Malu
Continuo sentada na poltrona me sentindo uma peça no mostruário sendo constantemente observada. Eu estava aterrorizada e ao mesmo tempo decepcionada por saber que o cara que eu tanto desejava na verdade não passava de um mafioso. E pior ainda, comerciante... porém, de mulheres.
Ele me olha atentamente, retira seus óculos colocando na mesa ao lado, bebe sua vodca e logo em seguida dá outro trago no seu charuto apagando logo em seguida. Eu não sabia o que fazer... Não sabia se chorava, gritava ou tentava mata-lo. Mas, o que uma garota franzina como eu poderia fazer com um homem musculoso e indiscutivelmente delicioso como ele? Absolutamente nada!
— Para de pensar assim Malu! Não perca o foco! Esse sujeito não é o Vincenzo Torricelli que você sempre amou olhar e sonhar quando folheava aquelas revistas de celebridades. Esse sujeito é o chefe... ou capo como os ilatianos costumam chamar. Ele pisca e estão todos aos seus pés. Ordena e logo é feito. Manda... E logo é saciado... Ai como eu gostaria de ser saciada, devorada e totalmente usada por esse homem. Ahhhhhh!!! Maluuuuu... — Me repreendo mentalmente quando ouço sua voz rouca, firme e muito... mas muito sexy em minha direção me causando sensações inigualáveis e também um susto sem igual.
Olho em sua direção e ele me observa como uma fera que estava a ponto de abocanhar sua presa dizendo:
— Qual é o seu nome? — Perguntou ele me observando.
— Maria Luiza Fernandez, mas os íntimos me chamam de Malu. Mas, isso com certeza não será o seu caso. — respondo seria, mas tremendo por dentro
— Prefiro chama-la de Maria Luiza, mas quanto ao sermos íntimos ja é outra conversa. Fique ciente de que pra você eu sou e sempre serei chamado de Chefe. OK Maria Luíza? — ele fala firme
— Tenho opção? — ele me olha como se formasse uma interrogação na mente e antes que dissesse algo, eu continuo — Pelo seu semblante a resposta é não. E a minha à sua pergunta é Sim Senhor... eu já compreendi sua ordem... CHEFE!
Ele continua me encarando e aquilo me causava muito medo.
— Ai merda! Agora você morre mesmo Malu! Porque tem que falar mais do que a boca garota? Respira... respira e inspira Maria Luiza... tudo vai ficar bem... tudo vai passar e logo você vai despertar desse pesadelo. — fecho os olhos, respiro fundo e levo um susto com a sua voz próxima ao meu ouvido que me fez gritar na hora de susto.
— Ahhhhhh... O que vai fazer comigo? Vou morrer? — disparo sem pensar
— Fique tranquila Maria Luiza, eu não fiz nada demais. Até agora! — ele fala e me arrepio de medo
Ele gira a poltrona me colocando frente a ele e segura na minha nuca com sua mão grande, macia e muito quente falando bem próximo aos meus lábios...
— Sabe meu nome Maria Luiza?
— Não! — 'Ai merda! Que mentira Malu! É claro que você sabe. Porque não esfregou isso na cara dele agora mesmo?
Sei lá o que tá acontecendo comigo, nunca fui medrosa assim e muito menos na frente de um homem. Mas, esse sujeito já me destruía só naquelas fotos imagina assim... cara a cara... Respira e inspira Malu... Não perca o foco... Foco!
Penso e ele continua com suas mentiras:
— Me chamo Lorenzo, mas aqui ninguém me chama pelo nome, somente de chefe. Entendeu Maria Luiza? — ele fala e sinto uma raiva tomando conta dos meus pensamentos
— Ai já é demais! Tá usando até o nome do irmão dele pra tentar me enganar? Ele vai ver só agora. Se tá achando que vou aceitar tudo isso quieta ele tá muito enganado. Aí meu paizinho... que decepção com esse homem. Como pude me enganar tanto com esse safado, gostoso e delicioso. Maluuuuu... Não perca o foco... respira e inspira... —penso e levo um susto com sua voz novamente no meu ouvido
— Entendeu tudo Maria Luiza?
