POSSUA-ME : OS MONTENEGRO'S II

CAPÍTULO 3

#Louise

Eu me sentia completamente feliz e insegura ao mesmo tempo. Minha vontade de sair da cama é zero não conversei nada com Pietro ontem, pego meu celular para ver que horas são e vejo sete mensagens de Rafael, abro a primeira e me assusto com que leio.

Rafael: Você é minha não pense que pode me ignorar assim, está me entendo Louise?

Abro a próxima.

Rafael: Quem era aquele cara? Me responde p***a.

Apago as outras mensagens sem ao menos lê—las, não quero mais falar com ele, ainda não consigo me esquecer dele tentando me força a f********o com ele, balanço a cabeça e desisto de ficar na cama.

Tomo um banho e visto uma saia branca e uma blusa azul sem mangas, deixo os cabelos soltos.

Desço e não vejo ninguém na sala vou até a cozinha. Luiza esta comendo. Fico olhando para ela somos tão parecida e completamente diferentes ela veste um vestido preto que a deixa com o corpo escultural marcando bem sua curvas, seus cabelos caindo em ondas em suas costa, o batom rosa pálido em seus lábios carnudos, diferente de mim meus cabelos são meio ondulados e sem vida meus braços dói de tanto tentar desembaraça—los e eu não gosto de maquiagem, meu corpo e mais magro e não tenho tanto senso de moda como ela.

— Você é meio maluca não é Louise?. — ela pergunta. Não olhou para trás um só minuto como sabia da minha presença.

— E você meio bruxa. — vou até ela e beijo sua cabeça e me sento para que possamos tomar café juntas, pego uma maçã e começo a comer, as vezes nos damos bem as vezes brigamos como duas crianças e as vezes apenas conversamos os conselhos são sempre esclarecedoras para a parte interessada.

Terminamos de comer e escuto uma agitação do lado de fora da casa, olhei para Luiza que apenas sacudiu a cabeça em um gesto negativo.

Sem da muito importância saio apressada para ver o que estava acontecendo assim que coloco o pé fora da casa o que vejo me faz ficar parada ver Milena sentada em frente a Pietro, ela está com as mãos sobre a corrente que eu havia dado a ele não consigo conter minha raiva. Eu já a conhecia lembro que ela vinha com frequência aqui em casa antes que Pietro fosse para a Itália.

— O que você está fazendo?. —pergunto para Pietro, ainda é muito cedo para essa garota já está em minha casa.

— Bom dia, Louise. — ele ignora minha pergunta e sorri com deboche. —Estou apenas conversando com uma velha amiga, Maninha.

Tento manter a calma falhando ridiculamente, sinto minhas bochechas esquentar.

— Quanto tempo Louise. —Lanço—lhe um olhar de desdém que ela devolve na mesma intensidade eu me viro novamente para Pietro.

— Podemos conversar?.

— Pode ser depois ainda não acabei aqui e tenho que falar com Anthony depois.

— Pietro!.

— Agora não. Ele se vira para Milena me senti humilhada não tem nem dois dia que ele havia chegado e já estava me tratando assim, segurei o choro e segui para casa ainda pude ouvir o som da sua risada.

Meu celular vibra, uma nova mensagem de Rafael.

Rafael: Pare de me ignora vamos conversar onde vc quiser? Só me deixe te ver.

Resolvo responder.

Louise: Tudo bem apareça aqui na minha casa a tarde.

Sua resposta veio segundos depois.

Rafael: Muito obrigado Lou :)

Meia hora depois Pietro tinha entrado para dentro da casa por causa da chuva e Milena entrou junto fiquei pensando se ela não tinha casa.

A campainha toca e vou atender.

— Rafael...— ele está encharcado com um buquê de tulipas destruídas. — Meu Deus o que aconteceu, entre.

Ele sorri, é tão lindo seus cabelos pretos grudado a testa os olhos azuis como mar do Caribe e um sorriso sexy ele é alto e tem o corpo bonito, sei que ele faz alguns esporte que ajuda muito em seu porte físico.

Lembro muito bem na primeira vez em que o vi fiquei impressionada seus ombros largos sua arrogância e suas frases curtas e diretas.

— Não me olhe assim Lou.

— Hã... desculpe. — Digo constrangida.

— Não precisa pedir desculpas. — ele segura em minha mão porém me afasto rápido meu instinto falando mais alto, seu sorriso murcha.

