Prólogo/ Capitulo 01
Prólogo/ Capítulo
Prólogo
Ouvir a voz rouca do meu pai gritar, o que eu estava fazendo com o inimigo, roda na minha mente como uma fita rebobinando. Tento focar e olhar para ele que me olhou de um jeito que ele não havia me olhado antes.
Gabi – não pai, por favor não – paro entre os dois com meu pai com a arma apontada para ele.
Enxame – Você sabia disso? Gabriela, porque você nunca me falou que você era de uma facção rival a minha – com os olhos cheios de lágrimas , tentando assimilar o que está acontecendo .
Gabi – eu não sei do que você está falando meu amor, eu sou sua inimiga? – o jeito que ele me olha faz o meu coração sangrar , ele puxa a arma e aponta na direção do meu pai.
Roberval – Enxame ? o que putä está fazendo na minha casa? Onde você estava andando Gabriela? e que porrä é essa de amor ,? o homem que você ama é um dos meus maiores inimigos, tu só pode está de brincadeira né Gabriela,? você não tem noção do que isso significa? – olho para minha mãe como se pedir socorro.
Magali – amor, por favor, é nossa filha está escrito na cara dela que ela não tem noção do que tá acontecendo – ela fala e o Jemerson me olha com um olhar de desprezo.
Enxame – por qual motivo você infiltraria a sua própria filha na minha comunidade seu filho da putä, FALA CARÄLHO – ele se refere a mim como se eu fosse uma X9.
Magali – PAREM ELA NÃO TEM CULPA, ELA NÃO SABE DE NADA – minha mãe grita e eu fico ainda mais confusa.
Roberval – sai da minha casa agora, antes que eu acione o Comando – ele vai andando na direção do Jemerson e colocar a arma na cabeça dele .
Gabi – mãeeeeeeeeeeeeee – eu grito por ela, que me abraça.
Enxame – não acredito que você fez isso comigo Gabriela, eu entreguei a você algo que eu nunca tinha entregue pra ninguém – com uma mão ele segura firme a arma e com a outra ele bate no peito.
O meu pai deu o primeiro tiro ,sem saber em que direção a bala foi , eu já caio de joelhos no chão.
Enxame Narrando
Días Depois
Não durmo desde que saí de São Paulo em direção ao Distrito Federal para conhecer a família da mulher que levou meu coração de assalto, mulher que me ensinou amar, a mulher que me amou do jeito que eu era sem mudar nada . Ela é toda patricinha e eu cria da favela .
Ela me mostrou um lado que eu não sabia que tinha, ela me mostrou que na luz na escuridão . Só que com a mesma facilidade que ela me mostrou, ela arrancou como se tira uma roupa do corpo.
Enxame – eles vão matar ela – olho para o Topete, que coloca a mão no meu ombro.
Topete – irmão – é a única palavra que ele consegue falar, assim que avistamos ela amarrada no fundo da sala.
Olhar para ela coberta de sangue, fez meu coração parar na hora. Fecho os olhos tentando entender onde foi que eu me perdi, me deixei ser enganada por bucetä. Dois meses sem saber onde ela estava ou que ela estava fazendo . Ficar frente a frente com ela agora, e pra fudër com a minha mente, e o jeito que a porrä do meu coração bate, só confirma que eu ainda a amo.
Os olhos dela me falaram uma coisa, só que isso tudo que está acontecendo me falam outra, essa situação diante da facção não tem como escolher, não tem como separar a emoção da razão.
Eu me apaixonei pela filha do inimigo.
XXX – até agora ela não abriu a boca, você sabe que ela precisa falar – abro os olhos ouvindo a voz do chefe local.
Enxame – e o que tu quer que eu faça? porque pelo jeito você já fez tudo – fala olhando pra ela sem reação nenhuma.
Quando fiquei sabendo que ela estava com a facção, vim com sangue nos olhos pra tentar tirar tudo dela. Eu precisava de respostas, e ela tem que me falar, ela me deve a porrä de uma explicação. Ela sabe mais sobre mim do que os meus homens , ela sabe mais do que o Topete, explanei pra ela tudo sobre a minha vida , tudo sobre a facção e a firma, E para piorar ela sabe até as minhas fraquezas .
