Flash 2

903 Words
Há 9 anos... Levanto da minha cama com toda a calma do mundo, por estar bastante adiantada, como sempre estou. Estico minha roupa bem passada por mim na noite anterior. Vou tirando alguns amassadinhos do dia para a noite, com o auxílio do ferro a vapor. Tirei minha roupa e as coloquei na cesta de roupa suja, localizada no cantinho do meu banheiro. Entrei no box e girei o registro, deixando a água quente correr pelo meu corpo, da maneira que eu mais gosto. Após o meu banho relaxante, enrolei a toalha em meu corpo, voltando para o meu quarto. Me sequei por inteira, hidratei meu corpo inteiro com hidratante e óleo corporal, passei o desodorante aerossol, vesti minhas peças íntimas, em seguida vestindo o uniforme da escola: saia plissada roxo e blusa social de mangas curtas. Calcei meu tênis branco, e então estava quase pronta. Assim que estava me dirigindo para ir até a penteadeira, um ser entra em um disparo em meu quarto, se jogando na cama em seguida. — Bom dia, ruivinha. Olho para o ser que está deitado em minha cama, o qual também invadiu meu quarto, a minha casa. — Como você entrou aqui, Leonardo? — jogo um prendedor de cabelo nele, o fazendo resmungar. — Toda agressiva já de manhã — resmunga. — Me responda, Leonardo — coloco as mãos a cada lado de minha cintura. — Vim te buscar para irmos pra escola, simples assim — dá de ombros. — O motivo é o de menos. Mas como você entrou aqui? — Sua mãe. Sua mãe abriu a porta pra mim. — Minha mãe ? — Sim. Ela perguntou quem eu era, eu disse que sou seu namorado, então ela deixou eu subir... — Namorado? — pergunto, desacreditada com tamanho absurdo. — É — respondeu, simples assim, bem calmo e de com a cara mais lavada do mundo. — Por que você disse isso, Leonardo? — Porque é o que somos — respondeu, sem tirar seus olhos de mim, o que me fez arrepiar — E eu precisava entrar de alguma forma. Eu queria te acordar, mas você se levanta cedo demais — faz careta. — Não somos não — me refiro à parte do "é o que somos". — Então tá bom — ele se levanta da minha cama — Já está pronta? — me observa de cima a baixo, conferindo se estou pronta mesmo. — Ainda preciso pentear meu cabelo — vou até a penteadeira, me sento no banquinho, e então começo a escovar meu cabelo em frente ao espelho. — Você está muito devagar, Flavia — choraminga. — Se está com pressa, os escove então — O afronto, parando de escovar meu cabelo. Ele faz uma cara tediosa — Foi o que pensei — volto a escovar meu cabelo. — Deixe-me pentear — pega a escova da minha mão, começando a escovar meu cabelo com cuidado. Respirei fundo com o toque das suas mãos em meu cabelo, que acabavam encostando também em minha nuca e orelhas. Se ele soubesse o quanto estou amando a sua suavidade em pentear meu cabelo, e com o cuidado e maciez em que ele penteia meu. — Agora podemos ir? — ele me pergunta, me fazendo voltar a atenção para a realidade. — Vamos — me levanto, jogo minha mochila no ombro, e saio na frente dele para fora do quarto — Depois eu te explico tudo, mãe — falo assim que a encontro na sala, antes de me pedir uma explicação pelo tal "namorado". Puxo Leonardo para fora o mais rápido possível, indo em direção para o seu carro. Sim, ensino médio já com um carro. Porém, 19 anos ainda no terceiro ano. — Nem um piu o caminho inteiro — O adverti, antes mesmo de entrar no carro. Entrei no carro, em seguida dele. Ajeitei a mochila no meu colo, enquanto Leo se preparava para tirar o carro dali. O caminho foi como eu disse, quieto, silencioso. Exceto por seus dedos batucarem o volante e sua perna tremer, em nervosismo, acredito. Ignorei. Assim que chegamos na escola, ele estacionou o seu carro. Assim que ele estacionou, sai o mais rápido possível de dentro do carro. — Flavia! Espera! — me grita, atraindo alguns olhares. — O que foi, Leonardo — ando para próximo dele, que está encostado no carro. — Eu te anomam... — diz palavras distorcidas, quase perdendo sua voz no final da frase. — Fala direito, Leonardo — bufo. — Eu te amo! — grita bem alto, fazendo mais olhares serem atraídos para nós. — Pare de dizer besteiras, Leo — falo baixo — Vamos entrar — tento o puxar, mas ele que me puxa para próximo de seu corpo. — Não é besteira. Eu te amo — fala mais baixo dessa vez. Observo seu olhar escuro, o que me faz arrepiar. — Você apenas está confuso pelo nosso beijo. — Eu tenho a certeza do que eu sinto. Eu vou te provar. Eu não quero ser apenas seu namorado, quero ser bem mais que isso, quero estar com você por toda a minha vida, Flavia — passa o polegar em minha bochecha, depositando um beijo em meus lábios — Eu te amo, ruivinha! — ele grita bem alto, me deixando super vermelha. — Leonardo — bato nele, tentando o repreender. — Todos os dias eu vou gritar que eu te amo. Eu prometo.
Free reading for new users
Scan code to download app
Facebookexpand_more
  • author-avatar
    Writer
  • chap_listContents
  • likeADD