CAPÍTULO 1
Por Enrico...
Acordo com o som do despertador ao lado da minha cama, até penso em desligá-lo e voltar a dormir, mas me dou conta de que hoje é o grande dia, o dia em que irei assumir a presidência da empresa de advocacia da família, o dia em que meu pai me passará seu poder, e eu? Ahhh garotas, adoro o poder, adoro estar no comando de tudo, isso inclui negócios e mulheres.
As mulheres têm de mim exatamente aquilo que posso dar a elas, uma noite de sexo incrível, e nada mais, não esperem flores ou ligações no dia seguinte, eu não me envolvo com nenhuma mulher, não gosto de nutrir sentimentos em ninguém e nem repetir uma mulher em minha cama. Claro que tenho alguém sempre acessível, mas definitivamente isso não tem nada haver com amor ou qualquer outro tipo de sentimento que não seja t***o.
Mas nem sempre fui assim... Quando mais novo me apaixonei perdidamente por uma mulher, uma linda mulher, ela era como um raio de sol coloria minha vida e seu sorriso era para mim o meu maior tesouro, dei a ela todo meu coração, minha vida... Minha alma. Ela me destruiu, destruiu meu coração exatamente no momento em que a vi trepando com meu irmão na cozinha da casa dos meus pais, naquele momento eu pude ouvir meu coração ser despedaçado. Desde então me tornei o que sou hoje... Alguém cujo coração é escuro, algumas pessoas dizem que nem tenho coração, e eu? Como sabem garotas, não faço a mínima questão de que pensem ao contrário, prefiro que as pessoas pensem que tenho uma pedra de gelo no peito, assim posso facilmente esconder minha dor e meus medos.
Após tomar meu banho e colocar um elegante terno preto, desço até a cozinha encontrando Zaza, hoje ela trabalha comigo e comanda tudo em meu apartamento, mas ela foi minha babá quando criança, e ela com certeza é o que tenho de mais próximo a mim hoje, depois do incidente com meu irmão me afastei da minha família.
Ela me olha com seu sorriso maternal e diz:
—Bom dia meu menino, como está? Animado pra esse primeiro dia à frente de tudo?
Chego perto dela dando-lhe um beijo na testa, sento em uma das banquetas da cozinha e lhe respondo:
—Bom dia Zazá, estou bem, acho que até melhor do que eu esperava...Eu gosto de estar no poder e nada mais justo do que eu ocupar esse lugar, já que meu irmão não tem o mínimo de responsabilidade para isso, já é muito ter que trabalhar com Lorenzo todos os dias depois do que ele e aquela desgraçada fizeram comigo, imagina tê-lo a mandar em mim.
Lorenzo é meu irmão, mais novo que eu quatro anos, também é advogado e apesar de eu não gostar de admitir é um dos bons, ele trabalha na empresa da família também, porém desde que o peguei fodendo minha ex-noiva só nos falamos o básico, eu o amava muito tanto ele quanto Giovanna minha irmã caçula, essa se perdeu na tradição da família e resolveu estudar moda em Paris, é uma aventureira linda. Não deixei de amar Lorenzo, ele é meu irmão afinal, mas não o perdoei, eu simplesmente não consigo perdoá-lo.
—Enrico você precisa esquecer isso, Lorenzo era muito novo na época, não sabia o que fazia você sabe muito bem que ele foi induzido pela aquelazinha que não gosto nem de falar o nome.
Dou um gole no meu café sem açúcar e a olho:
—O nome dela é proibido nessa casa Zaza, aquela mulher morreu.
Lembrar-me de Valerie, e do que ela havia me feito ainda doía muito e apesar de não querer demonstrar eu sofria com essa história ainda, eu havia planejado uma vida com aquela mulher, tinha lhe dado minha alma. Estava disposto a ser quem ela quisesse que eu fosse para estar com ela, e ela me apunhalou da pior maneira, e por esse motivo agora as mulheres são descartáveis para mim.
Termino meu café, pego minha maleta dou um pequeno beijo na bochecha de Zazá, e vou rumo a minha garagem, decido usar um de meus carros preferidos preto e potente que transmite todo o poder que tenho e gosto que as pessoas vejam.
Chego à Vilanês Interprise Corporation, dez minutos antes do começo do expediente, paro meu carro na vaga que indica presidência, e me distraio respondendo uma mensagem de minha mãe. Quando vejo parar ao lado do meu carro um SUV bordô, e dele sair uma das mulheres mais bonitas que vi na vida, ela usava uma saia preta um pouco abaixo dos joelhos, uma camisa da mesma cor de seu carro com os primeiros botões abertos e um salto bem alto, preto também. Ela era perfeita, s***s fartos, uma b***a de enlouquecer qualquer homem, ela não era essas mulheres magras e que fazem o estereótipo da sociedade, ela era uma mulher de verdade, na verdade um mulherão, bundão, peitão, coxão, e uma boca de matar, a qual já imaginei em volta do meu p*u, esse que já deu um singelo oi sob minhas calças. Sua pele branca e seus cabelos castanhos em um coque bem feito tinham um contraste lindo.
Decido sair do carro, para provocar um encontro casual com aquela bela dama, eu precisava descobrir quem ela era, a queria de quatro na minha cama o mais breve possível.
Abro a porta do meu carro e desço, ela distraída em apertar o alarme de seu carro e segurar as várias pastas que trazia em suas mãos, as quais continham o logo da empresa, presumi que ela trabalhava aqui, ou seja, trabalhava para mim, acaba deixando cair algumas. É a minha deixa, me abaixo bem próximo aos seus lindos pés, onde pude ver uma delicada tatuagem no direito, eu sou amante das tatuagens tenho várias sob a minha pele.
Pego as pastas e lhe entrego dizendo:
—Bom dia, garotinha precisa de ajuda? Sorrio de lado.
Quando a vejo me olhar e ajustar seus óculos sob aqueles olhos azuis encantadores.
—Bom dia, Sr. Vilanês, obrigada por me ajudar, e não, eu não estou perdida e tão pouco sou uma garotinha, talvez o S.R. esteja perdido já que pouco vem à empresa de seu pai, suponho que esteja de visita, se quiser descobrir como chegar à sala de reuniões é só me seguir.
Eu a olho, surpreso com tamanha audácia, então a pequena mulher a minha frente trabalhava de fato para mim, ao estar perto dela percebi que não media mais que 1,65m, sem aqueles saltos que lhe davam uns 10 cm a mais, mas ainda a deixava uns 25 cm mais baixa que eu. Ela sabia quem eu era provavelmente das colunas sociais ou revistas de fofoca.
—Pelo visto sabe bem quem sou, mas e você quem é? Fecho a cara.
Ela me olha e revira os olhos, fazendo cara de deboche, a cada minuto que passa tenho mais vontade de vê-la de quatro gemendo meu nome.
—Me chamo Laura Morrone, Dra. Laura Morrone, sou advogada na empresa de seu pai, somos colegas de profissão.
Eu dou um sorriso de lado e apenas confirmo com a cabeça, entrego lhe as pastas e deixo que ela caminhe a minha frente, deixarei que ela mesma descubra quem é o chefe por aqui...·.