— Melhor você subir e se trocar vai ficar doente assim, vou pegar algo do meu irmão para você usar.

Subo com ele e o deixo em meu quarto ele parece surpreso nunca quis que ele entrasse aqui, nas poucas vezes que entrou era tudo tão diferente e suas estadias foram menos de cinco minutos.

— Já volto. —deixo sozinho enquanto vou até o quarto de Brian mas paro as roupas de Brian não caberia em Rafael, ele é dois anos mas velho que eu, bato na porta do quarto de Pietro.

— O que foi?. — ele aparece na porta apenas de cueca samba canção preta e eu fico sem ar, olho de seus pés descalço até seus cabelos bagunçados.

— Hum... Me empresta uma camisa e uma calça sua.

Suas sobrancelhas arqueadas com surpresas não diz nada ele entra no quarto e pega algumas roupas.

— Preciso de roupas limpas Pietro.— Digo com calma como se ele tivesse algum problema mental.

— Para que?.

— Pietro. —escuto a voz de Milena, tento ver por cima do ombro dele mas ele fecha um pouco mais a porta.

— Só pegue. — ele fecha a porta e logo depois abre me entregando as roupas dobradas que creio que ele tenha tirado da mala.

— Obrigado.

Vou até o meu quarto e entro dando de cara com Rafael apenas de toalha. Ele tem um corpo bonito é bem definido para ter apenas dezenove anos.

— Tudo bem...Aqui está as roupas vista e depois podemos conversar... Vou ficar aqui fora para você poder se trocar.

— Tudo bem. — Ele sorri, saio do quarto e vejo meu pai saindo do dele tento disfarçar, não estou preparada para o ataque que ele teria se soubesse que tem um cara se trocando em meu quarto.

— O que está fazendo filha?.

— Nada pai estava indo falar com o Brian.

— Tudo bem. — ele dá um sorriso. — Tchau até mais tarde. — ele beija minha testa e desce para ir para o trabalho.

Bato na porta do meu quarto.

— Entre. —As roupas de Pietro ficou muito bem em Rafael uma blusa azul de mangas longas e uma calça jeans escuras.

— Ficou bem em você.

— Não sei como as roupas do seu irmão coube em mim mesmo ele sendo alto para ter apenas quinze anos não serviria.

— Não é do Brian...

— De quem é então. — ele segura em meu pulso apertando forte.

—Me solte seu i****a. — Eu soco seu peito.

— Me desculpe Lou, é que esse ciúme me consume.

— As roupas é do Pietro meu outro irmão, se fizer mais algumas coisa i****a vai embora e nunca mais vou querer te tiver está me entendo?.

— Sim. — ele fala calmo como se sentisse acuado mas sei bem o seu jeito e eu não seria capaz de intimida—lo assim tão fácil.

— Agora me diga o que queria falar comigo.

— Preciso que me perdoa por tudo o que aconteceu naquela noite eu tinha bebido e não sabia o que estava fazendo...

— O que você fez não tem desculpa mesmo bêbedo uma pessoa com moral e ética não faria o que você tentou fazer comigo.

— Eu sei. Você não sabe como eu me culpo por ter tentando força—la a fazer alguma coisa. — ele acaricia meu rosto, seu toque e delicado e calmo. — Eu amo tanto você, minha Lou. —Esta é a primeira vez que ele diz isso não sei se fico feliz ou com medo da sua obsessão que é maior.

Ele fica me olhando esperando que eu diga o mesmo mas não consigo.

— Fiquei muito nervoso quando vi cheias de sorrisos na festa do seu irmão para aquele cara...

— Ele é meu irmão, Rafa.

— Eu não sabia ele não parece em nada com vocês e quantos anos ele tem? Sabe como é difícil ver a pessoa que você ama nos braços de outro.

— Eu sou livre para poder fazer o que quiser e você não pode sair por aí fazendo ameaças a ninguém eu não sou um objeto para pertencer a você para que poça me trancar a sete chaves.

— Eu sei merda e isso me deixa louco.

— Não deveria. Isso que você sente não é amor e sim obsessão.

— Não você tem que entender que eu a amo de verdade.

— Você está fazendo isso de novo, já disse que não quero que me segure assim. — ele solta minha cintura e passa a mão pelos cabelos em um sinal claro de desespero.

— Desculpa. — ela parece cansado e suas desculpas soa como se fosse por tudo que já enfrentamos e não só pelo aquele momento.

