Capítulo dois: Os acontecimentos de Carnaby Street

1486 Words
Estávamos em Carnaby Street, uma das ruas mais movimentadas de Londres, habitualmente frequentada por cantores e famosos em acensão. Amanda não gostava de hotéis de luxo, e mesmo tendo herdado o ducado de Northumberland e o seu título de respetivamente, nunca tive vergonha de a levar nos lugares que fossem frequentados pela nobreza do Reino Unido, também naquela altura, a preocupação do reino era se reerguer, Amanda não era nenhuma herdeira, não era rica e muito menos tinha um título da nobreza, mas era conhecida...muito conhecida, principalmente por alguns homens que frequentavam o bordel da Madame Vicky. Os meus pensamentos são interrompidos quando ela volta a se mexer, fazendo o lençol que cobria a sua nudez cair ao chão, sinto o meu m****o endurecer com a visão maravilhosa. Seguro o meu sexo e o acaricio, com vontade de a tomar novamente. Me aproximo dela lentamente, ela sorri sedutora, a sua façanha sempre resultava comigo. Solto um suspiro e com cuidado abro suas pernas, ela seguia se enroscando, coloquei as duas pernas nos meus ombros, cheiro a sua i********e como um viciado, depósito pequenos beijos, sugo o seu botãosinho rosado com gosto, enfiando a minha língua na sua entrada suculenta com o cheiro de nós dois, lambo a sua i********e até a sua outra entrada voltando até o clítoris. Subi rindo da reação que o seu corpo tinha, era quase sempre imediata, abocanho o seu seio esquerdo ao mesmo tempo que introduzo dois dedos nela a preparando pra mim, subo um pouco mais o meu corpo apanhando os seus lábios, Amanda já gemia, mordeu o meu lábio quando o meu m****o invadiu o seu corpo quente centímetro por centímetro a preenchendo toda. Estocava lentamente até pegarmos o ritmo e começar a socar com força, a fodia com tanta dedicação que não demorou até eu sentir me apertar forte, e segundos depois eu liberar o meu g**o na sua barriga. — Richard... se me despertar todo dia assim, a futura duquesa de Northumberland vai ter de procurar por você na minha cama. — murmura ofegante. Dou um beijo casto nos seus lábios. — Você sabe que isso não será possível. Além do mais, eu tenho outros planos pra nós. — me levanto, precisava voltar para Cumberland, ainda teria de fazer alguns quilômetros até ao ducado. — Não vá, o seu irmão não precisa que o estejas a controlar o tempo todo. — rebate, levantou me acompanhando e abraça-me forte. Foi inesperado, mas gostava muito. Nós tínhamos tudo que um casal precisava. — Mandy... eu não posso ficar! O Thomas vai noivar, não temos muitos familiares dispostos a aturar o meu irmão, e pode parecer estranho, mas temo de verdade por aquela garota... — ninguém o conhecia como eu, e eu não era o mesmo, por esse motivo eu permaneci como herdeiro universal do meu pai, ele detém a herança da minha mãe que morreu no oblívio... comparando a riqueza dela com a do meu pai é quase nada. — Não vá... Por favor. — pede com o rosto tristonho, não podia faltar ao noivado do meu irmão... Apesar de que.... nós não éramos nada um do outro, a ligação que tínhamos era simplesmente por partilharmos o mesmo ADN. Queria ir para Cumberland apenas pela garota, ela estava se metendo com um psicopata... Mas também não era um assunto que me dizia respeito. — Está bem, vou ficar contigo... — ela levanta e começa a saltitar eufórica feito uma menininha que ganhou o seu sorvete preferido. — Só hoje Mandy! — alerto. (…) Não devia ter ficado. Estar nesse lugar é como estar no próprio inferno. Chego perto de Anthony e Isaac, sento-me no sofá velho ao lado deles. Estávamos sozinhos na enorme sala que eles diziam ser recreativa. A maior parte dos pacientes haviam sido recolhidos assim que terminamos o jantar, que pra mim era mais uma das suas tentativas em nos enfraquecerem, de nada se parecia com um jantar. Sentia muito pelos dois, principalmente por Isaac, que de todos, em minha opinião, era o que menos merecia estar aqui, diferente dos outros a qual o diagnóstico foi insanidade, esquizofrenia, loucura, presença de delírios ou perturbações mentais — esse último era o meu diagnóstico. Isaac era epilético e o seu tratamento não requeria sessões de tortura, entretanto estávamos todos passando pelo mesmo. Dos três, nenhum era conflituoso, muito pelo contrário, Anthony era o mais velho e tendia a ser protetor, Isaac