01

1607 Words
.: Manuela Narrando :. Acordei atrasada pra facul, me arrumei às pressas, coloquei essa roupa, fiz uma make básica, e escutei a dona Celeste gritando. — Filha anda logo, você vai se atrasar, e é o último dia de aula! — Espera ai mulé, to indo! — respondi gritando Me olhei no espelho e fui. Cheguei no portão, e o Lucas lindo já estava me esperando lá de carro. Eu entrei no carro e dei um beijo nele. — Bom dia amor — sorri — Bom dia minha princesa — começou a dirigir — Sabe o que a minha amiga tava comentando? — Qual amiga? — A Duda né — disse óbvia — Hm, e o que ela tava falando? — Que até hoje ela ainda não te conheceu — sorri — Um dia ela vai me conhecer e ter uma surpresinha — sorriu de lado — Surpresinha? — perguntei confusa — Ah... É, é que ela tá tão ansiosa assim pra me conhecer né — sorri — É, ela quer ver se te aprova pra mim ou não. — Ah tá. Ele dirigiu mais alguns minutos e chegamos na minha facul, me despedi dele e entrei, fui correndo pra sala, cheguei e o professor já estava. — Licença, e, perdão pelo atraso. Fui andando até o fundo, me sentei entre a Duda e o Rafael. — Bom dia amiga! — olhei pra Duda — Bom dia mula! — olhei pro Rafa com um sorriso sínico — Bom dia horrorosa. — me deu língua — Bom dia amiga, depois eu quero leva um papo contigo jaé? — a Duda disse baixinho — O-k. Assistimos atentamente às aulas, fizemos um pequeno teste, até que tocou o sinal, já era saída, e eu fui até a Duda pra saber o que ela tinha pra me falar. — Bota pra fora mulé — Tem certeza de que tu ta pronta pra falar? — o Rafael perguntou pra Duda — Aham, não aguento mais esconder isso dela. — Ai Deus, fala logo, tá me deixando nervosa — disse impaciente — Antes me promete que jamais vai deixar de ser minha amiga por isso — pegou na minha mão — Tá eu prometo! Agora fala. — O que eu vou te falar, eu não quero que vaze daqui beleza? — Tá, fala logo! — respirou fundo — Você se lembra no início do ano, quando meu pai morreu? — assenti com a cabeça — então, meu pai era... — pausou — chefe do morro, mais precisamente do Vidigal, e eu e meu irmão herdamos dele. — Então quer dizer que você é uma bandida, uma favelada, ou sei lá o que? — perguntei confusa. — Mais ou menos, mais eu não sou favelada u.u— Mais mora em favela! — Ë mais na favela, no alto, tem casas melhores que a do seu condomínio, vai por mim — piscou — Tudo de bandido, aposto. — dei os ombros. — Nem todas! Olha Manuela, eu sempre achei que você fosse amiga mesmo, e não tão egoísta egocêntrica. Por isso não te contei antes, por amor à nossa amizade, mais me convenci de que se você fosse realmente minha amiga iria entender, mais esquece. — virou as costas e saiu. — Poxa, tu vacilou feio hein Manu — o Rafa disse — É que ainda não a caiu a fixa né, jamais me imaginei amiga de bandida — disse com desdém — Tu diz isso como se fosse a pior coisa do mundo. — E não é? — perguntei óbvia — Quando a amizade é verdadeira, o amor, não se olha para o que é, ou o que faz. — pensei — Poxa, vacilei né? — E muito! — Vou atrás dela! — disse decidida — Pelo tempo ela já pegou a moto e já se mandou pra casa. — Eu vou atrás dela, você sabe onde fica? — Sei — disse receoso — Então você vem comigo — puxei ele pra fora da universidade — Tem certeza que tu vai lá? — É uma forma de me desculpar com ela né. — engoli seco — Então já é. Eu e ele pegamos um taxi, que foi direto pra entrada do morro do Vidigal, pagamos a corrida, e o Rafael foi na frente. Andamos, subimos pra c*****o. — Meu Deus, onde eu fui me meter? — falava sem fôlego e olhando para os lados com cara de desdém — riu — Tamo quase chegando lá. Subimos mais um pouquinho, até que chegamos numa casa, com uma aparência, nem tão feia, nem tão bonita, tipo assim, normal. De lá dava pra ter uma visão ampla de todo morro e além, dava pra ver a praia, era uma visão linda! — Aqui é a boca, ela tá lá dentro. — apontou pra uma porta Agente falou com uns caras, m*l encarados e cheio de armas, que