Capítulo 3

703 Words
MARIA CLARA NARRANDO Maju: Amiga, o que você vai fazer hoje? - Pergunta enquanto guardamos os matérias para ir embora. Maria Clara: Hoje eu não tenho nenhum compromisso, por que? - Pergunto intrigada. Maju: Vamos lá em casa, eu sempre falo de você pra minha mãe e ela tá doida pra te conhecer, é bom que você já conhece a favela também, já que você nunca pisou em uma. - Fala e eu fico com receio, mas acabo concordando. Maria Clara: tudo bem, eu só preciso ligar para o meu pai e pedir permissão pra ele. - Falo e ela concorda com a cabeça. Sim, apesar de ser maior de idade eu sempre peço autorização para o meu pai, não é questão de ser a “menininha do papai”, mas sim questão de respeito, até porque ele me sustenta e querendo ou não eu devo satisfação a ele, eu fui criada desse jeito e não acho r**m, pelo contrário eu amo o jeito que eles se preocupam comigo. Eu também nunca fui uma pessoa que ficava saindo para o rolê, no tempo de escola meus amigos sempre fazia social e eu nunca estava presente, na verdade eu sempre gostei muito de estudar, sempre pensei na minha faculdade, em dar orgulho para o meu pai, e poder retribuir um pouquinho do ele sempre fez por mim. Então apesar de eu tá em uma idade de querer curtir a vida, eu não sinto que essa é minha vibe, tanto é que eu nunca coloquei um gole de álcool na minha boca, e não tenho um pingo de vontade. Liguei para o meu pai, para pedi autorização e ele deixou. Maria Clara: Meu pai deixou. - Falo assim que desligo o celular e ela dá um gritinho comemorando. Maju: Aí que legal, nem acredito. - Falo toda eufórica e eu acho graça. Pedimos o Uber e ele nos levou até a barreira, a Maju explicou que ele não podia passar dali, não entendi o porque mas também não questionei, quando chegamos na entrada do morro a Maju chamou e mototáxi pra aí sim ir para a casa dela. Maju: MÃE. - Grita assim que descemos da moto. Xxxx: Oi filha, tô aqui na cozinha. - Grita de volta e vamos entrando pra dentro da casa. Maju: Trouxe visita. - Fala ao chegar na cozinha. - Essa aqui é a Clara que eu tanto falo. - Diz e a mãe dela me olha com um brilho nos olhos quem eu não sei explicar. Xxxx: Oi filha, muito prazer me chamo Dara, mas pode me chamar de tia. - Fala me abraçando e me dando um beijo em cada lado da bochecha. Maria Clara: Oi tia, muito prazer Clara. A Maju sempre me fala da senhora, e eu estava morrendo de vontade de te conhecer. - Falo retribuindo o abraço e o beijo. Dara: Espero que tenha falado bem. - Fala dando risada e eu concordo com a cabeça. Xxxx: Tá tendo festa e ninguém me convidou. - fala e eu olho em direção pra vê de quem é o dono dessa voz grossa. Maju: Pai, essa é a Clara que eu tanto falo, hoje eu trouxe ela pra vocês se conhecerem. - fala e o pai dela vem na minha direção. Xxx: E aí clarinha. - Fala de um jeito que só meu pai costuma me chamar e meu coração fica quentinho. - Muito prazer me chamo Mauro. - Fala e me abraça. Maria Clara: Prazer tio. - Falo retribuindo o abraço. Depois dessa apresentação toda a tia voltou a fazer a comida enquanto conversa com a gente, e assim eu não sei explicar o quanto eu amei conhecer eles, a tia Dara é uma pessoa maravilhosa, sabe aquela pessoa doce? Pois é, ela é assim, uma pessoa calma pura paz, agora o tio Mauro é totalmente diferente, ele é a Maju todinho, ele é brincalhão faz você dar risada 24 horas por dia, ele te zoa, coloca apelido e eu simplesmente amei tudo isso. Aqui eles me recepcionaram super bem, e eu não tenho a mínima vontade de ir embora, saber que eles já gostavam de mim mesmo sem me conhecer não tem preço.

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