Eloisa
Fico feliz por ir acompanhada até o banheiro com a Rafaela, nos conhecemos agora, mas me sinto à vontade com ela. Não sou o tipo de pessoa que tem muitos amigos devido a minha situação agora.
Alex diz que muitas mulheres juntas só ideias que não deve, e ainda ajudar destruir o casamento alheios, eu não acredito que seja verdade, muitas vezes é bom conversa com outra mulher, ou desabafar mesmo, mais ele não pensa assim então eu não tenho amigas próximas.
— Eu tenho inveja de você! Seu marido lhe tratar com tanto carinho, muito atencioso, que chegar causar inveja alheias. _Rafaela fala com um tom calmo, eu sei que ela estar sendo sincera, pois não vejo ironia ou deboche quando ela fala, só não sabe que tudo isso não passa de uma cena.
— Pois sou eu que te invejo, mais como diz o ditado à grama do vizinho é sempre a mais verde que o nosso…
Como pode as pessoas ter inveja de mim, logo eu que não sou ninguém, que vivo essa vida miserável, deprimente que tenho pensamentos que só me levam ao pior lado que uma pessoa pode ir.
Vejo que já passei tempo demais saio lavo minhas mãos, e Rafaela sai da cabine. Ela me olha como se quiser se saber se eu estou bem, apenas dou um sorriso amarelo…
Seguimos para a mesa, mas antes de chegar até a mesa esbarro em um garçom que acaba se atrapalhando e me levando ao chão junto a ele, que desastre era só o que me faltava.
Vejo de relance Alex chegando até nos, mas ele não me ajuda, e sim vai com tudo para cima do garçom, esbravejando e chegar até mesmo bater no garçom, vem alguns homens e separa a briga ou quer dizer tira a fera que estar atacando o pobre garçom, ele nem mesmo olhou para mim ou me ajudou, foi preciso Rafaela vim me ajudar a levantar, enquanto separam a brigada dele com o garçom que apenas tentou me ajudar e se atrapalhou todo.
Tento chamar Alex para informa que estar tudo bem, mas ele não me ouve, quando ele cansa do ‘show’, me olha com muita fúria acaba pegando em meu braço com força me levando para fora do restaurante.
Ele abre a porta do carro e me jogo com toda força me encolho no banco do passageiro, tremendo pela reação dele, mas eu não fiz nada foi apenas um acidente.
Ele arranca o carro na maior velocidade, podendo causar algum acidente...
— Alex, por favor, diminui a velocidade, você está me assustando… _Peço em um fio de voz tremula.
— Não é você que gosta do perigo? Precisava se esfregar no garçom? O que você tem na sua cabeça? Em!? Quer me humilhar na frente de todas aquelas pessoas, quer me chamem corno é isso? Eu sei o que você precisa... _ele fala rosnando para mim...
Começo a chorar, pois, ele entra em uma rua deserta, escura, e começa a me bater um medo, que possa fazer o pior, ele encosta o carro em um beco e sai do carro batendo a porta forte, eu continuo com medo parada no meu lugar me segurando no cinto de segurança como fosse a minha salvação.
Ele abre minha porta e me puxa, mais como estou com o sinto de segurança não saio de uma vez, sinto o tranco do cinto contra meu peito e garganta, sei que amanhã estará marcado, começo a tremer quando ele retira o cinto.
Me puxa para o lado de fora do carro, assim que estou fora ele me acerta um, tapa em meu rosto, eu não tenho força para revidar ou muito menos grita, quando levanto o rosto...
— Você que pediu por isso sua v***a, tinha que dar em cima de um pobre coitado de um garçom! Agora você vai aprender a nunca mais se encosta em homem nenhum. _ Eu fico atordoada com afirmação dele, como assim?
Ele me dá outro, tapa e depois mais alguns, começa apertar meu pescoço tento segurar suas mãos para que me solte, em busca de ar, mais luto por pouco tempo o ar começa a faltar, as lágrimas de desespero escorrem pelo meu rosto, e rogo com o olhar para que me solte mais nada adianta. Quando ele vê que estou quase sem força, solta meu pescoço me arremessando no banco de trás do carro, ainda sinto suas mãos me apertando, não consigo respirar acabo desmaiando...
Não sei por quanto tempo eu apaguei, mas acordo em minha cama, com a roupa trocada, mais ainda sinto o peso de suas mãos em volta do meu pescoço, e meu rosto está doendo muito, tento me levantar mais o meu corpo não corresponde com minhas ações, me sinto esgotada.
Tento me acalmar e o procuro pelo quarto, mas ele não estar, fico um pouco mais tranquila e fico na cama ainda é madrugada, volto a respirar com dificuldade e acabo cochilando devido ao cansaço…
Acordo com um carinho em meus cabelos, acho estranho, é como se fosse um sonho, mais aí me lembro do que me levou a esse cansaço Alex, abro meus olhos e ele estar ao meu lado com uma bandeja de café da manhã, o encaro confusa...
— Amor me desculpe, ontem eu perdi a cabeça, você tem que aprender que só eu posso te tocar, quando eu vi aquele garçom te agarrando foi como uma punhalada no meu coração…
— Alex, ele me segurou para a queda não ser feia, não precisava agredir o homem. _ ele me corta.
— E você ainda vai defender? Só eu que posso te tocar, e mais ninguém… _Ele vem até mim e me beija, o beijo com fúria, não tem desculpa ou delicadeza, ou até mesmo desejo, eu tento retribuir, mas eu não consigo, ele ver que não dá se levanta e vai para o banheiro...
Continuo na cama, não consigo nem tomar o suco, porque estar doendo quando eu engulo, fico pensando em tudo que aconteceu…
— Eloisa você não vai se arrumar? Você tem que acompanhar a sua mãe ao médico! _Ele fala calmo como se não tive se acontecido nada.
— E — eu tinha me esquecido, você vai me levar? _pergunto com pesar dele não me deixar sair de casa.
—Sim, te deixo lá e sigo para a empresa, se quiser pode ficar na casa da sua mãe e depois te busco.
— Está bem.....
Levanto-me com o pescoço muito dolorido, assim que entro no banheiro me vejo no espelho e meus olhos se enchem de lagrimas, meu pescoço estar com grandes marcas de dedos e meus rostos uns pouco inchados devido aos, tapas que ele me deu... vou ter um trabalhão para disfarça esses machucados, não me dá nem vontade de sair de casa, mas eu vou não posso deixar minha vida segui assim dessa forma. Sigo para o chuveiro, tomo uma, ducha rápida antes que ele volte com raiva.
Coloquei uma calça, jeans com uma blusa de gola alta, para disfarça, mas antes passei um creme que tenho para diminuir a vermelhidão e hematomas e aliviar um pouco a dor que fico em meu corpo.
Um pouco de pó por cima, já em meu rosto tive maior cuidado para cobrir e não ficar muito a mostra o reboco que tive que passar para disfarçar.
Ele chega na porta do quarto e fica me olhando, não sei o que essa cabeça doentia está pensando, dou um meio sorriso para disfarça, pego minha bolsa e nenhum momento ele fala nada, entro no carro seguimos para casa da minha mãe, ele sempre me olhando com um r**o de olho.
Chegando ele não desce do carro apenas me dar um beijo, que retribui para ele não perceber nada, saio do carro com seu olhar me queimando aceno para ele e entro na casa dos meus pais.
Com o coração na mão, pois eu ainda tenho que enfrentar a entrevista e ver como eu me saio. Seja o que Deus quiser!