Blake Wray.
A última missão de hoje, foi cumprida, com sucesso, até porque não era nada fora do comum.
Neste preciso momento, eu estou na minha mansão, mais detalhadamente em meu escritório.
Observando o painel, cheio de crimes horrendos, inclusive o do causador da morte de meu pai, aqui.
Jacob Moss.
Um dos criminosos, mais perigosos aqui existentes e que pela sua sorte, eu não enfiei uma bala na cabeça dele ainda.
Faz tempo que o quero fazer, e puder eu posso, mas não seria assim que o meu pai gostaria que eu resolvesse esses pendentes e tampouco o meu avô, que está no comando da associação mais sigilosa dos agentes especiais secretos do mundo e comanda a FBI, e todos os outros comandos de inteligência.
E bem, o que pode ser mais benéfico nesse caso de ter a sua filha caçula do meu lado, para acabar não só com ela, mas com ele e a sua família de uma vez?
O mais hilário dessa história, é que será a sua própria filha me ajudando a cavar o túmulo dele.
Visto que ele teve o prazer de fazer isso na minha frente, com o meu pai.
Eu era uma criança, e ele tirou a vida do meu pai diante de mim.
Protegido pelo meu avô por anos, treinado para ser o melhor agente existente, e pronto para me vingar do meu pai, com o apelido do meu pai dessa vez, omitido do meu nome, e apenas com o da minha mãe, porque ele não é tão burro, para finalmente dar um fim na sua existência.
Meus olhos permanecem nessa tela, por mais longos minutos.
Lauren Moss.
Eu acordo assustada, com um som alto de alarme, sentada na cama, porque simplesmente pulei de susto e já não estava sonhando bem.
- Porra... - eu comento assustada, já me levantando da cama e caminhando até à porta, vai que sei lá, esses prisioneiros ultra mega perigosos se soltaram e agora, estão matando todos.
Eu abro a porta assustada observando tudo, com o coração palpitando sem parar.
Vejo a moça sair da casa ao lado, mas bem menos assustada que eu, e de banho tomado já.
Ela levanta o olhar para mim e depois sorri.
- Você é a garota nova, olá. - ela cumprimenta bem calma, e eu passo a minha mão no rosto.
- Olá. - eu a saúdo. - O que está acontecendo? Que barulho é esse? - eu a questiono e ela sorri.
- Isso significa que já deveria estar pronta, para tomar o café da manhã, daqui à vinte minutos, o refeitório ficará fechado. - ela diz e eu suspiro mais aliviada.
Eu realmente estava achando que algo catastrófico ia acontecer.
- Eu não sabia. - eu falo. - Eu vou tentar me arrumar a tempo, obrigada. - eu falo para ela, com os meus olhos ainda meio cerrados de sono e ela assente sorrindo.
- Por nada. - ela simplesmente diz e sai andando.
- Valha-me... - eu balbucio, bocejando, enquanto fecho a porta. - Já começamos bem, Lauren. - eu falo comigo mesma, de olhos fechados de tanto sono, para o quarto, então faço a minha higiene o**l de olhos fechados.
Eu detesto, mas detesto mesmo acordar cedo.
E olha que eu costumo acordar seis, sete horas, mas de madrugada, praticamente assim, para tomar o pequeno almoço?
Se eu entrar no box agora, eu vou perder o pequeno almoço, aqui não tem quase nada para comer e eu ontem não comi quase nada.
- É só um pijama. - eu falo comigo mesma, lavando o meu rosto, depois de fazer a minha higiene o**l, penteio o meu cabelo, calço os meus chinelos e coloco um robe.
E saio, com apenas dez minutos para comer.
- Valha-me. - eu balbucio saindo, está meio frio. - Com certeza eu não sou a única assim. - eu comento comigo mesma, enquanto caminho para onde eu vi algumas pessoas caminhando.
Ninguém está aqui.
Caminho em direção ao refeitório, sei que é porque vozes vêm daí e o cheiro de comida bom logo foi sentido pelo meu olfato.
Eu adentro, e assim, o desconforto meio que veio, porque os olhares vieram todos para mim, e assim, não são muitos, mas também não são apenas cinco.
E todos, nenhum deles está de pijama ou robe como eu.
Mas em minha defesa era isso ou nada de comer, eu nem sei como as coisas funcionam aqui ainda.
- Bom dia. - eu saúdo em alto e bom som, porque eles pararam de falar, e assim, não tem porquê gerar todo um desconforto só porque eu estou de pijama.
- Bom dia. - eu ouço alguns deles responderem, visto que eu simplesmente caminhei para o buffet e não ousei olhar para nenhum deles, meio envergonhada, mas nem tanto.
