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Natan fugiu dos olhos do rei sem que ele percebesse. Sua mãe Anna, que estava ao seu lado, também não se deu conta, quando o filho sumiu repentinamente. Por causa do grande movimento ele conseguiu sumir dos olhos de seus pais, porém não de outro elfo.
–– Onde você está indo jovem elfo? –– a voz de Leiziel surgiu atrás do príncipe.
–– Pensei que você só cuidaria de mim depois que meu pai perdesse a batalha. Se de fato ele chegar a perder.
–– Vejo que ainda gosta de ouvir atrás das portas.
–– Momentos desesperados fazem a gente rever velhas manias.
–– Não me respondeu, jovem príncipe. Aonde você vai?
–– Buscar meu arco-e-flecha. Como você sabe, tenho um talento natural –– articulou Natan pausadamente nas duas últimas palavras da frase, dando a devida ênfase a elas.
–– Também não perdeu o senso de humor. Natan, só tente ficar fora do caminho. Isso é mais sério que você pensa.
–– Leiziel. Não sou mais criança. Eu só quero ajudar.
–– Pode ajudar não ficando no caminho de seu pai. Ele n******e se distrair.
–– Tudo bem. Posso ir? –– perguntou ele.
–– É claro que pode. Só faz o que estou te pedindo. Não se arrisque desnecessariamente.
O jovem esperou o conselheiro de seu pai entrar novamente no salão principal do palácio e mudou de rumo, indo direto para os andares superiores. Ele precisava ver com seus próprios olhos. Chegando lá, ele viu.
O exército de seu tio vinha com força total pela estrada que ligava as duas tribos. Esse era o momento de provar a seu pai seu valor que ele tinha. A batalha se iniciaria em pouco tempo, seu coração estava acelerado. As batidas fortes contra o peito. Ele seguiu seu caminho até seus aposentos e tratou de pegar seu arco e um conjunto extra de flechas. Ele estava preparado para o que fosse acontecer; pronto para lutar contra as forças opositoras, ao lado de seu pai.