perguntaram quem era agente, e pá. E depois de um tempo entramos num quartinho que eles chamam de “escritório”, vai saber. — Aí Menó, esses dois qué levar um papo com tu — Deixa v.. — ela falava com a cabeça baixa e quando levantou tomou um susto — Manuela? — perguntou meio que incrédula. — É amiga, me perdoa por hoje mais cedo, é que tipo foi osso aceitar, isso tudo aqui sabe, — falei com uma cara de desdém e nojo. Eu tinha que me desculpar com ela porque apesar de tudo a Duda é basicamente a minha única amiga, por algum motivo as meninas nunca gostavam de mim, só os meninos, por isso só andavam comigo para conseguir os mesmos (risos). — riu — Só de você ter vindo até aqui, já vale um perdão de cem anos — levantou e me abraçou — E me perdoa por não ter te falado antes. — Ta de boa, mais amiga eu vou indo, minha mãe vai viajar com o meu padrasto hoje e eu tenho que dar um tchauzinho né. — Ah, eu vou ficar mais um pouquinho — o Rafael rebateu — Fica, eu vou sozinha, já sei o caminho mesmo bobão — dei língua. — Tem certeza amiga? — Fica tranqüila, ta cedo ainda, os bandidos tão entocados. — riu — Amiga, eles são bandidos, não vampiros — ela e o Rafael caíram na gargalhada. — Ah, vocês entenderam.Sai de lá batendo o pé, e descendo o morro rápido e na fé e olhando pro chão com medo de cair por causa do salto k. Até que eu esbarro com alguém e cai no chão. — ECA, BANDIDO! — disse me levantando — TÁ MALUCA v***a? QUER MORRER?! — o cara disse segurando meu rosto forte, me fazendo olhar no fundo dos olhos dele. Eu estava tremendo na base, porque além de ser algum bandidinho marrento, ele aparentava estar drogado, por conta dos olhos que pareciam que iam explodir de tão vermelho. — Ei, ei, solta a mina — um outro cara disse fazendo ele me soltar. — Ai — disse passando a mão no meu rosto. — Ei, ta tudo bem ai? — o cara afastou o i****a lá e olhou pra mim — Ah, claro, só quase fui morta por um bandido drogado, nada de mais — debochei. — riu — Deixa eu levar o “bandido drogado” lá pra boca antes que ele queria te matar de novo, à propósito sou o G1. — Sou a Manuela — sorri. E continuei meu caminho, quando cheguei na porta do morro, peguei um taxi e fui pra casa. Chegando em casa paguei a corrida, e entrei, minha mãe já estava com as malas prontas. — Estava só esperando você chegar! — sorriu — E que marca é essa no seu rosto? — perguntou assustada. — Ah, é que o Rafael foi brincar comigo, e como eu sou branquinha, acho que ficou a marca — sorri meio sem jeito — Ah, tá! — pausou — Bem filha, é isso! — me deu um beijo na testa — Se precisar de dinheiro você sabe a senha do banco, se cuida, que em uma semana eu e seu padrasto estamos de volta! — Por mim você nem ia, agora o Dalton pode ficar por lá — disse séria — Eu ouvi hein — ele chegou na sala sorrindo — Essa era a intenção — sorri sínicamente. — Já chega! Tchau filha – me deu um beijo na testa e saiu. O Dalton deu tchau, e eu nem retribui. subi, tomei um banho, e fui dormi. Acordei com meu rádio apitando, era a Duda. — Fala feiosa — Quer baixar aqui no morro não? Tem baile hoje, e eu sei que tu ta sozinha em casa! — To sozinha mesmo, Mas desde quando eu sou de ir pra baile amiga? Nem ouvir funk eu ouço. — Ah, para de caô, tu vai vim sim, tlg? Pega a tua roupa mais ousada, que 11 horas eu passo aê. – A fdp desligou na minha cara. Eu fui procurar uma roupa né. Tomei banho, coloquei essa roupa, e tava terminando a make quando a Duda apareceu no meu quarto. — O Que é isso? Invasão de privacidade? — me fiz de vítima — c*****o, isso é roupa pra baile? Tu tá indo pra um baile e não pra Balada, a roupa tem que ser mais ousada, e menos patriçoca — disse mexendo no meu vestido — dei um tapa na mão dela — Ih, me deixa que eu nem queria ir, mas tá de boa. — ô menina pra reclamar... Eu terminei de me arrumar e fomos.
Free reading for new users
Scan code to download app
Facebookexpand_more
  • author-avatar
    Writer
  • chap_listContents
  • likeADD