O aperto de Leilani nos lençóis está tão forte que o material está começando a se desgastar. Ela respira ofegante antes de correr com passos leves em direção à lavanderia, trancando a porta atrás dela. Ela encosta na máquina de lavar ligada, respirando com dificuldade. Ela precisa colocar oxigênio em seus pulmões enquanto todo o seu corpo treme.
Ela viveu uma vida assim só para ser enviada para morrer. Onde está a justiça? Onde está a justiça? O que ela fez de errado?
Gabriel, o futuro Alfa, nunca foi especialmente simpático com ela, mas nunca foi tão c***l ao ponto de ignorar facilmente sua morte. É isso que um líder realmente deve fazer? Ela não tem sido obediente? Ela não tem sido prestativa?
Ela leva uma vida de escravidão. Nunca reclamando, deixando os outros não fazerem nada enquanto ela faz tudo. Nunca protestando, nunca tirando um dia de folga e é assim que ela é recompensada?
Ela pensava que talvez um dia todo o seu sofrimento chegaria ao fim e ela poderia deixar essa vida para trás, talvez se formar na escola, talvez encontrar um emprego bem remunerado, talvez alugar um lugar pequeno só para ela. Ela nunca aspirou tão alto como encontrar um companheiro ou ter uma família.
Mas até seus sonhos miseráveis são demais, não é apenas c***l demais? Não é apenas brutal demais?
O suave zumbido da máquina de lavar a acalma enquanto o conteúdo gira suavemente na água. Ela observa as roupas girando para lembrá-la que a vida continuará depois que ela se for.
Leilani desaba no chão enquanto observa o movimento suave, as bolhas flutuando na superfície, as roupas coloridas sendo a única explosão de cor vívida na lavanderia, caso contrário, branca e sombria.
Enquanto Leilani olha ao seu redor, olha para a lavanderia antiga, a única coisa nova são as máquinas, e isso só acontece quando as antigas quebram.
Assim como todos os outros lugares onde ela é permitida, velhos, lotados e quebrados.
No que ela está se segurando?
Isso é no que ela está desesperadamente se agarrando?
Isso é do que ela está triste em deixar para trás?
Leilani se levanta. Existe a chance de que ela não vá morrer. Isso pode ser o começo de algo. Não precisa marcar seu destino, pode marcar seu novo começo.
Ela é mais forte do que todos pensam. É possível que ela possa passar seis anos com sua vida. Se ela pudesse, não seria melhor? Não seria sua chance?
Dois dias depois, Leilani arruma suas escassas possessões e olha ao redor do seu armário de limpeza. É difícil sentir algo sentimental a respeito e ela realmente sente um enorme senso de alívio por deixá-lo para trás.
Assim que ela sai do quarto, joga sua mochila escolar, a única bolsa que ela tem e que foi passada por outros, em seu ombro. Assim que sai do quarto, ela se depara com Maggie. Como a loba sempre está dentro das fronteiras de outro bando é algo além de Leilani. Maggie simplesmente vagueia livremente. Isso não seria uma preocupação de segurança?
"É um dia feliz, o mundo finalmente está se acertando, aqueles que devem morrer estão a caminho da morte e aqueles que devem ser felizes e prosperar estão"
Maggie ri sombriamente enquanto inspeciona suas unhas rosa-choque.
"Eu serei feliz e você será jogada no fogo junto com os outros mortos, onde você sempre pertenceu"
Leilani apenas olha para o chão, embora ela adorasse nada mais do que socar Maggie em seu rosto pretensioso e perfeitamente maquiado, mas se fizesse isso, nunca seria permitida sair do bando. E tudo o que ela quer agora é apenas partir. Ela não quer fazer nada para colocar isso em risco, então se posicionar agora seria contraproducente.
Leilani passa apressada, segurando firmemente a alça de sua bolsa enquanto tenta evitar Maggie. Ela conhece bem Maggie o suficiente para saber que não há limite para quantos insultos ela pode lançar e quanto tempo ela pode continuar. A resistência de Maggie quando se trata de intimidar, assediar, diminuir e ser uma v***a mundialmente reconhecida não tem limites.
Maggie empurra Leilani, fazendo-a tropeçar e cair na parede oposta. Maggie não sente nenhuma simpatia pela garota que está partindo e logo encontrará seu fim. Ela simplesmente odeia Leilani com a fúria de mil sóis. Ela nem mesmo sabe porque, mas só quer esganar a loba fraca toda vez que a vê.
Maggie é melhor que Leilani em todos os aspectos, seja sangue, histórico familiar, educação, aparência, corpo, inteligência, Maggie é melhor. Embora não saiba de onde vem o ódio, ela apenas segue em frente.
Maggie agarra a mochila de Leilani, puxando-a bruscamente, fazendo Leilani cair no chão. Maggie chuta o estômago dela diretamente.
