em porta vendendo, uma mão na sacola e a outra na barriga que ja tava bem grandinha, depois de um tempo com o famoso boca a boca, a clientela foi crescendo - até as clientes da empresa que minha mãe trabalha virou meu também. E foi assim até os meus nove meses, toda inchada costurando e fazendo entrega - eu não queria ficar a vida toda sendo bancada pelos meus pais e nem morando aqui pra sempre. Durante esse tempo eu ficava mandando foto da barriga pro Miguel, as coisas que eu comprava - o dinheiro dele né, vai que ele queira saber o que eu to fazendo com eles - o nome Sofia ele que escolheu, era o nome da vó dele. No parto da Sofia ele não pode vim pro Brasil, então a Isabela que assistiu o parto - ja que ela era a madrinha. Eu fiquei três meses tendo minha licença maternidade - que eu mesma me dei, sem costurar nada. So que tava cheio de pedidos, a Isa teve a ideia de criar um i********: pra vender - pra conseguir administrar melhor . E ficou assim a cada intervalo da amamentação, de trocar fralda e essas coisas, eu ia costurar um pouquinho - foi muito difícil e muito cansativo - Minha mãe as vezes ficava com a Sophia pra eu poder costurar, as entregas aqui do bairro minha mãe entregava e as de fora a Isa dava um jeito de entregar. Eu sei que era difícil pra elas também ja que as duas tinham seus respectivos trabalhos.
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