CAPÍTULO 29

1045 Words
Maya Estou fora da sala conversando com o Doutor Paulo. - O senhor acha que é reversível? - pergunto. - Eu tenho esperança que sim, ele vai precisar fazer fisioterapia por conta do braço, ele está em um estágio ótimo, está conseguindo falar certinho, está engordando, está com a movimentação do corpo em 99%, o Miguel é um milagre senhorita, o estado que ele chegou aqui e o estado que foi o acidente, ele está vivo por algum propósito muito grande. - Eu acredito que o propósito dele é incrível - falo e ele sorrir - espero que ele se recupere o quanto antes. - Vamos fazer o nosso melhor - fala e passa a mão no meu braço - bom senhorita agora vou voltar as atividades. - Ta certo doutor, obrigado - falo e entro na sala de novo. - Ta sentindo alguma coisa? - pergunto pro Miguel. - Não, so estou agoniado de não poder te ver. - O médico falou que pode ser reversível, a qualquer momento pode voltar de novo. - Espero, porque ficar sem ver é um saco. - Você não está com medo? - pergunto. - Estou, estou morrendo de medo, mas algo em você me tranquiliza, seu jeito de falar, a forma que você está lidando com a situação, calma e positiva, me fez ter esperança que é so uma fase. - Que bom que estou fazendo bem pra você. - Você sempre fez bem pra mim Maya - quando eu vou responder a porta abre, olho e é a mãe dele. - Filho você acordou, eu estou tão feliz - ela vem pra perto dele e eu levanto da cama que estava sentada. - Não faz muito tempo - ele responde. - Como você está se sentindo? - Bem, so não estou enxergando - ela faz uma cara de assustada. - É uma das sequelas do edema cerebral que ele teve - falo e ela finalmente olha pra mim. - É pra sempre? - Pode ser reversível - falo totalmente desconfortável de está ali. - Você tinha bebido meu filho? - Não né mãe, era somente 8 horas da manhã. - E o que houve? - Isso que vamos descobrir, a senhora está vindo aqui hoje?- ele pergunta mudando de assunto. - Não né filho, eu ficava com você pela manhã e a Maya a noite, ja que eu não tenho condições físicas de ficar dormindo aqui - acho que é a primeira vez que ela diz meu nome sem algum adjetivo escroto. - Entendi e meu pai? - Seu pai você sabe como é né, ele não sai daquele escritório. - Nenhuma surpresa por enquanto - ele fala meio abatido. - Bom filho mamãe so veio ver se você estava bem, tenho que ir na casa da sua tia, tenho um compromisso por la, fica com Deus - da um beijo no Miguel e me olha - tchau Maya. - Tchau - respondo apenas e volto pra onde eu estava antes dela chegar. - Obrigado - o Miguel diz. - Por nada Miguel, qualquer um faria isso. - Não Maya, e você mesmo acabou de ver que não - diz se referindo aos pais - se não fosse por você eu estaria sozinho, como sempre. - Eu não deixaria você sozinho, nunca - falo e pego na mão dele. - Você é incrível, eu acho que joguei pedra na cruz pra ter perdido você. - Não vamos falar disso agora - falo e a enfermeira entra com a comida dele. - Estou me sentindo um bebê - fala por eu está dando comida na boca dele. - Até a Sófia está começando a comer sozinha, Miguel você tem que crescer - falo brincando e ele rir. Uma semana depois O Miguel finalmente vai pra casa, o Doutor liberou ele e a partir de amanhã ele vai começar a fisioterapia. - Liga pro Felipe - o Miguel fala. - Como? - Você não esta com meu celular? Então tem o número dele ai. - Alô, Felipe?... vou passar pro Miguel. - Oi - o Miguel diz - sim cara eu estou bem na medida do possível, você pode vim me buscar aqui no hospital?... sim sim, obrigado - ele fala e me da o celular e eu desligo. - Ele é da sua confiança? - Sim, acho que um dos únicos. Demorou alguns minutos e o tal Felipe apareceu. - Iai Miguel, como você está cara, você deixou todo mundo louco. - Estou cego, mas o resto da pra funcionar. - Cego como assim? - Ele teve um edema cerebral - falo e ele me olha. - Me desculpa, eu vim tão focado que nem reparei você - eu percebi né - Você deve ser a famosa Maya, muito prazer sou o Felipe o cachorrinho de guarda do Miguel, a senhorita é muito bonita. - Eu não estou enxergando, mas pra da uma em você eu volto a ver na hora, olha o respeito - o Miguel diz. - Calma Miguel, so elogiei - o Felipe fala. - Calma uma banana, me ajuda logo aqui. Acabamos de passar na casa da minha mãe pra pegar a Sófia, e estamos indo finalmente pra casa do Miguel. - Papai - a Sófia tenta subir no Miguel. - Filha mamãe falou que o papai tava dodoi lembra? Então você tem que ir devagar. - Deixa ela Maya - o Miguel fala. - Quando ela magoar seu braço, você não reclama depois. - Não estou sentindo mesmo - ele fala, puxo a Sófia e reviro os olhos. O Felipe ajudou o Miguel a subir as escadas e eu deixei eles la conversando. Miguel - Obrigado - falo pro Felipe que me senta na cama. - Como isso aconteceu Miguel? - Precisamos descobrir, eu tenho certeza que armaram pra mim - falo. - Isso nem precisa ser questionado, você era um piloto Miguel, você não tem uma multa se quer. - Temos que descobrir isso. - Você tinha brigado com alguém? - Tirando minha ex noiva, meu pai e o Sebastian que disseram que iam acabar comigo, eu acho que não. - Você e sua mania de ser encrenqueiro e brigar com as pessoas - o Felipe fala e eu acabo rindo.
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