Olá meu leitor(a) tudo bem? Essa é a segunda parte da Trilogia/Saga da Magia da Sedução, se você não leu a primeira parte ainda, sugiro ler ela primeiro para entender essa linda e Hot história de amor que envolve magia. Está bem aqui na plataforma "A MAGIA DA SEDUÇÃO PARTE 1" Beijos Bruxescos ☆
Liz Pomeriggio
Desde o dia em que saímos daquele jeito da casa da nossa família, Marco tem estado mais alerta do que nunca e sempre renovando a magia do escudo protetor para que ninguém nos ache.
Se eu também não temesse pela vida do meu grãozinho que cresce a cada dia em meu ventre, já teria explodido meu lado sombra e feito estrago pior do que foi feito ao Pietro anos atrás. Trocamos de número para que ninguém pudesse rastrear nosso número.
Marco, sabe que como fico e também não quer me preocupar, mas m*l ele sabe que ouvi a conversa entre a nona, ele e aquele traste do Vitorino. Como certeza é mais uns dos karmas que devo pagar nesta vida.
Estamos em San Gimignano, uma comuna que fica na região da Toscana, na província de Siena. O lugar é magnifico e morei aqui com meus pais até antes do acidente na nossa casa. Isso, nossa casa.
Na verdade, tia Ella acha que vendi esta casa e fui para a Toscana, mas não. Recebi uma boa quantia do seguro por conta do acidente dos dois e nem precisei vender a propriedade. É uma grande casa estilo mansão da era medieval que fica no lado mais alto da cidade. Próximo a natureza que é uma das coisas que mais adoro, no final da subida desta colina longe de algumas casas que se iniciam como uma rua, mas que ao olharmos daqui, vemos as casas distantes e parecendo com pequenas casas da árvore.
Este lugar me remete uma grande paz. Sempre me senti aqui numa paz e tranquilidade que não sentia há muito tempo e nem mesmo morando onde morei minha vida quase inteira no vilarejo em Florência.
Os dias aqui passam rápido, cada vez mais me pego pensando no Dan, sei que não deveria. Ele me traiu. Mas acho que pode ser por estar grávida dele. Minha gravidez até que está tranquila. Não tive enjoos matinais como muitas grávidas tem, somente sonolência e muita, mas muita fome. Fora isso, vejo cada vez mais meu pequeno pacotinho crescendo e se desenvolvendo muito bem.
Marco não me deixa um minuto sequer, sei que às vezes ele fala com a Leona que por ter preguiça de desenvolver sua magia, é mais fácil que ele consiga saber as novidades e andamento das coisas por lá sem que descubram onde estamos. E de fato, até agora ninguém nos descobriu aqui.
Hoje, vamos ao médico no centro da cidade saber como está meu bebê e também quem sabe, saber o sexo deste serzinho que quero tanto esteja em meus braços. Estou mergulhada em meus pensamentos que nem ouço o Marco me chamando, até que me assusto com seu toque em meu ombro.
- Que susto criatura! – Levo minha mão ao meu peito massageando-o por estar com o coração totalmente acelerado.
Marco ri timidamente e desconcertado coçando a cabeça.
- Desculpe-me, não queria assustá-la. Mas te chamei três vezes e você nada, até que...
O interrompo.
- Até que resolveu quase me matar. - Já recuperada do susto e irritada o retruquei.
- Bem...Mas... – Ele gagueja, até que perde a paciência. – Ah, quer saber, você estava aí no mundo da lua, não tenho culpa de você não ouvir e estar com o pensamento só Dio sabe onde.
Eu comecei a rir, pois ele estava com os braços cruzados e uma cara carrancuda com beicinho parecendo aquelas crianças birrentas.
- Tá bem. E então, vamos ao médico ou não! – Vi seu semblante de birrento e raivoso, suavizando e se tornando um garoto que acabou de ganhar um doce feliz e iluminado.
Ele assente.
- Vamos sim senhorita. – Ele curva seu braço em minha direção para que eu entrelace o meu ao dele e saímos de braços dados da pequena saleta que há perto da grande varanda.
Vamos até o carro que Marco havia trocado seu carro antigo por este Masserati branco de quatro portas. Confesso que sou péssima em nomes e modelos de carros, mas precisamos de um para nos locomover aqui e também com um bebê a caminho, precisamos para uma emergência.
