Sem olhar para a garota, ele não precisa vê-la, seus olhos foram atraídos por ela desde o primeiro momento em que entrou neste estabelecimento.
"Pensei que você estivesse ocupada com seu pequeno harém inverso que tem rolando?"
Suas palavras soam sarcásticas, mas seu tom não carrega malícia e até um toque de interesse. Lani se aproxima de seu ouvido enquanto ele se abaixa levemente para encontrá-la no meio do caminho, sua pequena mão vagueia sem pudor sobre seu peito, sem o menor vestígio de constrangimento.
"Por quê? Está com ciúmes ou quer assistir?"
Connor move o rosto ao ouvir sua voz, sua voz combina com seu corpo, trazendo um sentido selvagem de sedução, e suas palavras sem restrições são um toque de novidade em seu mundo de "sim senhor".
Seu rosto está perto do dele, ela não ajusta sua postura com seu movimento, ela não mais recua para nada. Seus narizes se tocam e ele desliza o nariz pela bochecha dela, respirando o suave cheiro feminino de damasco enquanto sussurra em seu ouvido.
"Os dois"
Leilani recua um pouco, suas mãos nos ombros dele e um toque de alegria ilumina aqueles olhos azuis tempestuosos. Seus dedos envolvem sua mão que ainda segura o copo de uísque sobre a mesa, ela o guia para levá-lo aos lábios dela e bebe um grande gole do líquido âmbar, deixando metade escorrer garganta abaixo com uma gloriosa sensação de queimação. Connor está completamente em transe, observando cada movimento dela. Ela pressiona os lábios contra os dele e abre sua boca para depositar o líquido dentro.
Connor engole o líquido, seus olhos cinza aço ainda fixos nela. Ele nunca conheceu uma mulher como essa. Se outra tentasse um movimento tão audacioso, ele a prenderia em uma cela. É isso que os homens ao redor deles pensam que vai acontecer, mas Connor os surpreende mais uma vez quando a pega e a coloca em seu colo, em uma posição de equitação.
Desta posição, ele tem uma boa chance de admirá-la de verdade. Ela parecia bonita à distância, mas de perto é esquisita. Seus s***s sem sutiã estão ansiando para serem tocados. Sua mão grande, quente, seca e quase áspera repousa em suas costas nuas, segurando-a completamente na posição, mas ela não se move para resistir, sentada sobre ele como se pertencesse ali, não recuando do olhar dele, encontrando seus olhos e não se submetendo, o que seria a reação usual, mas em seu breve encontro, Connor concluiu que não há nada de usual nela.
"Bem, você está ferrado, porque eles são meus irmãos"
Connor se vira e olha para os cinco homens que são todos de sangue alfa e beta, a única coisa que têm em comum é sua grande estatura.
"Eles são seus irmãos? Eles não se parecem nada com você"
Os dedos de Lani vagam pelo pescoço grosso de Connor, sua pele esticada e macia, irradiando um calor intenso.
"Você conhece o ditado: 'não se escolhe a família'?"
"Eu conheço"
"Bem, eu escolhi a minha, onde não tinha nenhuma. Agora tenho cinco irmãos"
Connor raramente frequenta esse tipo de lugar, ele é mais disciplinado do que ir a bares aleatórios para conquistar mulheres. Nenhuma outra mulher tem a mesma audácia, mas ela é como um sopro de ar fresco em sua vida, estruturada e rígida.
"Eles estão aqui, alfa"
Connor olha para a entrada onde o Alfa Liam acabou de entrar, seguido por quatro de seus homens. Connor murmura um palavrão. Ele geralmente é só negócios, mas ele está tão e******o e tem a mulher mais linda que já teve o prazer de pôr os olhos em seus braços.
Ele não estava ansioso por essa noite, com uma reunião tediosa seguida pelo que ele odeia. Agora, a situação estava melhorando antes de ele voltar para a realidade.
"Eu tenho uma reunião que preciso participar. Você vai esperar por mim?"
Leilani agarra sua mão grande, a manga de sua camisa social está dobrada, revelando seus antebraços fortes. Ela balança a cabeça.
"Improvável, temos que voar em seis horas e tenho uma coceira que precisa ser coçada"
Connor se inclina para frente, a ideia de ela encontrar outra pessoa para saciar essa coceira não o agrada nem um pouco.
Connor, o homem que pensa em tudo, analisando cada decisão, considerando todas as consequências e nunca tomando uma decisão impulsiva, solta abruptamente:
"Venha comigo então"
Leilani recua um pouco enquanto o observa, com uma única sobrancelha erguida, ela o olha questionadoramente.
"Você quer que eu vá a uma reunião entre Alfas?"
Embora ela esteja mais do que apta para fazer tal coisa, é quase impensável. Mesmo as lunas, na maioria das vezes, não são convidadas para esse tipo de evento, ainda mais uma conexão casual aleatória.