Gabi – cadê a Fabi ? – ela fala tentando firmar a cabeça..
Capítulo 01 Gabi
Gabi Narrando
O clima é totalmente diferente, mas como eu sempre fui uma pessoa fácil de lidar com qualquer ambiente tenho facilidade de me acostumar em qualquer lugar, acostumado com o clima de Brasília, a menos de 6 meses em São Paulo tendo que me acostumar, com clima subtropical úmido, sendo que em Brasília o clima é totalmente tropical .
Tirando a rinite e a pele, até já me acostumei com o restante, nada que um corticoide e muita hidratação não resolva .
Saí de Brasília, distrito federal a capital do país, onde nasci e fui criada, e vim cursar um dos cursos que eu mais almejei, educação física. Sim, eu sou aquela fanática por esporte academia e por aí vai, amo mexer o corpo.
Me deslocar do distrito federal até São Paulo seria um desafio para mim, mas eu estava disposta a enfrentar esse desafio de frente, ganhei a bolsa de 100% em uma das melhores faculdades de São Paulo, com o apoio dos meus pais estou aqui, estou amando.
Fabíola – Não, cara, não acredito que você não vai, é tranquilo mulher, amanhã só vai acontecer o maior baile de favela conhecido em todo o Brasil o baile de Helipa, na minha comunidade Heliópolis – olhe pra ela que não tá com cara de desistir.
Gabi – ai Fabi não tô afim mulher, segunda tenho aquele trabalho pra entregar e eu acho que tem uns três meses que não sei o que quer curtir uma festa, muito menos um baile – Se ela souber que a última vez que eu fui no baile eu acho que eu tinha 17 anos.
Fabíola – Gabriela não se fala mais nisso vamos pra minha casa lá em Heliópolis no início da noite, pra não precisar transitarmos no meio da muvuca amanhã, tu vai ver como é que é o fluxo no dia desse baile, não tem noção mulher o baile mais esperado do ano – Dou aquela espremida nos olhos e balanço a cabeça.
Gabi – se tu tá falando então vamos, mas não pretendo ficar lá até segunda, no domingo no final da tarde, a gente vem embora pode ser? – ela bate palma e vem correndo e pula no meus braços .
Fabíola – Concerta essa cara, você não vai se arrepender – dou de ombros e começo a ajeitar umas coisas, que estão espalhadas no quarto .
Ela liga JBL , tira o camisão ficando só de cropped , dá uma enrolada no cós do short e começa a cantarolar a música "resenha na favela" , balança a cabeça olhando pra ela, percebendo o quanto ela é doida e aonde eu vim amarrar o meu jegue. Mas não reclamo , pois Fabíola tem sido uma amiga e tanto, ela cuidou de mim desde que pisei na República, toda perdida me sentindo uma patinha feia.
Fabíola – "resenha na favela é sempre suave, tem bebida à vontade, muita diversão porque o grave tá batendo e a rabetä balançando, o couro tá comendo mãe. e o paü tá quebrando" – ela me puxa pelo braço me fazendo dançar com ela a coreografia da música.
Gabi – amo seu jeito doido, eu acho que é por isso que deu tão certo, os opostos se atraem né? – ela balança a cabeça sem dizer nada e continua dançando.
Depois de dar aquela arrumada em tudo, fizemos a nossa mochila, como iríamos sair não mexemos com comida, pedimos almoço e dividimos. Já deixando as nossas coisas arrumadas , gosto de Tudo nos conforme, venho de uma família tradicional que gosta de tudo certinho, a Fabíola pode ser doidona do jeito dela, mas é bem arrumadinha e limpinha, e nunca ficamos uma esperando pela outra.