Em menos de vinte minutos, chegamos ao médico. O doutor é um obstetra renomado da cidade chamado Gilvan Antoneli. É um senhor de mais ou menos uns 40 anos de 1,75m de altura, cabelos com leves tons de grisalho ondulados com pequenos cachos nas pontas, mas na verdade são loiros se não tivesse esse detalhe grisalho dando um charme a mais, olhos penetrantes pretos, corpo parecendo com o Deus Apollo que com certeza ele deve malhar as vezes e como sei disso, sua camisa social por baixo daquele jaleco, mostra um certo aperto nos seus músculos que não chegam a ser tão definidos assim. Confesso que muitas mulheres vem ao seu consultório para admirar e cantar este homem que parece não se interessar por ninguém. Sinceramente, acho que ele tem problemas.
Após estarmos na clínica e já acomodados nas cadeiras da recepção, Marco se levanta caminhando em direção a um bebedouro e percebo olhares maliciosos e avassaladores em direção do meu primo.
Suspiro e me levo mais uma vez em pensamentos.
“Se eu já não estivesse machucada por ter sido traída e se eu tivesse olhado o Marco como ele merece, estaríamos juntos”.
Meu primo realmente é muito bonito, sabe aqueles homens que parecem latinos na sua tonalidade de pele? Pois bem. Ele tem aquele moreno iluminado na pele que parece com um dourado, cabelos pretos cacheados, barba rala fazendo na verdade um cavanhaque, olhos pretos mas tão pretos que parece o breu da noite, em noite de lua n***a, sobrancelhas delineadas num rosto bem esculpido, com músculos bem distribuídos em 1,78m de altura. Realmente ele chama atenção onde passa.
A enfermeira nos chama para atentarmos no consultório do doutor Gilvan. Ele nos recebe com um amável sorriso estendendo a mão para que sentamos nas cadeiras em sua frente. Assim o fazemos. A enfermeira nos deixa, saindo em seguida dando uma olhada e suspirada para aqueles dois homens ali dentro, já até imagino o que ela pensa ao admira-los, safadinha rs.
- E então senhorita Pomeriggio, como tem se sentido? – Doutor Gilvan me indaga.
- Não tenho sentido nada. Este bebê é muito bom com a mamãe. – Sorrio e aliso minha barriga.
Marco me olha e pensa em fazer o mesmo em mim, me olha apreensivo, mas assinto. E então, ele o faz passando a mão em minha barriga que já está um pouco grandinha. Ele sorri e rio junto com ele. Sinto o doutor nos observar, até que ele nos interrompe.
- Senhorita Pomeriggio, vamos então ao exame já que não há nenhuma queixa?
Ele vai se levantando da sua cadeira, assinto e ele me conduz a um banheiro, me orientando a vestir uma blusa tipo jaleco já que estou com uma legging branca por baixo do vestido, e assim o faço. Saio do banheiro alguns segundos depois, Marco já está em pé próximo a maca que irei me deitar e o doutor já está sentado em frente ao aparelho de ultrassom.
- Por favor senhorita, sente-se e abra o jaleco na barriga.
Deito-me na maca e faço o que ele pede. Ele coloca um gel em minha barriga geladinho e um pouco na ponta do aparelho em que ele começa movimentando em meu ventre. As imagens começam a surgir na tela e ele vai conduzindo e mostrando tudo. Marco pega em minha mão a segurando e dou um leve aperto e sorrio em sua direção. Confesso que ele está bem emocionado e tem sido mais que um primo pra mim neste momento. Mas só penso em Dan neste momento.
- Preparados para saber o sexo do bebê?
- Sim doutor. Estamos muito ansiosos. – Marco acaba falando totalmente empolgado e eu rio.
- Bem, estão vendo aqui, é o sexo do bebê de vocês. É um Menino. Um saudável menino.
Me emociono ao receber a notícia de que meu pacotinho é um menininho. Marco se mostra surpreso e feliz, acho que a intuição dele errou dessa vez, porque ele devia achar que era menina. Mas eu sabia dentro de mim que era um Menino.
Após o exame, algumas fotos, o laudo, o doutor também deu-me um CD com a gravação da ultra me deixando muito feliz, nos despedimos e fomos para casa.
No caminho, olho para Marco que parece um pouco apreensivo. Me preocupei com aquela reação.
- Marco, está tudo bem?
- Sim, só estou preocupado.
- Percebi. O que você tem?
- Porque não falou pro médico que você sentiu tontura e calafrio ontem? – Realmente, ele está preocupado com isso!
Bufo e reviro os olhos disparando.
- Marco, você sabe que ali não foi nada relacionado a gravidez e sim a questões que só nós conhecemos relacionados a magia.
