CAPÍTULO 30

1239 Words
Maya O Felipe nos levou até a creche da Sófia e agora chegamos na fisioterapia do Miguel. - Preciso comprar um carro - falo levando o Miguel até a sala da fisioterapeuta. - Você precisa aprender a dirigir primeiro. - Eu sei dirigir, so não tenho habilitação e nem um carro. - Então, ai fica mais fácil, estuda que eu p**o sua habilitação. - Não precisa Miguel, uma hora eu consigo. - Eu não vou poder te dar nada? - Não pagar minha habilitação, porque ai ja é demais. - Se fosse a Carol iria está pulando de alegria por não está gastando dinheiro dela - fala de uma forma sarcástica. - Ja começou errado me comparando, você sabe que eu odeio isso. - Desculpa, era pra ser so um comentário. - Luis Miguel - A fisioterapeuta chama ele. - Bom dia - falo e ela responde. - Você deve ser a noiva dele, doutor Paulo falou de você - no mesmo momento o Miguel faz uma feição que não entendeu. - Longa história - sussurro no ouvido dele. - Depois quero saber disso. - Vamos começar Miguel? - ela diz simpática. - É o que tem né. Eles estão fazendo pequenos movimentos, até que ele suspende o braço do Miguel no máximo. - Ai p***a isso doeu - Miguel e sua falta de modos. - Isso é um bom sinal - ela diz e sorri. - Eu vou ficar sentindo dor? - Quando a sensibilidade dele voltar 100%, você deve sentir alguns incômodos, mas não vai ser pra sempre, mas passaremos exercícios e medicamentos pra aliviar isso. - Vai demorar pra ele voltar? - o Miguel pergunta. - Vai depender de você. - Tô fudido. - Nossa quanta positividade - falo a fisioterapeuta rir e Miguel faz bico. Ela continuou fazendo exercícios com ele e como ja esperado o Miguel reclamando a sessão inteira. - Você estava insuportável hoje - falo ja dentro do táxi. - Aquilo é h******l. - É mas você precisa disso. - Eu não sei se quero voltar aqui. - Você sofreu um acidente quase morreu, ficou 1 mês em coma, teve um edema cerebral, e está com medo de sentir uma pontada no braço?, você é homem ou uma pururuca? - Uma pururuca - ele responde. - Sempre soube. - Eu não gostei da cara daquela fisioterapeuta - ele diz. - Você nem viu a cara dela Miguel, larga de implicância. - Nossa Maya, obrigado por me lembrar que estou cego . - Eu não quis falar nesse sentido, eu sei que você está com medo, mas ela é necessária pra recuperação do seu braço, ou você quer ficar com ele assim pra sempre? - Óbvio que não quero né. - Então... Você tem que frequentar certinho e se esforçar o máximo pra recuperar ele. - Ta bom mamãe. - Fique com seu deboche que estou amando. Chegamos na casa e so está a gente, pois hoje é o dia de folga dos funcionários. - Você quer alguma coisa Miguel? - pergunto . - Quero tomar banho - ontem o Felipe que ajudou ele a tomar banho, e não sei se estou preparada pra isso. - Você precisa de ajuda além de te levar até lá? - Tirando o fato que meu braço ta duro, eu acho que não, mas contando com esse fato, com certeza vou precisar. - Eu tinha esquecido desse detalhe. Subimos a escada e agora estou tirando a roupa dele. - Ai Maya - da um grito e eu me assusto. - Desculpa - falo e ele rir - A seu filho da p**a, você tava fingindo - bato no ombro dele. - c*****o Maya agora eu senti. - Você sente aonde?- pergunto. - No ombro eu sinto, por isso quando a médica puxou eu sentir dor. - Como eu vou passar a blusa nesse braço? - falo me referindo ao braço que esta parado. - É so passar devagar por causa do meu ombro - ele fala e eu faço. - Agora é a parte de baixo - falo mais pra mim que pra ele. - Você está ajoelhada na minha frente? - pergunta. - Como você sabe? - Maya eu estou sem enxergar a alguns dias, eu sei quando alguém ajoelha na minha frente. - Eu so achei que seria mais fácil tirar assim - falo ainda ajoelhada. - Va em frente então. - Miguel seu zíper está emperrado - falo e ele rir. - Não ta emperrado Maya, você que não está puxando direito. - Eu não quero pegar na sua coisa - ele começa a rir. - Eu seguro o botão e você puxa o zíper - assim fazemos e o zíper finalmente abre. - Pronto - falo e vou saindo. - Me leva até o banheiro né Maya. - Eu esqueci, você me deixou nervosa - Eu nem te toquei e você está nervosa? - pergunta rindo. - Ah Miguel vai cagar, adianta logo - ele continua rindo da minha cara. Ele toma banho e eu fico na porta esperando. - Ah toalha Maya. - Você deixou a cueca no chão Miguel - falo olhando pro chão pra não ver ele nú. - Eu tirei e não tava vendo onde colocar né, eu so joguei. - Toma logo essa toalha - falo colocando na mão dele. - Você está olhando? - Claro que não né, to olhando pro chão. - Mas você sabe que eu não vou conseguir amarrar na cintura com uma mão né? Pra eu tirar a cueca com uma mão foi difícil... imagine. - Vira de costa Miguel - Você vai olhar minha b***a? - ele volta rir de novo. - Não né, vou olhar pra cima, prefiro pegar sem querer na sua b***a do que no seu Jr ai embaixo. - Você age como se não tivesse uma filha comigo. - É diferente - falo. - Diferente porque? O corpo é o mesmo, so ta um pouco prejudicado. - É diferente porque antes eu queria seu corpo, hoje não. - Essa doeu - ele fala. Voltamos pro quarto e eu ajudo ele se vestir. - Matou a saudade? - ele pergunta. - De que? - De ver meu corpinho nú - agora eu que dou risada. - Até parece, e eu nem vi você nú, eu fechei os olhos. - Sei, não estou enxergando, mas depois vou ver nas câmeras de segurança. - Você tem câmera de segurança aqui? - Claro, se alguém tentar me m***r aqui? Eu tenho que saber. - Entendi, vamos descer? - Vamos, eu to com fome. - Você quer o que? - pergunto ja na cozinha. - Qualquer coisa. - Não tem isso aqui não - falo rindo. - Nossa Maya, humor da praça é nossa. você não vai trabalhar esses dias? - Não, quem vai ficar com você? - Você me ama né - fala eu me engasgo com a água. - O que tem haver isso? - So alguém que ama faz esses sacrifícios pela outra. - Isso é empatia Miguel - falo e vou ligar o rádio, e por perturbação começa tocar a música que ouvíamos juntos. - Olha o destino esfregando na sua cara ai - fala rindo. - Agora essa música é velha por que esta passando na rádio? - pergunto indignada. - O universo Maya, coincidências não existem . - Ah Miguel fica quieto. Música, De Janeiro a Janeiro
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