Sedução.

1364 Words
Isabella Narrando. Fiquei assustada com a reação do Martin, na verdade qualquer atitude dele, por mais simples que seja me assusta, me deixa completamente desestruturada e me faz tremer as pernas. Ele é um homem muito bonito, eu não posso negar, mas a beleza não se deve colocar em pauta quando a pessoa é completamente fria e calculista... ele não me olha e eu nao entendo o motivo. Qualquer homem que se casa com uma mulher virgem ficaria completamente louco para tocá-la e a tornar dele, exceto Martin... Parece que ele quer me manter intacta e de certa forma eu até agradeço por isso, seria péssimo ter que me entregar para um homem sem sentimentos, sem amor, um homem frio, rude e incapaz de um ato carinhoso que seja, pelo menos comigo. Depois de todo o transtorno, eu resolvi me deitar, com certeza nada daquilo tinha sido suficiente para que eu pudesse chamar a atenção dele, o dia seguinte ia ser completamente exaustivo, já que eu iria sair para as compras, pela primeira vez em muitos anos... Dia Seguinte... Martin sequer veio para o nosso quarto, ele certamente estava bem irritado e isso me faz pensar se realmente vale a pena todo o esforço que eu estou pensando em fazer... Eu me levantei e tomei um banho, fiz minha higiene matinal e vesti o vestido mais justo que eu tinha e que eu jamais imaginei que fosse usar, estava até na etiqueta, calcei um tênis branco para combinar e me olhei no espelho, ual... eu jamais imaginei que tinha um corpo desse, ele desenhou perfeitamente as minhas curvas e deixou a minha b*nda bastante avantajada em evidencia. Eu soltei os meus cabelos castanhos dourados e passei maquiagem bem leve, apenas para realçar os meus olhos claros e meus lábios carnudos... passei perfume e pronto, estava ótimo assim, peguei minha bolsa com os cartões e dei um breve suspiro. - Vamos lá. - Falei sozinha abrindo a porta do quarto. Eu desci as escadas devagar, aparentemente Martin ainda estava dormindo e eu fico feliz se ele realmente estiver, pelo menos não iria ter que dar satisfação de onde estava indo. Continuei descendo e fui andando até a sala de jantar e lá estava ele, sentado em silêncio, tomando o seu café. Merda! Fingi não ter visto que ele estava la e me sentei na ponta da mesa, totalmente ao contrário de onde ele estava, sequer dei bom dia, apenas me servi, como se eu estivesse sozinha. Ele levantou o olhar em minha direção, cruzou os braços e sem que eu imaginasse, ele começou a falar. - Vai sair? - Ele perguntou grosseiro e eu apenas assenti com a cabeça. - Posso saber para onde? Não costuma sair de casa, muito menos com esse tipo de roupa. Eu ergui uma sobrancelha e por um momento comemorei por dentro, então ele notou a minha mudança de vestuário. - Ah, acordei com vontade de ir ao shopping. - Sorri fraco. - Acho que estou precisando dar uma repaginada, não acha?! Ele me olhou sério, pareceu não gostar do que eu disse. Martin deu um gole no seu café e em seguida limpou a boca com um guardanapo, se levantando em seguida. - Eu te levo. - Ele falou pegando sua pasta enorme que estava na cadeira ao lado. - Não precisa... Eu vo... - Ele me interrompeu. - Não perguntei se você quer... - Ele pareceu estar irritado. - Eu disse que vou te levar e pronto. - Certo, senhor. - Falei num tom de deboche, sem ao menos perceber e senti seu olhar furioso sobre mim. Eu me levantei, peguei minha bolsa e comecei a andar na frente dele, assim, certamente ele veria as minhas curvas e sei lá, talvez sentisse ciúmes ou desejo. Assim que saímos na porta da nossa casa, os seguranças nos olharam e mesmo disfarçando, eles repararam o meu corpo, o que me deixou bastante constrangida, porque não estava acostumada com olhares sobre mim e o Martin teve uma reação inusitada, ele se aproximou de mim e simplesmente colocou a mão nas minhas