— Sim CHEFE! Entendi tudinho e não precisa gritar porque não sou surda. Sou uma prisioneira, mas tenho todos os sentidos em perfeito estado. — falo sem pensar e me repreendo mentalmente
— Ai Maria Luiza... já éstou vendo que você vai dar trabalho. Mas, logo você vai aprender a lição e quem manda por aqui. — Ele fala e eu continuo pensando
'Pobre coitado e mentiroso... você ainda não viu nada Vincenzo safado! Foco Malu... Foco! — saio do seus pensamentos falando outra vez
— E outra, será que pode me chamar de Malu se não for pedir muito?
— Bom Malu... Aqui faço somente o que quero e com você não será diferente. Portanto para mim você sempre será Maria Luiza e ponto final. Se você gosta ou não isso pouco me importa. Você é gostosinha, mas não o suficiente para mudar um homem como eu. — ele fala tirando as mãos da poltrona, se afastando e ficando de costas pra mim e me fazendo morder os lábios aos ver aquela b***a perfeita caminhando bem na minha frente...
— p**a que pariu, será que meu carcereiro não poderia ser velho, barrigudo, banguela e feio? Mas não, o capeta tinha logo que me mandar esse homem gostoso que me enlouquece... Como meu chefinho é lindo. Foco Malu... Foco... Não esqueça que ele é o Vincenzo Safado! — saio dos meus pensamentos com a sua voz
— Maria Luíza eu sei que você não queria estar aqui e que foi enviada pelas mãos do Trovão como p*******o de uma dívida a La Casa. Então para resolver o seu problema e também o meu, eu ficarei com você... — Ele fala e eu logo o interrompo assustada
— O que disse? — Perguntei sem acreditar e em dúvida se isso era um presente ou uma punição
— Isso mesmo que ouviu Maria Luiza! Eu ficarei com você o tempo que desejar! — meu nome nunca soou tão sexy quanto na boca do Vincenzo Safado... Foco Malu... Foco... me repreendo e ele continua
— Vou ficar com você por um tempo até eu saciar todos os meus desejos mais devassos e depois vejo o que você pode fazer por aqui. — Ele fala como se isso fosse a coisa mais normal do mundo
— Eu não quero ter problemas com a Rebeca... — eu disse.
— Problemas? Porque teria? Sou eu quem mando aqui, sou o dono, o chefe e ela assim como todos faz o que eu mando, o que eu quero ou caso contrário é castigada como todos que trabalham nos meus estabelecimentos.
Eu não disse mais nada, apenas ouvi e fiquei de cabeça baixa. O que eu poderia fazer além de aceitar? Era melhor ser dele do que ficar nas mãos desses clientes velhos, bêbados e cheios de doença que numa ereção podem até sofrer um infarto. Mesmo ele não valendo nada continuava sendo um homem lindo, jovem e indiscutivelmente delicioso.
— Preste atenção, aqui não é a sua mansão dos sonhos e muito menos seu playground. O lema aqui é trabalho. Saiba que eu não sou o tipo de cara romântico e apaixonado que trata as mulheres com carinho. Se fizer algo errado eu te castigo, se me aborrecer ou ser abusada novamente como foi a pouco sofrerá as consequências. Então MARIA LUIZA, seja uma menina boazinha e não teremos problemas entre nós. Entendeu? — ele fala e somente respondo fraco
— Sim Chefe! — eu disse bufando sem olha-lo
— Agora vá para o banheiro, tome um banho, faça tudo o que tiver que fazer, pegue na gaveta uma camisola, vista e volte aqui... não demore.
Eu fiquei parada, assustada, não tenho pra onde correr e nem o que fazer pra me livrar disso.
