capítulo 2 ***Daniel Mendes***

2786 Words
narração do Daniel oi meu nome é Daniel Mendes e eu tenho 28 anos. eu sou o filho mais velho de um casal de problemáticos e drogados sem condições alguma de criar os filhos, então por esse motivo fomos levados eu e a minha irmã caçula para morar com a nossa tia por parte de pai. e a qual se mostrou pior do que os nossos pais pois ela saía e nos deixava trancados em casa por dias para nós nos virarmos sozinhos eu e a minha irmã caçula katty. era eu que cuidava dela, eu a ajuda no banho, a se trocar e a estudar..... bom pelo menos com o que eu sabia. e eu também improvisava algo para comermos. claro que eu não sabia cozinhar e nem tinha idade para isso mais eu sabia fritar e esquentar a comida no fogão quando tinha, e também com a ajuda de um banquinho pois eu tinha apenas 8 anos. e eu sabia também fazer macarrão instantâneo, lanches, hambúrguer e pipoca. e assim nós íamos nos virando e eu com 8 anos e a minha irmãzinha com 4 anos, e foi assim até eu ter 11 para 12 anos. sabe eu ajudava a nossa tia nas coisas de casa para ela não nos bater ou brigar conosco, mais de nada adiantava pois ela nos maltratava e nos batia por pura maldade, parecia até que ela gostava disso. eu apanhei várias vezes sem motivos, e algumas vezes eu apanhei no lugar da minha irmã pois eu preferia que a nossa tia batece em mim do que na minha irmãzinha afinal eu sou o irmão mais velho e era o meu dever protegê-la. mais a 4 semanas do aniversário de katty de 8 anos eu tomei a decisão que iria mudar a minha vida e a da minha irmã completamente. ********************************************** era uma noite até então típica e eu estava no quarto que eu dividia com a katty e eu estava dobrando as roupas que Nádia nossa tia avia tirado do varal e mandado eu dobralas. (/era ao todo 3 cestos grandes/) e Nádia estava na sala fazendo as suas unhas pois segundo ela mesma disse amanhã ela teria uma festa muito inportante para ir. mais com o passar dos minutos e muitas roupas já dobradas eu escuto a voz da katty falando com Nádia. a katty estava pededindo para a nossa tia nos levar ao zoológico. sabe a minha irmã estava comentando comigo que queria ir ao zoológico desde que num dia que eu fui a padaria como eu ia sempre de manhã e katty me acompanhou como ela fazia as vezes quando acordada mais cedo. e para chegar na padaria nós tínhamos que passar em frente da escola que nesse dia estava fazendo uma excursão para o bendito zoológico. aí você já viu, ela foi a ida e a volta me enchendo de perguntas como se eu já tivesse ido em um zoológico que é claro que não. e desse dia em diante a katty só falava disso que queria muito ir ao zoológico e saber com é. e a katty até disse que nós poderíamos ter ido se nós estudasemos naquela escola, mais a verdade é que nós não estudávamos em escola nenhuma. mais até aí nada com que eu me preocupasse, mais quando a katty disse que ela pediria a nossa tia para nos levar como o seu presente de aniversário ai eu fiquei apreensivo e levemente preocupado que a nossa tia não desse só um não para ela. *******uns poucos minutinhos depois******* eu ainda ouvia elas falarem mais eu não as via pois eu estava no quarto e elas na sala, sabe a casa era pequena e as paredes eram finas então eu estava escutando a minha irmã várias vezes pedindo e Nádia negando. Nádia- não, não e não! katty- por favor Nádia, eu te prometo que eu não te peço mais nada. katty- e também que eu vou me comportar direitinho. Nádia- eu já disse não!, e para de me encher a paciência. katty- mais é o meu aniversário? Nádia- tô nem aí. Nádia- garota estúpid@. em mim eu sentia que deveria ir até lá mais eu preferi deixar de lado essa sensação por que uma eu tinha que terminar de dobrar todas aquelas roupas e depois esquentar a nossa janta no horário como a Nádia me mandou fazer. a Nádia ficava irritada se o jantar atrasase e ela parecia que ficava mais furiosa com fome se é que isso é possível, se é que é possível ela ficar mais irritada do que o normal. e como eu já disse eu sempre ajudava na casa além de cuidar da minha irmã mais agora eu com 11 para 12 anos e eu sendo um pouco mais alto do que os garotos da minha idade a Nádia então decidiu me dar mais tarefas, e para katty também e as quais eu acabava fazendo para poupar a minha irmã das tarefas as quais a deixavam cansada. e eu fazia desde esquentar a comida feita por Nádia, lavar e secar a louça, limpar a casa e etc. e até mesmo colocar a roupa suja na máquina para lavar e tirar o lixo. mais voltando pois o outro motivo que eu deixei o meu pressentimento de lado foi o pensamento *elas só estão conversando, o que de ru*m pode acontecer?