Meraki

O Amor Falou Mais Alto 2 ?

Mãe o que que elas está fazendo aqui?

Aron fica furioso ao ver Evelyn e Lyan sua mãe no hospital...

-Aron Klein! Isso é maneira de se dirigir as pessoas?

Meu dia esta só começando e pelo pouco que vejo já não tenho esperanças de terminar bem...

-não respondeu minha pergunta mãe!

Lyan me olha furiosa e Evelyn evita me olhar.

-estão me ajudando, já que ninguém sabia seu paradeiro! Aliais a ordem que você deu foi bem clara!

-aqui não é hora nem local para essa conversa, vim assim que fui avisado, acredito que nenhuma das duas tem diploma na área da saúde, mas enfim, o que houve?

Minha mãe é uma mulher que sabe manipular as pessoas, a vida inteira jogou seu charme e simpatia para conquistar o que quer, mas quando não quer algo, destrói o que estiver na sua frente, conheço seus jogos, sei que ela vai impor uma reaproximação, isso não irá acontecer.

Minha mãe finalmente explica o que ocorreu com meu pai...

-encontrei ele caído no chão do banheiro, imediatamente ele foi trazido para cá, esta na CTI foram feitos exames e constatou que ele teve um infarto.

-quero falar com o médico!

-ele irá vir aqui depois da ronda da tarde...

-preciso fazer algumas ligações, estou no corredor.

As três me olharam mas não dei importância Lílit continuou lá dentro enquanto eu saio e ligo para Fábiola.

Fábiola

Estou na empresa depois de deixar Flávinha na escola, passei a manhã verificando os contratos novos , agora estamos em reunião quando meu celular vibra Aron chegou na Alemanha. Envio mensagem pedindo para ele me manter informada, volto minha atenção para a reunião mas não demora muito e ele me liga.

-preciso de dez minutos pessoal.

Saio da sala e atendo a ligação.

-Oi. ..

-meu pai teve um infarto, ainda está em observação na CTI. ..

-sinto muito, como você está?

-ainda não falei com o médico, e para piorar toda a situação Lyan e Evelyn estão aqui!

Fico em silêncio. ..

-Fábiola, eu realmente não ligo, minha preocupação é meu pai...

Ele tem razão, não posso ser infantil ou egoísta, não neste momento, ele precisa de mim.

-amor, só me preocupo com você, sei o quanto ama sua família, eu estou aqui, um pouco distante mais estou.

-eu sei, preciso desligar, o médico vira para nos dar notícias, te mantenho informada.

Assim ele encerra a ligação, respiro fundo e volto para a reunião, preciso colocar minha mente para trabalhar, não quero pensar na Evelyn perto dele...Eu não quero. ..

Aron Klein

Volto para o quarto que foi disponibilizado para minha família e me aproximo de Lílit.

-preciso que me faça um favor...

Ela me olha e entende, Lílit me conhece a anos e muitas vezes não preciso entrar em detalhes somente uma palavra e ela entende, e assim sai do quarto.

Não demora muito o médico entra no quarto quarto e se apresenta.

-Boa tarde o sr. É?

-Aron Klein o filho.

-sim , claro sua mãe e sua tia ...

-tia?

-essa senhora não é sua tia?

-me desculpe Dr. Alfred são amigas na minha mãe, não são da família!

-prosseguindo, seu pai teve um infarto que foi rapidamente socorrido , passou 24 horas sendo monitorado e amanhã irá para o quarto, porém verificamos que ele é fumante, isso terá que ser revisto, ele precisa mudar a rotina dele, entramos em contato com o cardiologista dele , porém está ministrando um congresso na Califórnia, mas está ciente dos procedimentos e está nos auxiliando quanto as informações.

-então no momento está tudo sobre controle?

-neste momento está! Como disse ficará mais essa noite em observação, ele está acordado e bem.

-podemos ve-lo dr.?

Minha mãe pergunta ansiosa...

-sra.klein , as visitas serão restritas somente a família.

-compreendo, Obrigada.

E assim o Dr. Alfred sai da sala.

Minha mãe me olha furiosa ...

-desagradável seu comportamento , Aron!

Olho furioso para a Lyan . Quando ia me aproximar a porta se abre e lá esta uma senhora com uma prancheta na mão.

-por favor, fui informada pelo Dr. Alfred que parentes são só dois, preciso que os outros se retirem o quanto antes.

Minha mãe se levanta e fala com sua voz de autoridade.

-mas que absurdo! Elas ficaram comigo o tempo todo!

-senhora, ficaram pois informaram que eram parentes, esse quarto a qualquer momento poderá ser ocupado por algum paciente ou até mesmo pelo seu marido, só será permitido a permanência da senhora e seu filho.

-já entendi, Obrigada.

Evelyn finalmente se levanta e vai até sua mãe.

-mãe, vamos já fizemos a nossa parte o filho dela chegou...

