Valentim Mariano - Não era apenas um alvo.

1360 Words
Valentim Mariano Finalmente consegui rastrear toda a movimentação do celular nos últimos 2 dias. Ele esteve nas duas boates que já desconfiávamos. Mas agora eu tenho mais dados. Tenho o registro de tempo que ele passou em cada uma delas. E o horário de sua chegada. Vou buscar em nossas câmeras o momento exato que o celular foi desligado ao chegar em cada uma das boates. Quero o rosto desse infeliz. Vou descobrir tudo sobre ele e o farei pagar por tentar nos ferir e ferir os nossos. — Vittório, está vendo o mesmo que eu? — Pergunto já sabendo a resposta. — Sim, valentim. Lorenzo, já temos os possíveis alvos. Como devemos prosseguir, Dom? Olho para meu irmão que parece pensar. Mas logo diz. — Mandem as equipes agora mesmo para lá. Avise que as ordens é para buscar por tudo. Bombas, venenos, gases venenosos... E conselheiro Vittório precisam ser discretos, até o momento da a******a das boates devem agir normalmente. — Afirmativo. Dom Lorenzo. Sorrio porque o Lorenzo sempre foi o de nós que quis ser o DOM. E ele realmente é o melhor para ser DOM. Nos despedimos de todos e encerramos a comunicação temporariamente com a sede da máfia. — Valentim o que está fazendo agora? — Hugo Raffael me pergunta. — Estou buscando as imagens de todas as câmeras possíveis nos dias e horários que esse número esteve em algum local monitorado. Quero ver o rosto desse rato, saber quem ele é. Nossos soldados já o estão cassando em nosso país. Mas ele é esperto e desligou o celular. — Então precisamos saber quem ele é. — Exato Lorenzo. E se ele agiu sozinho. Trabalho por mais alguns minutos e observo o Raffael de olhos fechados fechando e abrindo a mão em punhos. Faço um sinal para o Lorenzo que estava vendo as atualizações das informações da máfia espanhola. — Irmão?! O que houve? — Pergunto desconfiado. — Estou apenas pensando, Valentim. Olho mais desconfiado ainda para o Lorenzo. Que entende e intervém. — Irmão, nós nunca mentimos um para o outro. Podemos até omitir algumas coisas. Porém mentira não existe entre nós. — Lorenzo, é que... É mais complicado do que deveria ser para mim estar aqui nesse país. Lidando com as consequências dos atos daquele desprezível do Laerte. — Irmão aquela tentativa de sequestro da nossa mãe grávida, te marcou demais... — Falo e vejo meu irmão fechar os olhos e suspirar. — É por isso que age diferente com as mulheres? Que não curte a sua vida tão intensamente como nós quando a questão é sexo? — Não tenho problema com as mulheres, nem com sex... —Arqueio a sobrancelha. — Meu problema é com a forma doentia que esses monstros o fazem, como usam o sexo para machucar mulheres e crianças inocentes. Tem noção do que ele teria feito com nossa mãe... Raffael grita nervoso como nunca o vi. Ele levanta e passa uma das mãos nos cabelos. Nós nos aproximamos e Lorenzo fala colocando a mão em seu ombro. — Nada aconteceu. Nem aconteceria. Nós morreríamos ali, mas eles não levariam nossa mãe, nem nossa irmã. Nem mesmo nossas tias afrodites. Sabe disso! Ninguém sairia daquele prédio com elas. Você se desligou logo que nosso avô chegou com os arcanjos e não viu. Mas nosso pai já tinha enviado todos os nossos homens num raio de 15 quilômetros, haviam tantos de nós que parecia um enxame de abelhas prontas para atacar. — Eu... Não vi. — Raffael você ficou preso as palavras daquele verme. A Dama Valentina jamais deixaria aquele homem tocá-la. — Falo e vejo o Raffael enrijecer. Toco seu outro ombro. — Nossa mãe é uma leoa feroz. Ainda mais para nos proteger e proteger a nossa Angel. Mesmo que ele tivesse enviado um exército para pegá-la não conseguiria. Imagine que enviou só aqueles míseros 20 soldados. Gargalhamos. — Vocês me entendem? Eu cresci relembrando as palavras daquele verme e depois as bloqueei no meu subconsciente. — Então te peço perdão