Se me perguntasse a um mês atrás quem era meu Príncipe o cara que me fazia sonhar acordada e suspira feito uma boba sem dúvidas eu responderia Rafael. Seu jeito fechado e controlador me atraiu na primeira vez que o vi pena que a ilusão durou pouco.

Ele se senta em minha cama e eu me junto a ele.

— Rafa. — ele se vira para mim os olhos triste. — Você é um cara legal mas...

— Não faça isso você só está piorando não sou capaz de ficar longe de você Lou.

Ele passa a mão pelo meu ombro seguindo para meu rosto, fazendo carinho em meu lábio.

— Só não me faça sofrer mais, Rafael. Eu não consigo, não sou tão forte quanto você pensa.

— Eu não vou. Eu amo você. — Ele se aproxima devagar e sei que ele vai me beijar e ele faz isso com calma sem pressa alguma tocando lentamente meu pescoço, me deito sobre a cama e seu corpo cobre o meu ele está calculado cada toque para que me sinta bem.

— Rafa. —Falo quando ele começa a beija meu pescoço. — Rafael.

Ele para e olha para mim suas pupilas dilatadas, seu m****o fazendo pressão em minha cintura.

— Hum...—Ele geme frustrado e deixa o corpo cai ao lado do meu seu braço cobre os olhos.

— Não me sinto preparada para fazer ainda.

Me sento na cama olhando para uma pequeno coração de canetinha que Lina tinha feito na parede quando era pequena.

— Vou saber espera quero que seja um momento especial para você.

— Tudo bem. —Me deito sobre seu peito e fico escutando as batidas rápidas do seu coração.

— Quer fazer algo?.

— Esta chovendo o que vamos fazer?.

— Sei lá.

— O que acha de um filme.

— Tudo bem.

Pego um coberto e desço, indico a sala de cinema para ele e aviso para escolher um filme enquanto vou preparando pipoca para nós.

Assim que termino vou até ele, ele está em pé, colocou o filme e nos sentamos em uma poltrona maior que cabia nos dois, ele me abraçou de uma forma carinhosa como nunca fez antes.

Começa o filme e me aconchego ao peito do Rafa.

O filme era muito bom, mas Rafa me distraía a cada segundo beijando meu pescoço.

Ele começa a beijar meu ombro subindo pelo meu pescoço e logo depois beija minha boca tomando a com selvageria, sua mão puxando forte em meu cabelo e a outra em minha coxa.

— Você é maravilhosa...Tão linda. —ele se afasta para que possa respira mas logo volta a me beijar intensamente.

Enfio minha mãos por baixo de sua camisa e cravo minhas unhas em suas costas.

— LOUISE!. — Me afasto tão rápido de Rafael que até me enrolo no lençol quase caindo no chão.

Assim que me viro vejo Pietro parado na porta, fico confusa por um momento pensei que fosse meu pai.

Ele entra na sala e acendi a luz fazendo com que abra e fecha meus olhos algumas vezes tentando fazer com que eles se acostumar a claridade.

Olho para Rafa que continua sentado sua expressão não é uma das melhores.

— O que foi?. —Pergunto baixo me ajeitando e ajudando a Rafael.

— O que você esta fazendo aqui e quem é este garoto?.

Ele se aproxima mais ficando em minha frente. —Diga Louise.

Ele segura em meu braço apertando, logo depois ele solta e prende Rafael na parede.

— Quero que você me diga quem é você e o que está fazendo em minha casa. —Ele aperta o pescoço de Rafa que fica vermelho.

— Solta ele agora Pietro. Ele solta Rafael que se curva tossido me aproximo ajudando.

— Estou esperando Louise.

— Você não tem nada haver com a minha vida.

Minha mãe entra na sala e olha para nós.

— Mãe!.

— O que está acontecendo aqui Louise?.

— Mãe este é o Rafa meu namorado não estava acontecendo nada de mais o Pietro entrou aqui e entendeu tudo errado.

— Não é bem assim eles estava se agarrando...

— Ajude seu amigo filha. Pietro venha comigo.

Pietro olha para ela como se não acreditasse e saio logo após minha mãe ergue uma sobrancelha o desafiando a dizer mais alguma coisa.

— Sente—se aqui vou pegar um copo de água para você.

— Não precisa.

Me sento ao seu lado fazendo carinho em seu cabelo.

— Não era bem assim minha ideia para conhecer sua família.

— Nem a minha ainda falta o pior meu pai.