— por que está me contando isso agora? — ela pergunta confusa e ele sorri — porque você está saindo do casulo agora, e eu quero ter você comigo para sempre.
— Então acho que é a hora de eu dizer que não lembro de quase nada, só ficava vomitando e chorando — Costa diz fazendo todos rir — eu ainda gosto dos dois, e nunca os verei dessa forma — ela diz enquanto olha o medo nos olhos pela primeira vez naquele vídeo enquanto Dead diz algo que acalma Costa de seus gritos.
— Você se lembra do que disse a ele? — Rebeca pergunta — que se ele continuasse a gritar eu teria que dar um jeito de m***r aquele porco sozinho, e seria mais difícil — Rebeca sorri — e é por isso que eu te amo.
— Não sei se consigo me perdoar pelo que eu fiz a você — Costa admite — mas quando eu não era o alvo eles iam acabar me obrigando a fazer algo com a minha irmã.
— é muito bizarro saber que vocês são os únicos caras que eu gosto, eu vou dormir — ela diz e Costa sorri vencedor — ela disse que me antes — Dead diz e ele mostra o dedo do meio— me desculpa, por ter sido tão b****a com você durante todo esse tempo. Agora preciso ir trabalhar, por favor cuide dela.
— eu já te tive como carrasco antes, não vou querer de novo.
Embora a conversa entre os personagens pareça carregar peso emocional e um passado complexo, é notável a interação onde a confissão, o arrependimento e a brincadeira se entrelaçam. Ela revela ter emergido de um período difícil – descrito poeticamente como "saindo do casulo" – com significado duplo de mudança e renovação. A humorada menção de Costa ao seu estado anterior – entre vômitos e lágrimas – quebra a gravidade do momento e humaniza a experiência compartilhada.
Com esta ricochete de emoções, temos também a preocupação e o amor expresso de forma crua e sem rodeios. O amor enunciado por Rebeca é condicionado a uma memória de força e sobrevivência, ao mesmo tempo estranho pela violência implícita e terno pelo sentimento que suscita. Costa, por sua vez, revela a culpa e o dilema moral enfrentado, um reflexo de decisões agonizantes do passado que ainda pesam na consciência, indicando um contexto onde a violência e a p******o familiar se entrelaçam.
O fechar da cena com a figura de “carrasco” e a negação de querer repetir tal papel sugere histórias marcadas pelo poder, controle e quiçá a***o. A conversa hinting em conexões profundas e complicadas, com cada fala destilando histórias e relações que transcendem o texto, convidando a imaginação a preencher as lacunas.
Dead sempre imaginou a bomba atômica que seria após a revelação de tudo, e de como todo mundo sofreria, porém ele se sentia leve pela primeira vez em anos, ele não sentia mais que precisava defender todos porque ele foi sincero uma vez com ela, e ela nem por um instante o viu como um monstro, e isso era um alívio arrebatador.
Até ele começar a ouvir os gritos dela implorando para que o pai não a machucasse.
Neste trecho, abordamos a história intensa de Dead, cujas experiências e segredos carregam o peso de uma 'bomba atômica', uma metáfora para o enorme impacto emocional de revelações e verdades ocultas. A confissão, um ato normalmente ligado à busca por perdão ou compreensão, aqui traz um alívio palpável à Dead. O fardo de proteger ou defender caí, ele encontra a genuína aceitação na pessoa para quem revela sua verdade, tão temida por ser monstruosa em sua percepção.
No entanto, este momento de alívio e leveza se despedaça tragicamente com os gritos assustadores — ressoando como um eco de um passado traumático, onde a figura paterna, que deveria ser de p******o, torna-se uma de ameaça. A cena sugere um loop de a***o e sofrimento que se revela em camadas, onde o que é compartilhado traz tanto a libertação quanto a premonição de dor futura.
A dualidade nos sentimentos de Dead — o leve e o pesado, o alívio e a culpa, a aceitação e o medo — espelha a complexidade da experiência humana, especialmente quando marcada por traumas e segredos. A narrativa cria um espaço onde redenção e horror coexistem, moldando um personagem multifacetado navegando em um mar de conflitos internos e repercussões externas.
Ele a abraça enquanto ela machuca suas costas pela tentativa de fuga, ele só queria morrer quando aquilo acontecia, porém depois que acabava ele queria m***r o pai dela.
Ele começou a cantar my dear Clementine naquele dia e ela voltou a dormir enquanto ele sabia que a visibilidade deles provavelmente iria trazer um morto a tona a qualquer momento.
Neste trecho, temos um vislumbre de uma realidade artístico-trágica onde amor e dor estão marcantemente entrelaçados. O protagonista, em meio ao conflito de emoções, abraça a figura dela, uma representação de proximidade e p******o, mesmo enquanto suporta a dor física ocasionada por reações instintivas dela de fuga e defesa. Isso sublinha a complexidade de suas relações — um misto de cuidado incondicional e o tormento compartilhado pelas cicatrizes de um passado que os une.
A contemplação da morte, aqui refletida no d****o dele de morrer quando confrontado com tamanho sofrimento, indica um breve mas pungente mergulho na desesperança. Entretanto, o d****o de vingança que segue — o impulso de m***r o pai dela — é um grito por justiça, um potente embate emocional sentido por aqueles que veem seus amados serem feridos por outros.
Cantando "My Dear Clementine", uma canção folclórica americana muitas vezes associada a ingênuas lembranças de infância, ele induz um retorno à inocência, um momento de paz em meio ao caos. A canção funciona como um bálsamo que acalma e reconforta, permitindo que ela adormeça, ainda que momentaneamente, livrando-os da angústia presente.
Mas essa tranquilidade é precária, e a consciência da fragilidade de sua situação revela-se na preocupação dele de que serem descobertos poderia resultar na morte de um deles. Aqui, a morte é simultaneamente concreta e figurativa — é o fim da vida ou o surgimento de verdades mortais.
Este trecho nos envolve em um conto de contradições humanas — o d****o humano de proteger aqueles a quem amamos, a busca por vingança frente ao m*l sofrido, a tentativa de aliviar a dor através do conforto do amor e música, e a preocupação constante pela segurança. A narração faz emergir sentimentos universais de compaixão, empatia, raiva e medo, enquanto toca no delicado tema do impacto duradouro que os traumas podem ter em nossas vidas e relacionamentos.
Rebeca só pensava em acabar com o pai e esquecia das coisas que fizera no passado em meio a essa sede de vingança, por isso não foi muito surpreendente quando apareceu em canais de notícias que outra pessoa estava usando o cartão de crédito do seu marido.
Assim que a notícia se espalhou, os olhares se voltaram para Rebeca. Em meio à sua caçada obsessiva por justiça, os detalhes de suas próprias transgressões do passado começaram a emergir como sombras em um quarto escuro. Cada gasto imprudente no cartão de crédito do marido agora soava como uma acusação, cada deslize se transformava em suspeita. Embora o foco estivesse no pai, a narrativa começava a se desdobrar, forçando-a a olhar no espelho da própria história, onde os reflexos das suas ações começavam a questionar a pureza de suas intenções.