* e a minha resposta logo veio que me rendeu eu me culpando por muito tempo por eu não ter ouvido a minha intuição, de eu não ter ido lá antes. e após eu ouvir Nádia ofendendo a minha irmã houvesse nem um minuto de silêncio pois depois veio um barulho de coisas caindo e sendo quebradas e no momento seguinte Nádia aos berros e o choro da minha irmã. então eu corro imediatamente para lá e a cena que eu vejo ao chegar lá na sala é das necessaires de maquiagem e outras coisas de fazer unhas da nossa tia espalhadas no chão da sala, e algumas coisas ainda estavam intactas e outras coisas estavam quebradas. (/aparentemente katty derrubou com força as coisas de Nádia no chão/) e Nádia estava pocessa, estava com uma raiva nunca vista por nós antes. e Nádia também segurava o braço esquerdo da minha irmã estando katty virada na minha direção quando eu chego na sala. e o aperto era tão forte que eu sabia que iria ficar marca já que Nádia também já me segurou assim antes. a katty chorava desesperadamente e também se debatendo com ela tentando sair dali. e ao me ver chegar a minha irmãzinha imediatamente começou a chamar o meu nome e mesmo assim a Nádia não parava de bater e a gritar com ela. eu nem pensei duas vezes e fui até elas e eu comecei a confrontar Nádia a puxando, empurrando, tentando de qualquer jeito que ela parece com aquilo ou que soltasse a katty. e em todo momento eu pedia para Nádia parar com lágrimas também já escorrendo dos meus olhos. e eu tentava de tudo que eu podia até Nádia virar o seu rosto para mim e soltar o braço de katty que caiu no chão de qualquer jeito. e eu não pude fazer nada pois em seguida a Nádia me dá um empurrão tão forte que eu cai para traz. tá eu faria 12 anos dentro de 2 meses mais eu era magrinho e em parte por Nádia nos deixar sem comida ou quase sem nada de comida. uma vez a Nádia ficou mais de 40 dias fora de casa e eu e katty ficamos trancados lá dentro, as janelas eram com grades então não tinha como arranjar comida então nós dividiamos o que tinha, e por várias vezes eu dei a minha parte para katty para que a minha irmãzinha não ficasse com fome. e ainda atordoado pelo empurrão repentino, surpresa e ainda no chão Nádia começou a se aproximar de mim com ela falando e também desferindo tapas agora em mim. Nádia- o garotinho cresceu e quer defender, salvar a irmãzinha da surra que ela merece. Nádia- olha o que a estúpid@ e chata da sua irmãzinha vez. Nádia fala com ela virando a minha cabeça com certa força e puxando os meus cabelos para que eu olhe as coisas dela quebradas. Nádia- ela merece apanhar mais por arremessar da mesa ao chão as minhas coisas. Nádia- e você ainda quer protegê-la. Nádia diz olhando para trás aonde katty está encolhida num canto abraçando os próximos joelhos e com lágrimas ainda rolando de seus olhos, só que agora sem os soluços. Nádia- ela ainda vai te trazer muita dor de cabeça. Nádia fala com ela voltando a olhar para mim novamente. sabe todas as vezes que Nádia queria ou já iria bater em katty por qualquer coisa ou até sem motivo ou por alguma travessura da katty eu me punha na frente e pedia para ela bater em mim ao em vez de bater em katty. mais essa foi a primeira vez que eu revidei, que eu tentei bater de frente com Nádia, mais não poderia ser diferente. e após Nádia dizer as suas palavras ela me pega pelos cabelos de novo e me puxa para cima para que eu me levantasse. e eu tentei aguentar firme mais estava doendo muito então eu gritei e chorei, a Nádia me puxava pelos cabelos saindo da sala e indo para o corredor que de um lado ficava o banheiro e do outro lado ficava o quarto meu e da katty. (/nós dividiamos uma cama de casal/) e a Nádia praticamente me arrasta pelos cabelos por esse corredor sem nenhuma delicadeza e katty provavelmente por culpa dos meus gritos ela se põe de pé, e mais apavorada por conta da cena ela pronuncia o meu nome num fio de voz. katty- Daniel. (voz triste e de choro) e eu já sabendo para aonde Nádia me levava eu gritei para katty. Daniel- KATTY SE ESCONDE, KATTY SE ESCONDE. eu gritei isso pois dali de dentro eu não poderia fazer nada, eu não poderia ajudá-la. e eu gritava esvasperado chegando num desses tipos de closet, armário na parede e ele deveria ter uns 5 metros quadrados. e eu também estava com as minhas mãos na minha cabeça por cima das mãos de Nádia numa tentativa vã de tentar diminuir a dor, e comigo também sem conseguir olhar para traz para vez se katty fez o que eu a pedi, supliquei para ela. e 2 ou 3 passos a mais e a Nádia abre a porta desse armário de parede e me joga de qualquer jeito lá dentro e depois ela tranca a grossa porta. e ela me deixou lá dentro no escuro (/como sempre/) pois o interruptor ficava do lado de fora e o qual a Nádia não fez a mínima questão de aperta-lo. sabe eu já avia ficado lá dentro 3 vezes, 4 com essa, a Nádia até já tinha me arrastado para lá pelos braços após ela não ter ficado satisfeita de só me bater e dar uma chinelada em katty, então ficar ali não era novidade para mim. graças a Deus a katty nunca ficou ali e nas duas vezes que Nádia tentou fazer isso eu consegui evitar