Isabella Narrando.
Aquela conversa com o Dan me deixou bastante confusa e muito pensativa. Será que eu realmente preciso mudar quem eu sou para agradar ao meu esposo? Não faz sentido eu perder a minha essência para permanecer em um local que está na cara que eu não sou e nunca vou ser bem vinda.
- Ir à um bordel. - Eu repeti para mim mesma antes mesmo de sair de casa.
É loucura, se o Martin descobre que eu estou frequentando esse tipo de lugsr, certamente ele acaba comigo antes de eu me explicar e obviamente, ele colocaria a minha virtude em dúvida, coisa que jamais pode acontecer, já que se houver traição da parte da mulher dentro da máfia, eu posso me declarar uma mulher morta.
Meu celular tocou por algumas vezes e era o Dan, ele disse que o caminho estava livre, que o meu marido não estava em casa e provavelmente demoraria para voltar, já que ele estava em ums reunião de negócios.
Eu sei o tipo de reunião que ele estava, poderia apostar que tinha nome, sobrenome e uma saia tão apertada que com um movimento era capaz de se descosturar por inteira.
Eu peguei a minha bolsa, aceitei o meu vestido e criei coragem para finalmente sair do quarto.
Fui na ponta do pé porque não queria que os empregados descobrissem que eu estava saindo, já que a primeira coisa que eles dariam era ligar para o Martin e avisar que eu estava saindo e aí sim seria uma briga daquelas.
Assim que eu abri a porta, dei de cara com o Dan encostado no carro, de braços cruzados e encarando o relógio.
- Finalmente... - Ele falou abrindo a porta para eu entrar. - Pensei que ia precisar entrar lá e te trazer arrastada.
Ele fechou a porta e deu a volta, entrando no carro e dando psrtida logo em seguida.
- Eu não deveria estar aqui. - Falei negando com a cabeça. - Isso é errado... eu tinha que estar em casa.
- Ah sim... tinha que estar lendo enquanto outra toma o seu lugar. - Ele revirou os olhos.
- Porquê está me ajudando? - Perguntei curiosa.
- Se te tranquiliza saber, eu não morro de amores pela sua prima, muito menos pelas atitudes dos dois. - Ele falou com os olhos fixos na estrada.
Eu me mantive calada o restante do caminho, estava tentando imaginar um bom motivo para essa ajuda toda, porque só o fato de não concordar com as atitudes deles não estava me convencendo nem um pouquinho.
Assim que chegamos ao tal lugar, eu senti o meu corpo gelar e mais uma vez a minha consciência estava me acusando, me dizendo que aquilo não era para mim, que era errado e nao fazia o menor sentido eu estar naquele local.
Não adiantava mais, antes que eu pudesse desistir, Daniel já havia me puxado para dentro do estabelecimento e as pessoas logo atrás de nós me impedia de sair correndo dali.
- Nem pensa em sair correndo. - Ele falou enrolando o meu braço no dele. - Agora você vai sentar na cadeira e observar tudo....
- Não é justo... eu não quero estar aqui... nem sei porque eu concordei em vir ate aqui. - Eu falei tentando arrumar uma desculpa.
- O que quer beber? Gin, vinho, champanhe, whisky? - Ele perguntou me ignorando completamente.
- Eu não bebo. - Falei cruzando os braços e tentando não olhar para as mulheres vulgares daquele lugar.
- Resposta errada. - Ele sorriu. - Trás duas taças do seu melhor champanhe, por favor?
- Algo mais, senhor? - O garçom perguntou enquanto anotava o pedido no tablet.
- Sim... chama o Tony, diz que tenho uma missão para ele. - Ele sorriu e me olhou.
- Claro, senhor. - Ele assentiu e saiu do local.
- É loucura... olha essas mulheres insinuando o corpo para esse bando de velhos safados. - Eu falei horrorizada.
- Essas são as armas que elad tem... usam o corpo pars conseguir atenção. - Ele falou observando. - Olha aquela loira...
Ele apontou para a mulher e eu olhei na mesma direção, tentando ver da mesma forma que ele.
- Ela só está tomando champanhe. - Eu falei sendo obvia.
