Pov Flora
1 semana depois
Hoje eu vou almoçar na casa da mãe do Christian, primeira vez que eu vou pisar la como namorada e claro que estou nervosa, minha outra sogra me odiava, tenho traumas.
Mas me arrumei toda garota patrícia pra fazer a fina lá.
- Oxente toda arrumada assim so pra ver minha mãe?
- Ué é a primeira vez que eu vou conhecer ela como sua namorada
- E é? - paro o que estou fazendo e encaro ele - To brincando amor - fala me beijando pra tapiar
- Acho bom
- O que isso ai?
- Comida, eu não vou chegar la de mão vazia... não se vai pra casa de ninguém de mão vazia.
- Quando você foi la na minha outra casa, foi de mão vazia.
- É... mas você comeu bastante,
cínico - ele rir.
Quando estamos saindo minha mãe aparece
- Bonito né, pede pra namorar a minha filha e nem vem na minha casa, ta bonito pra sua cara - fala enquadrando ele e eu dou risada.
- Eu vou vim, venho com mais calma conversar com a senhora
- Venha mesmo, vou marcar com a Flora, porque se não eu vou embora e quando eu voltar ja vou ser avô e não tivemos uma conversa.
- Eta mulher exagerada
- Sou realista
- Pode marcar que eu venho dona Cristina.
- Acho bom, e cuidado viu? estou de olho.
(...)
- Que foi? - o Christian fala quando chegamos na casa dele e eu fico enrolando pra entrar.
- Eu estou com vergonha.
- Você já conhece ela, não precisa ficar com vergonha.
- Mas eu virei sua namorada do dia pra noite né... seila, fico com vergonha.
- Vem não precisa ter vergonha, omma?
- Estou aqui - ela fala sentada na poltrona.
- Olha quem eu trouxe - ela olha na minha direção e dou um sorriso.
- Eu nem estou arrumada, meu cabelo está bagunçado - fala levantando e indo na direção do quarto.
- Você não avisou que eu vinha? - falo só pra ele ouvir.
- Isso é um detalhe - olho pra cara dele sem acreditar.
- Eu não vou nem dizer nada, vamos levar isso comigo pra
cozinha - entramos na cozinha e eu saio abrindo janela, cortina... a casa parece que é um c*******o e vejo o Christian me observando com o olhar assustado - o que foi?- pergunto sem entrar.
- Não sei se minha mãe vai gostar muito disso não.
- Da comida? porque você não falou isso lá em cas...
- Não é a comida, as cortinas
- Ah eu posso fechar se ela achar mel...
- Você trouxe comida? - nem termino de falar e ela aparece com outra roupa e o cabelo preso.
- Sim, é um prato brasileiro, espero que a senhora goste.
- Sua mãe fez?
- Não, foi eu mesma
- Uau, o Christian escolheu bem - dou risada, eu pensei em ir abraçar ela pra cumprimentar mas o Christian falou que eles não curtem muito contato fisico... principalmente os mais velhos e eu sou uma estranha também.
- Mãe a Flora agora é minha namorada.
- Eu sabia, você não traz nenhuma moça aqui... seus pais já sabem? - ela pergunta pra mim.
- Sim, minha mãe... meu pai não é mais vivo.
- Você vive com quem?
- Atualmente eu moro com minha mãe e minha irmã mais nova.
- Vamos comer? - o Christian diz pegando os pratos.
- Eu te ajudo- a mãe dele senta na mesa e vou pegar os pratos com ele - ela não reclamou das janelas - falo só pra ele ouvir.
- Ela está concentrada em te
entrevistar - dou risada.
Arrumamos a mesa e vejo ela analisando cada gesto meu, por incrível que pareça eu não fiquei desconfortável.
- Você faz o que da vida? - a entrevista continua.
- Eu trabalho em uma loja de
lingerie- Não sei se essa é a melhor resposta pra da pra uma sogra coreana, mas é a verdade.
- Sua mãe aprova?
- Ela não se importa com isso, o importante é está trabalhando e já tenho 19 anos, ja posso ter minhas escolhas.
- O seu relacionamento... quero saber se sua mãe aprova
- Ah sim, aprova... minha mãe gosta do Christian.
- Ela não se importa com a diferença de etnia de vocês?
- Não, e a senhora se importa?- nesse momento o Christian quase se engasga com a comida.
- Meu filho está feliz, isso que
importa - oi seja preferia outra.
- É isso que realmente importa, a comida está boa?
- Esta sim, nem parece que foi você que fez - o Christian diz.
- Seu c - vou xingar e depois lembro que a mãe dele está ali - você sabe que eu cozinho bem.
Terminamos de almoçar e o Christian saiu pra comprar sorvete e eu fiquei aqui, em tempo de correr.
Estou na sala sozinha e a mãe dele entrou no quarto e já tem uns 3 minutos lá.
Ela sai e senta do meu lado no sofá com uma caixa na mão.
- Esse é o Christian criança - fala me mostrando uma foto do Chris pequeno.
- Que fofinho, ele tinha quantos anos?
- 4 anos, foi a primeira vez que ele viu uma praia... tem essa também - me entrega outra foto.
- Quem é esse com ele?
- O Joy, eles eram tão pequenos - diz alisando o rosto das crianças... você é a primeira menina que o Christian trás aqui, eu amo meu filho, eu sei que não estou em melhores condições de cuidar dele, mas eu ainda protejo meu filho... e eu queria que você cuidasse dele, se ele te escolheu é porque você faz ele bem, se ele trouxe você aqui é porque você é realmente importante pra ele.
- Não se preucupe eu vou cuidar muito do seu filho - falo enquanto ela me observa - o Christian sempre foi sério e misterioso assim? - mudo de assunto.
- Não, o Christian sempre foi uma criança doce, uma criança engraçada, alegre e muito carinhoso, apesar de tudo ele sempre foi muito sensível - o que é o constaste dele agora, apesar que com o tempo sinto ele se abrindo mais pra mim - ... meu pior erro foi levar eles atrás daquele homem - quando vou questionar, o Christian aparece.
- Cheguei, ou melhor... chegamos trouxe dois pra cada - fala entregando pra gente.
- A senhora está mostrando isso pra Flora pra que mãe? - ele fala meio assustado.
- As coisas que restaram filho.
- Vou guardar isso - ele diz pegando a caixa e entregando o sorvete dela, seja lá o que for, só sei que ele não gosta do passado - Vamos assistir um filme?
- Eu escolho - falo tão espontânea que esqueço que a casa não é minha.
- Escolhe - ele diz jogando o controle.
Ficamos assistindo o filme de comédia e eu rindo com o vento, o Christian ria de vez em quando e a mãe dele neutra.
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- Você quer chá? - ela pergunta depois que o filme acaba.
- Claro - falo sorrindo e ela levanta e vai pra cozinha e vejo o Christian rindo - o que foi?
- Isso é um ato de carinho - ele diz e percebo cada vez mais a diferença de cultura... mas eu gostei mesmo assim da atenção.