Aproveitar que toquei no nome da minha família vou falar um pouquinho de mim para vocês, o meu nome é Gabriela Mendes Santiago, tenho 21 anos 1,65 m de altura sou loira me encaixo perfeitamente no padrão de beleza, consideradamente por mim perfeita, é o que importa a opinião dos outros não levo muito em conta, eu me sentindo bem comigo mesma está ótimo. Tem uma expressão fechada, as meninas da sala até falam que qualquer aluno ficaria com medo da minha dentro de uma academia, que nem é pelo porte físico, é pela cara mesma.
Sou loira e tenho um rosto bem desenhado, lábios carnudos, os olhos bem ativos, como fala o meu pai, olho de gato , que além de grande dá aquele destaque no escuro, pernas grossas cintura fina a bundä nem se fala, mas é de genética, o bumbüm da mamãe o papai colocou até no seguro, então dá para ter uma noção do corpo da gata. Filha de Roberval Santiago, e Magali Mendes dos Santos, meu pai e um empresário bem sucedido no distrito federal, minha mãe, uma advogada renomada bem requisitada totalmente na área criminal.
Nasci em berço de ouro em uma cidade Nobre do Distrito Federal, setor de mansões "lago Sul" , não sou uma pessoa metida, faço amizade por onde passo, fui criada com muita regalia, mas os meus pais sempre me ensinaram, que status e bens financeiros não era tudo.
Fabíola – caraï, tu já vai chegar lá praticamente colocando a favela no chão – ela fala dando volta no meu corpo.
Gabi – eu não posso ir assim? – pergunto me olhando no espelho que tem ao lado da porta.
Fabíola – É lógico que pode, Mas tu já viu como essas legging te deixa, se uma pessoa sem bundä fica com a b***a até ajeitada imagina tu com esse traseiro dentro dessa calça legging levanta bumbüm, me senti até tímida do seu lado – dá um tapa no ombro dela.
Gabi – tu para de graça, Se for para colocar na balança querida, seu excesso de gostosura ultrapassa o meu tá, Então vamos se é para colocar aquela favela no chão vai ser agora – falo colocando a mochila nas costas.
Ela passou na minha frente e eu balanço a cabeça negandö, estava com o short jeans cavadinho do lado, e boleado na parte de trás com um cropped vermelho, que desenhava perfeitamente o corpão dela com Adidas branco no pé.
Uber – prontinho, só até aqui – eu olho pra Fabíola que balança a cabeça e eu respiro fundo.
Fabíola – Tô ligada, muito obrigado, bom final de semana – fala toda empolgada descendo pegando a minha mão.
Me Olha nos olhos como se mandasse eu me acalmar, ela aperta a minha mão que estava suada, respiro fundo e confio nela, apesar de não gostar de visitar muitos lugares, eu tenho uma facilidade de fazer amizade, então rapidinho eu me sinto em casa.
Gabi – não sei porque que eu estou suando desse jeito, é como se eu tivesse que me preparar pra uma coisa impactante , sei lá deve ser doidera né ? – ela faz o sinal da cruz fechando a cara.
XXX – olha se não é a mina mais espoleta que Heliópolis – fala abrindo um sorrisão assim que ver a Fabíola.
Fabíola – PERNETAAAAAAAAA , e como é que tá a minha perninha? - ela já abre os braços indo na direção dele pula nos braços dele.
Por pouco não derrubou o cara que custa firmar a perna no chão, ele todo grandão musculoso bonitão mesmo mas parece que puxa de uma das pernas.
Perneta – um dia eu vou te mostrar que de perninha não tem nada,, quando tu conhecer a terceira pernas tu não vai nem lembrar que eu puxo dessa aqui – fala travando um carão, apontando pra perna dele que é uma mais curta que a outra.
XXX - caraï, Sabe aquele ditado me diz com quem tu andas que eu direi quem tu és, pra tu colou hein pô, quem é a gostosa que tu traz contigo ? – o outro se aproxima me olhando de cima e embaixo.
Fabíola – fala Bracinho – ela faz toque com ele, aí que eu fui entender o porquê do nome.
Gabi – Olá pessoal, eu sou a Gabriela – levanto a mão cumprimentando geral.