— Está esperando o quê? Vá logo... —disse ele sem paciência
Me levantei e fui, fiz o que ele mandou entrando no banheiro. Tomei um banho, passei hidratante no corpo e me perfumei com uma das águas de colônia que haviam em cima da pia. Voltei vestida com a camisola branca e calcinha na mesma cor que encontrei na gaveta, que por sinal haviam várias camisolas e lingeries de todas as cores. Parando em sua frente, eu fiquei esperando que ele dissesse algo, estava incomodada pois aquela camisola quase mostrava a minha calcinha, era de seda e também marcava muito bem os meus s***s.
Ele se levantou e veio até mim.
— Uma pergunta importante... Você é virgem Maria Luiza? — Perguntou ele e eu gelei.
Fiquei nervosa e a resposta não saía da minha boca.
— Responda a minha pergunta. É virgem?
Eu apenas disse que sim com a cabeça, engolindo seco.
— Mais que merda! — Disse ele... — Vem comigo...
Ele pegou em meu braço me puxando, saindo do quarto, descendo as escadas e indo até o salão, me soltou com tudo quase me fazendo cair.
— Jairo! — Gritou ele bravo.
— Sim Chefe... — disse ele vindo do lado de fora.
— Leve essa garota e faça o que você já sabe que tem que fazer... — disse o chefe.
— Quê? Jura? Ela é virgem? Que beleza! Vem com o papai gostosa! — Disse ele todo empolgado.
— Não, não, por favor, por favor... — eu dizia já chorando.
— Anda Jairo não tenho o dia todo... — O chefe fala e sinto meu coração gelar
— Sim chefe! É pra já! Vamos delícia... — disse ele me pegando pelos cabelos e me puxando.
— Não! Não por favor eu imploro, não não... — eu dizia chorando e tentando me soltar dele, mas ele segurava com força meu cabelo e doía.
Meus olhos buscavam por socorro, mas todos estavam parados com os braços cruzados somente observando tudo, enquanto ele me arrastava por todo salão.
— Vem logo gostosa, você vai gostar, vou fazer com toda força e vai acabar rápido... — dizia ele me puxando pra fora.
Vincenzo observava tudo, mas não se movia, nem sequer tinha alguma expressão. Isso me causava dor, sofrimento, decepção por ter sido apaixonada por uma imagem durante todos esses anos e agora ele me tratava como se fosse um lixo... um nada. Lágrimas desciam dos meus olhos sem controle...
Jairo me puxou para fora me levando até um canto do jardim, eu chorava e tentava me soltar dele, ele me prendeu na parede, eu me debatia e gritava.
— Me solta, me solta! — Eu me debatia e o estapiava sem sucesso
— É das que resistem e das selvagens que eu gosto mais, sabia? — dizia ele beijando e mordendo meu pescoço.
Eu sentia nojo, tentava me soltar mas ele era mais forte que eu e me prendia.
— Não! Me solta seu nojento, me solta! — Eu gritei e numa tentativa de fugir mordi o braço dele correndo para o salão e a desgraçada da Rebeca parou bem na minha frente ajudando Jairo me segurar outra vez.
— Sua vadia... Olha só o que você fez? — Disse ele bravo me pegando novamente pelos cabelos.
Eu chorava muito, pois estava mesmo doendo e o pior era ver Vincenzo parado sem me ajudar. E logo ele que sempre gostou de dizer em seus slogans que as mulheres são os bens mais preciosos dessa terra. Agora percebo porque dizia isso... Porque para ele não passamos de mercadorias de luxo que se pode negociar sem barganhar.
— Você vai me pagar por isso safada... — Jairo me disse virando um tapa em meu rosto me fazendo cair no chão.
Eu caí com as mãos no rosto e um pouco tonta, estava tudo meio embaçado, pois doeu demais esse tapa. Jairo era um homem forte, alto e com uma força descomunal. Continuo caída no chão quando ouço um grito.