Eu pego um preto, e pego aqui uma salada de fruta, pego duas sandes de recheios diferentes, e chá, porque está meio frio né, e me sento numa mesa que estava vazia.
Porque eles aparentemente já se conhecem e eu não quero chegar chegando, mais do que já cheguei por hoje invadindo a mesa dos outros.
E outra, não há tempo nem para falar, porque se são os tais vinte minutos que a moça falou, eu tenho que enfiar tudo isso goela abaixo o mais rápido possível.
Eu sinto os olhares deles em mim, mas como eu estou mais preocupada em terminar de comer, eu nem ligo, ou finjo não ligar.
Eu já não sei se eles estão me olhando pelo facto de eu ser nova aqui, estar comendo igual uma mendiga, estar vestida de pijama, ou porque eles sabem quem eu sou.
Mas eu simplesmente consigo acabar a salada de frutas, estava uma delícia, e olha que eu não sou muito de comer de manhã, porque parece que eu estou empanturrada ou acordo meio enjoada.
Depois eu comi a primeira sandes e terminei o chá.
E o alarme ou sei lá que som dos infernos é esse, tocou novamente e todos simplesmente, se levantaram.
Aonde eu achava que estava vindo? Claro que eles tem horário para tudo, estamos falando de pessoas que tem que ser um tanto disciplinadas e treinadas para lidar com crimes de calibre infernal.
Eu simplesmente levo a outra sandes comigo, e caminho até a casa apressada.
Porque eu preciso tomar banho, eu nem sei o que é para fazer...
Céus.
Bem que ao menos um horário eu podia ter para saber como fazer as coisas.
Entro na casa, terminando de comer a minha sandes, entrando no quarto.
- Claro que eles estavam me olhando estranho, devem estar pensando, "essa menina acha que veio para um hotel?" - eu falo sozinha minha despindo apressada.
- Eu também acharia, mas a culpa não é minha, nem como eu vim parar aqui direito eu sei, eu vou saber a que horas é cada coisa e como eu devo fazer? - eu me questiono ligando o chuveiro e entro no box.
Nem ouso molhar o meu cabelo, afinal lavei ele ontem de noite.
Tomo o meu banho, o mais rápido que eu consigo, porque se é para tomar banho, é para tomar.
Nem me seco, apenas passo loção corporal no meu corpo, não faço skincare nenhuma, não tenho tempo para essas coisas, suspiro entrando em pânico não ouvindo mais as vozes deles lá conversando.
Corro para deixar o meu pijama na roupa suja, volto, e visto, meu conjunto preto de treino, calço as minhas meias e sapatilhas da mesma cor.
Passo desodorante e perfume.
Faço minha higiene o**l novamente rapidinho.
Coloco o puxinho de cabelo no meu pulso, para amarrar, mas já saindo do quarto, deixando tudo desarrumado como está.
E saio apressada.
Quando ouço movimentos vindos do outro lado, e eu me limito em correr até lá.
E assim, a minha barriga está meio cheia e eu já estava morrendo de vergonha antes, agora pior.
Cheguei e isso parece um campo de concentração, todos eles estão aqui, e assim, todos estão de preto, mas a questão, é que eles estão com uma espécie de uniforme.
Os olhares de todos vêm para a minha pessoa, atrasada, que não sabe que porras de uniforme é esse, na frente de pessoas provavelmente muito inteligentes e interessantes e que querem isso mais que tudo, olhando para a minha pessoa desengonçada.
E ante fosse só ele.
Não...
O Blake está aqui, e p**a que pariu!
Lauren, o que se passa com você?
- Senhorita Moss, a que devemos a honra de sua presença? - os olhos azuis um tanto penetrantes e sedutores do Blake encontram os meus e eu sinto as células do meu corpo explodirem, e eu endoideço.
Eu juro que agora ao menos tem um pouco de sentido o tanto que eu estava obcecada em encontrá-lo, ele é brutalmente, estupidamente lindo.
O olhar dele, a presença dele, simplesmente é magnética, ela comanda sem...
Lauren, não passe mais vergonha pelo amor de Deus.
- Eu lamento... eu, estou atrasada... - eu falo ruborizada, ardendo de vergonha e pela presença um tanto irreal dele.
E olha que eu não sou a única falando e tão pouco vendo isso aqui.
Seu olhar é gélido e neutro ao mesmo tempo na minha direção.
Ele me observa minuciosamente, dos pés a cabeça e eu tive a sensação de que ele conseguia me ver sem roupa, até voltar o seu olhar para o meu.
- Não possui o traje correcto, o cabelo não está preso, e para além de estar atrasada, já me fez perder dois minutos. - okay, aparentemente, alguém é rígido.