-por favor Evelyn e Lyan me desculpe pelo comportamento do Aron. ..

-não se preocupe Magda estamos aqui por você. ..

As duas se despedem da minha mãe que as acompanha até a porta.

-não estou te reconhecendo!

-mãe, não vou entrar nesta discussão com a senhora, estou aqui pelo meu pai, isso nada tem haver com Evelyn ou a família dela.

Batem na porta, e logo em seguida Lílit me chama, ela alertou na recepção que as duas não eram da família.

-ainda vai precisar de mim?

-não, vá descansar, obrigado por tudo.

Volto para o quarto onde minha mãe está sentada no sofá onde antes as três estavam.

-mãe, acho melhor irmos para casa e amanhã voltarmos.

-não saio daqui sem seu pai! Ainda verei ele hoje !

-não seja teimosa, corre o risco de ter que ficar no corredor...

-não me importo! Va descansar , qualquer coisa entro em contato com você.

Um de cada vez visitou meu pai...abatido e dormindo, deixo ele descansar. Vejo que está sendo muito bem tratado. Não consegui convencer minha mãe de voltar para casa. Para ter certeza que ela teria aonde ficar. Paguei a diária do quarto.

Chego no meu apartamento exausto, me jogo no sofá e ligo para Fábiola.

Fábiola

Estou dirigindo e meu celular toca vejo no visor que é ele, atendo mais coloco no viva voz.

-Oi, seu pai como esta?

-provavelmente irá para o quarto amanhã.

-isso é um bom sinal!

-Oi tio Aron...

-oi Flavia, como anda o ensaio?

-muito bom...

-amor, posso te ligar quanto chegar em casa? Estou dirigindo.

-tudo bem, vou tomar uma ducha, nos falamos mais tarde.

Assim que chego em casa coloco o jantar para esquentar enquanto Flavinha toma seu banho.

Quando ela retorna, já com seu pijaminha coloco sua comida e sento na mesa junto com ela , Flavinha me conta como foi seu dia e o ensaio depois da aula.

-dinda , vou poder aprender a tocar piano na casa da vovó Judith?

-vamos fazer o seguinte, vamos sábado almoçar com ela e conversamos , tudo bem?

-tá bom!

Flávinha dormiu e estou ligando para ele mais caiu na caixa postal, deixo um recado.

-Oi. .. tá cansado né, amanhã conversamos, se cuida, sinto sua falta...

Acordei cedo e fui preparar o café da manhã e Flávinha aparece na cozinha ainda sonolenta e me abraça choramingando, pego ela no colo e Abraço.

- eiii o que aconteceu ?

-eu quero a minha mãe. ..

Ao escutar esse apelo eu me emociono mas me seguro, ela precisa de mim , preciso passar força e confiança para ela.

-ela sempre estará aqui conosco, garanto que ela nunca irá nos abandonar, ela é sua mãe e te ama demais...Eu estou aqui... Eu te amo tanto. ..

Eu acabo deixando lágrimas escaparem ela se afasta e limpa meu rosto.

-dinda, você quer ser minha segunda mãe?

Ela não sabe mais já sou...

-será uma honra para mim!

Deixei Flavinha na escola, mas entrei pedi a Patrícia a professora que ficasse de olho nela hoje.

-pode deixar , qualquer coisa eu ligo. E a roupa?

-iremos hoje fazer a primeira prova.

-ótimo, eles estão animadissimos.

-posso imaginar, obrigada Patrícia.

Estou estacionando deixo meu carro, passo pelo Marcelo.

-bom dia Fabiola.

-bom dia para você também.

Vou direto para meu andar e Marize me recebe com um enorme copo de café.

-o que houve?

Quando ela me recebe com café algo está errado. ..

-temos problemas!

Entramos na minha sala e sentei olhei meu celular e nenhuma mensagem dele.

-que tipo de problema?

-a CEO da Flaherty não aprovou o comercial, disse que está inferior ao do ano passado!

-Alexandre é um porre! Eu prefiro lidar com o sócio, ele está na cidade?

-Sim, ligou cedo querendo uma reunião com você!

-marque, já deixa a equipe sobre aviso, mas se eu não me engano o sócio aprovou , correto?

-exatamente, já estava sendo produzido.

-ele irá pagar por essa produção e providencie logo essa reunião.

-farei isso imediatamente.

Reunião

Alexandre está na minha frente, tentando me convencer que o comercial está péssimo, Alexandre é um dos donos de uma grande loja de acessórios, um homem que se acha o máximo, sim ele é um homem que chama atenção, alto, moreno olhos escuros , porém esse tipo de homem, arrogante não me atrai.

-acha mesmo que esse comercial faz jus à Flaherty?

-sim, inclusive seu sócio aprovou, e digo mais, já esta sendo produzido!

-não irei pagar por esse material!

Olho nos olhos dele.