— Chega Jairo! — disse Vincenzo vindo até nós com as mãos no bolso, com um ar de tranqüilidade... — Não bata na cara das garotas, não quero elas marcadas... — ele disse friamente
— Desculpe chefe, mas essa vagabunda me mordeu sem que eu deixasse e estava resistindo. — Jairo fala segurando o rosto
— Desaprendeu a dominar uma mulher? — Vincenzo dizia sarcástico fumando
— Não chefe! Mas, ela não é uma mulher, mas sim um capeta! — Jairo fala furioso
— Levanta Maria Luiza... — Vincenzo ordena me olhando
— Não consigo... Minhas oernas doem muito e estou tonta. — eu disse ofegante e no canto da minha boca saía sangue.
Ele não disse nada, apenas me pegou pelo braço levantando e me puxando novamente para subir as escadas. Passamos pelo imenso corredor até chegar no seu quarto denovo.
— Vá ao banheiro e limpe seu rosto, depois volte aqui... — disse ele friamente
Eu fui chorando, lavei meu rosto e limpei o sangue com um algodão, passei um remédio na ferida que havia ficado e voltei para o quarto dele.
— Já viu que aqui se você não faz o que mandam você paga, não viu? — Disse ele e eu não respondi.
— Agora você vai ficar aqui, mais tarde você vai colocar um dos vestidos que há no guarda roupas, se maquiar e esconder esse hematoma, ficar bem bonita, pois vai descer e ver como deve agir no salão.
Depois disso ele saiu do quarto, eu me joguei no chão e chorei, chorei horrores, não tinha nem forças pra me levantar. A minha vida virou um pesadelo, eu não tinha nem como escapar daquilo, ou fazia o que tinha que fazer ou morreria de tanto ser castigada.
Eu sei que fiquei ali no chão até a hora de me arrumar e descer. Escolhi uma roupa, um vestido preto curto de mangas longas.
Fiz uma make pesada escondendo a marca em meu rosto, deixei os cabelos soltos e com um pouco de volume. Coloquei um salto e estava pronta.
Alguém entrou no quarto em seguida, olho e vejo que era Rebeca. Ela me mandou descer dizendo que a casa já estava cheia.
— Sorria e mude essa cara de mosca morta entendeu? — Ela disse.
Apenas concordei com a cabeça e logo descemos.
De mulheres só tinha mesmo as que trabalhavam na casa, o resto era tudo homem... bebendo, dançando com as meninas, jogando dinheiro para as dançarinas no pole dance e alguns na área vip.
Desci as escadas e fui até o bar junto com Rebeca. Ela logo tratou de ir recepcionar uns americanos que chegaram. Assim que ela se afastou uma menina parou do meu lado puxando conversa.
— Oi... você é nova aqui né? — Perguntou ela.
— Sim, sou... — respondi sem ânimo
— Sou a Angel... prazer. — ela fala esticando a mão
— Me chamo Maria Luiza, mas pode me chamar de Malu. — respondo aceitando o cumprimento
— Você é uma garota sortuda. Sabia Malu? — Disse ela.
— Porque diz isso Angel? — pergunto desacreditada
— Malu, você acha que é qualquer uma que fica no quarto do chefe e usa as coisas que ele tem lá? — Ela disse.
— Não sei nem porque ele me escolheu, tem mulheres melhores, como você por exemplo. E eu nem queria estar aqui. — falo triste
— Ah gata, se ele te escolheu aproveite, ele não faz isso a muito tempo, a única foi a naja da Rabeca. — Angel fala e não consigo acreditar em que eu conseguia perceber como poderia tirar proveito por ter sido a escolhida
— Eu não quero ficar aqui Angel, vou fugir assim que puder. — falo pensativa
— Se conseguir né querida? Porque aqui eles vigiam a gente 24hrs. — Angel fala
— Vou dar um jeito... — eu disse.