Mas eu não quero que pensem que eu sou irresponsável.
Eu estou sendo ultimamente, mas não sou.
- Lamento, não é a minha intenção os atrasar mais. - eu falo fazendo o r**o de cavalo, aqui mesmo caminhando para o fundo. - Eu não tenho conhecimento de nenhuma regra e nem como as atividades funcionam e eu também não tenho esse uniforme. - eu vou falando, já avisando que a culpa não é minha, tentando me encaixar no fundo.
- Moss. - eu voz soa, eu que estava evitando olhar para ele agora, me vi obrigada a encara-lo e o meu coração acelera. - Para frente. - ele ordena e o meu coração ameaça sair pela boca, mas eu vou né, o que mais eu posso fazer?
Valha-me.
Eu caminho ficando entre ele, e as fileiras que os outros estavam organizados.
- Faça cem flexões. - ele diz e eu arregalo os meus olhos, indignada.
- Nem sei se cinco eu consigo... - eu falo horrorizada, mas ele não me liga.
Eu não entendo... ele sabe que eu não sou propriamente uma atleta, eu não acho que ginásio conta.
Até porque eu só ia para o ginásio, para fugir de casa mesmo e mais nada.
- Estamos todos a esperando. - ele fala e eu suspiro, já estou começando a sentir uma raivinha.
Suspiro, e me coloco em posição sob o olhar de todos eles.
Valha-me...
Ninguém fala nada, fica um silêncio ensurdecedor aqui, e o peso de ter todos aqui atrasados, com eles me observando sofrer...
Realmente consegue me deixar com mais vergonha.
- Estamos a sua espera, Moss. - ele diz e eu suspiro, simplesmente começando...
Assim, eu não sou uma completa sedentária, mas também não sou nenhuma atleta. Porém, eu não sei se é um hábito, mas eu sempre quero me provar para o outro, e nessa situação não seria diferente.
Principalmente com todos eles me subestimando à esse ponto.
O pior, é que a minha barriga está meio cheia ainda.
Blake Wray.
Hoje os agentes recrutados têm treinos e terão também o seu primeiro teste, portanto eu cheguei na base de treinamento cedo, estão na minha equipe têm de ser os melhores, pois eles irão competir com as demais turmas.
E em cada tem no máximo quinze alunos.
Porém quando cheguei, encontrando todos os alunos, para a minha não surpresa, a filha do Moss, não estava e quando chegou, para além de sem uniforme correcto, está com os seus cabelos longos e escuros soltos, ofegante, pois aparentemente veio correndo.
Eu acharia minimamente engraçado se ela não estivesse me fazendo e nos fazer perder tempo, e foi a maior satisfação colocá-la na minha frente, a fazer cem flexões.
Eu sei que ela não tem capacidade para tal, visivelmente está morrendo de vergonha, mas eu quero ver até aonde ela vai.
E outra ela terá de aprender alguma coisa com isso.
Todos os aspirantes se mantiveram calados a observando, achando engraçado, nas primeiras dez flexões que ela fez e daí, até eu fiquei surpreso.
Eu não achei que passaria dos cinco.
E a execução está perfeita.
Seu corpo paralelo ao chão, flexiona para cima e para baixo, de maneira impressionante, alguns fios de seus cabelos com o passar do tempo caem em sua face, quando ela flexiona mais e mais.
É notável o tanto de esforço que está fazendo mas ela não para, e isso é impressionante.
Oitenta e seis...
Seus braços estão notavelmente trêmulos, mas ela não para, sua respiração já não está mais tão controlada, mas ela prossegue.
Interessante.
Lauren Moss.
Eu devo ser extremamente competitiva mesmo, porque eu fiz até agora noventa e duas e eu não estou aguentando mais.
Sinto que a minha mão vai travar de cansaço e eu vou cair de queixo no chão, mas mais vale isso do que me subestimarem por todos eles.
E três, e quatro, e cinco, seis... sete, oito, nove.
- Cem... - eu balbucio terminando desacreditada comigo mesma e ao mesmo tempo satisfeita.
E me levanto sacudindo as minhas mãos, tentando não parecer muito surpresa com o que eu fiz...
Apenas agir como se fosse o mínimo.
Mas a minha respiração está para lá de ofegante, eu estou com demasiada sede.
Eu volto os meus olhos para ele, e não vejo surpresa nenhuma estampado em seu belo rosto, o que obviamente me deixa decepcionada, mas eu nem tento transparecer.
- Ocupe o seu lugar. - ele simplesmente fala, e eu caminho indo para trás novamente. - Na frente, Moss. - ele diz e eu assinto, sem ousar o encarar e vindo para frente.
Porquê na frente?
