Capítulo 3 - Encantado

634 Words
No final do dia João Carlos foi pegar a filha no colégio e teve uma linda surpresa. A menina estava rodeada de novas amigas e com elas estava a professora que o tinha chamado atenção. - Boa tarde meninas... - Ele sorriu e abaixou com os braços abertos para receber a filha que já corria na sua direcção. - Papai! Papai eu quero voltar amanhã.... - Ela disse muito feliz. - Claro que vais voltar meu amor. Eu prometo. Boa tarde professora. - Boa tarde Senhor João Carlos. A Liara é uma óptima menina e se comportou muito bem. - Fico feliz por saber. Filha! Porque não vais te despedir das tuas novas amiguinhas? Eu tenho que falar com a tua professora. Está bem? - Está bem papai. Até já Tia Alice. - Até já princesa...- Após a menina se afastar, Alice olhou para João Carlos e pela primeira vez percebeu que ele realmente era um belíssimo homem. Respirou fundo e perguntou: - O que o Senhor deseja falar comigo? - Nada de Sr. por favor. - Desculpe. Mas pela ética profissional eu devo tratar assim qualquer encarregado de educação. - Está bem. Me desculpe. Eu quero me desculpar pela forma como me comportei hoje de manhã. Juro que nunca tinha me alterado com a Lia. - Tudo bem. Eu também peço desculpas. Não tinha o direito de gritar e menos ainda de o chamar de arrogante sem saber quem realmente era - Vamos esquecer isso e começar de novo. Pode ser? Prazer! Sou João Carlos de Menezes. O pai da Liara. - Muito prazer. Sou Maria Alice Medeiros. Professora da sua filha. Começaram então a falar sobre o primeiro dia dela na escola, quando Lia aproximou. - Papai! Podemos ir para casa agora? - Claro filha. Tens que descansar para voltar amanhã. - Até amanhã Tia Alice....- Lia deu um beijo no rosto de Alice. - Até amanhã princesa. Descanse está bem? - Sim Tia. - Até amanhã Professora. - Até amanhã Senhor João Carlos... Após colocar a filha na cadeira, João Carlos subiu no carro e deu a partida. Estava encantado com a professora. * esquece isso.... Ele pensou. Você não pode voltar a sentir nada. Mesmo tentando afastar os pensamentos, o seu coração começava a dar sinais, mas João Carlos os ignorou. Não deixaria ninguém magoar a sua filha...  Então porque sempre que fechava os olhos, surgia na sua mente a linda professora com o seu sorriso encantador? O caminho para casa foi recheado com a alegria e novidades que Liara tinja para contar. Ela não parou de falar e deu a ele a lista de materiais que deveriam ser comprados e armazenados no seu cacifo do Colégio. - Filha! Eu estou muito orgulhoso de você. Achei que não ficarias bem sozinha na escola. - Eu estou feliz Papai. E já fiz muitas amigas. - Eu notei. E como o teu aniversário está próximo, vamos convidar todas para a tua festa. - Obrigada Papai! Podemos chamar também a Tia Alice? Ela é muito legal. - É mesmo? Você gostou dela filha? - Gostei muito Papai. - Está bem. Convidamos ela também.  Chegaram em casa e ambos foram trocar de roupa para o almoço. João Carlos estava feliz. A sua menina tinha se adaptado rapidamente à escola, e em breve seria ainda mais independente. Pensou também na sua situação. Apesar do amor que tinha pela Avó, ela sentia a falta de uma mãe como as outras crianças da sua idade. E pelo que ele tinha percebido, Liara se encantou pela professora já no primeiro dia. Não iria se intrometer na relação delas. Mas ficaria atento, porque não tinha a intenção de permitir que a sua filha fosse magoada e abandonada pela segunda vez. Isto ele não estava mesmo disposto a deixar acontecer.
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