costas, bem próximo da minha b***a para me conduzir até o carro, me fazendo arrepiar. - Nunca mais vai usar este vestido... - Ele rosnou baixinho, perto do meu ouvido. Eu ignorei, não queria discutir e muito menos sair daqui chorando com a grosseria dele, Martin abriu a porta do carro para mim e dispensou motorista. Ótimo, eu consegui chamar a atenção dele para mim e isso é realmente supreendente. O caminho até o shopping foi um silêncio total, ele me deixou na entrada e em seguida saiu acelerando o carro, parecia que iria voar e eu entrei... Na frente da loja mais cara, estava uma moça simpática na qual Dan havia contratado para me ajudar e eu não tive nenhum trabalho quanto a escolher peças... Raquel, esse era o nome dela, me levou em todas as lojas possíveis, roupas, sapatos, lingeries, biquinis, bolsas, joias, perfumes e maquiagens... tudo... Foi até que divertido... Quando eu estava saindo da última loja, meu celular apitou, mostrando uma mensagem do Martin. Que evolução. - Mensagem - "Essa ida ao shopping está custando muito caro... espero que esteja em casa antes das 16:00 pm." Eu apenas respondi a mensagem objetiva... afinal, não preciso do dinheiro dele. "Não se preocupe, nada sairá do seu bolso." Eu bloqueei o celular e guardei novamente na minha bolsa e sorri. - Vamos, eu te deixo em casa, querida. - Raquel falou sorrindo. - Não se preocupe, eu posso chamar um uber. - Não queria incomodar, então recusei. - Imagina, não será incômodo algum. - Ela falou me ajudando a colocar as coisas no carro. Eu agradeci mais uma vez e fomos o caminho inteiro conversando, fazia tempo que eu não falava com alguém e ela era bem legal... Quando chegamos, os seguranças pegaram as coisas e deixou tudo no meu quarto enquanto eu subia correndo para vestir um biquini, Martin estava na piscina e essa seria a hora perfeita para que eu conseguisse algo dele. Eu vesti um biquini vermelho, ele era pequeno demais para o que eu estava acostumada, mas tinha que ser esse, me enrolei em um roupão e desci as escadas correndo. Lá estava ele, cara de poucos amigos e completamente irritado por eu chegar depois do horário, mas eu não estava me importando, queria que ele ficasse fora de si e depois se acalmasse de um jeito inédito. Eu me aproximei e desamarrei o roupão, tirando ele em seguida e coloquei em cima da espreguiçadeira. Foi imediato o olhar do meu marido sobre mim. Eu fingi não perceber e me sentei na borda da piscina, colocando apenas os meus pés dentro da água. O sol ainda queimava o meu corpo e Martin tentava disfarçar, mas aos poucos veio se aproximando de mim... - O que está havendo com você? - Ele perguntou alisando o meu pé dentro da água. - An? - Me fiz de desentendida. - Do quê está falando? - Não se faça de boba, sabe exatamente do que estou me referindo. - Ele se aproximou de mim. - Está mais ousada, mostrando mais o seu corpo e que corpo. - Ah... eu apenas estou tomando um sol. - Fingi não me importar. - Não é apenas isso e eu estou ficando louco. - Ele me puxou para dentro d'água e colou meu corpo no seu, me fazendo sentir cada músculo do seu corpo. Martin passou os dedos pelo meu pescoço, afastando meu cabelo dali e quando ele ia se aproximar dos meus lábios, o mordomo nos interrompeu. - Desculpa senhores... - Ele falou sem graça, percebendo que tinha interrompido. - Só vim avisar que a senhorita Clara acaba de chegar. Martin respirou fundo e se afastou de mim, ele assentiu e respondeu: - Certo, já estou indo. - Ele falou passando as mãos pelo rosto e em seguida saiu da piscina se enrolando na toalha. Sempre ela... Martin me abandonou aqui por causa da minha prima... isso não é justo. Se ele estiver pensando que vou encerrar por aqui, está muito enganado. Eu vou continuar, até conseguir o que eu quero.
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