— Preste atenção no que eu vou dizer Malu... seja ousada, o chefe te escolheu, seduza ele, aproveite o máximo que puder, faça ele ficar caidinho e aí quando ele menos esperar você foge. Pois ele vai te dá carta branca gata... — Angel fala
— Como assim carta branca? — pergunto confusa
— Ele vai te dar liberdade quando ele conquistar tudo que ele quer com você, aí você vai poder fugir. Seja sincera ele é lindo, só é frio, mas uma mulher pode deixar um homem louco se ela quiser, qualquer homem gata... Seduz ele, faça ele comer na sua mão e aí você vai ter liberdade... Rebeca só não foi embora porque ela gosta dele e tem o r**o preso. E tá aí mais uma vantagem de ser escolhida, você será somente dele, não vai atender clientes. — Angel fala e fico pensativa
— Parem de conversar e vão logo trabalhar... — disse Jairo passando por nós.
— Pensa no que eu disse gata... Você tem a oportunidade de se livrar disso tudo se quiser Malu. Basta ser esperta.— Angel fala baixinho e logo sai
E realmente eu fiquei pensando... Se eu conseguir agrada-lo, será que ele vai mesmo fazer isso que Angel disse? Tenho que tentar, pela minha liberdade e realmente ele é lindo. O problema é ser frio e não esboçar nada, nenhum sentimento, só frieza.
Vou tentar... não custa nada. Se ele me escolheu é porque me quer.
Tenho que perder o medo, tenho que ser forte, ousada, não vou deixar ninguém me pisar aqui, vou ser superior a todas, até mesmo a Rebeca. Preciso fazer isso se quero ir embora.
Na mesma hora eu mudei a minha postura, levantei os ombros e o rosto, fiz cara de superior, com a auto estima lá em cima, pedi uma taça de champanhe no bar e bebi um pouco.
— Eca! — era horrível.
Nunca havia bebido, mas precisava fazer uma pose. Depois comecei a caminhar entre as pessoas, os homens me olhavam dos pés à cabeça e eu sorria para eles levantando discretamente a taça como se estivesse cumprimentando.
Caminhei até as escadas e fiquei parada ao lado dos degraus, observando tudo... Jairo veio até mim dizendo:
— Você está deliciosa sabia? — Disse ele.
— Como sabe se não provou? — Respondi olhando desconfiada
— Que isso? De uma hora para outra ficou abusada? — Jairo fala me olhando
— Mudei de personalidade. Pelo visto é assim que as coisas funcionam por aqui. Parei de lutar contra o meu destino e simplesmente decidi aceita-lo. Só isso. — respondo trêmula, mas permanece de cabeça erguida procurando por ele... Vincenzo
— Que bom que decidiu aceitar as coisas. Isso facilita muito a minha vida e príncipalmente a sua. Sabe porque? Porque mais tarde eu vou terminar o serviço que o chefe me mandou hoje mais cedo e não deu por conta da sua esteria... — ele disse dando um sorriso de lado.
Eu engoli seco, havia me esquecido disso, quando eu disse que era virgem Vincenzo não quis ter relação comigo, eu teria que convencê-lo a isso e teria que ser essa noite ainda. Mas, como vou fazer isso? Não tenho idéia, preciso pensar, usar meu charme, me fazer de inocente, sei lá... Mas, esse homem não tem sentimentos, ele não é o Vincenzo Torricelli das capas de revistas por quem sempre fui apaixonada. Ele é um verdadeiro iceberg naqueles 1.88m de pura perfeição.
Como vou convence-lo a ficar comigo essa noite?
Perdida em pensamentos nem notei que ele vinha até mim seguido de Rebeca pendurada em seu pescoço. Seu perfume toma conta do ambiente e sou surpreendida pelas suas mãos envolvendo a minha cintura me fazendo arrepiar. Ele encosta sua boca no meu ouvido me fazendo ter sensações inexplicáveis por todo corpo e diz num tom sexy que me fez pulsar de desejo no mesmo instante.
