— Bom, está tudo limpo. Obrigada pela ajuda. – Quebro o silêncio que havia se instaurado e percebo o semblante frustrado do homem a minha frente, mas apenas o ignoro e dirijo-me rapidamente para a sala.
Fico tão afetada por sua presença e o pelo seu olhar lascivo que não presto atenção por onde ando e bato o dedinho do pé na quina da bancada. O choque faz-me choramingar pela dor que me atravessa e antes que eu pudesse abaixar-me para ver o estado em que o pobre dedo ficou, sou erguida por braços fortes e quentes que me envolvem de forma protetora.
— Hugh! – Solto assim que os meus pés saem do chão.
— Vamos ver o quão grave é esta lesão. – A sua voz rouca próxima ao meu ouvido retira todo o meu foco da dor.
Ruslan anda com destreza pelo apartamento escuro até me colocar com cuidado sobre o sofá e assim que me acomoda as suas mãos descem para o meu pé na tentativa de analisar o estrago que causei.
— Não dá para ver nada nessa escuridão. – Digo o óbvio e ele ergue-se em silêncio, vai até a cozinha onde pega uma das velas e a aproxima do meu pé.
Depois de uma minuciosa inspeção, o russo coloca a vela sobre a mesa de centro às suas costas, se ergue novamente e com passos firmes volta para o cômodo em que estávamos. Ouço os seus movimentos e penso em ir ao seu encontro, mas ele retorna rapidamente com uma vasilha cheia de pedras de gelo e o semblante muito sério. Abro a boca para dizer que está tudo bem, mas paro quando o russo retira a camisa, coloca as pedras que acabou de trazer no meio da peça branca, enrola como se fosse um saco e a posiciona no meu pé.
Fico completamente perdida e não sei se é por receber essa atenção toda ou se é por perceber que mesmo com a parca iluminação os músculos daquele abdome definido estão a um braço de distância.
— Obrigada. – Falo baixo.
— Logo o desconforto irá passar, o gelo vai ajudar a não inchar. – Ele fala com os olhos fixos no meu pé.
Não sei quanto tempo passamos naquela situação, mas a compressa gelada que o meu vizinho providenciou trouxe grande alívio à dor e penso se ela teria a mesma eficácia em apagar o fogo que sinto no meu interior.
Quando a luz retorna, fecho e abro os olhos para me adaptar novamente à claridade e demoro alguns minutos até que consigo firmar os olhos, mas perco o fôlego com a visão que encontro.
O loiro lindo, enorme e cheiroso está ajoelhado aos meus pés, sem camisa, com as tatuagens sinistras à mostra e os olhos vidrados no meio das minhas pernas que estão abertas.
Esqueci completamente que estou apenas com um pijama fino por baixo do roupão que desamarrou e abriu completamente expondo a minha i********e. Vejo a veia do seu pescoço pulsar enquanto assisto a sua língua passar pelos lábios que parecem um convite ao pecado.
Lentamente os olhos do meu vizinho sobem para o meu rosto com um pedido implícito que não sei bem ao que se refere e fico ofegante por não ter ideia de como agir. Percebo a sua aproximação de forma calculada e sinto-me como uma presa prestes a ser devorada por um predador.
A sua respiração está ofegante assim como a minha e agora, sem qualquer hesitação, a sua boca se apossa da minha de forma sedenta. A língua quente e habilidosa invade a minha boca e começa a explorar cada canto com precisão, a suas mãos firmes já abandonaram a compressa de gelo para passearem pelo meu corpo com intensidade e isso faz surgir uma necessidade crua e primitiva de mais contato. Ruslan parece sentir o mesmo que eu, pois me puxa com força para ficarmos grudados e completamente encaixados um no outro.
A sua boca abandona a minha boca, desce pelo meu pescoço entre beijos, lambidas e pequenas mordidas que me deixam sedenta por mais. Ruslan volta a beijar-me enquanto uma das suas mãos segura firme a minha nuca, a outra começa a explorar o meu corpo por baixo do pijama. O meu seio esquerdo é apertado com firmeza e me derreto com o toque possessivo, depois os seus dedos escorregam pela minha barriga e chegam até a minha i********e que pulsa de tanto desejo.
Nunca estive com um homem e jamais imaginei que um estranho conseguiria, em tão pouco tempo, derrubar as barreiras do medo que haviam ao meu redor. Não me reconheço neste momento e sinto que a racionalidade se transformou em fumaça diante desse fogo que me queima.
