Flash 3

865 Words
6 anos atrás... Estava andando com os meninos pelo pátio da escola, enquanto esperava um sinal de vida da Jéssica. Estamos namorando já tem duas semanas. Pode parecer pouco, mas pra mim, é bastante, decorrido com o tempo todo em que eu esperei para tê-la. Ama-lá em segredo não foi fácil, mas valeu à pena. — Até agora eu não vi as meninas — reclamo, tentando esconder minha preocupação com Jess que não aparecia de jeito maneira. — A sua preocupação é por que não viu as meninas ou por que não viu a Jess? — Caio implica comigo. Dou um soco em seu braço, o fazendo resmungar palavrões. — Não vou dizer mais nada, já entendi que é por causa da Jéssica — implica mais uma vez, e o ameaço dar-lhe outro soco, o fazendo recuar de imediato — Precisa de outro não, eu vou ficar quietinho. Eu iria implicar com ele, mas parei assim que as meninas vieram na minha direção falando da Jéssica e o quanto estavam preocupadas. — Ela está passando muito m*l — Flavia comenta — Vomitando muito. Priscila concorda — Não sabemos o que é. — Eu não acredito que ela fez isso — passo as mãos no rosto, irritado — Onde é que ela está ? — No banheiro feminino. — Vai ser um pouco difícil de você conseguir ajudar ela, já que não vai poder entrar. — Me dêem cobertura, eu vou entrar lá — vou pisando fundo até o banheiro, mesmo com as meninas querendo me impedir. Eu não estava nem aí, só queria falar com ela. — Jéssica — entro no banheiro a chamando — Jéssica — empurro a única cabine fechada, a encontrando sentada no chão, enquanto põe tudo para fora no vaso. — Samu... — choraminga. — Eu não acredito que você fez isso, Jéssica — chamo sua atenção, indignado — Pior ainda, dentro da escola. Você tá ficando maluca? — Jéssica não vai mais fazer isso... — murmura baixinho. Suspiro fundo, antes de me agachar ao lado dela é a abraçar forte. — Pare com isso, amor — converso com ela — Já falamos sobre — seguro melhor o seu cabelo, a vendo vomitar mais uma vez. — Eu não vou mais beber — limpa a boca com as costas da mão — Mas que a cachaça de chocolate estava boa, estava — rir. — Ai loirinha — ri, beijando sua testa — Sabe que eu te amo demais. Eu me preocupo com você. — Não vou mais ficar te preocupando — me abraça — Eu queria te dar um beijo — murmura baixinho no meu pescoço. — Com esse gostinho de vômito? — faço careta — Sai pra lá, bafuda — a zoou. — Amor! — me bate. ... Fiquei bebendo um copo de refri mesmo, enquanto conversava com o pessoal, já que eu ainda tinha que levar a Jess pra casa. — Amor, eu vou no banheiro rapidinho — me avisa baixinho. — Tá bom — concordo — Toma cuidado — beijo sua cabeça, a livrando do meu braço. Observo Jéssica seguir algum caminho no meio de tanta gente nessa festa. Fiquei zoando e conversando mais com o pessoal , mas nada da Jéssica voltar. Provavelmente deve ter fila pra usar. Passou uma, duas horas. Mas nada dela. Aonde ela se meteu? Fiquei preocupado, então levantei e fui procurar por ela. Depois de tanto rodar aquele salão, achei ela em cima de uma mesa, obviamente bebendo. Eu não faço ideia por que esperava do contrário. — Jéssica, desce daí — vou em direção a ela. — Deixa a mina, Samuel — um garoto que estava ali perto diz, fazendo outros concordar com ele. — Calem a boca. Jéssica, desce daí — falo outra vez, mas ela continua quieta enquanto bebe mais. Bufo indignado, e então viro minhas costas a ela — Então tá bom , faça o que quiser. Sai andando em direção à cozinha, enquanto escutava sua voz me gritar, mas continuei a ignorar. — Samu — vem até a mim, choramingando. — Mais cedo você me fez a promessa de que não beberia de novo — me viro pra ela, vendo seus olhos marejados — Você prometeu, Jess. — Eu sei, amor... Eu-eu não queria... — chora — Desculpa. Eu não consigo mais — me abraça, mas não retribuo — Eu quero parar. — Se você não parar, não vou conseguir lutar sozinho, então, vamos ter que nos afastar — a faço me olhar — É isso que você quer, Jéssica? Ela n**a com a cabeça. — Também não é o que eu quero. Mas não tem como eu te ajudar, se você não quer ser ajudada. Você entende? — ela concorda — Me promete mesmo dessa vez. — Eu prometo, amor — me aperta no abraço, me fazendo retribuir dessa vez — Eu te amo. — Eu também te amo, loirinha — beijo sua cabeça. Em um ato rápido, a coloco em cima da pia. Observo todo o seu rosto, cada detalhe perfeito. — Te amo mais do que você possa imaginar — beijo seu nariz — Minha loira maluca — seguro seu rosto, iniciando um beijo.
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