ALMOÇO NA CASA DA SOGRA

1259 Words
Pov Flora 1 semana depois Hoje eu vou almoçar na casa da mãe do Christian, primeira vez que eu vou pisar la como namorada e claro que estou nervosa, minha outra sogra me odiava, tenho traumas. Mas me arrumei toda garota patrícia pra fazer a fina lá. - Oxente toda arrumada assim so pra ver minha mãe? - Ué é a primeira vez que eu vou conhecer ela como sua namorada - E é? - paro o que estou fazendo e encaro ele - To brincando amor - fala me beijando pra tapiar - Acho bom - O que isso ai? - Comida, eu não vou chegar la de mão vazia... não se vai pra casa de ninguém de mão vazia. - Quando você foi la na minha outra casa, foi de mão vazia. - É... mas você comeu bastante, cínico - ele rir. Quando estamos saindo minha mãe aparece - Bonito né, pede pra namorar a minha filha e nem vem na minha casa, ta bonito pra sua cara - fala enquadrando ele e eu dou risada. - Eu vou vim, venho com mais calma conversar com a senhora - Venha mesmo, vou marcar com a Flora, porque se não eu vou embora e quando eu voltar ja vou ser avô e não tivemos uma conversa. - Eta mulher exagerada - Sou realista - Pode marcar que eu venho dona Cristina. - Acho bom, e cuidado viu? estou de olho. (...) - Que foi? - o Christian fala quando chegamos na casa dele e eu fico enrolando pra entrar. - Eu estou com vergonha. - Você já conhece ela, não precisa ficar com vergonha. - Mas eu virei sua namorada do dia pra noite né... seila, fico com vergonha. - Vem não precisa ter vergonha, omma? - Estou aqui - ela fala sentada na poltrona. - Olha quem eu trouxe - ela olha na minha direção e dou um sorriso. - Eu nem estou arrumada, meu cabelo está bagunçado - fala levantando e indo na direção do quarto. - Você não avisou que eu vinha? - falo só pra ele ouvir. - Isso é um detalhe - olho pra cara dele sem acreditar. - Eu não vou nem dizer nada, vamos levar isso comigo pra cozinha - entramos na cozinha e eu saio abrindo janela, cortina... a casa parece que é um c*******o e vejo o Christian me observando com o olhar assustado - o que foi?- pergunto sem entrar. - Não sei se minha mãe vai gostar muito disso não. - Da comida? porque você não falou isso lá em cas... - Não é a comida, as cortinas - Ah eu posso fechar se ela achar mel... - Você trouxe comida? - nem termino de falar e ela aparece com outra roupa e o cabelo preso. - Sim, é um prato brasileiro, espero que a senhora goste. - Sua mãe fez? - Não, foi eu mesma - Uau, o Christian escolheu bem - dou risada, eu pensei em ir abraçar ela pra cumprimentar mas o Christian falou que eles não curtem muito contato fisico... principalmente os mais velhos e eu sou uma estranha também. - Mãe a Flora agora é minha namorada. - Eu sabia, você não traz nenhuma moça aqui... seus pais já sabem? - ela pergunta pra mim. - Sim, minha mãe... meu pai não é mais vivo. - Você vive com quem? - Atualmente eu moro com minha mãe e minha irmã mais nova. - Vamos comer? - o Christian diz pegando os pratos. - Eu te ajudo- a mãe dele senta na mesa e vou pegar os pratos com ele - ela não reclamou das janelas - falo só pra ele ouvir. - Ela está concentrada em te entrevistar - dou risada. Arrumamos a mesa e vejo ela analisando cada gesto meu, por incrível que pareça eu não fiquei desconfortável. - Você faz o que da vida? - a entrevista continua. - Eu trabalho em uma loja de lingerie- Não sei se essa é a melhor resposta pra da pra uma sogra coreana, mas é a verdade. - Sua mãe aprova? - Ela não se importa com isso, o importante é está trabalhando e já tenho 19 anos, ja posso ter minhas escolhas. - O seu relacionamento... quero saber se sua mãe aprova - Ah sim, aprova... minha mãe gosta do Christian. - Ela não se importa com a diferença de etnia de vocês? - Não, e a senhora se importa?- nesse momento o Christian quase se engasga com a comida. - Meu filho está feliz, isso que importa - oi seja preferia outra. - É isso que realmente importa, a comida está boa? - Esta sim, nem parece que foi você que fez - o Christian diz. - Seu c - vou xingar e depois lembro que a mãe dele está ali - você sabe que eu cozinho bem. Terminamos de almoçar e o Christian saiu pra comprar sorvete e eu fiquei aqui, em tempo de correr. Estou na sala sozinha e a mãe dele entrou no quarto e já tem uns 3 minutos lá. Ela sai e senta do meu lado no sofá com uma caixa na mão. - Esse é o Christian criança - fala me mostrando uma foto do Chris pequeno. - Que fofinho, ele tinha quantos anos? - 4 anos, foi a primeira vez que ele viu uma praia... tem essa também - me entrega outra foto. - Quem é esse com ele? - O Joy, eles eram tão pequenos - diz alisando o rosto das crianças... você é a primeira menina que o Christian trás aqui, eu amo meu filho, eu sei que não estou em melhores condições de cuidar dele, mas eu ainda protejo meu filho... e eu queria que você cuidasse dele, se ele te escolheu é porque você faz ele bem, se ele trouxe você aqui é porque você é realmente importante pra ele. - Não se preucupe eu vou cuidar muito do seu filho - falo enquanto ela me observa - o Christian sempre foi sério e misterioso assim? - mudo de assunto. - Não, o Christian sempre foi uma criança doce, uma criança engraçada, alegre e muito carinhoso, apesar de tudo ele sempre foi muito sensível - o que é o constaste dele agora, apesar que com o tempo sinto ele se abrindo mais pra mim - ... meu pior erro foi levar eles atrás daquele homem - quando vou questionar, o Christian aparece. - Cheguei, ou melhor... chegamos trouxe dois pra cada - fala entregando pra gente. - A senhora está mostrando isso pra Flora pra que mãe? - ele fala meio assustado. - As coisas que restaram filho. - Vou guardar isso - ele diz pegando a caixa e entregando o sorvete dela, seja lá o que for, só sei que ele não gosta do passado - Vamos assistir um filme? - Eu escolho - falo tão espontânea que esqueço que a casa não é minha. - Escolhe - ele diz jogando o controle. Ficamos assistindo o filme de comédia e eu rindo com o vento, o Christian ria de vez em quando e a mãe dele neutra. ●●● - Você quer chá? - ela pergunta depois que o filme acaba. - Claro - falo sorrindo e ela levanta e vai pra cozinha e vejo o Christian rindo - o que foi? - Isso é um ato de carinho - ele diz e percebo cada vez mais a diferença de cultura... mas eu gostei mesmo assim da atenção.
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