CAPÍTULO 26

1585 Words
Miguel - Como assim falidos? - pergunto. - Miguel manter essa vida não é fácil e eu também fiz alguns investimentos errados e estou devendo uma gente. - Como assim investimentos errados? Você estava apostando né pai? - Estava. - Você não tinha parado pai? - Não é como se eu fosse parar do dia pra noite Miguel. - Isso faz anos pai, você perdeu sua fortuna inteira? - pergunto. - Não tenho quase nada mais. - Você fazia parte dos homens mais ricos desse país, e você perde a sua fortuna pra jogo pai? Sério? Você acha que dinheiro nasce do chão? Se você gasta 100, você tem que lucrar 1.000, e não o contrário. - Logo você me dando lição de moral Miguel me poupe, você é um pirralho. - O pirralho aqui ta rico e cada vez mais esta ganhando dinheiro. - Você vai casar com aquela menina e tirar a gente dessa m***a. - Eu não vou casar com ela e consertando o que você disse, você está na m***a não a gente - falo e levanto. - Você não vai ficar com aquela neguinha Miguel, não ficou anos atrás e não vai ser agora, ela além de n***a é pobre - fala com aquela voz asquerosa dele. - Da minha vida cuido eu, a partir do momento que eu sair pela aquela porta eu me tornei o dono do meu nariz, eu não sou mais aquele menininho que você grita e eu abaixo a cabeça, eu agora tenho uma filha e eu não vou ser igual a você. Você lembra que quando a gente fazia algo que pra você era errado, você tirava alguma coisa que a gente gostava muito ou ameaçava e falava a seguinte frase "Você fez m***a, agora você lide com as suas consequências". Pois papai, não sou eu nem o Henrique que vai concertar a m***a que voce fez. - Você é um ingrato, eu investir em você, eu conseguir oportunidades pra você, se é o advogado que é hoje, é por minha causa. - Primeiro que eu nem queria ser advogado, e você sabe muito bem disso e você me deu oportunidades e eu agradeço por isso, mas o que eu tenho hoje é mérito meu, não seu. - TUDO QUE VOCÊ E O HENRIQUE TEM HOJE É POR MINHA CAUSA - fala gritando e batendo no peito - Mas vocês são dois ingratos, vocês vão se arrepender amargamente por esta virando as costas pra mim. - Se eu tivesse medo de ameaças eu não teria me tornado o advogado que você tanto queria, boa sorte ai na sua busca pela sua furtuna - falo e saio. - Filho você vai almoçar aqui? - Não mãe - Por favor filho, eu fico tão sozinha nessa casa, seu pai não sai desse escritório, seu irmão foi embora e você nem pisa o pé aqui. - Ta mãe, mas não vou demorar. - Eu pedi pra fazer macarronada que você tanto gosta - fala toda empolgada. - Quem fez? - A Glória né filho. - Tanto tempo que não vejo a Glória, não sei como ela trabalha aqui ainda e suporta vocês. - Nossa Miguel, somos seus pais ainda. - Por isso mesmo, conheço bem vocês e sei que vocês conseguem ser bem desagradáveis. - Eu vou fingir que não ouvir isso - entramos na cozinha. - Ai meu filho, quanto tempo - a Glória fala. - Oi Glória, como a senhora está? - pergunto abraçando ela. - Estou bem e você meu filho? Cadê sua bebê? - Estou bem na medida do possível, a Sófia está com a mãe, está enorme - falo mostrando uma foto dela. - Meu Deus como ela é linda, está enorme ja - vejo que minha mãe disfarça e tenta olhar a foto também. - Sim ja está com um ano, pode olhar mãe não mata não - falo virando o celular pra ela, e ela olha depois vira o rosto. - E a Maya como está? - a Glória pergunta. - A Maya está bem, ela abriu uma loja de lingerie. - Uau, depois vou lá, ver se tem coisa pra veia - fala e eu dou risada. - Ela mesmo que faz tudo, você que decide como quer e ela faz. - Além de linda é talentosa - fala - É - falo e sento - Vamos passar nosso tempo juntos falando dessa mulherzinha? - minha mãe fala. - Mãe se for começar eu vou embora. - Você ja sabe o que eu acho sobre isso. - Sei e não entendo - falo começando a comer a comida que a Glória serviu. - E a Carol filho? - A Carol não é mulher pra mim mãe. - Como não, ela é