Bracinho – não me leve a m*l não moça – fala me olhando, e logo olha para Fabíola – Mas tu tá ligada como Enxame é hein Fabíola? – tive a impressão que era sobre mim que ele tava falando.
Fabíola – Fica sussa aí, deixa que com o Jemerson eu resolva – ele falou de um tal de Enxame, ela falou em Jamerson, já não tô entendendo nada .
Um dos caras estica o braço como impedindo a minha passagem.
Fabíola – Tá loucão é porrä, maior cota que eu não consigo vir na minha comunidade, aí vocês vão chegar assim já metendo o louco? Chama o Enxame ou o Topete carälho , não acredito que eu esteja há quase seis meses sem vir em casa, não vou poder entrar – o tal Perneta passa a mão no rosto.
Perneta – Zoi , Vamos dar um desconto pô, a mina Não tava por dentro das regras, e eu acho que a loira aí não é nenhuma ameaça não pô, e Fabíola é cria da quebrada ela sabe muito bem quais são as regras da comunidade então ela sabe que o Enxame não perdoa se vacilar sobra até para ela – subiu aquele frio na espinha.
XXX – qual o b.o ? – um grandão sem camisa todo malhado com braço todo tatuado se aproxima passando a mão no cabelo, consertando topete.
Bracinho – E aí chefe, como é que será o proceder, diante da situação aí? – ele faz sinal com a cabeça apontando para mim e pra Fabíola.
Fabíola - tô de cara com tudo que tá acontecendo aqui, Olha a vergonha que vocês estão me fazendo passar com a minha amiga, tô bolada com vocês tá – ela fala sério com a mão na cintura.
Perneta – a mina ia subir na boa Topete, só que aí com a novas regras, Bracinho passou a fita das regras, mas tu tá ligado que tamos falando aqui é da Fabíola pô – ele fala tentando defender o lado da Fabíola.
Topete – pensei que tu não ia subir pro baile de Helipa, logo tu uma das rainhas do camarote – desmancha a cara de brabão falando com ela.
Foi uma resenha só eu olhando pra todos eles, pelos apelidos que eu ouvi, cada um faz jus ao seu nome, o grandão vai falando e passa a mão no topete por várias vezes, trava os meus lábios tentando não ri, Topete Perneta , Zoi e Bracinho, o que falta agora?
Topete – só abraça o que a Fabíola te falar, curte numa boa que tu sai do mesmo jeito que entrou – ele fala me tirando dos meus pensamentos e eu estico a minha mão para pegar na dele ele fecha o punho eu olho para Fabíola fecho o meu também batendo a minha mão na dele.
Gabi – tanta burocracia, tô falando pra você que era para eu ter ficado em casa – ela revira os olhos segurando no meu braço e vai praticamente me arrastando.
Perceba os olhares em cima da gente, principalmente em cima de mim, deve ser porque a primeira vez que eu entro aqui. Até tento agir naturalmente, mas é quase impossível.
Fabíola – mulher destrava esse corpo e relaxa, eles não vão atirar em você , não teria porquê então relaxa e vamos – coloca um sorriso no rosto, respiro tentando relaxar, contando os segundos para ela falar que chegou na casa dela.
XXX – putä que pariu, se a gente não dá conta de uma, imagine de duas, ô lá em casa – ela joga beijos para eles, e vamos entrando comunidade adentro.
Enxame – Quem é vivo sempre aparece, ou seja, viva né? – uma voz rouca me faz tirar a mão da maçaneta e dá dois passos pra trás pra olhar de quem se trata.
Fabíola – uma boa filha a casa torna, iae , fala tu Enxame – pelo nome já deu para deduzir que deve ser o chefe.
Fiquei hipnotizada, imaginei ele um cara horrível, horrível que eu falo de feiura mesmo, pelas características de como ele foi citado e de como ele lidava com tudo aqui , , mas o cara e de deixar qualquer mulher encharcada só com o timbre de voz dele....
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PRÉ LANÇAMENTO dessa obra dia 15/09 marquem essa data 😘