CAPÍTULO 17

1586 Words
Miguel narrando Consigo dormir um pouco e acordo com os gritos da Carol, levanto e vou tomar banho pra voltar pro hospital. Assim que saio do banheiro e estou me vestindo a Carol entra no quarto com tudo. - Você é maluco? Você gastou um dinheirão no meu cartão - ela chega gritando. - Eu não entendi - falo e continuo me vestindo. - Você gastou meu dinheiro Luis Miguel. - Eu não gastei nenhum dinheiro seu, você mesmo que gastou, você quebrou, você pagou. - Eu não acredito que você está dizendo isso. - Carol eu não faço questão de dinheiro, você é a pessoa que mais sabe disso. Mas você também sabe o que eu passei pra conseguir o que eu tenho hoje. E não, eu não vou gastar milhões com as coisas que você quebrou pro ser uma garota mimada. - Seu pai é rico Miguel - fala rindo. - Falou certo, meu pai é rico não eu, ou melhor não era. Meu pai me ajudou bastante óbvio, bancou minha faculdade, me conseguiu um emprego. Mas se eu tenho respeito como advogado e tenho esse dinheiro é por mérito meu. - Você ta sendo ridículo, eu tenho certeza que é aquela mulher que está mexendo na sua cabeça. - Não abre sua boca pra falar da Maya, você não tem moral nenhuma pra falar de ninguém. Eu vou ir pro hospital, que vou ficar com minha filha e quando eu voltar quero conversar sério com você - falo pego minha carteira e saio. Desço e a casa está do mesmo jeito de quando eu cheguei, ignoro e chamo um táxi. Chego no hospital, pego o adesivo de visitante e entro no quarto e a Maya está dormindo com a Sófia, fico encostado na porta olhando elas. - Ai que susto Miguel, chega parecendo uma assombração - fala colocando a mão no peito. - Você estava dormindo, eu não queria te acordar - falo e sento na cadeira - iai como ela está? - O médico falou que provavelmente, 90% de chance dela sair amanhã, ele está sendo bem atencioso com ela, não são todos que são assim. - Realmente, você não vai descansar? - pergunto. - Eu vou ficar - fala e o médico entra. - Olha eu de novo - fala entrando - vou so da uma olhadinha nela e já vou. - Doutor pode ficar duas pessoas pra dormir? - pergunto. - Aqui não, na outra ala pode. - Não entendi, qual a diferença? - a Maya pergunta. - Dinheiro - ele responde - tudo hoje em dia se resolve com dinheiro minha filha. - Dinheiro não é o problema, transfere a Sófia pra outra ala então - falo. - Não é necessário, a Sófia ja vai sair amanhã, pode ficar ai, vou pedir pra alguém trazer um mini sofá e depois você resolve la na recepção - fala comigo e sai. - Meu Deus o povo é mercenário - fala rindo. - Verdade, porque a Sófia está aqui e não lá? - pergunto. - Porque o meu plano so cobre esse, a gente paga o que o dinheiro da - fala. - Depois vou resolver isso. Dois funcionários entram e colocam um mini sofá, que parece até confortável. - Parece confortável - fala. - Eu pensei a mesma coisa - falo e ela rir. Eu e ela tivemos a mesma ideia e nos jogamos no sofá. - Ta vendo o que o dinheiro não compra, ontem dormir nessa cadeira dura e agora tem um sofazinho super confortável, nem parece que estamos em um hospital. - Espero não voltar aqui tão cedo, mas não vamos mais ficar nessa cadeira dura - falo. - Deus te ouça, na parte de não voltar aqui - fala. - Eu acho que não vou mais casar - falo e ela para e me olha. - Oi? Porque? - pergunta. - Eu cair na real eu acho, quando estava na Alemanha eu trabalhava o tempo inteiro, eu m*l ficava com ela, era s**o, fazer compras e s**o de novo. E ela chegou nem tem 48hrs direito e eu não estou suportando. - Que amor é esse? - pergunta - E tem amor ? - Devolvo a pergunta. - Isso você que tem que dizer, não adianta você casar com alguém que não ama. - Eu fiquei de conversar com ela quando eu voltar e eu acho que vai ser isso mesmo. - Você acha que ela vai aceitar fácil assim? - pergunta. - Não, mas essa é minha decisão. - Ela lutou tanto né pra conseguir você, tomou até de mim - fala rindo sem humor. - Ela nunca tomou nada