Ele me olha fixamente assustado e sinto que ele sabe mais do que aparenta e não quer me falar, mas também não insisto pois sei que lê dará pra trás ao me falar. Não quero me estressar na verdade.
Ele se volta para frente dirigindo e eu me encosto na janela do carro que está fechada para dormir um pouco. De fato na noite anterior me senti estranha, senti um vento com assobio ao meu redor dentro do quarto e ao me envolver este vento, sento-me tonta e com um calafrio fora do normal, a tontura foi tão pesada, que cheguei a derrubar um abajur da mesinha assustando Marco que veio até mim desesperado.
Chegamos em casa, como estava cochilando no carro, Marco me acordou delicadamente, ao olhar em sua direção, o vejo me olhando com amor e logo ele disfarça e olha em outra direção.
Resolvemos ao descer do carro ir até o lago ali perto levando algumas coisas para comermos lá. Nos sentamos em uma grande pedra e começamos a admirar a beleza e comer o que havíamos trago. Eram maçãs, cerejas, pão de centeio, suco de frutas vermelhas. Tudo estava uma delícia.
- Liz, eu queria te falar algo. – Marco puxa assunto quebrando um pouco aquele silêncio que começava a se instalar. Assinto.
- Sim Marco, fale. – Sorrio para ele o deixando corado. Ele pigarreia e continua.
- Liz, estamos aqui nesta cidade, sei que você parece bem mais não está. Se não vai contar pro babaca daquele cara onde estamos e vocês se acertarem, posso assumir você e o bebê mesmo sabendo que não me ama como amo você. – Marco retira uma pedra pequena próximo onde nos sentamos e joga em direção a água fazendo um barulho após bater algumas vezes na água até afundar.
Respiro fundo e meu semblante que era calmo e sereno, após este início de conversa, me deixou irritada. Me levanto e começo a caminhar para ir embora, mas antes, paro, me viro olhando em direção a Marco e disparo.
- Marco, ele me traiu. Agora deve estar lá se divertindo com a garota dele que também está grávida. Se não pode me ajudar como primo e amigo, então vá embora.
Antes que ele tente argumentar, me viro sem nem o deixar falar e nem observo sua expressão.
Resolvo seguir em direção a um penhasco que há ali perto para olhar o horizonte como sempre faço. Meus cabelos estão soltos, estou com um vestido amarelo soltinho e com o forte vento, faz com que minha barriga fique mais evidente no mesmo e o que faço é acariciar meu ventre. Aqui é tudo tranquilo que as vezes essa tranquilidade exacerbada me assusta. De repente, escuto meu nome ser gritado. Olho em direção ao som que ecoava e não acredito no que vejo.
- Liz.
- Dan, tia. – Não é sonho, são eles dois. Minha tia Ella e o Dan. Mas o que eles fazem aqui.
Só consigo ler o que ia lábios de Dan me falam.
- Finalmente Te Encontrei.
Após isso, nos olhamos e sorrimos um pro outro, até que minha tia Ella acaba batendo em seu ombro desviando sua atenção. Observo que eles olham apreensivos e ao seguir os olhares deles pousados em outra direção, vejo-te olhando para nada mais, nada menos que Vitorino, Lucca e o Marco que logo meu primo vem em minha direção para me tirar dali.
Passamos rapidamente por Dan e tia Ella, que o mesmo me segura no braço não me deixando sair dali tão depressa.
- Precisamos conversar.
- Aqui não é o lugar. – Depois de falar olhando fixamente em seus olhos, solto meu braço de sua mão.
Paro um pouco a frente um pouco hesitante, me viro novamente para ele que está parado me olhando sem reação junto a minha tia e o olho com ternura suspirando.
- Venha até minha casa e la conversamos.
Volto a caminhar e o sinto caminhando atrás de mim. Mas sinto também duas pessoas indo para onde íamos. Estava começando a sentir um aperto no peito pois sabia que boa coisa não aconteceria hoje.
Enfim, chegamos em casa. Subo as escadas indo pro quarto, mas antes faço Dan e tia Ella esperarem na sala pois preciso de um banho antes de conversarmos e eles assentem.
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Dan percebe que Marco está indo pra fora de casa na direção dos dois que vinham logo atrás e vai junto com Marco.
- Ora, ora se não é o Dan Fiori. – Vitorino fala em ironia e sarcasmo.
Dan olha com desdém para Vitorino passando por ele e seguindo em passos firmes em direção a Lucca.
- O que você está fazendo aqui Lucca? – Dan segura pelo colarinho do primo que o olha e ri sarcasticamente.
- Olá priminho. Você não pediu pra achar sua beladona? Aqui estou eu.