- É aí que você se engana... - Ele apontou para o homem na direção oposta. - Apenas com o olhar e a forma que ela está tocando a taça, ele está sendo seduzido.
Em seguida o homem se levantou arrumando o seu terno e foi em direção a moça loira, que apoiou a taça na mesa para que ele pudesse beijar a sua mão.
Eu fiquei observando cada passo que a moça dava, o olhar, o toque, tudo... é, acho que se eu tentar, eu posso conseguir...
Eu continuei a observar por mais um tempo e vi garotas no pole dance praticamente nuas, alisavam o corpo perfeito insinuando-se pars homens que as assistiam e jogavam notas de dinheiro em cima delas...
Outras abordavam as suas possíveis conquistas nas mesas, elas levavam bebidas e em seguida sentavam em seus colos, desabotoavam alguns botões da camisa e até lambiam o peitoral.
Não, isso não é para mim... de jeito nenhum... é loucura e eu jamais seria sexy e confiante como essas mulheres para conseguir seduzir o meu marido.
Um tempo depois o tal homem que o Dan pediu para chamar chegou à nossa mesa, ele se sentou e ficou falando o quanto eu era bonita.
- Então, Bella, não é isso? - Eu concordei. - Você entendeu o que eu falei?
- Hmm, acho que sim... - Falei com vergonha.
- Você precisa de um up nesse visual... realçar os s***s, desenhar bem as suas curvas com um bom tecido, talvez seda. - Ele falou me entregando um vestido aparentemente curto e vermelho. - Vista isso quando chegar, vai ver o quanto esse pequeno detalhe vai fazer o seu esposo te enxergar diferente. Com essa cintura de pilão, aposto que ainda é virgem.
- Certo, obrigada... - Eu agradeci sentindo meu rosto corar, enquanto guardava o vestido. - Agora vamos... isso é demais para mim...
- Valeu Tony. - Dan falou cumprimentando ele.
- Me conta depois... - Tony sorriu.
Eu assenti e me levantei dali praticamente correndo daquele local, estava bem tarde e certamente o Martin já estava em casa e iria me matar assim que eu chegasse.
Daniel dirigiu até a minha casa, eu agradeci por ele ter me ajudado e combinamos de amanhã ele me levar para fazer compras, já que eu não tinha nem uma amiga.
Eu entrei correndo e agradeci por não ter ninguém em casa...
Fui direto para o meu quarto e entrei no chuveiro para tirar o cheiro de bebida que parecia estar grudado na minha pele e em seguida me enrolei na toalha, observando o meu corpo em frente ao espelho.
- Eu preciso tentar... - Falei comigo mesma enquanto observava o vestido pendurado no cabide.
Depois de um templ, criei coragem e o vesti, passei um batom vermelho para realçar os meus lábios e combinou com a minha pele branca.
Eu estava realmente linda...
Esse vestido era exatamente do jeito que o Tony havia me dito... realçava meus s***s, desenhava muito bem as minhas curvas e eu estava me sentindo elegante e sexy.
Assim que eu saí do banheiro, dei de cara com o Martin entrando pela porta fo quarto e eu fiquei completamente envergonhada com o olhar que ele me deu...
Ele nunca tinha me olhado daquela forma, ele parecia pela primeira vez ter me desejado de algum jeito.
- Onde estava? - Ele perguntou com seu jeito arrogante.
- Lugar algum... eu não sai de casa. - Menti.
- Porque está vestida assim? - Ele perguntou mais uma vez encarando o meu corpo.
- Eu quem pergunto, onde esteve? - Eu finalmente criei coragem.
- Não interessa... quem faz as perguntas sou eu! - Ele praticamente rosnou.
- Eu sou sua esposa, exijo saber onde estava... não vou mais admitir que você me engane dessa forma. - Eu falei firme e ele veio para cima de mim como um furacão.
Martin segurou os meus braços com força, me fazendo arrepiar e ficar com medo, em seguida ele ficou me encarando e por algum motivo desconhecido ele me soltou.
Ele virou de costas com as mãos na cintura, parecendo estar se acalmando e em seguida socou a porta do quarto, saindo por ela logo depois, me fazendo suar frio com a sua atitude.