era um pouco agitado, mas não era por maldade, era agitado pela quantidade de vezes que ia para o tratamento de choque, e eu sempre fui disciplinado, desde a academia militar. Havia vezes que saía da terapia de choque colocando tudo em questão, incluindo a minha própria existência, parecia estar vivendo num limbo em que o sofrimento nunca mais acabava e mesmo assim eu não morria. — Porca vida! — murmura Anthony. Olho de esguelha pra porta, sempre que um de nós abrisse a boca, aparecia enfermeiros munidos com as seringas de calmante?... Não, não eram calmantes, eram drogas que pioravam no estado de qualquer pessoa que estivesse nesse hospício. — Ed-Ed-Edward... ele-ele tá ou-out-outra vez tentando apanhar pó-pó-porrada!! — sussurra Isaac no meu ouvido. Sempre gaguejava quando ficava nervoso. — Calma Isaac. Ninguém vai bater nele. — falo o tranquilizando. Engulo seco quando vejo os dois carrascos entrarem. Levantei rapidamente com os punhos cerrados me colocando em frente dos meus amigos. — Sai da frente.... Duquesinho! — um deles diz, se vira pro outro e põe-se a rir. Era o enfermeiro que mais colecionava restos mortais, numa me lembro do seu nome, mas se tivéssemos de fazer queixa ele terminaria a sua vida na cadeia e ainda assim não seria suficiente. — Quantas vezes avisei-te que esse não é o lugar para você se armar em herói, Richard? — Dominic, de todos naquele hospital era o mais assustador, não parecia ser humano sequer, tinha o olhar como se carregasse toda a maldade do mundo, só perdia para o Thomas. Alguns dos pacientes aqui costumam dizer que ele foi possuído por um daqueles padres da idade média que queimavam mulheres pelo simples motivo delas serem diferente alegando a bruxaria. Tenho a certeza de que se isso fosse permitido nos dias actuais, ele já teria incendiado com esse hospital. — E porquê razão eu devia levar em consideração o que tu dizes? — o desafio. Os seus olhos tomam a cor carmim, sei que irão torturar-me mas sempre vale a pena ver o seu rosto transtornado soltando fogo. — Não passas de um faz tudo nesse hospício ridículo, deviam ter vergonha! Vocês acham que eu não soubemos que fazem com as pacientes mais jovens? — continuou o provocando, o outro tentou agarrar o Anthony mas Dominic fez sinal para que se concentrassem em mim. — Deixe esses dois idiotas, vamos levar o Duque para sala. Imagino que tenhas saudades do nosso tratamento especial. — senti o meu corpo gelar por dentro, por fora sorria como o louco que eles haviam me transformado. — Se o Dr. Lionel perguntar amanhã, diremos que voltou a atacar a Bianca. — acrescenta. A Bianca era outra das pacientes que eu não compreendia o motivo de estar aqui, a rapariga parecia-me completamente normal, mas a cada dia que passa vai esmorecendo como se estivesse perdendo a sua energia vital, é uma das pacientes que o Dr. Lionel mais visita quando está aqui. Senti uma dor aguda quando um dos meus carrasco desfere com bastão nas minhas costas. — Por favor Dominic, ele não fez nada. Eu gritei... — fala o Anthony, que até então não havia se pronunciado, parecia ter acordado de um transe. — Por favor levem a mim, eu quero morrer. Voltei a sentir golpearem a minha coluna, costelas, costas... foram vários golpes, o único lugar que eu protegia era a minha cabeça, o bastão que usavam parecia ser feito de pedra, unida a força que empregavam para desferir os golpes, era duas vezes mais doloroso. Ouvia no fundo Isaac gritar agitado, conforme o meu corpo era arrastado pelos corredores imundos daquele manicômio, os gritos de Anthony e Isaac foram diminuindo e a única coisa que eu pedia era para que Deus não me permitisse morrer, o que era o oposto do que eu sempre desejei desde os primeiros anos em que estou nesse inferno, hoje mais do nunca eu sentia que devia me vingar. Ter lembrado do dia em que Amanda traiu a minha confiança e o meu amor trouxe à tona todo o ódio que sentia por eles... — Eu a amava... Quando me rendi fechei os olhos e não sabia mais onde estava, mas antes de deixar que a substância que eles haviam injetado em mim fizesse efeito, fiz uma promessa, uma promessa que faria todos eles se arrependerem por terem nascido. Amanda... Thomas.... Dominic... Dr. Lionel.... Sussurrei antes de apagar por completo. Todos eles iriam me pagar.
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