BARATA NARRANDO • São Paulo, dia 25 de fevereiro de 2022. Me matar eles não podiam, sou peixe grande dentro da facção e se eles me matarem lá fora vira uma chacina. Tiraram toda a minha roupa, fazia frio pra c*****o, me amarram em um ferro alto na parede, com os braços presos pra cima. O diretor do presídio voltou e estava fumando um charuto, ele tinha um bigode feio e era meio calvo na cabeça. — Joel: Boa noite, tô sabendo que você não quis colaborar na delegacia. — Eu dei uma risada irônica. — Joel: Saiba que aqui funciona de uma forma diferente — Ele foi ate o canto da cela e pegou um pedaço de madeira. — Joel: Como vocês dizem mesmo na favela? — Ele disse virando a madeira dentro de um balde água. — Barata: Molhada não quebra. — Ele riu e em seguida deu uma madeirada na minha c