"Estou feliz que você vá embora. Me sinto suja por ter que respirar o mesmo ar que você, sinto nojo profundo por ter que olhar pra você. Não faço ideia de por que Lance permite que você limpe, tudo tem que ser desinfetado depois que você esteve perto, você é uma doença, crescendo, infectando, usando inúmeros recursos que você não merece".Maggie ri enquanto ela se levanta e coloca um pé no peito de Leilani, pressionando o suficiente para causar dor, mas tendo cuidado para não quebrar nada. Esse não é o seu bando, então ela sempre caminha na linha tênue quando se trata de intimidar um m****o do bando. Enquanto Gabriel sempre encoraja isso quando se trata de Leilani, Maggie ainda precisa ficar atenta ao limite.
Maggie se curva, torcendo o pé no processo, machucando os s***s delicadamente em desenvolvimento de Leilani.
"Se eu fosse Lance e Gabriel, eu te mataria agora mesmo e eliminaria o intermediário. Você sabe que o treinamento de elite requer p*******o antecipado completo pelos seis anos, mesmo que você morra no primeiro dia, eles nem sequer devolvem o dinheiro?"
Maggie segura o queixo de Leilani, forçando-a a olhar para ela.
"Você não vale nem um centavo. Eu preferiria queimar o dinheiro no seu corpo morto do que fazer o que eles fizeram, mas acho que é bom para manter as aparências."
Maggie se afasta rindo enquanto Leilani se levanta com dificuldade, lágrimas surgem em seus olhos e ela esfrega o peito dolorido enquanto tenta amarrar a alça quebrada da bolsa. Falhando em sua tentativa, ela só consegue segurá-la em seu peito enquanto se dirige à porta da frente.
Assim que a porta está à vista, Leilani é atingida pelo lado por uma força massiva. O ar é tirado de seus pulmões. O peito já dolorido de Leilani parece esmagado. Ela não tem certeza se os ossos estão quebrados, mas todo o seu corpo parece machucado pelo golpe. Existe um corpo quente de um lado e, do outro lado, a parede fria e dura.
Gabriel se pressiona contra Leilani, uma aura de ameaça a faz tremer e a expressão assassina em seus olhos está além de sua tolerância, ela treme de medo.
As presas de Gabriel estão para fora e um rosnado faz as fotos nas paredes tremerem enquanto ele olha para a garotinha miserável que a deusa da lua decidiu que era digna de ficar ao seu lado. Não é apenas a diferença de idade de quatro anos que o preocupa, é só ela.
Leilani está petrificada, ela é um tapete que é pisado, ela é fraca, não tem luta e nem inteligência suficiente para responder a ninguém, como alguém assim poderia ser digna de estar com ele?
Ao olhar para a garota cheia de medo, ele nunca se sentiu tão enojado em toda a sua vida.
A deusa da lua o abençoou? Mais parece uma maldição.
O cheiro do companheiro de Leilani permeia o ar e apenas enfurece mais Gabriel. É um insulto para ele. Isso é um ataque pessoal da deusa da lua?
"Você, verme camponês, faça um favor ao mundo e deixe de existir."
Gabriel está tão bravo que seus punhos cerrados estão estalando e estourando sob a pressão, suas garras estão cavando tão fundo em suas palmas que um grosso sangue vermelho escorre para o chão. Ele se ergue sobre a figura pequena, agressividade transbordando dele, ele quer matá-la com as próprias mãos, ele quer espancá-la até a morte.
Como ela se atreve?
Leilani não ousa olhar para cima, a aura alfa de Gabriel, juntamente com sua raiva, torna impossível para ela erguer a cabeça, o ar parece desaparecer, o corpo contra ela está fervendo de ódio ardente, mas Leilani sente um frio profundo em seus ossos, sua respiração vem em soluços trêmulos e esforçados.
"E se, por algum motivo, você realmente sobreviver aos próximos seis anos? Nunca mais volte aqui. Eu serei o alfa até lá e não há como permitir que um parasita imundo infeste o bando."
Gabriel ri, mas o som é tão c***l, tão frio como gelo e carrega uma qualidade severamente zombeteira.
"Não que eu precise me preocupar com isso, você é tão fraca, tão patética que nem mesmo conseguirá entrar pela porta da frente, eles podem até ver o que o resto de nós vê e nem permitir que você suje o limiar, te derrubar no local."
Gabriel cospe no rosto de Leilani. Ele quase não se atreve a respirar, pois o cheiro do companheiro é tão avassalador e tão cegante que ele m*l pode esperar para que ela vá embora, para nunca mais ter que sentir isso, nunca mais sentir essa atração natural.
"Espero que sua morte seja malditamente dolorosa, sua v***a. Gostaria de ter feito eu mesmo, mas, de qualquer maneira, dormirei melhor à noite, sabendo que você sentiu muita dor cegante e agonizante antes de morrer. Vou sonhar feliz imaginando todas as maneiras como eles vão te torturar."