Poseidon
Bom, era manhã de domingo, estávamos todos sentados na mesa do café da manhã, visualize, somos 5 filhos, mais Espirro e meu pai.
Estávamos ansiosos, quer dizer, Cascavel estava ansiosa pois estava fazendo pão caseiro, sua primeira tentativa depois de anos, da última vez que ela tentou Monster usou o pão para praticar tiro ao alvo, sim o negócio estava tão duro que ele usou como munição.
Espirro gostou da ideia, o pão era multiuso, ela usava como munição, pedra, coçador de costas e ainda dava para roer em momentos de fome ou como eu falava, também servia para amolar facas e os dentes.
Sempre achei que mamãe fazia esses pães escondido para Hermes, o menino sempre teve dentes afiados, ele sempre mordia a gente, mas hoje eu vejo que o caçula tinha motivos, éramos seis crianças pequenas, Hermes sempre ficava com a melhor parte porque era o caçula, o melhor pedaço do frango, o maior pedaço de pizza, o queijo extra na macarronada. Como ele era o menor sempre tinha um irmão, de olho em seu prato para roubar sua comida o pequeno aprendeu a morder, maldito foi esse dia.
Pelo menos dessa vez o cheiro estava bom, Cascavel abriu o forno, colocou os pães em cima do fogão.
— Quem vai ser o primeiro a experimentar? Eu sei que vocês estão ansiosos - Cascavel pergunta
— Mãe, estamos ansiosos para não comer - Hades abre a garrafa de café e enche a xícara
— Vocês cresceram comendo deste pão
— Olha eu não sei como crescemos com você cozinhando mamãe querida - Eu digo rindo
-Minha mãe mandava eu trazer comida para vocês todos os dias, agora eu entendo o porque -Rebecca disse tomando o café de Hades e dando uma golada
— Santa tia Erika - Todos nos falamos ao mesmo tempo
— Vocês são ridículos, eu sempre cozinhei nessa casa
— Miojo com requeijão não conta como uma refeição mãe - Apollo puxa a garrafa de café e o prato de bolo que estava no meio da mesa - Quem fez o bolo de fubá?
— Tia Erika lógico - Hermes fala
— Santa tia Erika - Falamos todos
— Mãe seja sincera a senhora não sabe nem ferver água, até seu miojo ficava duro. - Zeus colocava um pedaço enorme de bolo na boca
Monster estava calado observando seus filhos falarem m*l das habilidades COZINHISTICAS de sua amada esposa.
— Vejam bem, eu não me casei com a mãe de vocês por conta de suas habilidades culinárias.
— Bom, nem pelas habilidades culinárias. - Hades falou
— Nem de organização da casa - Zeus falou
— Nem por ela lavar bem as roupas - Apollo
— Nem por ter boa pontaria - Eu falei
— Verdade, coitado do tio Estevan - Espirro falou
— Isso só mostra que sua mãe tem outras habilidades que as domésticas, e putz que habilidades - Meu pai fala puxando minha mãe irritada pela cintura e a puxou para o seu colo. - Ela não é empregada de vocês, e a mãe de vocês, a rainha dessa casa e minha esposa, entendem?
— A gente só estava brincando pai
— Então não brinquem! Agora, quem vai ser o corajoso? - Monster fala rindo, e minha mãe bateu nele com a mão fechada
— Eu nunca mais cozinho nessa casa
Lunna sai batendo os pezinhos, é estranho achar a mãe uma senhorinha fofa e birrenta?
Hades pegou um pãozinho e tacou no chão, a cerâmica trincou - Pai e melhor a gente ir para o pátio, temos munição nova.
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Apollo.
Segunda de manhã e o pior dia do estágio, eu confesso que essa Priscila, aquela mulher era um tormento, eu não entendia como aquela criatura poderia ser tão desengonçada desleixada, totalmente alheia a vestimentas corretas para um ambiente de trabalho, ser tão inteligente e sagaz quando o assunto era os tribunais
Priscila, estávamos saindo de uma audiência, daquelas que nem a mãe do réu acreditaria em sua história, e o cara saiu solto.
Bom dois irmãos trabalhavam num aplicativo de carona, para ganhar dinheiro facil, começaram a fazer travessia de drogas, o que eles levavam 3 dias para ganhar, ganham o triplo em duas horas entregando drogas um deles foi preso com uma carga enorme de coca.ina
O homem alegou para o policial que era uma entrega de aplicativo, mas veio dono de morro nenhum dá cinco mil papelotes de coca para um entregador de aplicativo.
Bom para mim era uma história absurda, mas Priscila conseguiu convencer o juiz e o cara saiu livre.
Priscila, devorou todos os argumentos da acusação e eu saí de lá admirando a mulher.
Bom se o meu pai fosse o responsável por essa carga perdida, Preto ou Jp estaria encomendando o lugar da alma do réu no inferno.
Eu estava organizando as minhas coisas para o cliente da tarde, O cara foi preso, acusado de chefiar a milícia na zona Oeste, aquele pedacinho ali de Bangu, o cara tinha a ficha mais suja que a da minha família, ou quase isso o problema e que ele deixou testemunhas e agora foi preso, porque deixou uma testemunha viva para contar a história.
O meu pai teria p**o ou matado a pessoa, como ele sempre diz:
— Nunca deixe pistas.
Priscila estava estudando o caso, arrumando uma brecha para desacreditar a testemunha, mas como desacreditar uma menina de 15 anos que viu o pai e as irmãs morrerem bem na sua frente.
Aquele cara era barra pesada, de verdade, o que me deixava com a pulga atrás da orelha, bom o homem aranha tem sentido aranha, os filhos do Monster tem o sentido problemas e aquele cara cheirava confusão.