NÃO DA MAIS

1120 Words
Flora O Christian sumiu depois daquele dia, eu ligo pra ele todos os dias e ele não atende de jeito nenhum, ja faz exatos um mês. Eu realmente fiquei preocupada com ele, queria saber o porque de tanto sangue na roupa dele... e com certeza aquele sangue não era dele. E o pior que eu não faço ideia de onde ele anda, quem são os amigos dele ou qualquer outra coisa e o que me resta fazer é esperar. - Você ta bem querida?- Dona Cida pergunta. - Eu to bem... mas estou preocupada com outra pessoa. - Você ja tentou ligar pra ele? - Ja, milhares de vezes e ele não me atende - falo largando a nossa arrumação e sentando no chão. - Você ja tentou amigos ou familia? - Eu não sei, eu não conheço nenhum deles. - Se acalma minha filha que ele vai aparecer. - Eu não sei se ele ta bem Cida, e isso que me deixa mal... a última vez que vi ele... ele tava machucado - sinto minha lagrima descendo e abaixo minha cabeça. - Ai minha filha ai é difícil... Flora? tem um moço ali na porta - levanto minha cabeça e é o Christian. Levanto igual louca e me jogo nele em um abraço. - Você me matou de susto - falo batendo no peito dele. - Você ta chorando? - Claro, você me matou de susto... você sumiu - falo ainda abraçada nele. - A gente pode conversar? - Eu estou terminando de fazer meu trabalho aqui, é que estamos de mudança. - Eu posso esperar, eu realmente preciso falar com você. - Eu não vou demorar. Se passaram quase 30 min, mas eu finalmente terminei tudo... adiantei o máximo e não queria deixar a Cida sozinha aqui, terminamos tudo e fechamos a loja... a moça que busca a Cida chegou e o olho e Christian está me esperando. - Tchau minha filha... boa sorte - fala olhando em direção ao Christian. - Obrigado... vai com Deus. Dou um beijo na bochecha dela e me aproximo do Christian. - Desculpa a demora. - Vamos? - ele diz e concordo com a cabeça e sigo ele. Entramos no carro e ficamos em silêncio até ele parar o carro na frente da minha casa. - Eu preciso conversar com você - diz um pouco apreensivo. - Sobre o que? - Sobre a gente. - O que tem a gente? - Não tem mais a gente, não tem como a gente se ver mais. - O que? Porque? você some um mês e volta pra "terminar"? - pois não tínhamos nada, já que ele nunca pediu. - Não tem como mais isso. - Realmente, você some por um mês... eu não sei nada sobre você, você ja conhece minha familia, minha casa, e eu passo mais tempo tentando te decifrar do que junto de você... claro que não vai da certo. - É complicado. - Você que complica as coisas. Christian - Minha vida é complicada, eu sou complicado... eu não quero meter você nessa. - Mas você me perguntou se eu quero me meter nessa? - Pode ter certeza, você não vai querer se meter nessa. - Christian - ela diz com a voz embargada... isso acaba comigo por dentro. - Eu amei te conhecer, mas não da mais pra gente viver isso... é o melhor pra nos dois, principalmente pra você - falo tentando disfarçar o que realmente meu coração quer dizer. - Eu gosto tanto de você, por mais que eu não consiga te entender... eu fiz de tudo pra te manter por perto, meu corpo pedia por você... quando eu te via ou quando a gente se falava por telefone, meu coração palpitava... eu não sabia o porque ou tentava me conscientizar de que eu m*l sabia seu nome completo... mas meu coração não queria saber, ele so queria ter você... eu fiz tudo pra fazer você se sentir a vontade e abrir seu coração e dividimos os nossos medos... eu até fiz birra pra ver se na marra funcionava - ela da um sorriso em meio as lagrimas - mas eu não fui capaz, provavelmente essa é a última vez que vamos nos falar , eu espero que você encontre alguém que consiga derrubar todas essas paredes que há em você, e que te faça o homem mais feliz do mundo... que eu vou procurar meu príncipe encantado por ai... é... então é isso... boa sorte - ela tenta da um sorriso mas não tem sucesso... ela sai do carro... vejo ela pensando duas vezes antes de fechar a porta... mas ela acaba fechando e entrando em casa. Finalmente consigo parar de fingir... sinto minhas lágrimas saindo sem minha permissão. Doeu tanto ouvir ela se despedir daquele jeito e não poder falar nada... não poder dizer que sinto o mesmo por ela e que queria ela pra sempre na minha vida... mas ela não merece, não merece entrar nessa escuridão que é minha vida... não ela. Eu não quero roubar o brilho que ela tanto carrega com essa vida de m***a. Soco o volante com toda a minha raiva, eu sempre estrago tudo. - EU NÃO QUERIA ESTÁ AQUI, EU NÃO QUERIA - Saber que ela está sofrendo me doi ainda mais... mas fiz o melhor pra ela. Flora Entro em casa e não consigo ver mais nada... so minha visão embaçada por todas as lagrimas que insistem em cair. Eu ja fiquei com bastante caras, mas com o Christian é diferente... agora eu sinto como se estivessem amassando meu coração. So consigo agachar atrás da porta e chorar. (...) Entro meu quarto e vou direto pro banheiro. No chuveiro coloco tudo pra fora... amanhã é outro dia, eu sei que vou sentir falta dele, assim como eu estava sentindo todos esses dias. Mas amanhã tenho que trabalhar e ele não me quis mais... eu queria entender essa decisão repentina dele, a gente estava de boa, e simplesmente ele sumiu não deu notícias... depois volta do nada querendo acabar com o que tínhamos. Será que ele encontrou outra pessoa? eu tenho quase certeza disso. Acabo me assustando e saindo do transe com barulho de alguém batendo na porta. - Flora você está bem? - é a voz da lua. - ESTOU - minto né... porque na verdade estou na m***a. - Você está sozinha? - onde passou na cabeça dela que eu traria alguém aqui. - Claro né. - E você está conversando com quem? - misericórdia será que eu tava me lamentando alto demais?! - Sozinha. - Ata, vou dormir... tchau. - Tchau - falo e volto sentar no chão pra me lamentar mais um pouquinho.
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