O vinho que bebi não me fez perder o autocontrole e no momento não me preocupo em encontrar qualquer explicação lógica para o que acontece, pois quero apenas experimentar todas as sensações inéditas que esse monumento desperta em mim.
A mão de Ruslan encontra o meu sexo e ele solta um rosnado quando um dedo encontra a minha f***a molhada.
— Você está encharcada para mim. – Ele lambe a minha boca de forma “sexy” e depois intensifica os beijos.
A sua mão abandona a minha i********e e sinto a sua falta naquele lugar, penso em reclamar, mas ele abocanha o meu seio e solto um gemido pela sensação maravilhosa que sinto. Estava tão absorta nesta aura s****l que não percebi quando o meu short saiu do meu corpo e o Ruslan abaixou a própria calça, se posicionando no meu centro.
— Prometo que compensarei todo esse afobamento o restante da noite, mas no momento preciso entrar fundo em você. – Esta declaração lembra-me que esta será a minha primeira vez.
Abro a minha boca para revelar ao homem delicioso no meio das minhas pernas que sou virgem, mas não tenho tempo de proferir sequer uma palavra, pois ele empurra o quadril com tudo na minha f***a.
A sensação que tenho é a de que o seu m****o duro, grande e absurdamente grosso rasgam-me ao meio e todo o desejo que sentia é substituído instantaneamente pela dor intensa que me faz soltar um grito esganiçado. Fecho os olhos na vã tentativa de controlar a ardência no meu sexo, mas lágrimas teimosas rolam pelas minhas bochechas.
— O quê? – Ele grita assustado e se afasta rapidamente.
— Você é virgem? – Ele pergunta assustado.
Permaneço em silêncio, pois quando o seu m****o sai de dentro de mim a dor se intensifica e tudo piora, então, resta-me apenas permanecer com os olhos fechados e concentrar-me em voltar a respirar normalmente.
Quando finalmente o incômodo começa a diminuir, abro os meus olhos para me recompor minimamente.
— Não acredito nisso. Por que não disse nada? – Ele diz exasperado e ao abrir os meus olhos o vejo de pé fitando a minha i********e com o semblante fechado.
Arrumo o meu corpo e instintivamente fecho o roupão, pois além da dor, agora me sinto exposta e o sangue em mim e no imenso p*u que permanece duro, deixa-me constrangida.
— p***a! – Ele grita demonstrando toda a sua raiva e pulo no lugar pelo susto com a sua reação.
— Vá embora. – Falo em tom baixo, fitando o chão.
— O quê? – O meu vizinho parece ofendido com o que acabei de dizer, mas atende ao meu pedido.
Assisto-o pegar a sua calça que está jogada no chão e sair do apartamento sem dizer mais nada. Permaneço no mesmo lugar por alguns minutos e sinto-me ridícula pelo que acabou de acontecer. Como pude deixar-me levar pelo momento e estragar tudo dessa forma? E devo aceitar que o Ruslan também não ajudou em nada com aquele surto exagerado.
Ergo-me do sofá e sinto a minha v****a queimar com o movimento, respiro fundo e sigo devagar até o meu quarto. Vou direto para o banheiro onde coloco a banheira para encher e enquanto espero a água chegar na altura ideal, retiro a blusa e o roupão.
Sinto imensa vergonha quando vejo mais sangue nas minhas coxas e antes de entrar na banheira, tomo uma chuveirada para retirar o líquido carmesim. Entro na água quente e cheia de sais para relaxar o corpo, recosto a minha cabeça na borda e fecho os olhos. Não quero pensar no que acabou de acontecer e queria ter o poder de apagar esse dia. Lágrimas grossas descem sem controle pelo meu rosto e me sinto uma estúpida por deixar as coisas irem tão longe.
Esse episódio é mais uma prova de que nunca serei uma garota normal, assim como a minha mãe sempre falou e a constatação desse fato deixa-me ainda mais triste.
Não sei quanto tempo passo na mesma posição dentro da água, mas decido sair quando o sono chega. Saio do banheiro e sigo para o closet em busca de algo confortável para vestir, pego uma calça e uma blusa de mangas compridas, pois sinto uma necessidade gigante de me esconder. Volto para o quarto e enfio-me debaixo do edredom com a certeza de que nunca mais me arriscarei dessa forma.