-Alexandre, se você não confia no seu sócio em questão de Marketing precisa tomar a frente, o que não pode ocorrer é a Meraki ter prejuízo, seu sócio a provou e assinou o contrato, logo ,sim irá pagar pelo comercial!

Ele sorri debochadamente.

-Fábila , Frederick tem sorte de ter uma funcionária como você. ..

-Alexandre você precisa se atualizar. ...

-não entendi , o que quer dizer?

-a Meraki foi vendida, tem quase 1 ano.

-encontrei com Frederick algumas semanas atrás na Bélgica, ele não disse nada.

-talvez porque toda imprensa notificou à venda !

Ele fica perplexo.

-posso saber quem comprou, me atualizar.

-Sr. Aron Klein...

Ele me olha pensativo.

-nunca ouvi falar.

-ele é um empresário alemão.

-Por isso nunca ouvi falar, ele está aqui?

-não, ele fica na matriz, podemos voltar ao assunto da sua loja?

-claro, faremos o seguinte, desta vez deixarei como esta, porém quero estar de frente na próxima campanha.

-isso é uma questão que você precisa discutir com seu sócio, nós não temos problema algum em trabalhar com você ou com seu sócio.

-foi um prazer em revê - lá.

E assim ele sai da minha sala e respiro fundo , pego meu celular e vejo que ele me enviou uma mensagem de voz.

Desculpa por ontem, acabei pegando no sono, estou indo para para o hospital, acredito que hoje ele irá para o quarto, te mantenho informada.

Aron é um homem frio e realista, não joga para perder, eu sei que neste momento sua cabeça está a mil por ele não ter o controle da situação, e eu não posso fazer absolutamente nada...

Aron Klein

Estou no quarto com minha mãe aguardando a transferência dele da CTI para o quarto.

-ele vai ficar preocupado quando te ver mãe, esta abatida.

Ela vai correndo para o banheiro com sua bolsa e não demora muito sai com aspecto um pouco melhor.

-precisa estar bem para cuidar dele, sabemos muito bem que ele será resistente as mudanças!

Ela se senta e sorri.

-seu pai, diferente de mim, é uma ser amável e paciente ele irá superar essa fase.

-ele irá superar se seguir as instruções do cardiologista, posso apostar que o cardiologista dele já deve ter tido essa conversa com ele!

-como sempre você está correto!

Me próximo da minha mãe sento ao seu lado e seguro sua mão, ele se surpreende com o meu gesto.

-porque não me contou? Eu sei que temos nossas diferenças, mas ainda somos uma família, me importo com vocês!

-não foi essa a impressão que tive da última vez que nos vimos, você foi muito claro...

-mãe, entenda uma coisa, não terá uma volta com a Evelyn...

-o que essa mulher tem para te fazer ficar contra todos que te querem bem?

-não percebe? Me faz me sentir vivo, deu um significado maior a minha vida, tudo fica tão simples com ela!

-vocês já começaram uma relação com uma criança que nem filha dela é...

-isso realmente importa? Sinto muito que pense assim. ..Eu já fiz a minha escolha.

-sinto muito Aron , mas não me sinto à vontade com seu relacionamento. Irei respeitar , mas não concordo.

E assim encerramos nossa conversa com a entrada da equipe com meu pai e todo o maquinário ao qual ele está ligado, está acordado e acena para nós, esperamos as enfermeiras e o Dr. Alfred terminarem e logo em seguida quando eles saem minha mãe imediatamente se aproxima dele fazendo carinho na sua cabeça, nunca tinha presenciado uma sena de carinho entre eles.

-não se atreva a me dar outro susto desses!

-Magda, estou bem, meu filho sinto muito atrapalhar seus planos...

Me aproximo dele e seguro sua mão!

-o importante é o sr. estar bem, sei que será um assunto desagradável mas precisamos conversar sobre seus hábitos.

-até você Aron?! Essa conversa é desnecessária!

Minha mãe olha indignada para ele.

-desnecessária Franz ? Você tem noção que poderia ter tido seqüelas ou até mesmo ter ido a óbito!

-talvez estejam exagerando!

Minha mãe diz indignada.

-eu preciso de um café! Tomar um ar, ou irei pela primeira vez na vida usar da força, cuide do seu pai...

E assim minha mãe sai do quarto me deixando sozinho com ele.

-o sr. Realmente precisa mudar seus hábitos, minha mãe está a quatro dias aqui, sem conforto ou distrações, acredito que quando o sr. refletir irá nos dar razão!

Ele me olha e ali vejo o homem que me ensinou tudo que sei, se hoje sou um grande empresário herdei dele visão empresarial, mas hoje ele já aposentado vive dos seus investimentos, mas esses costumes de cigarro e bebida ele tem desde sempre.

-meu filho, já estou velho, vivi tudo que tinha que viver, o cigarro e a bebida são minhas únicas distrações!

-existem outras distrações, quanto ao sr. Já ter vivido muito , ainda tem muito chão para caminhar...