Eu não sei nada.
Ah, meus pulsos estão formigando.
Meus braços... meus calcanhares.
Eu estou exausta.
Sua voz soa novamente, mas não direcionada a mim, graças à Deus, porque eu estou tentando recobrar as minhas energias, minha visão escureceu por instantes.
Pelo que eu percebi hoje terão algum teste.
Eu digo terão, afinal de contas, eu cheguei hoje praticamente, eu não sei nada. Não tenho força física, ainda por cima depois disso.
Eu só recobro a minha consciência quando ele simplesmente sai, e todos os outros o seguem e eu suspiro fundo.
Eu sigo a fileira ofegante. Desfaço o meu r**o-de-cavalo e volto a fazer um novo.
O Blake entra num elevador e nós no outro.
Bastou nós entrarmos as mulheres aqui, oh, se deixaram levar, e não só elas.
Eu bem disse que eu não estou vendo o Blake sozinha, ele parece irreal, parece até um projecto de laboratório de tão atraente e bonito que é, e é numa escala inalcançável, eu já vi homem bonito, mas assim...
Acho que o facto de como eu cheguei aqui, explica.
Ele é alto, seu porte físico esbelto, obviamente, ele é... surreal.
- Ele olhou para você. - eu vejo uma comentar com a outra, e bem...
Essa atração, interesse, seja lá o que isso for está passando dos limites.
Eu não devo me sentir irritada, porque alguém está feliz, porque esse homem, olhou para ela.
O que eu tenho à ver com isso?
Nada.
Logo, é melhor eu parar porque eu nunca fiquei assim, e isso já está começando a me assustar e outra.
Ele trabalha com a ex namorada, aparentemente têm assuntos m*l resolvidos.
Ninguém quer se meter em mais confusão, e quando eu digo ninguém.
Isso, quer dizer eu...
Eu matei uma pessoa.
Meu peito aperta quando simplesmente me recordo disso, e eu não quero cometer mais nenhuma asneira.
O elevador é enorme mesmo, então ninguém está apertado, bom para mim.
Mal o elevador abriu, estamos num andar que eu desconheço, mas aparentemente eles conhecem, mas para a minha felicidade é que tem um bebedouro aqui.
Mal saio do elevador vou até ele e bebo água.
Eles caminham na frente e eu bebo água, minha garganta estava seca.
E vendo eles indo cruzar o corredor eu simplesmente os sigo.
Não vamos deixar o agente Blake Wray, com raiva de mim, por fazer ele perder os seus milésimos.
Chegamos num sítio, comparado a todo lugar que eu já pisei por aqui, ele não tem movimentação alguma.
Eles adentram, e eu como estou no fundo sou a última a entrar, e parece que eu acabei de entrar naqueles cenários de bonecos de ação. Porque isso, eu juro que só achava que existia lá nos bonecos, nos filmes.
É um campo de treino, tem obstáculos e tudo, e tudo muito tecnológico, dá para sentir o ar de sofisticação em tudo por aqui.
Mas eu sorrio, assim, que noto que estão aqui, não apenas o Blake, mas a Sasha, o Samuel, o outro agente que estava na sala ontem, e a Hailey, que me viu, e o sorriso que tinha em sua face sumiu.
Eu hein...
O que eu fiz?
Ela implicou como apenas porque.
E aqui é enorme, parece um campo de futebol e tem aparentemente mais trinta pessoas.
O meu olhar vai para cima, e aparentemente tem uma sala, com pessoas lá dentro, igual ao da sala do interrogatório, mas é escuro.
- Lauren. - a Sasha me chama e eu vou até ela, que está com os agentes.
- Bom dia! - eu os saúdo e ela sorri.
- Bom dia! - ela respondo, junto com o Samuel e o outro agente, menos, obviamente a Hailey.
Todos os outros são simpáticos comigo.
- O que está achando que é? Tem traje próprio, aqui não é nenhum desfile de moda, Moss. - a Hailey já fala me observando, e eu suspiro a encarando.
- Tenha certeza que se eu achasse que fosse eu teria caprichado mais no meu look. - eu falo a encarando, e depois viro o meu olhar para a Sasha. - Desculpem, eu não sabia que tinha um uniforme e sequer o vi lá, caso contrário eu o teria vestido. - eu falo.
- Tudo bem, se o Blake não reclamou não tem problema, resolveremos isso mais tarde. - a Sasha diz e eu assinto.
E simplesmente vou seguindo os outros coleguinhas aqui.
Eu não sei o que será feito, mas vou seguir a onda né, até isso terminar, para eu puder questionar a Sasha sobre tudo.
Porque eu estou odiando estar tão perdida desse jeito.
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