irmão. Por ter sido eu a te fazer ouvir tudo aquilo outra vez. — Lorenzo fala enquanto abraça Hugo Raffael. — Irmão vou editar aquela gravação apenas com as falas da nossa mãe para você. — Ele me olha com indagação. — Para você lembrar o quanto ela é forte, o quanto conhecemos mulheres fortes como a tia Ana e a Vó Marcela. Gargalhamos porque não a chamamos de vó. É estranho. Então chamamos de tia também. — Obrigado irmãos. Vocês são meus dois terços (2/3). .... Depois de quase duas horas nossas equipes entram em contato. — Quem bom que encontraram as bombas. Mas mesmo assim vamos manter essa boate fechada hoje. Lorenzo diz determinado. Nosso pai sorri de canto e depois me pergunta. — Valentim como anda as buscas pelo rosto do rato? — Mais alguns minutos. A outra boate foi verificada e liberada? — Sim. Está tudo sobre controle. — Nicolas me responde. — Agora estamos focados em caçar o executor da tentativa de ataque. — Ótimo pois terei o rosto dele em 3, 2... espera. —Arregalo os olhos assim que a imagem aparece na tela. — O que aconteceu Valentim? — Raffael pergunta e se posiciona ao meu lado seguido por Lorenzo. Fecho os olhos e tento buscar na minha mente onde já vi esse homem. Meus irmãos me conhecem e permanecem calados ao meu lado. Passo alguns segundos lembrando das imagens e acontecimentos até que lembro. — Merd@!! — O quê? Fala Valentim. Lorenzo ordena. — Eu vi esse homem. Não era apenas um ataque. Olho para o relógio e falta 18 minutos para meia noite. — Como assim? Explique-se Valentim. — A voz do nosso pai demonstra preocupação. Enquanto o ouço, acesso ao vivo as câmeras de vigilância de outra das nossas boates. Está lotada. — Valentim essa é a boate que fomos dias atrás. — Hugo Raffael exclama. — A da bartender? — Lorenzo pergunta e logo percebe os olhares de todos da sala da máfia nos monitores. Divido a tela com Alessandro e Vittório, executo os comandos e eles disparam as buscas. Na sede a tecnologia é mais avançada e mais rápida. — Eles queriam nos ferir. Os ataques foram planejados para as boates onde mais estivemos nos últimos 2 meses. As nossas preferidas. Falo enquanto digito. — Caralh0. Temos que esvaziar a boate agora. Faltam apenas 15 minutos. — Lorenzo! — Nosso pai chama. — Vou assumir a partir de agora. — Claro, Dom Ângelo. — Valentim, sei que lembrou do homem. Onde o viu? — Na boate do leste, a que estamos esvaziando agora. Aqui. Vejam nessa imagem. É ele. — Indico a imagem recortada na tela. — Irmão ele estava olhando para você no bar. — Hugo Raffael brada. — Filho da put@! Assistimos pelos próximos minutos nossos soldados esvaziando a boate. Quando quase todos já saíram vejo a bartender voltar correndo para trás do balcão para pegar a bolsa. Olho para o relógio que marca 23:53 e olho para imagem congelada na outra tela. O Mesmo horário. — Nãooooo! Ouvimos a primeira explosão. Levanto e bato com as mãos no teclado. Assisto a bomba destruir todo o bar e matá-la. Alguns soldados são arremessados. — A bomba era para mim! Fico estático enquanto outras explosões acontecem. Ela morreu por minha culpa. Porque estive no bar nas duas últimas vezes que fui na boate e fiquei a cortejando até levá-la depois para um dos quartos e f***r por horas com ela. Ela era uma de nós. Meu sentimento de culpa não é por ter sentimentos por ela. É porque não percebi isso antes. A boate fica no trajeto para as outras duas. O celular desligado por minutos naquela região. Devia ter buscado pelo rosto dele antes... — Irmão! Valentim! Olha para mim Caralh0! — Lorenzo grita. — Você precisa focar. Você conseguiu evitar muitas mortes. Temos alguns feridos e a bartender morreu, mas não foi sua culpa. Abraço Hugo Raffael que diz tudo isso olhando em meus olhos. — Era para mim a bomba. Sabe disso?! — Era para nós. Eu estive lá com você.
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