de você, eu so fiquei com ela porque a gente não estava mais juntos - falo. - E porque no dia da cabana você ficou com ela? - pergunta - Eu não fiquei com ela no dia da cabana - falo e ela me olha - eu fiquei com a Carol a primeira vez na Alemanha. - Impossível - fala olhando pro nada. - Como assim impossível? Eu bebi aquele dia, mas eu lembro perfeitamente que eu não fiquei com a Carol, eu nem olhava pra ela dessa maneira - falo e Maya continua olhando pro nada. A Sófia acorda e a Maya levanta ainda sem falar nada. A Sofia comeu, eu e a Maya também comemos e ela ainda não falou nada. Agora está nos três sentados na cama do hospital brincando de pintar, em um livrinho da Sófia. - Você lembra quando a gente planejava nosso futuro? - pergunto e ela sorrir de lado. - Lembro, quem diria né? - Em uma coisa a gente acertou - falo olhando pra Sófia. - Sim, também foi a única coisa - fala e damos risada. Flashback on - Amor quando a gente for casar, vamos casar aonde? - Na praia, não quero casar na igreja. - Na praia não Maya, vai entrar areia em tudo. - Então no campo e não se fala mais nisso - Maya diz - Certo, e a nossa lua de Mel? - pergunto. - Cancún - respondemos juntos. - Essa é fácil né Senhor Luis Miguel e o bebê vamos ter o que? - Uma menina e vai se chamar Sófia, igual minha vó. - Uma menina ta certo, agora não sei se vai ser Sófia, to em análise disso - fala fazendo cara de pensativa. - Ta em análise é - falo e começo a fazer cosquinha nela. - Miguel paraaaa - fala e começa a rir. - Eu te amo tanto sabia - paro de fazer cosquinha e deito de frente pra ela. - Eu também te amo - fala e me da um selinho. - Não, você não me ama o quanto eu te amo - falo alisando o rosto dela - eu não deixaria de te amar por nada nesse mundo, eu não deixaria de amar teus beijos nunca, eu não vou deixar de lembrar que você tem o olhar mais doce do mundo, quando não ta possuída pelo espírito da safadeza claro - falo e ela bate no meu braço e rir - Você tem o coração mais puro que eu conheço, quando você sorrir parece que o universo para por um segundo pra te admirar e tudo fica em câmera lenta. - Nossa é um amor grande, mas eu também te amo um tantão assim oh - fala sentando e abrindo as mãos. - Uau que grande, é do tamanho do que? - sento também. - Do tamanho do planeta todinho. - Nossa só? - faço uma cara triste. - É do tamanho do universo todooo - fala levanto e esticando o braço no máximo. - Tu vai cair assim doida - falo puxando ela que ja tava se curvando pra trás- Eu agora sei o tamanho do seu amor - puxo ela pro meu colo. - A gente parece que foi feito um pro outro né? Você não sente isso também? - pergunta. - Eu não acho que parece, eu tenho certeza que a gente foi feito um pro outro. - independente de qualquer coisa seu destino sou eu e meu destino é você - fala. - Você sente seu fio? - pergunto me referindo a lenda do fio vermelho. - Sinto, estamos ligados a ele. - Pra sempre - falo e entrelaçamos os dedos midinhos. - O laço pode embaraçar, emaranhar, mas ele nunca quebra - falamos juntos. - E temos que ter a viagem do sonho em família - fala super empolgada. - Hum... neve? - falo e ela sorrir - Gostei, neve e depois uma praia bem bonita tipo Maldivas - fala e apoia a cabeça no meu ombro. - O melhor é a gente fazendo o roteiro da nossa vida - falo rindo. - Ja está destinado amor, so estamos comentando - fala e me olha nos olhos. Flashback off - Como a vida é engraçada né - fala me olhando. - É, a gente se separou e jamais podia imaginar que estaríamos aqui nesse momento - falo. - É, o universo deve ta puto por o amor não ser do tamanho dele - fala me olhando e rindo. - E o fio vermelho ta bolado porque a gente meteu a tesoura nele - falo e ela começa rir alto, a Sófia rir por ver a gente rindo, e acabamos rindo mais ainda. Contamos uma história pra Sófia dormir e acabamos dormindo os três ali naquela cama de hospital.
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