a convencendo do contrário. e numa dessas vezes eu tive que levar o nosso cachorro para o abrigo de animais e depois dizer para katty que ele fugiu, o que não ajudou em nada pois ela queria sair por aí atrás dele. a katty chorou tanto aquele dia, chorou até dormir e ela só tinha 6 anos. eu me senti m@l por isso mais ficar aqui dentro seria pior, ela choraria até desidratar ou ela ficaria com algum trauma. eu mesmo não sou mais o mesmo, sabe ficar em lugares escuros, fechados, pequenos ou apertados eu fico...... bem isso não me agrada nem um pouco, e isso mesmo hoje em dia com eu tendo 28 anos. se bem que eu superei bem, quase por completo. (pensativo) ********************************************** não sei ao certo quantos minutos depois eu volto a ouvir a katty chorando, gritando e me chamando desesperada. *a Nádia encontro a katty e está a espancando*, esse é o meu único pensamento enquanto eu bato na porta desesperado tentando sair dali para salvar a minha irmãzinha. lágrimas e mais lágrimas, gritos e mais gritos eu não posso nem te descrever como eu me sintia naquele momento pois foi uma das piores noites da minha vida, e olha que tiveram muitas outras ru*ns. ~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~ provavelmente uma eternidade depois pois para mim pareceu isso mesmo a única coisa agora era o silêncio até uma batida de Nádia na porta que me assusta. eu estava com as minhas duas mãos doendo de tanto bater na porta e também quase sem voz de tanto que eu gritei o nome da minha irmã e principalmente para Nádia parar. ********************************************** no dia seguinte no outro dia a Nádia veio abrir a porta e eu só sai dali quando eu ouvi a porta da rua sendo trancada. então eu corri até o quarto e fui até katty e a minha irmã estava com várias marcas pelo corpo. então eu a abraçei e nós choramos juntos, e ali eu também tomei a decisão que mudaria as nossas vidas. *****************horas depois**************** eu combinei tudo com a katty e teria que ser hoje mesmo pois Nádia não estaria em casa por causa da sua tal festa, então seria a oportunidade perfeita para eu e katty fugirmos. então eu espero a Nádia ir para o banheiro tomar o seu banho para essa tal festa e eu também madei a katty ficar perto da porta da rua com uma mochila com as nossas poucas roupas desgastadas. e por sorte a Nádia deixou a porta do seu quarto aberta pois ela sempre a deixa trancada. então eu entro com cuidado e pego o dinheiro que eu sei que ela esconde em baixo do colchão pois eu a vi esconder aqui uma outra vez. mais quando eu estou quase saindo do seu quarto a Nádia abre a porta do banheiro e ela só pode ter se esquecido de pegar algo pois ela ainda está de roupa e os seus cabelos ainda estão secos. e nessa hora eu grito para katty correr e eu também saio correndo mais quando eu já estava no quintal de terra na frente de casa pois nós moramos afastados praticamente no campo Nádia me alcançar e me derruba no chão. e eu me protejo com meus braços de seus tapas até katty começar a atacar pedras em Nádia que se protege. e essa é a minha chance então eu pego um punhado de não sei quanto do dinheiro que caiu no chão quando a Nádia me derrubou no chão e depois eu me levanto e corro para perto da minha irmã. então eu coloco a mochila nas minhas costas e começo a correr, e eu também mando a katty correr também. e em determinado momento da nossa corrida, da nossa fuga katty deixa cair a sua única boneca no chão e ela tenta voltar para pegá-la mais Nádia está logo atrás de nós então eu pego na mão da katty para ela voltar a correr. (/é agora ou nunca/) e a Nádia vem correndo atrás de nós mais ela para quando chega na boneca, e a Nádia pega a boneca da katty e arranca a cabeça da boneca e depois a Nádia ataca a boneca no chão. a katty grita e começa a chorar mais eu não deixo ela parar de correr. ********************************************** nós ficamos vagando pelas ruas até uma mulher nos deixar dormir no abrigo de forma ilegal. (/nós dividiamos uma cama de solteiro agora/) e nós tínhamos um teto e uma refeição por dia e nas outras eu me virava com o dinheiro que eu peguei ou com uns trocados que eu conseguia. e foi assim até o gerente do abrigo descobrir e nos expulsar, então voltamos para a rua. e quando faltava menos de uma semana para o aniversário da katty nós nos encontrarmos com uma mulher que se propôs a nos ajudar. a princípio eu fiquei desconfiado mais logo eu percebi que dona Olga e também o seu marido eram pessoas boas e que queriam nos ajudar de verdade pois eles queriam muito mais eles não conseguiam ter filhos então eles nos adotaram. e eu passei a amar a dona Olga como se ela fosse a minha própria mãe e para a qual eu faria de tudo, eu seria capaz de tudo pois ela foi a única mãe que eu e katty realmente conhecemos e que nós amou.
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