— Está perfeita Maria Luiza... — Disse ele me olhando de cima a baixo mordendo o lábio inferior
— Obrigada, chefe... — sorri de lado.
— Suba! Não quero te ver mais no meio desses lobos. Irei em seguida... — ele disse.
Eu apenas concordei com a cabeça e subi ouvindo aquela v***a falar.
— Mas chefinho... —disse Rebeca
— Vá fazer o seu trabalho e recepcionar os americanos Rebeca... Depois conversamos. — disse ele batendo na b***a dela que fez cara de safada pra ele e foi.
Caminhei até o quarto e entrei, estava nervosa, teria que dá um jeito de fazer com que ele me tomasse agora, eu não queria que fosse com o Jairo, ele me dá nojo, teria que ser com ele. Mas eu não sei nada sobre ele além das mentiras que os jornalistas colocam nas revistas de fofocas. Não sei como ele trata uma mulher, se maltrata, se bate, se machuca, mas teria que ser com ele. Meu coração parecia saltar do peito de tanto nervosismo. Finalmente ele abriu a porta do quarto e entrou.
É agora Malu... é tudo ou nada, preciso usar o que tenho... não é muita coisa, mais preciso tentar...
Seu olhar está sob meu corpo, apesar de frio vejo chamas também.
Não sou tão inocente assim, sei que ele está me despindo com o olhar e isso significa quer ele me quer...
Angel pode estar certa e vou usar isso ao meu favor.
Ele vem caminhando na minha direção e depois diz:
— No final do corredor Jairo lhe aguarda.
O medo toma conta de mim no mesmo instante e num ato de desespero de conseguir sua atenção, clemência ou qualquer coisa me jogo aos seus pés...
— Por favor, por favor chefe não me entrega pra ele. Não quero ter minha primeira vez com alguém que não me sinta a vontade, que me machuque ou que não confie...
'Não que confie em você mais não tenho como escapar, que minha primeira vez seja com o gostosão dos meus sonhos...
Sou tirada dos meus pensamentos com ele dizendo:
— Como sabe que não vou te machucar Maria Luiza? Não sou um anjo de luz como você imagina. Não me diga que se sente a vontade comigo Maria Luiza? Tem certeza que confia em mim? No homem que te comprou como uma mercadoria das mãos daquele traficante? — ele pergunta com um semblante um tanto de curiosidade
Com minha vida nas mãos dele, o que posso falar?
Confio totalmente em você?
Claro que não, você é uma decepção total...
Mais para o meu bem é melhor responder algo que ele goste.
Enfim... Engulo em seco a verdadeira resposta e falo a que convém no momento.
— Sim! Eu me sinto confortável e confio em você chefe... Sei que você quer fazer isso para que tenha alguma experiência para quando quiser me usar. E entendo isso, pois um homem como você pode ter musas e beldades a hora que desejar... Eu sou apenas uma pobre coitada... Mais também nesse momento quero ser apenas suficiente para te satisfazer. Então te peço que... Me ensine... Me dê a experiência que deseja que eu tenha pra te satisfazer. Seja o meu primeiro... Por favor, não quero ter que lembrar disso de uma forma ruim...
Ele me olhava, mas ao mesmo tempo não dava pra fazer uma leitura do que passava na cabeça dele...
Parecia estar mais e******o com tudo o que eu dizia do que furioso com minha audácia de expor meus pensamentos.
Algo diferente estava acontecendo naquele quarto... Algo que nenhum de nós nunca havia sentido antes. Seu olhar era de mistério, mas também de fogo e desejo como o meu.
Ele se levanta segurando no meu braço e me colocando de pé diante dele. Me olha no fundo dos olhos e só consigo tremer por dentro me perguntando:
— O que esse demônio em forma de homem vai fazer comigo agora? Vai me matar de prazer ou vai me destruir como um inseto? (...)
Continua...