"Eu não posso em consciência deixar você ir procurar outra pessoa agora, e se isso for necessário para mantê-la comigo, para poder me enterrar profundamente dentro de você, para ver esse corpo nu, prová-la, tocar em todos os lugares que tenho desejado tocar desde que entrei neste local"
O rosto de Leilani enruga ligeiramente enquanto considera a proposta. Ela não encontrou muitos que a atraiam tanto como esse homem diante dela em qualquer ponto de sua vida. Mas sentar com ele em tal ambiente está ultrapassando os limites de uma única noite casual em 16.093 quilômetros."Tem certeza absoluta de que isso é uma boa ideia? Por mais que eu queira estar com você e queira todas essas coisas que você acabou de dizer, isso é totalmente inédito. Está além das regras e é apenas uma ideia r**m em geral"
"Estou ciente disso, mas mesmo assim eu quero fazer a mesma coisa"
Leilani se esfrega suavemente em seu m****o ereto, suspirando pesadamente porque, mesmo com a questão de um acordo, ela não consegue dizer não.
"Isso é uma ideia muito r**m, mas vou dizer sim mesmo assim"
"Bom, mas se ficar difícil, eu preciso que você saia de lá"
Leilani ri, pressionando os lábios suavemente contra os dele. O leve toque envia choques elétricos por todo o corpo de Connor, tornando-o ainda mais certo de suas palavras.
"Não é disso que estou preocupada, eu posso cuidar de mim mesma"
Connor a observa lentamente, olhando para seus traços delicados e para o corpo pequeno dela. É difícil acreditar, mas ao olhar para a determinação feroz em seus olhos e ao perceber que consegue sentir uma mentira a quilômetros de distância e a forma como ela irradia poder, mesmo que contraditório à sua aparência. Ele tende a acreditar nela.
"Então, tá bom"
Leilani se levanta e ele a segue.
"Vou ao banheiro. Você pode pegar minha bolsa com meu irmão?"
Leilani puxa o queixo dele com o dedo indicador, com um movimento delicado ela manipula o rosto dele, o que não é fácil para um alfa permitir, mas ele gosta. Ela olha diretamente em seus olhos. Ele raramente consegue olhar tão intensamente para a cor de uma íris, pois geralmente há algum desvio de olhar.
"É melhor você valer meu tempo, Alfa"
Connor sorri com um brilho nos olhos tão raro quanto neve no verão.
"Você tem minha garantia pessoal, hum..."
Connor parece ligeiramente desconfortável quando percebe que realmente não sabe o nome dela. Leilani coloca um dedo em seus lábios.
"Sem nomes"
"Então, como devo te chamar lá dentro?"
Leilani dá de ombros despreocupadamente enquanto se afasta dele.
"Me surpreenda"
Connor a observa se afastar com um sorriso no rosto. Que fogo de artifício. Seu beta dá um passo à frente.
"Connor, você acha que isso é uma boa ideia?"
"Eu sei o que estou fazendo, Harvey"
"Mas como você vai explicar isso?"
"Quando digo que sei o que estou fazendo, eu realmente sei o que estou fazendo"
Harvey não parece completamente convencido, mas não pode questionar mais seu alfa. Connor olha para o lugar onde Leilani desapareceu e depois olha para seu beta, que parece ter mil outras coisas para dizer, mas felizmente mantém a boca fechada.
"Harvey, se eu perder essa oportunidade e te pedir para me compensar com uma garota de valor igual ou maior, você estaria procurando por cem anos. Ela é esperta. Ela não vai fazer nada que não seja para fazer"
"Como você sabe? Você nem sabe o nome dela"
"Nomes são insignificantes quando se olha nos olhos delas"
Um nome é apenas algo que é dado no nascimento. Não tem relevância alguma para nada. Harvey só pode cruzar os dedos e torcer pelo melhor, enquanto Connor se levanta e segue em direção ao esquadrão de elite com seus homens o seguindo obedientemente.
Os cinco se levantam de seus lugares, empurrando suas companhias para o lado.
"Estou aqui pela bolsa dela"
Eles falam em uníssono. Depois de todos esses anos, eles trabalham como uma máquina bem lubrificada.
"Nós sabemos. Ela nos ligou"
Connor ergue as sobrancelhas surpreso. Três alfas e dois betas do mesmo grupo, sem relação alguma? Estranho.
Madden se aproxima.
"Se você machucá-la, faremos sua morte ser o mais prolongada possível, se você marcá-la, nós o trancaremos pelo resto de sua miserável existência. Se você matá-la, você estará no limite de sua tolerância à dor pelo resto de sua vida natural. Mesmo quando você morrer, nós o ressuscitaremos para poder fazer você sofrer ainda mais"
Os lobos atrás de Connor se arrepiam com a ameaça ao seu alfa, mas Connor permanece calmo.