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–– Sassas –– gritou uma jovem elfa mais ao longe. –– Vamos logo –– expressou ela rindo.
Por sua vez ela estava acompanhada de mais alguns elfos que aparentavam ter a mesma idade de Sassas. Ela olhou para Felef que estava sorrindo.
–– A gente ficou de ir até a cachoeira ao sul da tribo, algum problema? –– perguntou ela para Felef.
–– Claro que não. Você fez mais por merecer mesmo. Pequena, vá se divertir. Mande um abraço para seu pai quando chegar a casa. Fale que amanhã vou até lá para um uísque de fogo com ele.
–– Falarei sim. Até amanhã então –– despediu-se já se aproximando dos amigos.
A caminhava foi longa, mas o tempo passou rápido, como sempre, quando estamos com cercados de amigos. Passando pela floresta do sul, e pelo vale dos rochedos azuis, eles chegaram ao destino tão aguardado.
–– Vamos logo –– gritava Sassas animada para os outros.
Então ela avistou o precipício da cachoeira. A nascente mais acima jorrava água para o grande desfiladeiro; Sassas sentia-se livre e muito feliz por poder ver aquela paisagem perfeita. Então uma ideia louca lhe ocorreu, antes mesmo de dividi-la com os demais ela estava em queda livre. Sentia o vento contra a pele seminua já que deixara a maior parte de suas vestes lá em cima. Aos gritos de seus amigos que ecoou ao longe ela foi recebida pela água gelada.
Depois de mergulhar nas profundezas da cachoeira seu corpo emergiu para o alívio de seus amigos. Ela estava sorrindo triunfante e feliz pela nova experiência. Satisfeita consigo mesma. Agora só precisava nadar até a margem da cachoeira para encontrar eles. Que carregavam suas vestes e sua espada.
–– Você é muito maluca. Pensei que alguma coisa poderia te acontecer.
–– Acontecer o quê? Ela é a imbatível Sassas. A aprendiz de Felef Primo, o maior.
Todos começaram a rir, inclusive ela.
–– Que tal pararem de graça e entrarem logo na água. Estão com medo de se afogar? –– perguntou ela com um sorriso viesado.
Então ali ficaram até o entardecer dar-se início e eles precisarem voltar antes que escuressece. Sassas ainda precisava preparar o jantar para ela e seu pai. Mas eles ainda tinham tempo para um último mergulho e foi o que ela fez. Fechando os olhos mergulhou o mais fundo que conseguiu, nadando contra a corrente que insistia em jogá-la para o outro lado, com certa dificuldade ela conseguiu tocar o chão, e por ali ficou até que precisasse voltar para respirar mais uma vez.