Dan solta do colarinho do seu primo, revira os olhos e num tom desconfiado solta um “verde" para ele.
- É mesmo! Mas que eu saiba, você está caldinho por minha mulher. Ou você acha que eu não saberia.
Lucca engole em seco.
- Calma primo. Não sabia que ela era sua mulher e nem que você era o babaca que tinha engravidado ela. Aliás, cadê a outra mãe do seu filho? – A voz de Lucca soa em deboche. Dan passa a mão em seus cabelos com uma certa fúria e o fuzila com o olhar.
- Que eu saiba, a minha única mulher e meu filho estão dentro dessa casa. Você não tem nada o que fazer aqui. Portanto, SAIA! – Dan é bem ríspido e fala em um tom bem autoritário e grosseiro.
Lucca, conhecendo bem o primo que tem, ergue suas mãos para cima em sinal de rendição, coloca seu óculos escuros e vai embora. Dan se vira e volta em direção de Marco e Vitorino que estavam ali olhando tudo e sem entender nada.
- O que você quer aqui? – Marco exala fúria e ira para Vitorino.
- Calma Marquito, o ideal é você perguntar pra ele e não pra mim que estou aqui pra consolar sua prima, já ele deve estar aqui porque, pra fazê-la sofrer! – Vitorino é irônico com suas palavras, mas de fato está ali por Liz.
Marco olha em direção a Dan que percebe um certo desconforto no ar e prossegue.
- Vejo que o senhor Angiani quer muito consolar minha mulher, mas sinto informar, que ela já tem quem o faça.
Dan o fuzila com o olhar e o mesmo lhe retribui. Marco olha para ambos desconfiado e esperando que façam algo em falso para ele agir magicamente falando.
- Não sabia que a Liz e senhor Fiori se casaram para chama-la de mulher? – Sua voz soa sarcasticamente.
Dan franze o cenho e cerra os punhos. Marco percebendo e sentindo o que iria acontecer, entra no meio dos dois antes que ambos começassem ali uma luta que com certeza iria ser preciso mais que força bruta ou até mesmo magia para separá-los e Marco não queria ver Liz se estressar e afetá-la ou até mesmo o bebê.
- Vamos parando os dois agora mesmo. Vitorino, você sabe bem que não é bem-vindo aqui e nem em outro lugar que a família Pomeriggio esteja e principalmente a Liz.
Um sorriso sarcástico brota nos lábios de Vitorino que transfere seu olhar assassino que estava em Dan para Marco. O mesmo lhe encara com a mesma intensidade.
- Eu vou embora agora, mas com certeza voltarei e levarei a Liz embora daqui juntamente com o bastardinho.
Vitorino dá de ombros com um sorriso de canto de boca por ter conseguido fazer com que Dan ficasse irritado e seu cinismo e sarcasmo imperava naquele momento. Ele dá as costas para os dois, cujo Marco com bastante raiva se controla para não deixar Dan fazer nada de errado ali naquele momento, já que ele tentou partir para uma briga com Vitorino sendo impedido.
- Cara, se acalma. A Liz não pode passar raiva que seria prejudicial a ela e ao bebê.
Marco o olha fixamente com as mãos nos p****s de Dan o parando de tentar fazer algo, e o mesmo está ofegante olhando para Marco e se acalmando.
Quando Marco percebe que Dan se acalmou, o leva até a sala e avista Liz descendo as escadas, ela está com um vestido azul marinho com um laço abaixo dos s***s marcando-os e deixando o restante do vestido solto, seus cabelos estão em um coque frouxo com algumas mechas de cabelo sob seu rosto e uma sandália rasteira preta. Dan e Liz se entreolham com amor fazendo Marco bufar e revirar os olhos. Barbarella que está sentada em uma das poltronas fica reluzente ao ver o quanto aqueles dois ainda se amavam.
- Liz, vou roubar um minuto Dan para conversarmos. Enquanto isso, fale com tia Ella um momento. – Marco sai arrastando Dan para fora da casa após ter uma visão que o deixou um pouco perturbado.
Dan, Liz e muito menos Barbarella não entenderam nada a respeito da atitude de Marco, mas a tia deles sabendo como ele é e seus dons, entendeu que havia algo errado.
Barbarella, bate na poltrona em frente a sua para que Liz se sente e nem ouse ir atrás de Dan e Marco para saber o que conversariam.
As duas então começam a conversar animadas e Barbarella conta tudo a Liz sobre os últimos acontecimentos fazendo Liz se sentir um tanto desapontada consigo mesma.
Continua...