bonita, é formada, é rica, é de boa família, o que falta? - Amor, coisa que não existe. - Como não existe Miguel, vocês estavam noivos. - Por conveniência mãe, eu nunca amei a Carol, se a senhora diz que me ama tanto, para de existir nessa história. Meu pai eu nem considero mais, se a senhora continuar nessa nem aqui eu venho mais - falo. - Essa menina é sua filha mesmo filho? - finge que não ouviu o que eu falei e muda de assunto. - Mãe esse assunto de novo? - Eu ainda tenho esperanças que essa menina não é sua - fala e eu reviro os olhos. - Seu preconceito que quer negar isso, a Sófia é minha filha, e é a coisa mais importante da minha vida, a melhor coisa que eu poderia ter feito, é a criança mais linda e mais carinhosa que eu poderia ter - ela fica parada por um tempo sem dizer nada. - Deixa eu ver uma foto dela, eu nunca vi ela, so pelo que a Carol falava. - Aqui ela - falo mostrando algumas fotos e vídeos da Sófia. - Ela até que é bonitinha - fala. - Ah mãe para, a Sófia é linda. - Hum - fala não querendo admitir. Pela primeira vez em um bom tempo eu conseguir sentar e conversar com minha mãe sem discutir, acho que a solidão ta amolecendo o coração dela. Estou indo buscar a Sófia e Maya pra visitar a creche. - Ta pronta? - Tava so esperando você chegar, pega a Sófia ali - fala e eu vou pegar a Sófia. Chegamos na creche e é realmente muito bonita. - Eu sabia que era você, eu vi seu nome mas fiquei na dúvida - uma colega da faculdade fala comigo, ela fazia psicólogia la. - Oi Simone, quanto tempo, você é a dona daqui? - pergunto. - Não, faço parte da administração, essa é sua esposa? - pergunta se referindo a Maya. - Ainda não - falo baixinho mas a Maya escuta e olha com cara f**a. - Não não - falo. - Oi, eu sou a Maya, mãe da Sófia. - Prazer Maya, e essa princesa é a Sófia - A Sófia ja não gosta e abre os dentes. - Que sorriso lindo, vamos venham conhecer o nosso espaço - fala direcionando a gente pra entrar. A Maya está encantada, eles são muito educados, e muito receptivos. E o principal a Sófia amou o lugar, escrevemos a Sófia e ela ja começa semana que vem. .... Uma semana depois Maya A Sofia vai hoje pela primeira vez pra creche, ela parece que ja sabe está toda animada. - Vamos? - o Miguel pergunta. - Vamos, so pega minha bolsa la em cima. .... - Tchau filha - eu e o Miguel falamos juntos e a Sófia da tchau. - Qualquer coisa, qualquer coisinha mesmo, você pode ligar pra mim ou pro Miguel. - Ta certo, mas pode ir despreocupada Dona Maya, a Sófia está em boas mãos. - Ok, tchau filha - eu e o Miguel damos um beijo nela e saímos. - Você acha que ela vai ficar bem? - pergunto pro Miguel. - Claro que sim, eles são bem cuidadosos e a Sófia tava cagando pra gente - fala e eu acabo rindo. - Eu vi, ela m*l quis da tchau. O Miguel me trouxe e foi trabalhar. Ja são 12:00 horas e eu vou pegar o dinheiro do almoço na minha bolsa e vejo que o celular dele está na minha bolsa e está cheio de chamadas perdidas. Pego e ligo pro número da secretaria dele que está salvo. - Até que fim seu Miguel, eu estou ligando pro senhor des das 7 da manhã - ela diz eufórica. - Oi, não é o Miguel, é a Maya a mãe da filha dele, ele esqueceu o celular aqui, ele não foi trabalhar? - Oi senhorita Maya, ele não chegou aqui ainda e tem um monte de reunião pra ele hoje - ela fala e eu ja fico preocupada, e recebo uma chamada no meu celular. - So um minuto Vivian que eu estou recebendo uma ligação no meu celular, pode ser algo importante. - Ok senhoria, qualquer coisa manda notícias - desligo e atendo o meu. - Oi? - Senhora Maya? - Sou eu mesma. - O Senhor Miguel Rodriguez deu entrada aqui no hospital Santa luz e deu esse número como chamada de emergência - Meu coração gela na hora. - O que aconteceu com ele? - Ele deu entrada por acidente de carro. - Estou indo pra ir agora - pego minha bolsa, deixo a loja com a Cida e saio.
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